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Patologia humana (2° prova) Inflamação aguda Conceito de inflamação – uma reação dos tecidos a um agente agressor caracterizada morfologicamente pela saída de líquidos e de células do sangue para o interstício. Características: rápida (minutos ou horas); principais células no local (neutrófilos); Lesão tecidual (lese e autolimitada); sinais locais e sistêmicos (proeminentes). Estímulos que podem causar essa inflamação: infecções (principalmente bacteriana); necrose; traumas; corpo estranho; reações imunológicas. Eventos principais: vasculares (edema, hiperemia); celulares (chegada de neutrófilos, principalmente). Esses eventos ocorrem mediantes mediadores, que vão ser citocinas, quimiocinas, que vão estimular o processo inflamatório. Quando ocorre uma lesão, e há uma exposição de fatores/mediadores inflamatórios, haverá a aproximação de neutrófilos (participa da eliminação de tecido necrótico e organismos), haverá também ativação de monócitos (será ativado em macrófago e participa também da eliminação dos organismos invasores através de fagocitose), os linfócitos são mais presentes na inflamação crônica. Células como os mastócitos, são responsáveis pela liberação de mediadores inflamatórios (como a histamina). As principais alarminas são do tipo PAMPs (padrão associado ao patógeno) e DAMPs (padrão associado ao dano tecidual), eles são os sinalizadores das células que permite o organismo identificar locais com alterações patológicas. Alarminas Proteases (cliva moléculas associadas a proteínas G); HMGB1 (proteína envolvida na organização do DNA, se tiver alterações essa alarmina sinaliza). As alarminas são reconhecidas por moléculas na superfície da célula. Uma das moléculas que reconhecem essas alarminas são as TLR ou lectinas, eles ficam na membrana e ao reconhecerem sinais das alarminas, irão favorecer a produção dos mediadores inflamatórios, como por exemplo TNF-alfa (pró-inflamatória). Outro mecanismo do desencadeamento da inflamação aguda, é através da citocina IL-1 beta (pró-inflamatória), que é gerada a partir de uma caspase, essa caspase + inflamassoma reconhece danos celulares (na membrana, estresse no RE). O NFkB também está envolvido na inflamação aguda, ele é ativado no núcleo da célula quando recebe sinalizações, ele ativa tanto citocinas pró como anti-inflamatórias, dependendo das causas que levaram a ativação desse gene. Esse gene também ativa a IL-1B que atua no fígado (induzindo a cicloxigenase-2 e a produção de NO – oxido nítrico é responsável pela eliminação de determinados antimicrobianos); células epiteliais (coagulação, moléculas de adesão e síntese de NO); Neutrófilos (recruta eles, e ativa para fazer fagocitose – burst oxidativo é o processo pelo qual os neutrófilos elimina os microrganismos); macrófagos (fazendo com que se tornem células apresentadoras de antígenos, produção de citocinas pro-inflamatórias e inicia o processo de fagocitose). Eventos vasculares: As células endotelias, ao serem ativadas por citocinas, aumentam as proteínas de adesão (como a ICAM e VCAM) que permitem maior adesão dos leucócitos a esse tecido. Além disso, esses estímulos inflamatórios (IL-8, IL-6) induzem as células a se “afastarem” e remodelarem, permitindo um fluxo melhor de leucócitos inflamatórios (isso causa a vermelhidão ou rubor). Essas citocinas também ativam mecanismos de síntese, como a COX-2, que converte o ác. Araquidônico em prostaglandinas (mediadores que levam ao aumento da temperatura). Sinais cardinais: calor (provocado pela síntese de prostaglandinas); rubor (causado pelo influxo de sangue no local da inflamação); inchaço (causado pelo edema, extravasamento de líquido pelo espaçamento das células); dor (por compressão de terminações nervosas ou secreção de componentes como bradicininas); perda de função (caso não seja resolvida a inflamação). Edema aumento da pressão hidrostática extravasamento do líquido transudato. No caso do edema, em resposta a uma inflamação, esse evento está mais ligado ao aumento da permeabilidade e contração dessas células. Por isso em processos inflamatórios é possível ver mais um exsudato do que transudato, onde poderá ser visto bastante células inflamatórias. Eventos celulares (Migração celular): Imagine que macrófagos locais de uma célula identifique microrganismos invasores, ao serem fagocitados por esses macrofogos, serão liberadas citocinas inflamatorias (ex. TNF-alfa e IL-1B), essas citocinas começam a ativar o endotélio onde acontece a inflamação= aumento