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PTI Individual 3º sem 2015 - Contabilidade comercial

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	DESENVOLVIMENTO	�
42.1	CONTABILIDADE NAS EMPRESAS COMERCIAIS	�
62.1.1	Deduções e impostos	�
72.1.2	Tendências da contabilidade	�
72.2	TEORIA DA CONTABILIDADE NA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL	�
92.3	LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL NA GESTAÇÃO EMPRESARIAL	�
122.4	ESTRESSE E SÍNDROME DE BURNOUT	�
132.4.1	Síndrome de burnout	�
142.4.2	Estresse	�
152.4.3	Estresse ocupacional e burnout	�
162.5	RACIONALIDADE E BUROCRACIA	�
183	CONCLUSÃO	�
19REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
A contabilidade, por ser alimentada diariamente pelas transações realizadas na empresa, pode ser considerada um sistema de informação indispensável à gestão. Nem sempre a contabilidade é vista como uma ferramenta gerencial, mas como uma obrigatoriedade exigida por lei. Por isso, cabe ao contador demonstrar ao administrador que a contabilidade financeira pode se transformar em uma ferramenta gerencial, cuja principal finalidade é auxiliar os gestores no processo decisório.
DESENVOLVIMENTO
Desde tempos remotos, a contabilidade se faz presente na vida do homem, e assim como ele, se desenvolveu no passar dos anos para atender as necessidades da sociedade. Nos dias de hoje, uma empresa não consegue sobreviver por muito tempo se não tiver um bom setor contábil para dar suporte à administração da empresa, e ajudar em seu crescimento. É dessa forma que vemos a importância do papel da Contabilidade dentro de uma empresa. 
CONTABILIDADE NAS EMPRESAS COMERCIAIS
Certos pensadores da contabilidade dizem que o seu principal objetivo é fornecer informações estruturadas através de arquivos contábeis de qualidade e que permitam ao usuário tomar decisões gerenciais. Mas se levarmos em conta que os arquivos gerados pelo profissional contábil serão apenas uma forma de fornecer os dados necessários para que o usuário, seja qual for seu objetivo, tome a melhor decisão possível, vemos que esse é um conceito incompleto
Dessa forma, o objetivo central da contabilidade precisa ser a plena satisfação das necessidades de cada grupo principal de usuários, a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras. Em ambas as avaliações, todavia, as demonstrações contábeis constituirão elemento necessário, mas não suficiente.
Sendo assim, os objetivos da contabilidade devem ser aderentes àquilo que o usuário considera como elementos importantes para seu processo decisório. Não terá qualquer sentido ou razão se a contabilidade for uma disciplina "neutra", que se contente apenas em perseguir sem questionar uma verdade literal. 
Uma forma prática de verificar se a contabilidade está alcançando seus objetivos, conforme inicialmente enunciado, é pesquisar qual o grau de utilização de demonstrações contábeis por parte de grupos de usuários para os quais, primordialmente, se credita que as demonstrações contábeis devessem ser de grande utilidade. Por exemplo: analistas de investimentos, para aconselhamentos sobre compras ou não de ações de determinadas companhias.
Obviamente estes têm utilizado cada vez mais as demonstrações contábeis, e por já possuírem conhecimento técnico aliado à larga visão de negócios é que, cada vez mais, precisam de informações complementares para auxiliá-los. 
Um grande avanço neste sentido foi a obrigatoriedade de inclusão das notas explicativas em todos os informes publicados (mesmo que apenas no livro diário), independentemente do porte ou regime tributário adotado pela entidade. Mas é certo que somente isto não suprirá todas as lacunas necessárias; e é aí que está o verdadeiro papel do profissional contábil. Gerar relatórios complementares e efetivamente auxiliar no processo de construção da melhor decisão sobre qual for o aspecto necessário.
Ainda para descrever um tema tão abrangente como o papel da contabilidade é necessário o entendimento da função dela dentro da empresa. Ela tem como principal objetivo transformar e gerenciar dados contábeis da organização tornando-os utilizáveis as demais atividades tanto para finalidades internas: controle; informações; viés para ações, quanto para externas: informações a bancos; governo acionista e outros públicos de interesse.
