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Incontinência Urinária

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CLIMÁTÉRIO 
DISTOPIA 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
GINECOLOGIA 3 Eduardo Siqueira
Incontinência Urinária 
Introdução 
Continência Urinária 
Incontinência = Falha na continência urinária. 
Presença de receptores vesicais adrenérgicos (æ 
e ß) e colinérgicos (M). 
Então quando temos uma enchimento ou esvazi-
amento vai utilizar os receptores para cada ação. 
Segurar urina → Simpático 
Perder urina → Parassimpático 
Enchimento 
Simpático ativo 
- æ: Contração esfincteriana 
- ß: relaxa detrusor 
- Parassimpático inativo. 
Esvaziamento 
Parassimpático ativo 
- M2/M3: contração detrusosa 
- Simpático inativo 
Fatores de Risco 
Idade 
↓ Estrogênio 
Obesidade (qualquer incontinência). 
Doenças crônicas (DPOC; DM…) 
Cirurgias prévias 
Parto vaginal 
Multípara 
Clínica 
Bexiga Hiperativa 
Desejo incontrolável, polaciúria, noctúria. 
Detrusor ativo demais (hiperatividade). 
Contrações do detrusor durante o enchimento ve-
sical. 
Qualquer quantidade de urina leva a contração da 
bexiga elevando a uma vontade incontrolável de uri-
nar. 
Transbordamento 
Perda somente depois que a bexiga está muito 
cheia. 
Perda da capacidade de contração da bexiga 
- Ela urina poucas vezes e só 
Fístula 
Perda insensível (Incontinência Extrauretral) 
São queixas de vulvovaginites: 
- "Corrimentos que não melhora” 
Que na verdade não é corrimento, mas sim urina 
- A paciente não perde pela uretra, mas sim pela 
vagina. 
- História de cirurgia pélvica (clássico): Wertheim-
Meigs; radioterapia; histerectomia; parto compli-
cado. 
- Corante dentro da bexiga: Se o líquido sai co-
rando pela vagina (vesicovaginal); mas se jogar 
dentro da bexiga e vagina não cora (ureterovagi-
nal). 
- Urografia é usado como exame complementar. 
Padrão ouro para diagnóstico 
Estudo urodinâmico
Incontinência Urinária de Esforço 
Hipermobilidade vesical 
- Pressão de perda > 90 cm H2O 
- Cirurgia de Sling - antes era Burch 
Defeito esfincteriano 
- Pressão de perda < 60 cm H2O 
- Cirurgia de Sling 
Tratamento 
Comportamental 
Fisioterápico e/ou 
Farmacológico 
Transbordamento Lesões Neurológicas
Incontinência de Esforço Tosse Espirro
Bexiga Hiperativa 
Urgência 
Polaciúria 
Noctúria 
Fístula Cirurgia Pélvica Radioterapia
1
CLIMÁTÉRIO 
DISTOPIA 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
GINECOLOGIA 3 Eduardo Siqueira
Incontinência Urinária de Esforço 
Perda da urina pela uretra, quando P vesical > P 
uretral, na ausência de contrações do detrusor. 
- Tosse 
- Espirro 
- Ao levantar 
*Tudo vai ter perda de urina, mesmo s/ querer. 
Obs: Existem graus de perda aos esforço 
- Para avaliar o ideal é posicionar a paciente 
numa posição semi-elevada, simulando uma situa-
ção cotidiana. 
Diagnóstico 
Clínico 
Subtipos 
Hipermotilidade do colo vesical 
Defeito esfincteriano intrínseco da uretra 
Se associados: IU mista. 
Urodinâmico 
Maioria das vezes não é necessário. 
2ª maior causa de IU nas mulheres em geral 
Causa mais comum em mulheres idosas 
Bexiga hiperativa 
X 
Incontinência de esforço 
EF: 
- Trofismo genital 
- Prolapsos (quando muito grande, pode masca-
rar uma IU). 
- Teste de esforço 
- Avaliar IMC 
Exames Complementares 
EAS e Urinocultura 
Para diagnóstico diferencial (uma infecção uriná-
ria pode ser causa de polaciúria, urgência, inconti-
nência) 
A urocultura é essencial para seguir na investiga-
ção (não se pode manipular a uretra do paciente sem 
ter certeza de que não há infecção). 
Qual a utilidade do EAS? 
Ex 1: Paciente > 50 anos, tabagista e hematúria. 
Pensar em neoplasia de bexiga (CA de bexiga 
pode simular bexiga hiperativa) 
- Grande quantidade de oxalato de cálcio e paci-
ente com história de cálculo → Caso um cálculo 
tenha caído na bexiga, isso irá provocar hiperativi-
dade. 
Ex 2: Paciente > 50 anos, tabagista e s/ hematúria 
- Cistoscopia 
Mobilidade do Colo Vesical → USG/Teste do Cotonete 
Angulação > 30º cm no cotonete: Positivo 
USG do colo vesical: IUE ≥ 1 cm 
- Perde depois que excede a capacidade vesical 
- Lesões neurológicas, diabetes 
Teste de Bonney 
250-300 ml de soro na bexiga 
- Tenta-se elevar o colo vesical 
- Se ao sustentar o colo, a paciente deixa de per-
der → Suspeitar de hipermobilidade vesical → Bai-
xa sensibilidade e especificidade. 
