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Aillyn Fernanda Bianchi
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crônica, esforço para defecar constante, ascite, cirrose, diálise peritoneal crônica. Classificação de Nyhus I: HII com anel de tamanho normal com assoalho normal II: HII com anel de tamanho anormal com assoalho normal III-A: HID III-B: HII com assoalho distorcido III-C: HF IV: Hérnias recorrentes Sintomas Podem ser: caroço ou inchaço na virilha, dor súbita, saliência ao levantar peso ou defecar, dor que se irradia para o escroto, desconforto, etc. Exame físico O paciente em pé e deitado. À inspeção, observa-se o abaulamento ou pede para fazer força, se for circular é HDD, se for elíptico é HII. Na palpação insere-se o dedo indicador no anel inguinal externo logo acima e lateralmente ao tubérculo pubiano. Verifica-se a resistência da parede posterior do canal e pede para fazer força, se a massa for de encontro à ponta do dedo é HII, se encostar lateralmente ao dedo provavelmente é HID. Diagnóstico diferencial Poe ser: hidrocele do cordão espermático, linfadenopatias, abscessos na virilha, varicocele, hematomas residuais ou criptorquidia... Tratamento A cirurgia consiste no isolamento do saco herniário e fechamento do defeito fascial no assoalho inguinal. Sem tela: têm maior índice de recidivas - Bassini: que aproxima o tendão da foice inguinal ao ligamento inguinal, e o cordão espermático permanece sob a aponeurose do m. oblq externo. - Halsted: técnica semelhante a Bassini, só que o cordão espermático fica sobre o m. oblq externo. - Mc Vay: usada para HF, liga a foice inguinal (tendão conjunto), mais posterior e inferior, até o ligamento de Cooper. - Shouldice: precisa de dissecção mais ampla, a fáscia transversal é incisada e ligada ao ligamento inguinal. Depois a foice e o m oblq interno são aproximados em camadas ao ligamento inguinal. Com tela: tem menos complicações, retorno rápido às atividades e menos recidivas. - Lichtenstein: usa-se tela de Marlex, que é suturada ao tecido aponeurótico sobreposto ao osso púbico, ao longo do ligamento inguinal até o anel interno, inferiormente. Lateralmente, a tela é cortada p/ passagem do cordão espermático, e superiormente é ligada ao tendão conjunto. - Stoppa: tem os mesmos princípios da Lichtenstein, porém usa um retalho de tela maior por ser mais utilizada em hérnias recorrentes ou bilaterais. Videolaparoscópicas: custo, complicações, dor e retorno mais rápido às atividades. - TAPP: coloca tela transabdominal pré-peritoneal. - TEP: coloca a tela por via extraperitoneal total. Hérnias umbilicais Em adultos ocorre bem depois do fechamento do anel umbilical, quando o tecido cicatricial ao redor cede gradualmente. É mas frequente em mulheres. Entre as causas estão: múltiplas gestações com trabalho de parto prolongado, ascite, obesidade ou grandes tumores abdominais. Sintomas: dor aguda à tosse ou esforço de defecação. Tratamento: tem risco de encarceramento e estrangulamento, normalmente contém o omento, mas pode ter intestino delgado e grosso. Deve ser reparado a aponeurose com sutura transversa. Hérnias epigástricas Protrusão através da linha branca, acima do nível do umbigo, podendo passar na saída de nervos e vasos ou devido a uma área de fraqueza congênita. Sintomas: geralmente assintomáticas, mas pode ter dor na região que irradia para o dorso ou quadrante abdominais inferiores. Pode ter aumento do volume abdominal, náuseas e vômitos. Diagnóstico diferencial: úlcera péptica, doença da vesícula biliar, hérnia de hiato, pancreatite, lipoma, fibroma, neurofibroma, diástase dos músculos retos (pois não há defeito fascial). Tratamento: cirúrgico, com fechamento primário. Usa-se tela se a área for extensa. Hérnia incisional É um tipo iatrogênico