Uma contabilidade não pode ser considerada apenas como o setor que cuida de tributos e operações legais entre empresa e prestadores de serviço, existem muito mais procedimentos que são de competência da área contábil.
O controle gerencial dos números de uma empresa dá embasamento ao rumo que ela deve tomar diante do mercado que se apresenta. Aquela que não conduz sua contabilidade por meio de profissionais especializados está de certa forma, sendo negligente com seu patrimônio, o que pode acarretar a falta de diretriz nas ações posteriores.
Hoje é possível que a contabilidade seja a base para todos os processos legais de uma empresa, sejam eles contratações, transações, fusões, entre outros serviços. Além disso, devem ser de seu cuidado também operações com tributos e trabalhistas como folha de pagamento, descontos, registros, emissão de notas e gerenciamento de balanços da empresa.
Toda empresa, seja ela qual for, precisa do apoio de alguém do mercado contábil, é um dos pontos cruciais para que ela cresça com bases sólidas e sucesso posterior. Não há condições de manter um negócio muito tempo sem conhecer seus dados como lucro real, ativos e passivos, além do preço dos produtos. A contabilidade pode ser uma parceira nessa empreitada e tornar sua empresa ainda mais organizada e com grandes chances de crescimento.
Deduções e impostos
Dedução é reduzir, subtrair a despesa. Por exemplo, você pode reduzir do imposto de renda a pagar, as suas despesas médicas reembolsadas, aos seus empregados. Isto é previsto na lei, portanto é uma dedução permitida.
Já um cheque devolvido por falta de fundos, devidamente protestado, será deduzido do seu lucro bruto, que é uma dedução de receita, também permitida.
Nas operações de compras e vendas de mercadorias, poderão incidir alguns tributos inclusos no valor das mercadorias ou ele adicionados.
Consideram–se tributos incidentes sobre as vendas os impostos, as taxas e as contribuições que guardam proporcionalidade com o preço da venda efetuada ou do serviço prestado, ainda que o montante do referido tributo integre sua própria base de cálculo.
Os principais tributos são:
ICMS – É um imposto de competência estadual, incidente sobre a circulação de mercadorias e sobre a prestação de alguns serviços, como o fornecimento de energia elétrica os transportes e as comunicações. É considerado imposto por dentro, pois seu valor está incluído no valor das mercadorias ou dos serviços constantes da Nota Fiscal.
PIS – O programa de integração social é a contribuição para o financiamento da seguridade social. A legislação tributária trata da contribuição do PIS, juntamente com o programa de formação do patrimônio do servidor publico (PASEP).
COFINS – É a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) é uma contribuição federal, de natureza tributária, incidente sobre a receita bruta das empresas em geral, destinada a financiar a seguridade social. Tem por base de cálculo o faturamento mensal (receita bruta da venda de bens e serviços), ou o total das receitas da pessoa jurídica. O termo “seguridade social” deve ser entendido dentro do capítulo próprio da Constituição Federal de 1988, e abrange a previdência social, a saúde e a assistência social. São contribuintes da COFINS as pessoas jurídicas de direito privado em geral.
Tendências da contabilidade
A moderna contabilidade, inserida em um mundo repleto de novas tecnologias e globalizado, está em constante atualização. Neste cenário é oportuna a análise das tendências da área contábil, uma ciência que tem a responsabilidade de fornecer dados cruciais para que empresasou entidades possam avaliar o próprio crescimento, o desempenho, a situação financeira e patrimonial. Vale salientar que cabe também ao profissional da área contábil prestar contas e disponibilizar à comunidade e ao governo as informações contábeis periódicas das empresas.
Um dos principais caminhos da área na próxima década, é a tendência mundial de padronização das normas contábeis internacionais conhecidas como International Financial Reporting Standards (IFRS), algo considerado essencial para facilitar a comunicação e a relação comercial entre as companhias em qualquer localidade do mundo.
