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Exames de Rastreio Pré-Natal e Pediátrico

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Beatriz Machado de Almeida 
 Internato – 9º semestre 
1 
EXAMES DE RASTREIO 
PRÉ-NATAL 
OBRIGATÓRIOS: 
• T → Tipo sanguíneo/Fator Rh. Realizar teste de 
Coombs Indireto nas pacientes Rh negativo. 
• E → EAS = sumário de urina = urina tipo 1 + 
Urocultura com antibiograma. 
• S → Sorologias: 
❖ Sífilis: teste rápido e VDRL. O teste deve ser 
realizado pelo menos no 1º e no 3º trimestre de 
gravidez. O tratamento é feito com penicilina 
benzantina. Transmissão vertical. 
❖ HIV (sorologia anti-HIV): O exame deve ser 
realizado no início (1º tri) e no final (3º); pode ser 
feito no momento do parto. Pode ser transmitido 
da mãe para o filho durante a gravidez, o parto ou 
a amamentação. 
❖ Hepatite B (HBsAg): transmissão vertical. Caso a 
mãe tenha o vírus, o bebê poderá receber a vacina 
e a imunoglobulina humana anti-hepatite B. 
• T → Toxoplasmose IgM e IgG: Repetir 
trimestralmente se for IgG não reagente. 
• A → Açúcar (glicemia) e anemia (hemograma). 
• R → Repetir com 30 semanas (3º trimestre). 
NÃO OBRIGATÓRIOS: 
• Sorologias: HTLV, CMV, rubéola, hepatite C. 
• Teste de malária: deve ser realizado em todas as 
gestantes com sintomas nas regiões endêmicas. 
• Exame preventivo de CA de colo de útero. 
• Parasitológico de fezes. 
• Avaliação odontológica. 
 
• USG: 
❖ 1º trimestre: datar a gestação. 
❖ 2º trimestre: visualização de malformações 
uterinas/Cromossomopatias. 
❖ 3º trimestre: avaliação do crescimento fetal. 
 
RECÉM-NASCIDO 
TESTE DO PEZINHO 
Exame feito a partir do sangue coletado do calcanhar 
do bebê. A data ideal para a coleta de sangue é entre 
o 3º e o 5º de vida do RN. 
• Fibrose cística. 
• Fenilcetonúria. 
• Hipotireoidismo congênito. 
• Hiperaldosteronismo congênito. 
• Hemoglobinopatias. 
• Deficiência de biotinidase. 
TESTE DA ORELHINHA 
• Teste da orelhinha - triagem auditiva neonatal: é 
um exame importante para detectar se o RN tem 
problemas de audição. O teste é rápido, indolor e 
não tem contraindicação. Realizar entre 0-30 dias. 
TESTE DO OLHINHO 
• Teste do olhinho - teste do reflexo vermelho: é 
um teste realizado durante a 1º semana de vida do 
RN para avaliar as estruturas do olho, garantindo 
que estão corretamente desenvolvidas. 
• Normalmente é feito logo na maternidade, mas 
pode também ser feito na primeira consulta com o 
pediatra, devendo ser repetido algumas vezes 
durante os 2 primeiros anos de vida. 
Quando a luz é refletida de cor avermelhada do 
aparelho projetor significa que as estruturas dos 
olhos do bebê estão saudáveis. Quando a luz refletida 
é esbranquiçada ou de forma diferente entre os olhos, 
deve-se fazer outros exames para investigação. 
TESTE DO CORAÇÃOZINHO 
• É feito ainda na maternidade, entre as primeiras 
24 a 48 horas após o nascimento. 
• É realizado para verificar se o coração do bebê 
está funcionando corretamente, pois pode ser que, 
durante a gestação, alguma doença cardíaca não 
tenha sido detectada. 
Rastreamento 
 Beatriz Machado de Almeida 
 Internato – 9º semestre 
2 
TESTE DA LINGUINHA 
• É um exame obrigatório que serve para 
diagnosticar e indicar o tratamento precoce de 
problemas no freio da língua de recém-nascidos, 
que podem prejudicar a amamentação ou 
comprometer o ato de engolir, mastigar e falar, 
que é o caso da anquiloglossia (¨ língua presa¨). 
TIPAGEM SANGUÍNEA 
• A tipagem sanguínea identifica se o fator 
sanguíneo do RN é positivo ou negativo, bem como 
se o seu tipo de sangue é A, B, AB ou O. 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
• Exames sanguíneos de triagem 
(hematócrito/hemoglobina): 
❖ Crianças a termo → entre os 9-12 meses de vida; 
❖ Em prematuros → entre 5-6 meses; 
❖ Em adolescentes que menstruam → anualmente se 
apresentarem algum fator de risco. 
 
