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Questionário E RESUMO ADM

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Questionário apoio p/ prova de Direito Adm.
Explique os dois sentidos de impessoalidade como principio constitucional.
O primeiro sentido a ser dado à aplicação do princípio é o que ressalta da obrigatoriedade de que a administração proceda de modo que não cause privilégios ou restrições descabidas a ninguém, vez que o seu norte sempre haverá de ser o interesse público; o segundo sentido a ser extraído da vinculação do princípio à administração pública é o da abstração da pessoalidade dos atos administrativos, pois que a ação administrativa, em que pese ser exercida por intermédio de seus servidores, é resultado tão somente da vontade estatal.
Qual a relação entre a adm. Direta e a desconcentração?
É chamado de Administração Direta o núcleo de cada Administração Pública (federal, estadual, distrital ou municipal), que corresponde à própria pessoa jurídica política (União, Estado, Distrito Federal, Municípios) e seus órgãos despersonalizados. 
Na desconcentração, ocorre a distribuição, em uma mesma entidade, de atribuições para outros órgãos. Nessa hipótese, uma mesma pessoa jurídica, com diversos órgãos, tem diversas atribuições desconcentradas.
Qual a relação entre a adm. Indireta e a descentralização?
Já Administração Indireta é o conjunto de entidades personalizadas, vinculadas normalmente a um órgão da Administração Direta (Ministério ou Secretaria), previstas no art. 4, II, do Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. 
Portando, as atividades realizadas em nome da própria pessoa jurídica política, são as atividades realizadas de forma centralizada. As atividades realizadas de forma centralizadas podem ser desconcentradas, isto é, podem ser distribuídas entre os vários órgãos despersonalizados componentes da pessoa jurídica política (ministérios, secretarias, departamentos, diretorias etc).
No que consiste o decreto regulamentar e explique suas categorias.
O Decreto regulamentar é uma norma jurídica que explica a lei, como aplicá-la, mas não pode ir contra a lei. Tem um poder explicativo.
Podemos citar como decretos regulamentares: portarias, decreto regulamentar regional, resolução do conselho de ministros. 
Explique duas diferenças entre a policia adm. E a policia judiciária.
A policia adm. É regida pelo direito administrativo, a judiciária é regida pelo direito processual penal. 
A policia adm. Incide sobre bens, direitos e atividades, a policia judiciária incide sobre pessoas.
A policia adm. Pode ser repressiva ou preventiva, a policia judiciária é sempre repressiva.
Qual a diferença entre licença e autorização em matéria de policia adm?
A licença é sempre um ato vinculado e a autorização é sempre um ato discricionário.
O que é um ato adm. Vinculado? Cite um exemplo.
Ato administrativo vinculado -  Ato administrativo vinculado é aquele em que a Administração não possui qualquer margem de liberdade de decisão, visto que o legislador pré-definiu a única conduta possível do administrador diante da situação, sem deixar-lhe margem de escolha. Por exemplo a licença para dirigir, você precisa realizar um procedimento para obtê-la, porém depois de realizado o procedimento você terá direito de tê-la e o não pode ser negada. 
O que é um ato adm. Discricionário? Cite um exemplo.
Discricionário é aquele ato pelo qual a Administração Pública de modo explícito ou implícito, pratica atos administrativos com liberdade de escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. Por exemplo o porte de arma, você pode cumprir todas as exigências, porém ainda assim eles podem lhe negar.
Qual a diferença entre o excesso de poder e desvio de finalidade?
No excesso de pode, o agente público atua sem competência, seja por sua total ausência, seja por extrapolar os limites da competência que lhe foi legalmente atribuída.
No desvio de finalidade quando há competência, e o agente busca fins diversos do interesse público ou pratica o ato com motivos estranhos a este.
Explique a teoria do risco que embasa a responsabilidade objetiva do Estado.
Toda atividade Estatal envolve um risco. Se da atividade estatal decorre um risco pode ser uma atividade lícita ou ilícita. NA TEORIA DO RISCO INTEGRAL o estado não pode alegar excludentes de ilicitude. NA TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO o Estado pode alegar excludentes de ilicitude (essa é a teoria adotada).
RESUMO DE ADM.
DIREITO PUBLICO X DIREITO PRIVADO.
Uma relação é regida pelo direito publico quando o Estado se encontra em uma posição de SUPREMACIA para com a outra parte.
