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resumo local de crime

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Aula 1 – Investigação Criminal
Investigação é o processo de busca de informações a respeito de um determinado fato que ajudem a aflorar a verdade. Criminal é tudo que está relacionado com ações ilícitas, como infrações ou delitos.
Não há, na legislação brasileira, nenhum dispositivo legal que defina o conceito de investigação criminal.
a investigação criminal tem como objetivo a apuração das infrações penais e que essa incumbência é atribuição da Polícia Judiciária.
Crime -> Pensando em termos jurídicos, é toda conduta típica, antijurídica (ou ilícita) e culpável, praticada por um ser humano.
Notitia criminis, ou notícia-crime, é o conhecimento de um fato criminoso, que se leva à autoridade. Ela pode se materializar por meio de um boletim de ocorrência ou de uma petição, entre outras formas, e pode ser dirigida ao delegado de polícia, ao Ministério Público ou ao juiz.
Investigação pericial -> A atividade pericial em si fundamenta-se na técnica, no planejamento e na precisão, e concretiza-se nas diversas etapas e nos passos que devem ser dados ao longo de uma investigação pericial.
Investigação policial -> É o instrumento formal de investigações, compreendendo o conjunto de diligências realizadas por agentes policiais para apurar o fato criminoso e descobrir sua autoria ou a atipicidade ou, ainda, alguma causa excludente de ilicitude ou de culpabilidade. É a documentação das diligências efetuadas pela Polícia Judiciária, conjunto ordenado cronologicamente e autuado das peças que registram as investigações.
· A Polícia Judiciária responsável pela investigação policial será denominada, legalmente, por inquérito policial e deverá apurar a verdade do fato, supostamente criminoso, e reunir os elementos necessários (provas) da prática de uma infração penal e sua autoria (autoria e materialidade).
“Crime é uma violação da lei penal, ou seja, é uma ação ou omissão que se proíbe e se procura evitar, ameaçando-a com pena, porque constitui ofensa (dano ou perigo) a um bem jurídico individual ou coletivo.”  (VELHO; COSTA; DAMASCENO, 2013).
A investigação criminal é o conjunto de procedimentos e de tarefas capazes de criar as condições necessárias para se esclarecer um crime. é o ponto de partida da persecução penal. 
Nesse sentido, apesar de serem vistos como elementos isolados, a investigação policial, os exames periciais e o policiamento ostensivo são uma coisa só.
Aula 2 – Conceito e Caracterização de Local de Crime
O local de crime pode variar de acordo com as situações. Existem locais cujos elementos são simples e de fácil observação a olho nu, como um carro abandonado ou o corpo de uma vítima de morte violenta, e há locais de crime onde os elementos se encontram latentes, havendo a necessidade de uso de métodos específicos de revelação para encontrar o vestígio.
O local de crime deve ser tratado com máximo cuidado, de forma organizada, para evitar e minimizar o prejuízo aos elementos relacionados ao crime.
local de crime é o conjunto de elementos que compõe o corpo de delito que precisa ser analisado científica e tecnicamente, visando o futuro esclarecimento dos fatos a ele relacionados.
Quem é a autoridade no local de crime? A autoridade policial é sempre aquele agente de segurança pública que toma conhecimento do fato e inicia o processo de reconhecimento e isolamento. Chamaremos essa autoridade de profissional primeiro interventor.
Relacionado a isso, o legislador percebeu a necessidade de preservação do corpo de delito, através do Art. 6 do CPP. Dessa forma, logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial presente no local do crime deverá dirigir-se ao local e providenciar para que não se alterem o estado e a conservação das coisas até a chegada dos peritos criminais.
· O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
· o exame de corpo de delito pode sofrer alterações quando realizado a posteriori, levando-se em consideração questões técnicas ou quando realizado sob determinadas condições (climáticas, iluminação e de segurança), que podem ocasionar prejuízos ao levantamento de elementos relacionados ao crime ou à vida dos envolvidos no exame.
Aula 3 – Conceitos Essenciais: Vestígio, Evidência e Indício
VESTÍGIO
o vestígio é assim chamado para definir qualquer informação concreta que possa ter, ou não, alguma relação com o crime, segundo Espindula (2003).
Vestígio é todo material bruto constatado e/ou recolhido em um local de crime para análise posterior.
De acordo com o parágrafo 3º do Art. 158-A do Código de Processo Penal, vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal.