• Entre 3-5 anos → avaliação da acuidade visual. 
Rastreio de ambliopia e estrabismo. 
• A partir de 10 anos → rastreio de dislipidemia. 
Colesterol total e frações + triglicerídeos. 
• A partir de 18 anos → rastreio da hipertensão 
arterial sistêmica. Aferição da PA. 
 
• Audiometria: 
❖ Crianças ao redor de 3 anos → audiometria 
convencional. 
❖ Crianças menores → podem ser testadas 
observando suas respostas aos sons, suas 
tentativas de localizar o som. 
❖ Crianças maiores → audiometria uma vez entre 11 
e 14 anos, uma vez entre 15 e 17 anos e uma vez 
entre 18 e 21 anos. 
 
• Teste de tuberculose: teste cutâneo (teste 
tuberculínico) ou exame de sangue (ensaio de 
liberação de interferon-fama (IGRA). Deve ser 
realizado em: 
❖ Crianças que foram expostas à tuberculose. 
❖ Um membro da família foi positivo para o teste da 
tuberculina. 
❖ Nascimento ou viagem recente para um país de 
alto risco. 
❖ Os pais ou contatos próximos são imigrantes de 
países de alto risco ou estiveram recentemente 
encarcerados. 
 
• Rastreamento para doenças sexualmente 
transmissíveis anualmente em todos os 
adolescentes sexualmente ativos. 
❖ Teste de Amplificação de Ácidos Nucleicos 
(NAAT) → C.trachomatis e N. gonorrhoeae. 
❖ Entre 15 e 18 anos → exame de HIV. 
❖ A partir dos 21 anos → teste de rotina para 
displasia cervical. 
 
• Rastreamento de infecção por hepatite C (HCV): 
❖ Deve se testar rotineiramente, ao menos uma vez 
entre 18 e 79 anos de idade. 
❖ Cuidado especial com pessoas que apresentam 
risco aumentado de infecção (ex. uso de drogas 
injetáveis). Testar anualmente! 
ADULTOS 
RASTREAMENTO DE RISCO CARDIOVASCULAR 
• 3 primeiras recomendações de rastreamento: 
dislipidemia, hipertensão e diabetes mellitus. 
FATORES DE RISCO: 
 
RASTREAMENTO DE DISLIPIDEMIA 
• Existe boa evidência de que a dosagem dos lipídios 
séricos pode identificar homens e mulheres 
assintomáticas que são elegíveis para a terapia 
preventiva. 
• Níveis altos do colesterol total (CT) e da 
lipoproteína de baixa densidade (LDL-C), assim 
como baixos níveis de lipoproteína de alta 
 Beatriz Machado de Almeida 
 Internato – 9º semestre 
3 
densidade (HDL-C), são importantes fatores de 
risco para doença arterial coronariana (DAC). 
RASTREAMENTO EM HOMENS: 
• 35 anos ou mais (recomendação forte). 
• 20-35 anos quando se enquadrarem como um grupo 
de alto risco para doença coronariana. 
• Não há recomendação contra ou a favor do 
rastreamento em homens entre 20-35 anos se 
eles não estiverem em grupo de alto risco 
cardiovascular. 
RASTREAMENTO EM MULHERES: 
• 45 anos ou mais quando se enquadrarem como 
grupo de alto risco para doença coronariana (GA). 
• 20-45 anos quando se enquadrarem como grupo de 
alto risco para doença coronariana (grau B). 
• Não há recomendação contra ou a favor do 
rastreamento em mulheres com 20 anos ou mais se 
elas não estiverem em grupo de alto risco 
cardiovascular. 
RASTREAMENTO EM IDOSOS: 
• Sugestão de metanálise: o colesterol não constitui 
um fator de risco para DAC em pessoas acima de 
75 anos de idade. 
• Muitos médicos podem opar por suspender o 
rastreamento e o tratamento em pacientes acima 
de 75 anos sem evidência de DAC. 
• Pacientes com 75 anos ou mais com DAC, a terapia 
para redução do colesterol deve ser mantida, 
como recomendado para pacientes mais jovens. 
Intervalo de rastreamento: Quanto maior o risco, 
menor o intervalo de rastreamento. Opção razoável: 
intervalo de 5 anos, para a população geral com 
resultados normais. Intervalos menores podem ser 
recomendados para pessoas que têm níveis lipídicos 
próximos do limite para instituição de terapia. 
Importante: os níveis lipídicos têm maior 
probabilidade de se manter estáveis após os 65 anos. 
RASTREAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
• A partir dos 18 anos de vida, a cada 2 anos, sem 
idade limite; anual se PAS entre 120-139 mmHg e 
PAD entre 80-90 mmHg. 
RASTREAMENTO DE DIABETES MELLITUS TIPO II 
• Pacientes com PA sustentada < 135X80mmHg ou 
em adultos entre 40 e 70 anos de idade, com 
sobrepeso ou obesidade. 
RASTREAMENTO DE TABAGISMO 
• Está recomendado o rastreamentodo tabagismo 
em todos os adultos, incluídas as gestantes. 
RASTREAMENTO DE ABUSO DE ÁLCOOL 
• Rastreamento e intervenções de aconselhamento 
na atenção primária para reduzir o uso inadequado 
de álcool em adultos, incluindo mulher grávidas. 
RASTREAMENTO DA OBESIDADE 
• Todos os pacientes adultos e crianças maiores de 
seis anos para obesidade e a oferta de 
intervenções de aconselhamento e de mudança de 
comportamento para sustentar a perda de peso. 
RASTREAMENTO DE CA DE CÓLON E RETO 
• Recomenda-se o rastreamento para o CA de cólon 
e reto usando pesquisa de sangue oculto nas fezes, 
colonoscopia ou sigmoidoscopia, em adultos entre 
50 e 75 anos. 
• O intervalo de rastreamento varia entre anual e 
bienal, pois apresentam redução semelhante na 
taxa de mortalidade por câncer de intestino. 
• O protocolo de rastreamento mais utilizado é a 
pesquisa de sangue oculto nas fezes, seguida pela 
colonoscopia naqueles com resultado positivo. 
 
