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Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 APG 23: DEPOIS DE NOVE MESES VOCÊ VÊ O RESULTADO DESCREVER OS PRINCIPAIS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL Gestação: fecundação, implantação, desenvolvimento embrionário, desenvolvimento fetal e termina com o nascimento. O período embrionário vai desde a fecundação ate a 8ª semana de gestação. PRIMEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO: Fertilização, clivagem do zigoto, formação do blastocisto e a implantação. Fertilização: - Normalmente ocorre na tuba uterina de 12 a 24 h após a ovulação. - Espermatozoide haploide e um oócito II haploide se fundem e formam um nucelo diploide único. - Só os espermatozoides que alcançam o oócito após umas 7h que tem chances de fertiliza-lo, pois eles precisam passar pelo processo de capacitação. - Capacitação: remoção do colesterol, das glicoproteínas e das proteínas de membrana plasmática em torno da cabeça do espermatozoide, influenciados por secreções do sistema genital feminino. - O espermatozoide precisa penetra a camada radiada e zona pelúcida. - O acrossomo contém enzimas que digerem a zona pelúcida e facilite a fertilização. - Após a fusão de um espermatozoide com um oócito ocorre a inativação dos receptores ZP3 na zona pelúcida para que impeça a polispermia. Clivagem do zigoto: Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 - São as rápidas divisões mitóticas iniciais de um zigoto. - As células progressivamente menores após as divisões são chamadas de blastômeros. - Clivagens sucessivas por fim produzem uma esfera sólida de células chamada de mórula. Formação do blastocisto - Blastocisto é formado a partir do aparecimento de um líquido dentro da mórula, diferenciado os tecidos entre embrioblasto (camada interna, que formará o embrião) e trofoblasto (camada externa, que formará a placenta). Implantação: - Aproximadamente 6 dias após a fecundação o blastocisto se insere frouxamente ao endométrio. - Aproximadamente 7 dias após a fertilização ele se adere com mais firmeza. - O blastocisto por fim secreta enzimas e se entoca no endométrio, e é circundado por ele. SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO Desenvolvimento do trofoblasto, disco embrionário bilaminar, âmnio, saco vitelínico, sinusoides, celoma extraembrionário e cório. - Aproximadamente 8 dias após a fertilização, o trofoblasto se desenvolve em um sinciciotrofoblasto e um citotrofoblasto . - O embrioblasto se desenvolve em um hipoblasto(endoderme primitiva) e um epiblasto (ectoderme primitiva)- (bisco embrionário bilaminar). - Surge uma pequena cavidade no interior do epiblasto, que, por fim, se alarga e froma a cavidade amniótica. - O trofoblasto secreta a gonadotropina coriônica humana (hCG), que tem ações semelhantes com o LH. Faz com que o corpo lúteo não degenere e sustenta a secreção de estrogênios e progesterona. Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO Gratrulação, neurulação, somitos, celoma intraembrionário, sistema circulatório, vilosidades coriônicas e placenta. Gastrulação: 15 dias -Passa a ser disco embrionário trilaminar. - Processo de formação dos folhetos embrionários, estabelecendo a orientação axial do embrião trilaminar. - Acontece com a formação da linha primitiva: camada linear espessada do epiblasto, que aparece caudalmente no plano mediano do dorso do disco embrionário. Obs.: conforme a linha se alonga, formam-se o sulco primitivo, o nó primitivo e a fosseta primitiva. A partir do aparecimento da linha primitiva, células de sua cavidade migram para formar o mesênquima (tecido conjuntivo embrionário), que forma o mesoblasto (futuro mesoderma). • Formação do processo notocordal: células mesenquimais migram do nó e da fosseta primitiva, formando um cordão celular mediano, que, ao se alongar, ganha lúmen e forma o canal notocordal. Ao crescer cranialmente, entre o ectoderma e o endoderma, atinge a placa pré-cordal (área circular de células endodérmicas em que há fusão com o ectoderma). Quando se funde com o endoderma embrionário subjacente, as camadas se degeneram e formam aberturas no assoalho do canal notocordal, que prossegue até que desapareça, formando a placa notocordal. Células dessa placa se proliferam e formam a notocorda. • Neurulação: conforme a notocorda se desenvolve, ela induz o ectoderma localizado acima começa a se espessar e formar uma placa neural. O neuroectoderma dessa placa dá origem ao SNC e estruturas oculares. No 18° dia, a placa neural se invagina ao longo do eixo central para formar o sulco neural mediano longitudinal e as pregas neurais (bilaterais). Ao final da 3° semana, as pregas fusionam e formam o tubo neural, que se separa do ectoderma superficial. Obs.: neurulação se completa na 4° semana. Formação dos somitos: células do nó primitivo formam o mesoderma para-axial, que, ao final da 3° semana, se diferencia em corpos cuboides pareados, denominados somitos. Localizados bilateralmente ao tubo neural, formam 38 pares ao longo dos primeiros 20 a 30 dias e darão origem à maior parte do esqueleto axial e da musculatura associada. • Formação do celoma intraembrionário: espaços celômicos isolados no mesoderma intraembrionário lateral e cardíaco se unem para formar uma única cavidade em formato de ferradura, o celoma intraembrionário. Obs.: divide o mesoderma lateral em duas camadas, somático (parietal) e esplâncnico (visceral). • Formação do cardiovascular primitivo: ocorre por vasculogênese (novos canais formados pela união de precursores angioblásticos), ou por angiogênese (novos vasos a partir de vasos preexistentes). Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 O coração e os grandes vasos se formam a partir das células mesenquimais. Tubos endocárdicos se juntam para formar o tubo primitivo, que formará o coração tubular (início dos batimentos no 21° ou 22° dia, sendo o primeiro sistema a funcionar). • Formação das vilosidades coriônicas: vilosidades primárias começam a se ramificar, formando as secundárias, que revestem toda a superfície do saco coriônico. Obs.: células mesenquimais nas vilosidades se diferenciam em capilares e células sanguíneas. Vilosidades terciárias começam a aparecer quando vasos são formados em seu interior. Oxigênio e nutrientes maternos se difundem pelas vilosidades e entram no sangue do embrião, ao passo que os restos metabólicos fazem a via contrária. Células citotrofoblásticas das vilosidades se estendem até o sinsifotrofoblasto, formando a capa citotrofoblástica extravilosa, que envolve o saco coriônico e o fixa ao endométrio. QUARTA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 - Passa a ser tridimensional pelo processo de dobramento do embrião. - Desenvolvimento dos arcos faríngeos. Organogênese da 4° semana: o tubo neural permanece aberto nos neuroporos rostral (1° a fechar) e caudal (2° a fechar) com a finalização da sua formação na 3° semana, fechando-se na 4°. Aparecem os arcos faríngeos, 4 pares até o final da 4° semana, sendo segmentos de mesênquima separados pelas fendas branquiais, que se desenvolvem na parede lateral da região faríngea. O 1° arco (arco maxilar) será responsável por formar a proeminência maxilar e a mandíbula. Aparecimento das fossetas ópticas e das orelhas internas primordiais. Obs.: o embrião encontra-se levemente curvado pela ação das pregas cefálica e caudal. - No início, broto dos membros superiores - No final, brotos dos membros inferiores, proeminência do coração e uma cauda. QUINTA A OITAVA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO - Rápido desenvolvimento do encéfalo- 5ª - Final da 6ª, cabeça maior que o tronco, coração com 4 cavidades - 7ª semana, primórdio dos dígitos. - Inicio da 8ª, dígitos das mãos são curtos e com uma membrana entre eles, cauda curta, olhos abertos e orelhas externas visíveis. -Final da 8ª, dígitos visíveis e sem membrana entre eles, cauda desaparece, órgãos genitais externos começam a se diferenciar. O embrião agora tem características claramente humanas. PERIODO FETAL - Da 9ª semana até o nascimento. - Poucos estruturas novas aparecem durante o período fetal, mas a taxa de crescimento é notável. - O feto é menos vulnerável aos efeitos prejudiciais de drogas, radiação e micróbios do que era quando embrião. - O desenvolvimento durante o período fetal é voltado principalmente ao crescimento e diferenciação de tecidos e órgãos formados durante o período embrionário. Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 EXPLICAR A FISIOLOGIA DO PARTO O trabalho de parto é o processo pelo qual o feto é expelido do útero por meio da vagina( se for vaginal- normal) Perto do final da gestação, os níveis de estrogênios no sangue da mãe sobem acentuadamente, produzindo alterações que superam os efeitos inibidores da progesterona. O aumento nos estrogênios resulta da secreção crescente do hormônio liberador da corticotropina pela placenta, que estimula a adenohipófise do feto a secretar ACTH (hormônio adrenocorticotrófico). Por sua vez, o ACTH estimula a glândula suprarrenal fetal a secretar cortisol e desidroepiandrosterona (DHEA), o principal androgênio suprarrenal. A placenta então converte o DHEA em um estrogênio. Os níveis elevados de estrogênios fazem com que o número de receptores para a ocitocina nas fibras do músculo uterino aumente, e fazem com que as fibras do músculo uterino formem junções comunicantes entre si. A ocitocina liberada pela neurohipófise estimula as contrações uterinas, auxiliada pela relaxina liberada pela placenta que aumenta a flexibilidade da sínfise púbica e ajuda a dilatar o colo do útero. O estrogênio estimula também a placenta a liberar prostaglandinas, as quais induzem a produção de enzimas que digerem as fibras colágenas no colo do útero, fazendo com que ele amoleça. As contrações do miométrio uterino forçam a cabeça ou o corpo do recém-nascido contra o colo do útero, distendendo-o (alongamento). O trabalho de parto verdadeiro começa quando as contrações uterinas ocorrem em intervalos regulares, geralmente provocando dor. Conforme o intervalo entre as contrações se encurta, as contrações se intensificam. Outro sintoma de trabalho de parto verdadeiro em algumas mulheres é a dor localizada nas costas Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 que se intensifica com a deambulação. O indicador mais confiável de trabalho de parto verdadeiro é a dilatação do colo do útero e a “saída do tampão”, uma descarga de muco contendo sangue do interior do canal do colo do útero. No trabalho de parto falso, a dor é sentida no abdome em intervalos irregulares, mas não se intensifica e a deambulação não a altera de modo significativo. Não há “saída de tampão” nem dilatação cervical. O trabalho de parto verdadeiro pode ser dividido em três fases: Fase de dilatação. O período de tempo que vai do início do trabalho de parto até a dilatação completa do colo do útero é a fase de dilatação. Esta fase, que normalmente dura de 6 a 12 h, apresenta contrações regulares do útero, geralmente uma ruptura do âmnio e a dilatação completa (10 cm) do colo do útero. Se o âmnio não se romper espontaneamente, ele é rompido intencionalmente. Fase de expulsão. O período de tempo (10 min a várias horas) que vai da dilatação cervical completa até o nascimento do recém-nascido consiste na fase de expulsão. Fase placentária. O período de tempo (5 a 30 min ou mais) após o parto até que a placenta seja expelida pelas potentes contrações uterinas é a fase placentária. Essas contrações também contraem os vasos sanguíneos que foram dilacerados durante o parto, reduzindo a probabilidade de hemorragia. Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1 Referências: TORTORA, G. J; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia humana. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. MOORE, Keith L. et al. Embriologia clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Nara Ramos Dourado Medicina 2º/ 2022.1
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