EVIDÊNCIA
Evidência é o vestígio depois de feitas as análises, em que se constata técnica e, cientificamente, a sua relação com o crime.
INDÍCIO
Vestígio e evidência, tecnicamente, são usados no âmbito da perícia. Quando essas informações são tratadas na fase processual, elas passam a ser chamadas de indício.
Indício é uma expressão utilizada no meio jurídico que significa cada uma das informações (periciais ou não) relacionadas com o crime.
Aula 4 – Exame do Local de Crime: Idoneidade do Vestígio.
Nesta aula, vamos falar sobre vestígio verdadeiro, forjado e ilusório, e as diferenças de cada um, e entender como se aplica o Princípio da Transferência, de Locard (1932), no contexto das investigações.
IDONEIDADE DO VESTÍGIO
A idoneidade do vestígio é de suma importância para correta persecução penal, tornando a prova robusta e inquestionável.
Os autores Velho, Costa e Damasceno (2013) e Silva Netto e Espindula (2016) reforçam a importância da idoneidade do vestígio, subdividindo-os em verdadeiro, forjado e ilusório.
	VERDADEIRO
· É definido com a depuração total dos elementos encontrados no local de crime, pois somente são verdadeiros aqueles produzidos diretamente pelos atores da infração e, ainda, que sejam produto direto das ações do cometimento do delito em si.
FORJADO
· Entendemos que todo elemento encontrado no local de crime, cujo autor teve a intenção de produzi-lo com objetivo de modificar o conjunto dos elementos originais gerados pelos atores da infração. Um vestígio forjado poderá ser produzido por qualquer pessoa que tenha interesse em modificar a cena de crime, por razões diversas. Um dos grandes produtores desse tipo de vestígio são os próprios autores do delito, que o fazem na intenção de dificultar as investigações que as levem até eles.
ILUSÓRIO
· Vestígio ilusório é todo elemento encontrado no local de crime que não esteja relacionado às ações dos atores da infração e cuja produção não tenha ocorrido de maneira intencional. É bastante comum a ocorrência de locais de crime em ambientes abertos, nos quais há um trânsito permanente de pessoas, bem como aglomeração pessoas curiosas antes da chegada de agentes de segurança pública, sendo possível que ocorram alterações, supressões e desaparecimento dos vestígios, bem como a inserção de outros elementos que criem dúvida ou norteiem investigação para caminhos difusos.
Vestígios forjado e ilusório desperdiçam dinheiro público, dificultando o trabalho investigativo e criando caminhos que não convergem. Ambos são considerados fraude processual, com previsão legal no Código Penal.
fraude processual é “Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito”
Art. 347 do CP. O parágrafo único reitera: “Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro”.
PRINCÍPIO DA TRANSFERÊNCIA DE LOCARD
O princípio da transferência foi amplamente debatido por Edmond Locard, em 1932, que discorreu sobre os “princípios das trocas”, afirmando que o autor do crime leva com ele algo da vítima e/ou do local onde aconteceu o fato, podendo também levar instrumentos ou até mesmo objetos que foram utilizados, bem como deixa algo dele no local do crime.
Aula 5 – Custódia da Prova
O termocadeia de custódia é o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
O início da cadeia de custódia ocorre com a preservação do local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
RECONHECIMENTO
·  ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial.
· normalmente, feita por cidadãos.
ISOLAMENTO
· ato de evitar que se altere o estado das coisas, com intuito de isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime.
· IMEDIATO -> onde se encontra o corpo de delito e os vestígios materiais próximos; é onde ocorreu o fato em si.
· Ao analisar o local imediato, o perito descreverá o estado das coisas, estabelecendo pontos referenciais dos objetos: corpo, quando for homicídio, ou um veículo, quando um acidente de carro, por exemplo. Assim, o perito fará uso de ponto de amarração georreferenciada (coordenadas de latitude e longitude) para correto posicionamento do vestígio.
· MEDIATO -> Área adjacente de onde ocorreu o fato criminoso; é espacialmente próximo ao local imediato, onde poderá haver vestígios.
· RELACIONADO -> É o local sem relação geográfica direta com o local do crime em si. No entanto, pode possuir vínculo com o respectivo local.
· O isolamento é considerado um dos pontos mais importantes do processo, visto que é o momento em que o Estado toma providências sobre o elemento encontrado, confirma sua possível importância para uma investigação criminal e inicia sua preservação através do isolamento.