de proteínas de adesão (P-selectina, E-selectina, proteoglicanos, ICAM-1); causa o afastamento das células endoteliais para aumentar a permeabilidade vascular. Os leucócitos (não só eles, mas principalmente) tem em sua superfície moléculas de adesão (integrinas, glicoproteína Sialil-lewis X), essas moléculas serão reconhecidas na superfície do endotélio, fazendo o processo de marginação, depois rolagem para aderirem a superfície do endotélio. Após ativar as moléculas de adesão dos leucócitos acontece o processo de migração (diapedese), esse processo é mediado por quimiocinas, que serão como atratores para os leucócitos. Ao chegar no local, os leucócitos fagocita e elimina os microrganismos. A migração pode ser paracelular (quando acontece o afastamento do endotélio, e o leucócito passa entre uma célula e outra) e pode ser transcelular (quando passa dentro da célula). Moléculas de adesão Gastrite aguda (setas indicam neutrófilos) Mediadores celulares e de proteínas plasmáticas Principais citocinas IL-10 é mais regulatória; fatores de crescimento induzem a proliferação e ativação dos leucócitos; quimiocina são os atratores dos leucócitos e ativadores deles. TNF-alfa está relacionada ao diminuição do débito cardíaco, podendo causar choque. Por isso inflamações exageradas são perigosas. Sistema complemento: tanto a via alternativa, clássica e da lectina forma a C5a que ativam os neutrófilos para destruir microrganismos. Essas vias também formam complexo de ataque a membrana (MAC) que gera a lise do micróbio; e também marcando (com C3b) microrganismo para serem fagocitados por macrófagos. Fatores de coagulação: Tipos de inflamações: serosa (fluido aquoso e pouca proteína), formação de vesículas (macroscopicamente), formação de bolhas, a biopsia desse tecido deve ser feita na borda da lesão para fazer o comparativo do tecido lesado e normal. Fibrinosa lesão mais intensa causa uma maior permeabilidade, existe a deposição de fibrina. Material esoneofilico. Visto em pericardite. Inflamação purulenta (pus) grande quantidade de exsudato (liquido – tecido necrótico, plasma; sólido – células inflamatórias como neutrófilos e macrófagos). A formação do abscesso (pus), acontece quando o organismo não consegue eliminar os microrganismos. Quando isso ocorre, inicia mecanismos de reparos do tecido, formando o abscesso. Esse processo é caracterizado como uma necrose liquefativa. Inflamação hemorrágica: Extravasamento de hemácias no local da inflação, causada por uma lesão vascular. Inflamação catarral/mucosa: Exsudato rico em mucina. Comprometimento de células produtoras de muco. Presença do catarro. Primeiro o muco é bem claro, e ao passo que a inflamação vai se resolvendo, começa a ter uma aparência mais espessa, amarelado, por conta da presença de células inflamatórias. Inflamação crônica Desfecho do processo inflamatório pode evoluir para a cura (remoção do material inflamatório, retorno das funções normais do tecido) ou pode se estender (formando abcessos, formação de tecido fibroso). Conceito: resposta de duração prolongada (semanas ou meses) em que a inflamação, a lesão tecidual e as tentativas de reparo coexistem em variadas combinações. O que leva a inflamação crônica são: infecções duradouras (ex. turbeculose), doenças autoimunes (paciente produz anticorpos p/ o próprio corpo, e as alarminas – que desencadeia inflamação – vão estar sempre presente) e exposição à agentes tóxicos (mineradores). Características: infiltrado mononuclear (macrófogos, linfócitos, plasmócitos); destruição tecidual; reparo (angiogênese e fibrose). Borda rica em células inflamatórias, material destruído no centro. Necrose caseosa é um exemplo de inflamação crônica. O monócito são células precursoras dos macrófagos. Os macrófagos residentes do tecido, são aqueles que liberam as quimiocinas, TNF, IL-1 paras iniciar o processo inflamatório. Os macrófagos podem ser ativados por duas vias: clássico (M1) e alternativo (M2). M1 é importante na inflamação, ações microbicidas: fagocitose e morte de muitas bactérias e fungos. M2 são importantes no mecanismo de reparo, pois são considerados mais regulatórios, possuindo efeito anti-inflamatorio, causando reparo tecidual e fibrose. Além disso, os macrófagos apresentam antígenos para ativação de linfócitos. Linfócitos T CD4+= secretam citocinas, promovem e influenciam a inflamação. Três tipos: Th1 (papel citotóxico, ação na imunidade celular), Th2 (auxilia no processo de formação de resposta imunológica) e Th17 (reguladores, modula a resposta inflamatória para não