de hérnia que ocorre em 10% das cirurgias abdominais. Etiologia: técnica cirúrgica deficiente; infecção pós-operatória; idade avançada, debilidade do paciente (geralmente por doenças crônicas que comprometem a nutrição), obesidade, colocação de drenos, grande perda sanguínea intra-operatória, não fechar a fáscia adequadamente. Tratamento: em pequenas hérnias repara-se fáscia com fáscia utilizando sutura interrompida ou contínua com fio inabsorvível. Já as grandes, quando não dá para aproximar as bordas fasciais, o fechamento é feito com tela não absorvível ou com contra-incisões laterais na bainha do reto anterior para possibilitar o fechamento primário na linha média. O índice de recorrência das grandes hérnias é de quase 50% e o uso de tela está relacionado com altos índices de infecção e formação de fístulas. Âa|Çzâ°Å ÑÉwx |Åtz|ÇtÜ vÉÅÉ ° Øà|Ä É xáàâwÉ wx á| ÅxáÅÉ? wx ÖâtÇàtá |ÄâáÆxá ÑÉwxÜ|t ÇÉá vâÜtÜ x vÉÅÉ ÇÉá vÉÄÉvtÜ|t ÇÉ vtÅ|Ç{É wt yxÄ|v|wtwxAÊ (Oraine de Bireu) OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR: MANOEL FERREIRA OBSTRUÇÃO INTESTINAL NO ADULTO Obstrução intestinal é uma interrupção parcial ou total da passagem do bolo alimentar pela luz do intestino. Principais Causas Mecânicas As principais causas para a ocorrência de obstrução intestinal são: Aderências/bridas (principalmente em pessoas que já sofreram cirurgia abdominal) Inflamações (peritonite, doença de Crohn) Tumores Invaginação Volvulo/torção de alça Cálculo biliar (íleo biliar) Bezoar (corpos estranhos) Pós-cirurgias (complicações) Vermes (ascaris) Hérnias abdominais (internas e externas) Diverticulite Enterite por radiação Traumatismos Íleo espástico Outras Causas Não Mecânicas Íleo paralítico (adinâmico) que tem origem em diversas causas clínicas Isquemia mesentérica aguda Distúrbios metabólicos Intoxicação por chumbo (saturnismo) Quadro Clínico da Obstrução Intestinal A característica inicial de uma obstrução intestinal é a distensão do abdômen provocada pelo acúmulo de ar deglutido (vários litros diários), alimentos e secreções do aparelho digestivo - constituídas por saliva, sucos gástricos, biliares, pancreáticos e intestinais -, que podem chegar de seis a oito litros diários. Portanto, o conjunto de alimentos, ar deglutido e secreções, ao não ser absorvido nas últimas porções do intestino, não conseguirá fazer o trânsito intestinal normal e, conseqüentemente, irá dilatar o intestino, provocando todo o quadro dramático de abdômen agudo, conhecido como obstrução intestinal. Este quadro pode ser repentino ou insidioso, dependendo principalmente: a) da causa que o provocou b) se a luz do intestino fechou total ou parcialmente c) se ocorreu repentinamente – casos de torção de alça, também chamados de volvulo ou casos de hérnia estrangulada – ou se ocorreu paulatinamente, como nos casos de aderências pós- operatórias ou devido a tumores d) se a dificuldade do fluxo não se deu por uma oclusão, como no íleo adinâmico Diagnóstico O diagnóstico diferencial da obstrução intestinal, apesar de ser complexo e multidisciplinar, é relativamente fácil para um médico experiente em abdômen agudo, pelas características próprias da luta da alça contra o obstáculo. É importante agir antes de aparecerem os vômitos fecalóides, os quais são os sinais de obstrução em alça intestinal baixa (distante do estômago). Com um simples estetoscópio usado no exame abdominal o médico pode ouvir ao mesmo tempo a queixa do paciente pela dor em cólica (dor intensa, tipo cãibra) e o som característico - de borborigmos, ronco do rolamento de líquidos-, o que a torna diferente das cólicas biliares e renais, nas quais não está presente o som inconfundível de luta da alça. Inicialmente, deve ser excluído o quadro característico das cólicas menstruais, a possibilidade de