· PONTO DE AMARRAÇÃO - Essa prática, denominada amarração do local (ponto fixo que servirá de referencial ao perito), permitirá que o cenário seja a qualquer tempo reproduzido, caso haja necessidade de novas diligências.
FIXAÇÃO
· Descrição detalhada do vestígio e posição na área externa
· pode ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento
COLETA
·  recolher o vestígio que será submetido à análise pericia.
· realizada preferencialmente por perito oficial;
ACONDICIONAMENTO
·  cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada.
· O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do material e deverá individualizar o vestígio, preservar suas características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo.
TRANSPORTE
· ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequadas.
· garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua posse.
RECEBIMENTO
·  ato documentando de transferência da posse do vestígio com as seguintes informações.
· Número de procedimento.
· Polícia Judiciária relacionada.
· Local de origem.
· Nome de quem transportou o vestígio.
· Código de rastreamento.
· Natureza do exame.
· Tipo do vestígio.
· Protocolo.
· Assinatura.
· Identificação de quem o recebeu.
PROCESSAMENTO
· Exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado.
ARMAZENAMENTO
· procedimento referente à guarda, em condições adequadas
DESCARTE
·  procedimento referente à liberação do vestígio;
CENTRAL DE CUSTÓDIA
No Art. 158 do Código do Processo Penal encontramos as informações pertinentes à custódia e às perícias em geral. Segundo o documento, todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
Aula 6 – Local Idôneo e Inidôneo
LOCAL IDÔNEO 
· aquele que estaria completamente intocável, com vestígios preservados e com as condições deixadas pelos agentes do delito (vítima e agressor).
LOCAL INIDÔNEO
· local inidôneo é aquele cujos vestígios foram perdidos e não há como depreender pelos elementos existentes, as dinâmicas, relações com a atividade delituosa e nexo causal.
Como você viu até agora no curso, o resultado sobre as informações que os vestígios e o próprio local de crime podem trazer aos peritos criminais só será possível se forem empregadas as técnicas criminalísticas adequadas de constatação, registro, identificação e análise de cada um desses vestígios.
Exercícios de Fixação
1. Segundo Espindula (2009), como se define a investigação criminal? 
É o conjunto de procedimentos e de tarefas capazes de criar as condições necessárias para se esclarecer um crime.
2. Onde inicia a investigação criminal? 
A investigação criminal é o ponto de partida da persecução penal. É o início da atividade de verificação de determinado fato, supostamente criminoso. O ponto inicial da discussão sobre o exercício do sistema de persecução penal reside justamente na notícia-crime. A sua importância é fundamental para o regular desenvolvimento da investigação preliminar. Uma compreensão equivocada a respeito do seu significado pode redundar em prejuízo considerável ao procedimento investigativo
3. Qual a relevância das ações integradas das autoridades para a preservação do local de crime? 
Apesar de serem vistos como elementos isolados, a investigação policial, os exames periciais e o policiamento ostensivo são uma coisa só: a investigação criminal. Esses trabalhos são, portanto, interdependentes, ou seja, sem o trabalho de todos há prejuízos incalculáveis que impedem uma resposta satisfatória à sociedade
4. Quais sãos as diferenças entre vestígio, evidência e indício.
Vestígio é qualquer elemento encontrado em local de crime. Evidência é o vestígio após realizado o procedimento pericial. Indício é nomenclatura jurídica de evidência apresentada com laudo pericial
5. Qual é a diferença entre vestígio forjado e vestígio ilusório? 
Ambos são elementos inseridos no corpo de delito e podem desviar a investigação, porém o forjado se dá por meio de ação intencional e o ilusório é quando foi inserido de forma descuidada
6. Qual é o fator que mais contribui para a produção de vestígios ilusórios? 
Aglomerações no local de crime, entrada de curiosos no local de crime e isolamento inadequado
7. Explique o que é reconhecimento? 
Identificar um elemento que possa estar relacionado a um crime, é a etapa mais vulnerável, visto que, normalmente, é feita por cidadãos e, posteriormente, pelo primeiro agente de segurança pública que chegar ao local de crime
8. O que é o isolamento de um local de crime? 
É o ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo-se isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime. É a etapa posterior ao reconhecimento, em que o agente de segurança pública toma as primeiras providências para preservação do local de crime
9. Como deve ser a coleta dos vestígios?
A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária a realização de exames complementares