ser exacerbada). Linfócito T CD8+ = atua fazendo a destruição de células alteradas. Linfócitos B = precursora dos plasmócitos, os plasmócitos produzem anticorpos para antígenos persistentes estranhos e antígenos próprios ou para o tecido. Para fazer a diferença histológica desses linfócitos somente com coloração como: imunohistoquimica, imunofluorescencia, citometria. HE só é possível identificar os linfócitos gerais ou os plasmócitos. min 30 Eosinófilos – inflamações mediadas por IgE (alergias) e infecções parasitárias; possuem grânulos que contém proteínas catiônicas, tóxicas para parasitas e células de mamíferos (lesão em alergias). Mastócitos – participam de inflamações agudas e crônicas; possuem receptores que reconhecem anticorpos; liberam histamina e prostaglandinas; Neutrófilos – característico da inflamação aguda; podem permanecer também na inflamação crônica (principalmente bacteriana). Uma das principais características da inflamação crônica é o infiltrado de células mononucleares, que surge a partir de um macrófago tecidual, que passa a secretar citocinas e apresentar antígenos ao linf T. que vai recrutar outras células. Quando uma lesão apresenta muito macrófagos, plasmódios, sugere que é um processo crônico. Se o organismo não conseguir eliminar o patógeno, e a inflamação for persistente, o organismo sinaliza e ativa os macrofogos para o perfil de reparo, e é nesse estágio que surge a inflamação granulomatosa. Nesse tipo de inflamação é possível observar: macrófogos, linfócitos e necrose central. É possível também observar a presença de células epiteliódes, que são macrófagos diferenciados: citoplasma granular rosa claro; limites celulares mal definidos, parecendo se fundir; núcleo menos denso, oval e alongado, podendo ter chanfraduras na membrana nuclear. Esses epitelioides tendem a se fundir, formando uma célula gigante: grande massa de citoplasma, com quantidade variável de pequenos núcleos. (45 min). Essas células são mais eficientes para fagocitose e digestão do que os macrófagos comuns. Granuloma de corpo estranho = reação a um material (exógeno ou endógeno) que impede a fagocitose por um único macrófago. Ex.: fios de sutura, fibras de algodão, silicone, queratina, colesterol, fragmentos de pelo. Esse tipo de granuloma não estimula resposta de células T. Granuloma imune – devido a uma reação imunológica – tuberculose. O agente infeccioso induz resposta imune celular, mas o agente é fracamente degradável ou particulado. Fagocitose do agente pelos macrófagos processamento do antígeno apresentação do antígeno aos linfócitos T antígeno-específico ativação secreção de citocinas (IL 2, IL 12, TNF) ativação de outras células aumento da resposta. (52min) Granuloma da tuberculose Reparo e cicatrização: Reparo do tecido lesado= restauração da arquitetura e função dos tecidos. A resposta inflamatória vai eliminar os microrganismos e tecido lesado e iniciar o processo de reparo. (56 min) Pode acontecer, dependendo do tecido, uma regeneração (retorno da função), cicatrização ou formação de tecido fibroso (leva a perda da função). O processo de regeneração envolve a proliferação de células tronco e epiteliais, controlada por fatores de crescimento e pela matriz extracelular. O processo de cicatrização envolve a proliferação, ou substituição por tecido conjuntivo, de células, para a regeneração associada com a formação de cicatriz. Etapas da cicatrização 1. Formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese) 2. Formação de tecido de granulação (fibroblastos + tecido conjuntivo frouxo + vasos + leucócitos) 3. Remodelamento do tecido conjuntivo (maturação e reorganização do tecido conjuntivo pelas metaloproteinases de matriz -> cicatriz estável) (1h05min) Coloração de tricrômico de masson, que cora em azul as fibras colágenas. Cicatriz pode ocorrer por primeira ou segunda intenção. Primeira intenção seria por exemplo cortes de cirurgias, já a segunda intenção o corte é irregular, os mastócitos são mais ativados, e há contração das bordas, formando uma cicatriz irregular. 1h15min Queloide - PRÁTICA 1 IMAGEM 1 IMAGEM 1.1 IMAGEM 2: IMAGEM 3: 3.1 IMAGEM 4 IMAGEM 5 IMAGEM 6 IMAGEM 7 IMAGEM 8 IMAGEM 9 IMAGEM 9.1 9.2 9.3 PRATICA 2 – INFLAMAÇÃO CRONICA Na inflamação aguda, as principais células que serão encontradas são os neutrófilos. Na inflamação crônica, são macrófagos, linfócitos, plasmócitos, eosinófilos. IMAGEM 1 IMAGEM 2 IMAGEM 3 IMAGEM 3.1 IMAGEM 4 IMAGEM 4.1 IMAGEM 5 IMAGEM 6 IMAGEM 7 IMAGEM 8
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