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Manipulação de plantas aquaticas

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Universidade de Caxias do Sul
Centro de Ciências Exatas e Tecnologia
Departamento de Engenharia Química
Curso de Engenharia Ambiental
Prof. Vania Schneider
Disciplina: Manejo dos Recursos Naturais
Manipulação de Plantas Aquáticas
Ronaldo Cherubini
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Macrófitas na Cadeia Trófica – Influências Direta e Indireta
Macrófitas – plantas grandes
Macrófitas emergentes: enraizadas em solo submerso, apresentando suas bases sob as águas e caule, folhas e flores acima da superfície, semelhantes às plantas terrestres.
Macrófitas flutuantes: com folhas, cujos exemplos típicos são as ninféas e os aguapés, que também possuem raízes. Sua florescência ocorre acima das águas e suas folhas bóiam na superfície líquida. Podem apresentar folhas submersas com diversas formas e anatomias.
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Macrófitas totalmente submersas: normalmente têm raízes, mas isso nem sempre ocorre. Caso tenham raízes, mesmo sendo necessário para a captação dos nutrientes do solo ou dos sedimentos, não é um sistema muito grande.
Macrófitas flutuantes: como o duckweed (Lemna, Spirodela e Wolffia), o jacinto de água (Eichhornia crassipes) e as filicíneas flutuantes (Salvinia spp. e Azolla spp.). Formam grandes tapetes embaraçados, ligados por estolões e que absorvem todos os seus nutrientes diretamente das águas e não dos sedimentos.
Macrófitas na Cadeia Trófica – Influências Direta e Indireta
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Macrófitas na Cadeia Trófica – Influências Direta e Indireta
As macrófitas contribuem de duas formas para a cadeia alimentar dos lagos. De maneira direta, pois representam fontes de produção primária e de alimentos para uma grande diversidade de animais. A contribuição indireta ocorre pela estrutura arquitetônica que elas oferecem ao lago por meio de sua influência sobre os processos que envolvem o ciclo dos nutrientes (Wetzel, 1990). As zonas dominadas por macrófitas de um lago, em geral, apresentam uma maior diversidade de espécies animais (Macan & Kitching, 1972) do que a zona de águas abertas dominada pelo plâncton. As macrófitas fornecem as bases físicas para nichos, locais de repouso, tocaias para predadores e locais para desova ou deposição de ovos fertilizados. Devido à alta produtividade dos habitats dominados por macrófitas, há uma alta taxa de metabolismo interno.
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Em Que Tipo de Lagos as Comunidades de Macrófitas 
São Importantes? 
Há macrófitas em todos os lagos, exceto em alguns muitos salinos ou aqueles em que elas foram destruídas pela poluição, porém elas têm importância diferente em função do tipo de lago. Os lagos grandes, apesar de serem proeminentes nos mapas, ocupam uma área total muito menor que a soma de milhões de lagos pequenos e rasos, de grande importância para a humanidade. Esses são os lagos nos quais as macrófitas assumem um papel da maior importância, sob todos os pontos de vista. 
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Há um padrão na comunidade de plantas aquáticas de um lago que reflete a profundidade das águas e também o grau de exposição das margens à ação dos ventos e das ondas (Spence, 1982). À medida que a água fica mais profunda, até o ponto no qual a luz se torna insuficiente para a colonização das plantas, predominam as plantas submersas. As aquáticas flutuantes podem surgir nos lugares onde os ventos e os movimentos das águas permitam sua existência.
As plantas aquáticas freqüentemente aumentam quando aumentam as entradas de nutrientes (de fósforo e nitrogênio) oriundos das áreas de mananciais (Mitchell, 1974). 
Alterações na Comunidade de Plantas Aquáticas 
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Alterações na Comunidade de Plantas Aquáticas 
Geralmente, são as plantas flutuantes e submersas que respondem mais à eutrofização, já que dependem da água para alguns nutrientes ou todos eles, em especial o nitrogênio. Quando a eutrofização aumenta moderadamente nos locais onde crescem plantas submersas e flutuantes, ela pode causar problemas para a navegação ou pesca, devido à deriva das massas de macrófitas existentes, muito embora, provavelmente, a produção total de peixes aumente paralelamente à das plantas.
Com o aumento dos níveis de eutrofização, mudam as características das plantas submersas, com as espécies curtas sendo ultrapassadas pelas maiores, que respondem à maior disponibilidade de nutrientes com um aumento de sua biomassa. 
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Julgando se um Problema Existe ou Não 
Deve-se ter cuidado antes de iniciar medidas para aumentar ou reduzir a população de plantas aquáticas (Nichols, 1991), pois às vezes, essas medidas podem adiar ou induzir a novos e posteriores problemas. 
