Linfadenite Caseosa e Neosporose em Pequenos Ruminantes

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DUAS DOENÇAS DE SUMA IMPORTANCIA NA PRODUTOS DE PEQUENOS RUMINANTES
1) LINFADENITE CASEOSA
É uma doença causada pela bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis. Sendo esta, uma doença crônica, contagiosa e que enfraquece os pequenos ruminantes. Essa bactéria é responsável por formar abscessos (caroços) em linfonodos internos ou superficiais e em órgãos internos. É uma doença que causa grandes prejuízos econômicos, devido diminuir a produção de carne, leite e lã, sendo ela de ocorrência mundial por ser infectocontagiosa, ou seja, é uma doença de rápida e fácil transmissão. 
A transmissão ocorre por contato direto entre os animais ou por ingestão de alimentos ou água contaminados pela secreção purulenta dos abcessos. Um fator determinando é que um único abcesso tem uma quantidade de bactéria capaz de contaminar um rebanho inteiro, seno esta, uma bactéria encapsulada, o que torna ela com alta resistência a medicamentos e antibióticos. 
A medida de prevenção para esta doença, é ter cuidados ao adquirir animais de outros rebanhos para que eles não estejam contaminados, vacinação a partir dos três meses de idade, higienização do aprisco, cochos de água e alimento, currais e piquetes, inspeção dos animais preferencialmente a cada 15 dias, desinfecção e corte do umbigo e tratamento de qualquer ferimento no animal, devido ser uma porta de entrada para microrganismos. 
Os sinais clínicos são, formação de pus caseoso de coloração amarela envolvido por uma capsula fibrosa, ao passar do tempo com a evolução da doença, este “caroço” torna-se seco e calcificado, além disso os abscessos mais avançados apresentam camadas concêntricas. A linfadenite caseosa pode ser superficial ou visceral. Na superficial, ocorre o aumento dos linfonodos, pois possuem líquido caseoso, ocorrem na região de parótida, mandíbula, retro faringe, ínguas, mamas e escapulas. Quando não são drenados, eles se rompem espontaneamente. Já na visceral, ela acomete os linfonodos dos órgãos como, pulmão, fígado e rim. Sendo diagnosticada apenas por exames laboratoriais, sendo parte da carcaça ou toda ela condenador e não são destinadas para o consumo humano. 
2) NEOSPOROSE
É uma doença causada por um protozoário intracelular obrigatório que é o Neospora caninum, ele está associado a distúrbios neurológicos e problemas reprodutivos no âmbito de abortos. 
Devido ser um parasita, ocorre o ciclo biológico para acontecer o contágio, envolvendo cães e coiotes como hospedeiros definitivo e bovinos, equinos, ovinos e caprinos atuam como hospedeiros intermediários. 
Ocorrera em três estágios, são eles: taquizoitos, bradizoitos e oocistos. Os oocistos estão presentes nas fezes dos cães e coiotes, já os taquizoitos e bradizoitos estão no hospedeiro intermediário, sendo eles intracelulares. Os cães eliminam as fezes com oocistos, devido terem ingerido cistos com bradizoítos (cistos teciduais em fase crônica), os oócitos vão esporular depois de vinte e quatro horas. Ao ser ingerido pelos ovinos ou caprinos, acontece a liberação de esporozoítos para o intestino e evoluem para taquizoitos (infecção rápida e está no tecido durante a faze de infecção aguda). 
A principal porta de entrada para infecção é por via transplacentária. Quando este parasita invade as células do útero, ele multiplica e destroem os tecidos da mãe e os do feto, ocorre uma resposta inflamatória 
O principal sinal clínico em pequenos ruminantes é o abortamento, trazendo muitos prejuízos para o produtor. Além disso, ocorre lesão na placenta dos cordeiros que foram abortados, no musculo esquelético e no sistema nervosos central. Em alguns estudos com cordeiros abortados, encontraram cistos na medula espinhal, hemorragias, necrose, muitos focos de células inflamatórias, cistos no sistema nervoso central, entre outros sinais clínicos. 
O controle e prevenção para essa enfermidade é fazer o descarte de fêmeas soropositivas, impedir a compra de fêmeas positivas vindas de outro rebanho, higienizar cochos de água e alimentos. Caso existam cães na propriedade, sempre realizar o descarte correto das placentas ou fetos abortados para que eles não se alimentem e acabam sendo contaminados, além disso, é essencial não alimentar os cães com carnes cruas, para não os tornar um hospedeiro definitivo, caso a carne esteja contaminada.
Figura 1: Ciclo do N.caninum
Fonte, disponível em: <https://books.scielo.org/id/nv4nc/pdf/amarante-9788568334423-10.pdf>.
3) BIBLIOGRAFIA 
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