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Profilaxias na UTI: Úlceras de estresse/ Tromboembolsimo Venoso/Úlceras de pressão

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PROFILAXIAS NA UTI
Úlceras TGI
Úlcera de Estresse
· Definição: síndrome da úlcera de estresse (SUS) é o sangramento difuso (diversas lesões) no estômago proximal em paciente crítico → sangue no cateter oro/nasogástrico; hematêmese e/ou melena (sangramento digestivo alto)
· São causadas pelo fato de o paciente estar em terapia intensiva (estresse)
· É comum (10%) e grave (80% de letalidade) → os 20% que sobrevivem terão consequências do sangramento na doença de base (piora do quadro)
· Profilaxia:
· IBP: Omeprazol (para diminuir a acidez do estômago)
· Antagonista histamínico H2: Ranitidina
· Indicação: um dos seguintes fatores 
· TCE (trauma cranioencefálico) ou TRM (trauma raquimedular)
· Coagulopatias
· Doença ulcerosa péptica até 1 ano antes
· Em uso de corticosteroides
· VM por mais de 48h
· IRA ou INS hepática aguda
· Queimadura > 35% de SCQ
· Pós-operatório de hepatectomia/TX hepático/TX renal
· Não faço em todo mundo pelo custo e pelo aumento de pneumonia em VM (alcalinização do estômago – gram negativos → não é comprovado!). Na prática, faço em quase todo mundo
Tromboembolismo Venoso (TEV)
Paciente crítico → imobilização/ sepse/ inflamação/ malignidade/ pós-operatório → maior risco de TVP/TEP
Profilaxia:
· Principalmente em pacientes cirúrgicos (extrapola-se para pacientes clínicos)
· Fatores de risco:
· Tipo e extensão da cirurgia (ortopédica, neurológica, hepática)
· Sepse recente 
· História prévia de TVP
· Imobilização/hospitalização prolongada
· Estados de hipercoagulabilidades
· Parto ou puerpério
· Idade avançada
· Malignidade
· Obesidade
· Pacientes SEMPRE ALTO RISCO independente do score de Caprini
· Artroplastia de quadril ou joelho
· Fratura de quadril ou joelho
· Câncer colorretal
· TRM
· Cirurgias oncológicas
· Muito alto risco:
· Alto risco + múltiplos fatores de risco
Obs.: Caprini é uma escala que se vê por app ou site
· Conduta:
· Muito baixo risco: deambulação precoce
· Baixo risco: métodos mecânicos (meia elástica, compressor pneumático, fisioterapia)
· Moderado/Alto risco: métodos farmacológicos 
· Muito alto risco: métodos farmacológicos + métodos mecânicos
· Métodos Mecânicos:
· Compressor pneumático: 
· Não usar na doença arterial isquêmica
· Tomar cuidado com a fragilidade cutânea
· Meia elástica: menos eficaz
 O ideal é usar os dois juntos.
· Métodos Farmacológicos:
· Heparina não fracionada: monitorizar plaquetas (HIT) → 12/12h ou 8/8h
· Heparina de baixo peso molecular: monitorizar função renal → 1x por dia
· Fondaparinux (inibidor Xa): monitorizar função renal → 1x por dia
· Anticoagulantes orais: Marevan/Rivaroxabana/Dabigratana
· Começar assim que o paciente internar no pós-operatório imediato e parar assim que começar a deambular (em alguns pacientes de alto risco, eu mantenho – profilaxia estendida)
· Em pacientes clínicos, usa-se os fatores de risco tradicionais do paciente cirúrgico, porém não existe uma tabela de classificação
Úlcera de Pressão
Úlceras de pressão ou decúbito, também chamadas de escaras → complicação inerente ao paciente crítico/acamado, pela posição → os ossos fazem pressão sobre o tecido
Estágio 1: eritema localizado, pele íntegra
Estágio 2: perda parcial da pele, com úlcera rasa e brilhante com ou sem bolhas
Estágio 3: perda total da derme, com exposição do subcutâneo
Estágio 4: perda total da derme com exposição de osso, musculo ou tendão
Indeterminada: úlcera com cobertura de escara, impossibilitando a classificação correta até ser desbridada (geralmente 3 ou 4)
Fatores de risco:
Dificuldade na mudança de posição/perfusão → já tem um problema de perfusão, a qual é piorada 
· Imobilização (é o maior fator de risco)
· Desnutrição (subcutâneo e músculos menores)
· Perfusão cutânea prejudicada (IC, choque, hipotensão, DAOP)
· Déficit sensitivo (delirium, DM, demência, neuropatias)
Regiões mais acometidas:
Regiões comprimidas por proeminência óssea
· Decúbito dorsal: calcanhar, região sacra (mais comum), cotovelo, ombro, nuca
· Decúbito lateral: tornozelo, joelho, quadril, ombro, orelha
Escalas de Risco:
Norton: estado físico, estado mental, atividade, mobilidade e incontinência
Braden: percepção sensorial, hidratação da pele, atividade, mobilidade, nutrição e atrito/fricção
Tratamento: desbridamento, pomadas, curativos
Profilaxia:
· Colchão pneumático: infla e desinfla em regiões alternadas, mudando as zonas de maior pressão que o corpo está sofrendo
· Reposicionamento: PRINCIPAL. Tem que ter horários de mudança de decúbito, geralmente de 20 em 20 min → depende da relação entre a quantidade de mão de obra e de pacientes
· Fisioterapia
· Relaxantes musculares (se espasticidade)
· Uso criterioso de medicações (sedativos, aminas)
· Cuidados com a pele (ex.: evitar humidade, limpar a pele)
· Equipes treinadas nas profilaxias

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