Por exemplo, nas fases iniciais de construção de um reservatório, o lago recém-formado pode apresentar uma grande produtividade, já que nutrientes são liberados dos solos inundados e da decomposição da vegetação terrestre. Poderá ocorrer florescimentos de algas ou grandes áreas poderão ficar cobertas com plantas aquáticas, complicando a navegação e a pesca.
Dentro de alguns anos, a fertilidade do lago declinará, pois as águas afluentes do reservatório diluirão as águas ricas em nutrientes. Como conseqüência, a infestação por plantas aquáticas acompanhará essa queda e os problemas a ela correlatos desaparecerão paulatinamente (McLachlan, 1974). 
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Reduzir a carga de nutrientes, decidindo qual nutriente é mais fácil de ser controlado. 
 O Fósforo geralmente é mais fácil de ser controlado que o nitrogênio.
 Inicialmente: elaborar um balanço para o fósforo e para o nitrogênio existentes no lago, a fim de identificar as principais fontes desses elementos e determinar a relação N:P existente nas águas afluentes. 
Caso a relação de N:P, em peso, seja muito maior que 10, o lago é limitado por fósforo e caso esse valor seja inferior a 10, ele é limitado por nitrogênio.
Manipulações para Reduzir o 
Crescimento Excessivo das Plantas
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 As fontes de fósforo e nitrogênio podem vir de focos pontuais ou de fontes difusas. 
 Nos focos pontuais, a tecnologia para remoção de fósforo encontra-se bastante desenvolvida, mediante sua precipitação por sais de ferro ou alumínio; para o nitrogênio, encontra-se em desenvolvimento, sendo de alto custo. 
 Nas fontes difusas, os compostos de nitrogênio são muito solúveis, sendo carregados em grandes quantidades sob determinadas circunstâncias. Os procedimentos para reduzir essas cargas incluem a criação e preservação de várzeas (e outras formas de vegetação) ao longo dos rios afluentes e das margens do lago, que promoverão a desnitrificação e também a absorção de nitrogênio pelas plantas. 
Manipulações para Reduzir o 
Crescimento Excessivo das Plantas
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Manipulações para Reduzir o 
Crescimento Excessivo das Plantas
Em locais onde não é possível obter a redução de nutrientes ou onde essa é ineficaz, pode-se empregar outros métodos para reduzir o crescimento excessivo das plantas:	
 remoção das ervas daninhas por meio de seu corte e dispondo essa massa em local afastado do lago. 
 emprego de herbicidas, que mesmo sendo mais barato, deixa grande volume de plantas mortas, o que leva à desoxigenação e que também pode destruir completamente a vegetação. 
 a carpa de grama chinesa (Ctnopharyngodon idella) pode ser utilizada de forma bastante precisa, por ser voraz comedora de plantas, em áreas onde é incapaz de se reproduzir sem a ajuda artificial. 
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Métodos para Estimular o Crescimento de Plantas Aquáticas 
Onde Suas Comunidades Foram Perdidas 
As plantas aquáticas são destruídas devido a eutrofização exagerada ou por eutrofização moderada associada a mecanismos de mudança.
 Primeiro: diminuir as cargas de nutrientes, se exageradas, para níveis nos quais tanto as plantas aquáticas como o fitoplâncton possam resistir em estados alternativos.
 Segundo: recuperar os mecanismos de amortecimento, capazes de estabilizar o estado dominado pelas plantas. Para isso, deve-se reduzir a turbidez das águas criando comunidades de crustáceos herbívoros, criando refúgios artificiais para esses organismos contra a predação dos peixes, ou remover os peixes por um período suficientemente longo, que permita que as plantas seestabeleçam e criem seus próprios mecanismos de amortecimento.
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Métodos para Estimular o Crescimento de Plantas Aquáticas 
Onde Suas Comunidades Foram Perdidas 
Uma técnica combinada reside na criação de áreas confinadas nas bordas dos lagos, inacessíveis aos peixes, porém, capazes de permitir o fluxo das águas que passam entre as malhas da rede (Moss, 1990). Retira-se, então, os peixes das áreas limitadas pelas redes, em que as plantas são capazes de crescer em águas mantidas claras devido à atividade herbívora dos crustáceos. Pode ser necessário proteger os inóculos iniciais das plantas contra aves. 
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Conclusões
As plantas aquáticas são componentes muito importantes dos ecossistemas existentes em lagos rasos porque garantem produção e habitats. Quando as populações de plantas tornam-se superabundantes ou escassas, devido a atividades antrópicas, os ecossistemas e suas funções sofrem. Logo, as decisões referentes ao gerenciamento das plantas devem considerar uma cuidadosa análise sobre a real existência do problema, de suas potenciais causas e quais as conseqüências das ações corretivas sobre o restante do ecossistema.

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