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Aillyn Fernanda Bianchi
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(estadiamento patológico).O estadiamento do Ca retal é mais confiável- devido a presença do USG endoscópico retal que avalia a profundidade da lesão e os linfonodos acometidos. Pode ser substituído pela RNM. Tb poderá ser realizado um ex ginecológico para avaliar o acometimento da parede vaginal posterior. O CEA (antígeno carcinoembrionário) não deve ser usado para diagnóstico devido as baixas sensibilidades e especificidades. Mas, níveis acima de 10ng/ml sugerem doença avançada. De fato, o CEA é usado para o acompanhamento após cirurgia curativa. Estadiamento TNM T1: Limitado a submucosa T2: Limitado a muscular própria T3: Extensão a subserosa e gordura pericólica ou perirretal T4: Extensão além da serosa para órgãos adjacentes N0:sem acometimento de linfonodos N1:acometimento de 1-3 linfonodos N2:acometimento de >ou= a 4 linfonodos M0: sem metástases à distância M1: metástases à distância Estágio I: T1-2 N0 Estágio IIA: T3 N0 Estágio IIB: T4 N0 Estágio IIIA: T1-2 N1 Estágio IIIB: T3-4 N1 Estágio IIIC: N2 Estágio IV: M1 Estadiamento de Dukes modificado por Astler-Coller Estágio A: limitado à submucosa, sem linfonodo acometido Estágio B1: limitado à muscular própria, sem linfonodo acometido Estágio B2: limitado à subserosa e gordura pericólica/perirretal, sem linfonodo acometido Estágio B3: invasão de órgãos adjacentes, sem linfonodo acometido Estágio C1: B1+linfonodos acometidos Estágio C2: B2+linfonodos acometidos Estágio C3: B3+linfonodos acometidos Estágio D: M1 8-Tratamento e prognóstico A cirurgia curativa é possível na maioria das vezes (90% dos tumores podem ser ressecados). Além disso, deve-se fazer a ressecção do tumor nos casos de metástases, pois além de existir chance de cura, diminui o risco de complicações futuras como obstrução, sangramento. Deve-se fazer o preparo mecânico do cólon e instituição do antibiótico no momento da indução anestésica, durante o ato cirúrgico e manter por 24h do pós-operatório. Sugestões de antibióticos: aminoglicosídeo+metronidazol ou amoxacilina+clavulanato ou cefoxitina. *Tumores no ceco e cólon ascendente= hemicolectomia direita (retira desde o íleo distal até a metade direita do cólon tranverso). *Tumores na flexura esplênica=hemicolectomia esquerda (retira desde a metade esquerda do cólon transverso até o sigmóide). *Tumores no cólon tranverso=retira somente o cólon tranverso. *Tumores no sigmóide=também só retira o sigmóide, pois a irrigação e drenagem linfática da área permite a preservação das outras estruturas. Obs: é importante ressaltar que a ressecção é em bloco, ou seja, além de retirar o cólon tb resseca o suprimento vascular, linfonodos e meso. *Tumores no reto= há 3 tipos de abordagem: -Ressecção abdominal baixa (RAB) com anastomose colorretal ou coloanal= consiste na ressecção do retossigmóide por via anterior ou abdominal, preserva o reto distal e, portanto, o mecanismo de esfíncter. Indicado para os tumores localizados no reto proximal (11-16cm) e médio (5-11cm) da margem anal. Margem de segurança de 2cm. -Ressecção abdominoperineal+colostomia definitiva (RAP ou cirurgia de Miles)= retirada de todo retossigmóide por via abdominal e perineal. Indicado para tumores a menos de 5 cm da margem anal, ou seja, tumor de reto distal. -Excisão local transanal- retirada apenas da porção do reto que contem o tumor por bia endoanal. É indicado para tumores pequenos(<4cm), T1 ou T2, bem diferenciados, sem invasão de linfáticos ou órgãos adjacentes. 