• Não rastrear de rotina: 
❖ Adultos entre 76 e 85 anos. Pode haver 
considerações que suportem o rastreamento 
desse CA individualmente. 
❖ Pacientes de 85 anos ou mais. 
RASTREAMENTO DE CA DE PELE 
As evidências ainda são insuficientes para se avaliar 
os benefícios e malefícios para a recomendação do 
exame de toda a pele do corpo por um médico de 
atenção primária ou pela própria pessoa, a fim do 
diagnóstico precoce de melanoma, câncer 
espinocelular e basocelular na população geral. 
 Beatriz Machado de Almeida 
 Internato – 9º semestre 
4 
POR QUE NÃO RASTREAR? 
❖ O melanoma nodular (em torno de 10% dos casos) 
é um câncer agressivo e de rápido crescimento e o 
rastreamento, muito provavelmente, não é capaz 
de detectá-lo em uma fase curável; 
❖ Alguns melanomas detectados pelo rastreamento 
consistirão de tumores indolentes que, 
provavelmente, não representam ameaça à vida do 
indivíduo; 
❖ O rastreamento de melanoma a exemplo de outras 
doenças que apresentam baixa incidência na 
população não apresenta uma relação custo-
efetiva positiva. 
RASTREAMENTO DO CA DE BOCA 
As evidências ainda são insuficientes para a 
recomendação contra ou a favor do exame rotineiro 
de adultos para o CA de boca. 
POR QUE NÃO RASTREAR? 
As estratégias de rastreamento populacional não têm 
conseguido demonstrar impacto sobre as taxas de 
mortalidade. 
MULHERES 
RASTREAMENTO DE CA DO COLO DO ÚTERO 
• Exame preventivo do CA de colo de útero 
(¨Papanicolau¨): 25-64 anos. 
• Realizar anualmente por 2 anos, e após 2 
resultados normais consecutivos no intervalo de 
um ano, realizar a cada 3 anos. 
• Recomendado para mulheres sexualmente ativas e 
que tenham a cérvice. 
• Obs: portadoras do vírus HIV e imunodeprimidas 
devem realizar o exame anualmente. 
 
• Não rastrear: 
❖ Mulheres >65 anos que tiveram um rastreamento 
com Papanicolau normal e que não fazem parte de 
grupo de alto risco para esse CA. 
❖ Mulheres que realizaram histerectomia total. 
 
 
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: 
 
RASTREAMENTO DO CA DE MAMA 
• Recomenda-se o rastreamento de CA de mama 
bianual (a cada 2 anos) por meio da mamografia 
para mulheres entre 50-74 anos. 
• O risco de CA de mama aumenta com a idade e o 
rastreamento para essa doença deve ter como alvo 
as mulheres na faixa etária de maior risco. 
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: 
 
OBS - TSH: realizado a partir dos 45 anos, mesmo 
sem clínica sugestiva. 
HOMENS 
RASTREAMENTO DO CA DE PRÓSTATA 
• O nível de evidência ainda é insuficiente para 
tecer recomendações a favor ou contra a adoção 
do rastreamento para o CA de próstata em 
homens assintomáticos com idade inferior a 75 a. 
• PSA: não apresenta boa relação, pois é tecido-
específico, mas não tumor-específico. Cerca de 
2/3 dos homens com PSA elevado NÃO tem CA de 
próstata detectado na biópsia.

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