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Colégio da Polícia Militar - Dendezeiros Aluna CPM: 3º Sgt Isabelle Arouca Professora: Andréia Série : 7º C COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NO BRASIL 1. O GOVERNO GERAL O Governo-Geral foi um sistema de administração criado por Portugal no período colonial e os três governadores-gerais. ● Criação do sistema, principais características e objetivos: Em função do desempenho insatisfatório do sistema de Capitanias Hereditárias, D. João III, rei de Portugal, resolveu criar o Governo-Geral no Brasil no ano de 1549. Era uma forma de centralizar o poder na colônia nas mãos de funcionários de confiança e acabar com a desorganização administrativa. Também foi uma forma encontrada pela coroa portuguesa de aperfeiçoar o sistema das capitanias hereditárias e aumentar a eficiência no controle da produção e exportação de açúcar. A criação do Governo-Geral também teve como objetivo aumentar o combate às invasões estrangeiras. ● Os três Governadores-Gerais Governadores-gerais do Brasil e suas principais realizações: 1. Tomé de Souza (governou de 1549 a 1553): fundou engenhos de açúcar, instalou a capital em Salvador (Bahia), introduziu a criação de gado, trouxe os jesuítas, mulheres e escravos para o Brasil. 2. Duarte da Costa (governou de 1553 a 1558): fundou a cidade de São Paulo (1554) e combateu as invasões francesas no Rio de Janeiro. Duarte da Costa também organizou entradas pelo sertão do Brasil em busca de pedras e metais preciosos. 3. Mem de Sá (governou de 1558 a 1572): consolidou o sistema do governo-geral, fundou missões indígenas, fundou a cidade do Rio de Janeiro (1565) e combateu os franceses com êxito. ● Resultados Como resultados da implantação deste sistema político-administrativo no Brasil, podemos citar: catequização de indígenas, desenvolvimento agrícola e incentivo à vinda de mão de obra escrava africana para as fazendas brasileiras. Também favoreceu os donatários, que passaram a contar com maior apoio financeiro e militar de Portugal, através da atuação dos governadores-gerais e seus auxiliares. Fim do Governo-Geral no Brasil Este sistema durou até o ano de 1640, quando foi substituído pelo Vice-Reinado. Fonte: https://www.suapesquisa.com/colonia/governo_geral.htm 2. A SOCIEDADE COLONIAL A sociedade colonialista era totalmente escravista e a economia latifundiária e baseada na monocultura. A cana-de-açúcar ocupava o posto de produto mais produzido, sendo o “carro-chefe” das grandes propriedades. Como o dinheiro girava em torno da produção agrícola, a maior parte da população se concentrava na zona rural. Os maiores cargos políticos eram ocupados por senhores de engenhos (coronéis), que eram também donos de escravos. A mineração também teve seu espaço no Brasil colônia, mas ao contrário da atividade que ocupava o meio rural, os mineradores se viviam no meio urbano, eram menos aristocráticos e intelectualmente mais evoluídos. Era comum no século XVIII, uma pessoa seu um grande minerador e latifundiário ao mesmo tempo. Portanto, a camada socialmente dominante era mais diversificada, ocupada por donos de escravos, grandes comerciantes e burocratas. Nessa época houve o surgimento de novas profissões como artesãos, pequenos comerciantes, intelectuais; estes habitavam as cidades. Houve de certa forma uma migração de mão-de-obra do campo para as minas, os escravos começaram a ser explorados em uma nova área. As condições de trabalho eram ainda piores no meio mineralógico, os negros desempenhavam suas funções em meio a situações precárias. Trabalhavam em meio à água ou atolados no barro no interior das minas; muitos devido ao longo tempo dentro da água e abaixados nas minas acabavam falecendo por hipotermia ou com membros atrofiados. A sociedade colonial deixou rastros no setor econômico, politico e social que podem ser percebidos até hoje, porém a estrutura social se modificou. Pode-se perceber que na atualidade vivemos em uma sociedade democrata sem o uso de mão-de-obra escrava, além de que houve queda na produção de cana-de-açúcar e na extração de minério. Fonte: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia-do-brasil/sociedade-colonial.htm#:~ :text=A%20sociedade%20colonialista%20era%20totalmente,%2Dchefe%E2%80%9 D%20das%20grandes%20propriedades. 