7.1- Terapia neoadjuvante Corresponde a quimiorradioterapia feita antes da cirurgia com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor e facilitar a ressecção. Só foi demonstrado benefício nos tumores de reto. 7.2- Terapia adjuvante (tanto para tumores de cólon quanto de reto) Quimiorradio pós-operatória com o objetivo de erradicar as micrometástases remanescentes (diminuir recidivas). 8-Prognóstico após cirurgias Sobrevida em 5 anos (cura) Estágio I (Dukes A)-------88%, Estágio II (Dukes B)-------73%, Estágio III (Dukes C)------- 45%, Estágio IV (Dukes D)-------4% 9-Acompanhamento pós-operatório A taxa de recidiva chega a 40% nos estágios II e III. Por isso, deve-se fazer um acompanhamento desses pacientes. -Consulta médica e dosagem de CEA- a cada 3 meses nos primeiros 2 anos, depois a cada 6 meses até completar 5 anos. -Retossigmoidoscopia- a cada 6 meses por 5 anos. -Colonoscopia- após 1 anos. Se negativa, repetir em 3 anos e depois a cada 5 anos. Se encontrado pólipo, remover e fazer colono com 1 ano. Obs: Se o tumor tiver muita chance de recidiva fazer TC de tórax, abdome e pelve. Âñ ÑÜxyxÜ•äxÄ átuxÜ ÑÉâvtá vÉ|átá Åâ|àÉ uxÅ t átuxÜ Åâ|àtá vÉ|átá Åâ|àÉ ÅtÄAÊ (Cid Cercal) HÉRNIAS EM GERAL POR: LÍLIAN ABDON Hérnias by Lilian Abdon (Seriously?!) Definição Protrusão anormal do tecido intra-abdominal por um defeito fascial na parede abdominal. Pode ser: - Redutível: aquela que o conteúdo do saco retorna ao abdome espontaneamente ou por pressão manual. - Irredutível ou encarcerada: quando o conteúdo não retorna, porém não indica obstrução, inflamação ou isquemia. - Estrangulada: é uma hérnia encarcerada que tem comprometimento do suprimento sanguíneo, causando a gangrena do saco, mais comum em hérnias femoral e inguinal. Anatomia - Hérnia inguinal indireta (HII): o saco herniário atravessa o anel inguinal indireto devido a defeito na fáscia transversal, devido também a falha da obliteração do processo vaginal até a descida do testículo ao escroto em alguns casos. O saco herniário situa-se antero-medialmente ao cordão espermático. - Hérnia inguinal direta (HID): o triangulo de Hesselbach é composto inferiormente pelo ligamento inguinal ou de Poupart e superiormente pelos vasos epigástricos inferiores e borda lateral do músculo reto. O assoalho é formado pela fáscia transversal um defeito dela acarreta hérnia. - Hérnia femoral (HF): passa sob o trato iliopubiano e o lig inguinal até a parte superior da coxa. Forma-se um canal femoral, um espaço vazio entre o lig lacunar (medialmente) e a veia femoral (lateralmente). * Lig inguinal - formado pela borda inferior da aponeurose do oblq ext entre o tubérculo pubiano e a crista ilíaca. * Trato iliopubiano - fica profundo e paralelo ao lig inguinal e se estende a partir da fáscia do iliopsoas, cruza abaixo do anel inguinal profundo, formando a bainha femoral. * Lig lacunar ou Gimbernat - formado pelo trato iliopubiano ao se inserir no ramo pubiano superior. Nervos importantes: - Ilio-hipogástrico: medialmente ao anel inguinal externo. - Ílio inguinal: passa sobre a superfície do cordão espermático. - Gênito-femoral: sobre o musc psoas. Lesados em cirurgias - Cutâneo femoral lateral: lateral ao musc psoas. videolaparoscópicas - Femoral: lateralmente aos vasos femorais. Causas As HII normalmente são congênitas, mais comuns em crianças e adultos jovens, mas podem aparecer na meia-idade ou avançada devido a aumento da pressão abdominal. As HID podem estar relacionadas à defeitos hereditários ou adquiridos na síntese ou metabolismo do colágeno => Fraqueza da fáscia transversal no de Hesselbach. As HF são mais comuns em mulheres e pode ocorrer devido a alterações físicas e bioquímicas na gravidez. Outros fatores podem aumentar a pressão intrabdominal e causar as hérnias, tais como: obesidade grave, tosse