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intestinal caminha até encontrar uma luz intestinal menor que seu tamanho ou vai arrolhar-se na válvula ileocecal (passagem do intestino delgado para o intestino grosso). Este processo provoca uma obstrução total ou intermitente. ÍLEO POR BEZOAR Bezoar é um aglomerado constituído por cabelos ou vegetal, que se formam no estômago. Ao se tornarem volumosos, podem migrar pelo intestino e ocasionarem uma obstrução intestinal. Estes corpos estranhos podem ser retirados de modo fácil do intestino e, muitas vezes, com regozijo por serem mais comuns em pessoas idosas com suspeita de tumor maligno. ÍLEO ESPÁSTICO É um segmento do intestino de 10 a 15 cm, com contração permanente, em que a simples manobra de fazer passar os líquidos estagnados da pré-obstrução já desfaz a mesma. ADERÊNCIAS Aderências são bridas ou membranas que se encontram, conforme estatísticas de respeitáveis centros médicos, entre 50 a 95% de vezes, em maior ou menor quantidade, após cirurgias abdominais realizadas por métodos tradicionais ou por laparoscopia. São responsáveis por grande número de obstruções intestinais e também por suas recidivas e não está claro qual dos dois métodos de intervenção (laparoscopia e cirurgia tradicional) provoca menor ocorrência de bridas. Convém lembrar que, desfeita a obstrução, o intestino pós-oclusão deve ser cuidadosamente examinado, pois poderá haver mais de uma oclusão nas alças pós-obstrução e esse fato passar desapercebido durante o ato da intervenção. Na tentativa de evitar recidivas e desfeita a obstrução, introduzimos a sistemática de fazer passar os líquidos estagnados na alça pré-obstrução para a alça pós-obstrução, com manuseio cuidadoso. Esse procedimento serve para: a) verificar a possibilidade da existência de aderências e a lise destas e de outras obstruções b) É sabido que o líquido estagnado não é tóxico e, apesar de haver alguma dificuldade de absorção pela estase venosa das paredes intestinais, o paciente estaria sendo hidratado com seus próprios líquidos estagnados Como se Formam as Aderências? A trombina mais fibrinogênio, no líquido da cavidade abdominal, forma uma proteína chamada fibrina e é esta que constitui as membranas (chamadas bridas ou aderências), que se formam em até dois dias. Na superfície da parede intestinal (serosa) age como se fosse uma cola que une as estruturas vizinhas, o que não deixa de ser uma cicatrização inconveniente. O melhor tratamento será a conjugação de: a) um clínico conservador que, preocupado com o estado geral do paciente, procure o melhor momento para uma cirurgia ou que consiga evitá-la b) um médico cirurgião destemido que também não queira perder a melhor oportunidade e diminuir o risco cirúrgico. A maioria dos casos de oclusão parcial, bem avaliada, pode ser resolvida com tratamento clínico, com o uso de sondas para descompressão, principalmente se a causa é por aderência. Âb vtÅ|Ç{É wt átuxwÉÜt ° ÄÉÇzÉ tàÜtä°á wx ÑÜxvx|àÉá? uÜxäx x xy|vté tàÜtä°á wx xåxÅÑÄÉáAÊ (Sêneca) HIPERTENSÃO PORTAL POR: LUCAS GAMA Hipertensão Portal I - Introdução: A veia porta é formada pela junção das veias mesentérica superior e a esplênica. Todas as substâncias que vêm do intestino e do baço chegam ao fígado pelo sistema porta, penetrando no órgão pelos espaços porta interlobulares e ganhando a circulação sinusódal que banha os hepatóitos. Hipertensão porta é definida quando a pressão na veia porta é superior a 10mmHg (normal = 5 a 10mmHg). A síndrome da hipertensão porta é composta basicamente pela esplenomegalia congestiva, pelas varizes gastroesofágicas, e pela circulação colateral visível no abdome. Anatomia do Sistema Porta: O fígado recebe seu aporte sanguíneo basicamente de duas fontes: a veia porta e a artéria hepática. A veia gástrica esquerda ou coronária drena a porção distal do esôfago e pequena curvatura. Ela entra na veia porta em cerca de 2/3 dos casos e drena para veia esplênica n terço restante. A veia coronariana varia enormemente de tamanho, sendo uma das principais responsáveis na gênese das varizes gastroesofagianas. Veias Colaterais Porto-Cavas Uma resistência aumentada ao fluxo portal determina uma diferença de pressão entre a circulação porta e a sistêmica, representada pela veia cava interior. Imediatamente, vasos colaterais se desenvolvem numa tentativa de equalizar as pressões em ambos os sistemas e de escoar o sangue porta. A rede colateral constituída pela veia coronária (diretamente da veia porta) e pelas veias gástricas curtas (veia esplênica), drenam para veia Ázigos. Recanalizção da veia umbilical, ligando o ramo esquerdo da veia porta com as veias epigástricas. È importante na gênese da cabeça de medusa, na chamada circulação colateral abdominal porto-cava. Plexo venoso hemorroidário, conectando as veias hemorroidárias superiores (tributaria da mesentérica superior). É responsável pelas hemorróidas internas, comuns em pacientes com hipertensão portal. II – Fisiopatologia A hipertensão portal é uma conseqüência do aumento da resistência ao fluxo venoso portal, seguido de aumento do fluxo sanguíneo portal e uma vasodilatação esplâncnica. A hipertensão porta encontrada na cirrose hepática é decorrente de dois processos: (1) resistência estrutural secundária à fibrose e à formação de nódulos regenerativos: (2) elevação primaria do tônus vascular intra-hepatico pela contração das células hepáticas estreladas, miofibroblastos e células de músculo liso vasculares. A resistência ao fluxo portal é o principal fator do aumento da veia porta. Contudo, não é o único. O sistema se auto-alimenta pela retenção de vasodilatadores esplâncnicos que, em ultima análise, redistribui a volemia de forma a reduzir a perfusão orgânica e a ativar o sistema renina- angiotensina-aldosterona, catecolaminas e ADH. A ativação neuro-hormonal então aumenta a volemia e o fluxo na veia porta, aumento ainda mais a pressão do sistema. III – Etiologia Podemos dividir as síndromes de hipertensão porta em três principais categorias: • Pré-hepáticas • Intra-hepáticas -Pré-sinusoidal -Sinusoidal -Pós-sinusoidal • Pós-hepáticas Hipertensão Portal Intra-Hepática Hipertensão Portal Intra-Hepática Sinusoidal Cirrose Hepática: É a causa mais comum de HP no mundo e no Brasil. Qualquer que seja sua causa, a presença dos nódulos de regeneração comprimindo os sinusóides, a fibrose dos espaços de Disse e as contrações celulares se encarregam de aumentar a resistência ao fluxo portal hepático. Hepatite Aguda: Tem relação com o grau de colapso dos sinusóides resultante da compressão gerada pela necrose hepática. Hepatite Crônica: Inicialmente as lesões encontram-se localizadas nos espaços porta. Com a progressão da doença, notamos hepatite lobular, com aumento da deposição de colágenos nos espaço de Disse. Dessa forma temos um comprometimento pré-sinusoidal e com o avançar da doença um comprometimento sinusoidal. Hipertensão Portal Intra-Hepática Pré-sinusoidal Esquistossomose Hepatoesplênica: Esta desordem é uma das principais causas de hipertensão porta em países subdesenvolvidos, principalmente Brasil. A HP é decorrente de uma reação granulomatosa nas vênulas hepáticas, provocada por deposição do ovo do parasita. Essa resposta inflamatória leva a fibrose e obliteração