Uma relação é regida pelo direito privado quando o Estado se encontra em uma posição de PSEUDOIGUALDADE com a outra parte.
Princípios mais importantes do Direito Administrativo.
São os princípios previstos no ART. 37 da CF. LEGALIDADE (o administrador só faz o que a lei permite que ele faça, não poderá faze nada que a lei omita) IMPESSOALIDADE (para com os administradores/para representar o Estado) MORALIDADE (administrador haja de boá fé, cumprindo a lei com honestidade) PUBLICIDADE (atos adm. Devem ser publicados) EFICIENCIA (eficiência do serviço publico, emenda 19/98). LIMPE.
Administração no sentido OBJETIVO ou MATERIAL.
Se referem as atividades que cabem a administração, que atualmente são cinco. 
São elas: serviço publico (visa beneficiar a coletividade regida por lei em um regime publico), fomento (atividade de incentivo do poder publico para o privado), poder de policia ou policia adm. (restrição imposta ao exercício de alguns direitos individuais fiscalizados pela adm.), intervenção do domínio econômico, e agencicficação.
Administração no sentido SUBJETIVO ou ORGANICO. 
São eles: Órgãos públicos, pessoa jurídica, agente publico.
- Órgão Publico: unidade de competência criada por lei que NÃO POSSUI PERSONALIDADE JURIDICA. O órgão publico possui uma administração direta, logo há uma desconcentração.
Sua hierarquia é: Independentes, autônomos, superiores, subalternos.
Sua estrutura é: simples (uma unidade de competência), complexo/composto (diversos órgãos). 
Sua composição é: singular (único titular), e colegiado (vários titulares).
- Pessoa Jurídica: administração indireta: União, Estados, DF, Municípios criam pessoas jurídicas para exercer uma função, logo há uma descentralização. São pessoas jurídicas: autarquias, fundações, empresas publicas, sociedades de economia mista e agencias .
AUTARQUIAS: Pessoa jurídica de direito publico criada por lei especifica para exercer uma atividade tipicamente estatal. Atuam em um plano de supremacia, regras que a gerem são de regime publico, tem imunidade tributaria e sua responsabilidade é objetiva. EX. INSS, IBAMA, USP.
FUNDAÇÕES GOVERNAMENTAIS: Pessoa jurídica de direito publico, com patrimônio atrelado a uma finalidade publica. Ex. ZOO SP, FUNAI, IBGE.
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA: Pessoa jurídica de direito privado, cujo a criação é autorizada por lei e seu capital é MISTO, só pode adotar a forma de sociedade anônima S/A. EX. SABESP, SPTrans, Metro S/A.
EMPRESAS PUBLICAS: Pessoa jurídica de direito publico, com capital inteiramente publico, pode adotar qualquer forma societária, e se caracteriza pelo capital inteiramente publico. Ex. INFRAERO, CORREIOS, CAIXA.
AGENCIAS REGULADORAS: Autarquias de regime especial criada por lei ou para exercer poder de policia sobre determinado setor da sociedade, regular permissões e concessões e permissões do serviço publico EX. ANVISA
AGENCIAS EXECUTIVAS: Uma autarquia ou fundação publica que já existe no ordenamento jurídico que com contrato de gestão com o ministério correspondente ganha por ato do presidente o titulo de agencia. EX. IMETRO.
AGENTES PUBLICOS.
Toda pessoa que presta serviços a administração ainda que transitoriamente com ou sem remuneração paga pelos cofres públicos com ou sem vinculo com a administração.
AGENTES POLITICOS: representantes dos poderes estatais, ocupam os cargos de maior hierarquia. PRESIDENTE, SENADOR, PREFEITO.
SERVIDORES PUBLICOS: Estatutários (com regime estatutário, estabilidade,concursado), Empregado publico (regime CLT, concursado), Servidor temporário (não é concursado nem fica nos quadros da adm.).
PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM PODER PUBLICO: Voluntários, agentes honoríficos (mesário/jurado), agentes delegados (tradutor publico), agentes concessionarias ou permissionárias de serviço publico (Eletropaulo).
AGENTES MILITARES: Policia militar, bombeiros, militares federais.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO.
PODER DISCIPLINAR: poder de detectar uma infração administrativa, identificar o infrator e lhe aplicar a penalidade prevista em lei, sempre respeitando o contraditório e a ampla defesa. DISCRISCIONARIO.
