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das varizes esofagogástricas e no tratamento de ascite refrataria. Existem problemas com o TIPS. O dispositivo funciona como uma derivação porto sistêmica não seletiva, isto é, desvia praticamente todo o sangue do sistema porta para o sistema cava. O sangue proveniente da drenagem gastrointestinal ganha o sistema porta e passa diretamente pelo TIPS, sem perfundir o parênquima hepático, o que impede a detoxificação de substancias tal como a amônia, presentes em níveis significativos no sangue porta. Por isso, uma das complicações do TIPS é a encefalopatia hepática, observada em 30% dos casos. Manejo Cirúrgico O principal objetivo do tratamento cirúrgico da hipertensão portal é a descompressão das varizes esofagogástricas. Para isso o cirurgião realiza procedimentos derivativos (os shunts): nestas cirurgias, o sangue porta é desviado para circulação cava, a pressão porta é reduzida e as varizes descomprimidas. As principais indicações do tratamento cirúrgico da hipertensão portal incluem: - Pacientes nos quais existe falência do tratamento endoscópico e medicamentoso. -Sangramento de varizes gástricas ou da gastropatia hipertensiva portal. -Cirurgia de urgência: falência do tratamento endoscópico e farmacológico na fase aguda, com a persistência do sangramento. Existem três métodos cirúrgicos empregados no manejo da hipertensão porta: - As derivações ou shunts descompressivos - Os procedimentos de desvacularização - Transplante de fígado As derivações porto-cava representam os procedimentos de maior eficácia no controle e prevenção do sangramento varicoso e da ascite. Contudo, apresentam grandes incovenientes: (1) alto índice de encefalopatia hepática e piora da função hepática, e (2) impossibilitam ou muito dificultam a técnica cirúrgica do transplante, pois altera a anatomia dos vasos pré hepático. Os procedimentos de desvacularização são divididos em 2: Procedimento de Sugiura em que se faz a ligadura das conexões entre as veias paraesofagianas e esofagianas e liga as veias do fundo gástrico. O sangue então escoa pelas veias paraesofagianas até o sistema ázigos. Desconexão ázigo-portal + esplenectomia é a cirurgia de escolha para a profilaxia secundaria do sangramento varicoso na esquistossomose hepatoesplênica. Na cirurgia é realizada a ligadura da veia gástrica esquerda, desconectando a veia porta da veia ázigos, além de desvacularização da grande curvatura gástrica, do esôfago distal e esplenectomia. VI – Profilaxia Secundária do Tratamento A profilaxia secundaria é aquela realizada após o primeiro episódio de hemorragia já controlada. Atualmente existe dois métodos eficazes em prevenir novos sangramentos: (1) terapia endoscópica e (2) beta-bloqueadores. Os beta-bloqueadores não seletivos são comprovadamente benéficos em reduzir a incidência de ressangramento, e com tendência na redução de mortalidade em torno de 20%. A terapia de escolha a profilaxia secundaria = Ligadura elástica + Beta-Bloqueador. ÂXÇá|ÇtÜ ÇûÉ ° âÅt yâdžûÉ ä|àtÄ? ÑÉÜÖâx ÇûÉ àxÅ âÅ y|Å xÅ á| ÅxáÅtN t yâdžûÉ ä|àtÄ ° tÑÜxÇwxÜAÊ (Aristóteles)  DOENÇAS DAS VIAS BILIARES POR: RAQUEL GOMES PATOLOGIAS DAS VIAS BILIARES ANATOMIA O fígado é atravessado por inúmeros canalículos biliares que drenam a bile para outros canalículos de maior calibre confluindo os da parte direita do fígado para o canal hepático direito e os da parte esquerda do fígado para o canal hepático esquerdo. A junção do canal hepático direito e esquerdo formam o canal hepático comum. O canal cístico une a vesícula ao canal hepático comum que depois desta junção passa a chamar-se canal biliar comum ou colédoco. Na sua porção terminal o canal biliar comum é acompanhado pelo canal pancreático (canal de Wirsung) e em conjunto entram no duodeno formando a papila de Vater. O canal biliar comum, o canal pancreático e a papila de Vater são envolvidos pelo esfíncter de Oddi, uma zona de maior pressão que regula a passagem da bile para o duodeno. O colédoco recebe irrigação das artérias retroduodenal, hepática comum e hepática direita. A vesícula é nutrida pelos ramos da artéria cística, que se origina da hepática direita. A drenagem venosa da vesícula e dos canais extra-hepáticos é feita pela veia porta. Os linfáticos provenientes da vesícula drenam para o gânglio linfático do canal cístico. O triângulo de Callot, ou hepatocístico, ponto de reparo anatômico utilizado para identificar estruturas importantes durante a colecistectomia, é limitado pelo canal cístico, o hepático comum e a borda inferior do fígado. As artérias hepática direita e cística estão localizadas dentro do triângulo. FUNÇÕES DO SISTEMA BILIAR: O fígado secreta por dia cerca de 500 ml de bile. A bile é uma solução complexa constituída por sais biliares (ácidos biliares), fosfolipídios e colesterol. Em menor quantidade existe também na bile bilirrubina conjugada e ácidos orgânicos. A bile secretada pelo fígado durante o intervalo das refeições encontra o esfíncter de Oddi fechado obrigando a bile a armazenar-se na vesícula, onde por perda de água, se concentra. Durante a refeição, a gordura que chega ao duodeno faz libertar o hormônio colecistocinina que contrai a vesícula e relaxa o esfíncter do Oddi. A bile chega então ao duodeno onde se mistura com os alimentos e, pelas suas propriedades detergentes, permite a solubilização e digestão das gorduras. COLEDOCOLITÍASE Encontrada em 8 a 16% das pessoas que têm colelitíase. Geralmente migram da vesícula e são compostos de colesterol. Os cálculos primários do colédoco geralmente são de bilirrubinato de cálcio e estão associados à obstrução das VB. Podem ser encontradas infecção (a E. coli produz uma enzima que desconjuga a bilirrubina, tornando-a insolúvel e fazendo com que ela se precipite) ou bacteriobilia. Os quadros clínicos em que a litíase primária do colédoco ocorre são estenose biliar pós-traumática, anastomose bilioentérica estenosada, estenose do esfíncter de Oddi e colangite esclerosante. FATORES DE RISCO • Pancreatite por litíase • Colangite • Icterícia clínica • Dilatação do colédoco por USG (>8mm) • Níveis elevados de bilirrubina ou F.A. • Identificação do calculo pela USG (100% confiável como preditor) Os demais fatores são confiáveis em apenas 50% individualmente, aumentando quando associados e em ¾ dos pacientes esta previsão falha. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DIAGNOSTICO Os cálculos do colédoco podem ser assintomáticos ou causar cólica biliar, obstrução, colangite ou pancreatite. Dor, icterícia (intermitente, se a obstrução for parcial ou progressiva se houver impactação no colédoco distal). Febre, calafrios e desconforto abdominal podem estar presentes se houver colangite associada, com elevação da bilirrubina sérica. Colangite grave pode evoluir com choque, confusão mental e coma, sinalizando colangite tóxica aguda, quando a bile infectada encontra-se sob pressão no sistema biliar. Ao exame físico pode-se notar icterícia e hipersensibilidade em HCD e epigástrio. Os exames laboratoriais alterados são bilirrubina total sérica (aumentadas, em torno de 9mg/dl), gama GT e fosfatase alcalina. Deve-se sempre dosar amilase, para afastar pancreatite. A USG detecta dilatação das VB e litíase, mas não evidencia os cálculos do colédoco. A CPRE permite visualização