3. ENGENHO COLONIAL O engenho de açúcar designa o local onde era produzido o açúcar durante o período colonial. Estes engenhos surgem no século XVI, quando se inicia o plantio da cana de açúcar no Brasil. Possuíam um edificações para a moagem de cana de açúcar, locais para transformar o caldo em melado e rapadura, capela, casa para os proprietários e a senzala para os escravizados. As primeiras mudas de cana de açúcar chegaram de Portugal em meados do século XVI. Os portugueses já possuíam técnicas de plantio, pois cultivavam e fabricavam o produto na ilha da Madeira e nos Açores. Estrutura dos engenhos coloniais O engenho colonial era um grande complexo dividido em diversas partes: ● Canavial: onde a cana de açúcar era cultivada; ● Moenda: local para moer a planta e extrair o caldo. A moenda funcionava movida por tração animal, água (moinho) ou ainda a força humana dos próprios escravizados. ● Casa das Caldeiras: espaço usado para ferver o caldo da cana de açúcar em buracos cavados no solo. O resultado, um líquido espeço, eram então fervido em tachos de cobre. ● Casa das Fornalhas: uma espécie de cozinha que abrigava grandes fornos que aqueciam o produto e o transformavam em melaço de cana. ● Casa de Purgar: ali ficavam as formas com o caldo cristalizado, chamados pão de açúcar. Após seis a oito dias eram retirados dos moldes, refinados e prontos para serem comercializados. ● Plantações: Além dos canaviais, havia as plantações de subsistência (hortas), em que eram cultivados frutas, verduras e legumes destinados à alimentação dos moradores do engenho. ● Casa Grande: representava o centro do poder dos engenhos, sendo o local onde habitava o proprietário da terra e sua família. Apesar do nome imponente, nem todas as casas eram grandes. ● Senzala: locais que abrigavam as pessoas escravizadas e onde não havia nenhum tipo de conforto e dormiam no chão de terra batida. Durante a noite eram acorrentados para evitar fugas ● Capela: construção feita para celebrar os ritos religiosos dos habitantes do engenho, sobretudo, dos portugueses. Ali ocorriam as missas e as principais manifestações católicas como o batismo, casamentos, novenas, etc. Vale lembrar que os escravizados muitas vezes eram obrigados a participarem dos cultos. ● Casas de Trabalhadores Livres: pequenas e simples habitações onde viviam os trabalhadores livres do engenho. Geralmente eram empregados especializados como carpinteiros, mestre de açúcar, etc. ● Curral: abrigava os animais usados nos engenhos, seja para o transporte (produtos e pessoas), nas moendas de tração animal ou para alimentação da população. Moenda movida por tração animal e pessoas escravizadas. Engenho de açúcar, de Guilherme Piso, 1648 Funcionamento dos engenhos coloniais Primeiro, as canas eram cultivadas em grandes extensões de terra (latifúndios), depois colhidas e levadas para a moenda, local em que era produzido caldo de cana. Após esse processo, o produto era levado para as caldeiras e, em seguida, para a fornalha. Por conseguinte, o melaço da cana era colocado em formas e uma vez cristalizado era conhecido como pão de açúcar. Finalmente, era refinado na casa de purgar e ensacado para ser transportado. Parte dele, e sobretudo do açúcar mascavo (que não passava pelo processo de refino) era destinado ao comércio interno. No entanto, a maior parte da produção era enviada para abastecer o mercado europeu. Devido a sua estrutura e a grande quantidade de mão de obra, os engenhos eram considerados “pequenas cidades”. No final do século XVII, já existiam cerca de 500 engenhos no Brasil, sobretudo na região nordeste. A partir do século XVIII, o açúcar entrou em decadência, com a concorrência realizada por britânicos, holandeses e franceses nas suas colônicas do Caribe. Alémdisso, foram descobertas jazidas de ouro, que deram início ao Ciclo do Ouro no Brasil e, aos poucos, vários engenhos de açúcar foram desativados. O trabalho dos escravizados nos engenhos As pessoas escravizadas representavam a principal mão de obra nos engenhos açucareiros (cerca de 80%) e não recebiam salários. Embora a maior parte fosses oriundos da África, muitos escravizados indígenas atuaram nos engenhos coloniais. Além de trabalharem longas jornadas, viviam em péssimas condições, vestiam trapos, eram açoitados pelos capatazes e se alimentavam muito mal. Trabalhavam tanto na produção da cana, como nas casas senhoriais, ocupando-se da cozinha, faxina, criação dos filhos do senhor, etc. Fonte: https://www.todamateria.com.br/engenho-de-acucar-no-brasil-colonial/ https://www.todamateria.com.br/ciclo-do-ouro/
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