Cistoscopia 
Paciente de > 50 anos, com irritação súbita e he-
matúria: 
- Lembrar da neoplasia de bexiga 
- Para incontinência a cistoscopia não é um gran-
de exame (urodinâmica) 
Urodinâmica 
Padrão-ouro 
Grande exame para incontinência urinária 
O melhor exame é a videourodinâmica 
Obs: O primeiro exame é o EAS e a Urocultura 
Não deve ser solicitado para todos os pacientes 
Quando pedir? 
- Incontinência urinária de esforço sem perda no 
exame físico 
- Antes da cirurgia 
- Incontinência urinária mista 
- Falha no tratamento clínico 
2
CLIMÁTÉRIO 
DISTOPIA 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
GINECOLOGIA 3 Eduardo Siqueira
Estudo Urodinâmico 
3 etapas importantes 
Fluxometria (Urofluxometria) 
1ª etapa 
- Fluxo livre máximo (esvaziamento inicial). 
- Volume 
Cistometria 
2ª etapa 
- Fase de enchimento (atividade do detrusor) 
- Eu que encho a bexiga 
- Não pode haver: atividade do detrusor; perda 
da urina; dor 
- Eu vou comparar c/ a pressão abdominal, ela é 
medida através de um cateter via retal. 
- É a parte mais importante do exame!! 
Pressão Detrusor = P Vesical - P Abdominal 
- Normal: P vesical aumente sob influencia da P 
abdominal. 
- A pressão vesical é a pressão abdominal 
Estudo Miccional 
3ª etapa 
- Fase de esvaziamento 
Incontinência de Esforço 
Hipermobilidade Vesical 
PPE > 90 cm H2O 
PPE = Pressão de Perda ao Esforço 
S/ ocorrer contratura do detrusor 
Defeito Esfincteriano 
PPE < 60 cm H2O 
S/ ocorrer contratura do detrusor 
Obs: PPE entre 60-90 não tem como definir. 
Tratamento 
Clínico 
↓ Peso 
Fisioterapia 
- Exercícios de Kegel 
- Biofeedback 
*Duloxetina e agonistas alfa-adrenérgicos (↑ AVE) 
Cirúrgico 
Hipermobilidade 
Padrão já for cirurgia de Burch (ancoragem no li-
gamento de Cooper). 
Marshall (ancoragem na sínfise). 
Padrão-ouro atual é SLING 
Defeito Esfincteriano 
Padrão-ouro SLING (TVT/TOT). 
TVT (Transvaginal) 
- Fita que entra na vaginal e sai na região retro-
púbico. 
- Eleva o colo vesical 
- Problema: Risco de lesar vesícula. 
- Precisa de cistoscopia pós-cirúrgica. 
- Técnica mais antiga (pouco melhor que o TOT). 
TOT (Transobturatório) 
- A fita é fixada no obturador. 
Bexiga Hiperativa 
Síndrome de Urgência 
Se tem perda de urina é chamado de urgeincon-
tinência. 
Contração não inibida do detrusor (hiperatividade). 
Podemos ter a síndrome da bexiga hiperatividade 
(urgência/ urgeincontinência) sem que haja hiperati-
vidade do detrusor (contrações não-inibidas do detru-
sor) a hiperatividade detrusora é laudo urodinâmico. 
Não é necessário o laudo para tratar. Somente 
com a clínica da paciente é possível iniciar o trata-
mento. 
3
CLIMÁTÉRIO 
DISTOPIA 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
GINECOLOGIA 3 Eduardo Siqueira
Tratamento 
Gerais 
↓ Peso 
↓ Cafeína e fumo 
Fisioterapia 
Cinesioterapia 
Eletroestimulação 
Medicamentoso → Anticolinérgicos 
Em caso de falha dos anteriores. 
Oxibutinina 
Tolterodina 
Darifenocina 
Solifenacina 
OU 
Imipramina (opção; 2ª linha). 
Contraindicações 
- Arritmias 
- Glaucoma de ângulo fechado 
- Gestação 
- Lactação 
Medicamentoso → ß3 adrenérgico 
Mirabegrona 
- Não tem os problemas que os anticolinérgicos 
possuem. 
- Não tem contraindicação igual aos anteriores 
- Produz um relaxamento da bexiga com a mes-
ma eficácia e ↓ efeitos adversos. 
Obs: Quando o tratamento clínico não surte efeito, 
estaria indicado videourodinâmica ou urodinâmica 
(ex.: podemos ter uma incontinência urinária de es-
forço associada). 
Obs: A bexiga hiperativa não tem dor a distensão. 
O fato de ter dor caracteriza a síndrome da bexiga 
dolorosa: 
Síndrome da Bexiga Dolorosa 
Nome antigo → Cistite Intersticial 
Clínica 
- Urgência e polaciúria + 
- Dor à distensão vesicalque alivia ao urinar 
Úlcera de Hunner 
- Aparecem quando da distensão da bexiga 
Diagnóstico de exclusão 
- S/ ITU 
- S/ hiperatividade detrusora 
IU por Estresse 
Uso de Duloxetina 10-80 mg 1x/dia . 
4
	Continência Urinária
	Fatores de Risco
	Bexiga Hiperativa
	Transbordamento
	Fístula
	Incontinência Urinária de Esforço
	Clínico
	Urodinâmico
	Exames Complementares
	3 etapas importantes
	Incontinência de Esforço
	Clínico
	Cirúrgico
	Síndrome de Urgência
	Tratamento

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