PODER HIERARQUICO: poder mais amplo, distribuir diversas funções administrativas, entre diversos órgãos e agentes públicos, de maneira a gerar uma relação de coordenação para aqueles do mesmo patamar, e subordinação a aqueles de patamares diferentes. Entre seus poder estão: delegação, avocação.
PODER NORMATIVO/REGULAMENTAR: Tem função de editar regras gerais e abstratas para dar fiel execução a lei. Ex. Circulares, portarias etc. São todos atos infralegais.
PODER DE POLICIA/POLICIA ADMINISTRATIVA: Toda restrição imposta a certos direitos individuais para o bem estar social abrangendo as diversas áreas sociais, tais como segurança publica, meio ambiente, consumidor etc. Sua definição se encontra no código tributário nacional pois toda vez que age cobra um tributo (taxa de poder de policia). Como regra é discricionário, auto executório, coercitivo/exibilidade. QUEM EXERCE ESSE PODER: legislativo (cria a limitação, por lei, a medida de policia) executivo (controla, fiscaliza, aplica e pune as medidas de policia) judiciário (controla abusos, excessos, violações).
ATO ADMINISTRATIVO.
É uma declaração unilateral de vontade do Estado ou de quem lhe faça, que produz efeitos jurídicos imediatos, editado sob amparo da lei, regida no regime jurídico publico e sujeita a controle do poder judiciário. 
Tem como característica: imperatividade (se impõe independente da vontade), presunção de legalidade (relativa, pois admite prova em contrario), presunção de verdade (ônus da prova se inverte, logo quem quer provar que é mentira que apresente as provas), autoexecutoriedade (independe de autorização do judiciário), tipicidade. 
Elementos ou requisitos do ato adm.: agente capaz e competente, objeto licito, possível, certo, moral, tem que ter uma forma, precisa de uma finalidade certa, e precisa de motivos que levem a edição do ato.
Classificação: discricionário ou vinculado.
CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS.
Pela administração: a adm. Controla os atos que ela edita, agindo de oficio ou por provocação.
ATO VINCULADO ILEGAL – ANULAÇÃO – EX TUNC
ATO DISCRISCIONARIO ILEGAL – ANULAÇÃO – EX TUNC
ATO DISCRISCIONARIO LEGAL – INCONVENIENTE OU INOPORTUNO AO INTERESSE PUBLICO – REVOGAÇÃO – EX NUNC.
Pelo Judiciário: controle mediante provocação.
ATO VINCULADO ILEGAL – ANULACAO – EX TUNC
ATO DISCRISCIONARIO ILEGAL – ANULAÇÃO – EX TUNC
ATO DISCRISCIONARIO LEGAL – JUDICIARIO NÃO REVOGA ATO DISCRISCIONARIO.
VICIOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS.
Quanto a competência: usurpação de função (aquele que não tem o cargo pratica os atos como se tivesse o cargo, atos nulos).
Função de fato (agente tem o cargo porem com uma irregularidade na investidura, atos validos por força da boa fé). Excesso de poder (agente ultrapassa os limites previstos em lei). Incompetência (agente pratica um ato sem atribuição legal).
Quanto ao objeto: ilicitude, impessoalidade, incertezas.
Quanto a forma: desvio de poder ou de finalidade (agente se afasta no que é previsto em lei).
Quanto a motivos: inexistência, falsidade.
EXTINÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO.
Anulação: extinção de um ato que contem um vicio de ilegalidade e que ocorre com efeitos retroativos, ex tunc.
Revogação: é a extinção de ato inconveniente ou inoportuno ao interesse publico, efeitos não retroagem.
Cassação: extinção de ato vinculado porque o beneficiário deixou de cumprir as funções legais.
Caducidade: extinção pela superveniência da norma jurídica que torna impossível uma ação antes permitida.
Contraposição: extinção de um ato pela edição de outro com efeitos contrapostos ao primeiro.
RESPONSABILIDADE DO ESTADO.
O dever que o Estado tem de indenizar os danos causados a terceiros por atos de seus agentes públicos quando atuarem nessa qualidade. RESPONSABILIDADE OBJETIVA.
Adota-se a teoria do risco administrativo que permite ao estado alegar excludentes.
Excludentes: força maior, culpa exclusiva da vitima, fato de terceiro. 
Quando a dolo do agente a responsabilidade é subjetiva e o estado tem direito de regresso.
Denuncia a lide não é possível no mesmo processo por uma questão de economia processual.

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