A tendência da padronização de normas tem como berço o Mercado Comum da Europa e ganhou forças há cerca de cinco anos. Atualmente vários países das Américas e da Ásia também já aderiram à IFRS. O Brasil está inserido neste processo desde o final de 2007, com a edição da Lei 11.638, com mudanças radicais em suas regras contábeis.
TEORIA DA CONTABILIDADE NA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
A origem da contabilidade esta ligada à necessidade de registros do comercio. Foi o pensamento do “futuro” que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc. Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada. 
É importante lembrar que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras e trocas eram à vista. Posteriormente, O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios, e à medida que as operações econômicas se tornaram complexas, o seu controle se refinou. 
Qualquer tipo de empresa, independente de seu porte necessita manter escrituração contábil, inclusive livro diário, simplesmente para controlar seu patrimônio e gerenciar as tomadas de decisões adequadamente aos seus negócios. Uma empresa sem contabilidade é uma entidade sem memória, sem identidade e sem as mínimas condições de sobrevivência, ou de até mesmo, planejar seu crescimento. Impossibilitada de elaborar demonstrativos contábeis, por falta de lastro na escrituração, por certo encontrará grandes dificuldades em obtenção de crédito junto à instituições financeiras, ou preencher uma simples informação cadastral.
Os princípios, normas, e padrões fundamentais são os conceitos básicos que constituem o núcleo essencial da contabilidade, devendo guiar o profissional na execução de seus objetivos, eles consistem em apresentar informações estruturadas para os usuários. No Brasil, os princípios de contabilidade estão oficialmente estabelecidos pela Lei n° 6.404/76 de Sociedades por Ações e a resolução do CFC n°529-81, formalizando as Normas Brasileiras de Contabilidade, órgão que regulamenta a profissão de contador ou contabilista.
A escrituração dos fatos contábeis se tornou de suma importância à continuidade de uma entidade, sem o surgimento e normalização dessa Ciência não seria possível de detectar pontos estratégicos ao desenvolvimento.
A contabilidade é uma necessidade à empresa de qualquer porte, porque é um instrumento de defesa, controle e gestão do patrimônio. As entidades representativas aguardam ansiosas o desenvolvimento técnico do anteprojeto da lei geral das micro e pequenas empresas, que permitirá, entre outros aspectos, a redução da burocracia e de tributos. Uma das principais dificuldades para se avaliar a economia das micro e pequenas empresas é a falta da escrituração contábil.
O desconhecimento da realidade econômica gera decisões completamente dissociadas das necessidades das empresas e da sociedade em geral, daí surge a necessidade da utilização do registro contábil, para elaborar demonstrativos que permitirão a análise dos custos e dos resultados da empresa. Quando são embasados na escrituração adequada, podem fornecer aos gestores dos pequenos negócios a sustentação para tomarem decisões. Com decisões acertadas, as empresas tendem a se fortalecerem, por conseguinte, permanecerem mais no mercado e desenvolvem-se economicamente.
A contabilidade é um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização.
LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL NA GESTAÇÃO EMPRESARIAL
Pode-se considerar a contabilidade como uma fonte de informação valiosa para uma empresa, pois é alimentada com dados gerados por todos os centros de lucro que a compõem.
São na contabilidade que os fatos ocorridos na empresa se transformam em lançamentos contábeis, que, por sua vez, geram dados que poderão ser transformados em informações gerenciais capazes de dar suporte às mais diversas decisões tomadas pelos administradores, seja a empresa do ramo industrial, comercial ou prestadora de serviços.
As informações contábeis deverão propiciar ao usuário uma melhor compreensão dos fatos ocorridos na empresa em determinado momento. Entretanto, na maioria das vezes, os relatórios gerados pela contabilidade têm apenas o objetivo de atender à legislação vigente do ramo de atividade ao qual a empresa pertence.
Devido a essa particularidade, nem sempre os gestores conseguem visualizar o resultado de suas ações através de tais relatórios, pois a nomenclatura utilizada não pertence ao dia-a-dia do empresário. Cabe então ao profissional da contabilidade estudar formas de evidenciar as informações contidas nos relatórios contábeis a fim de apoiar o processo decisório.
Por ter o patrimônio como objeto principal e por estar presente nas rotinas empresariais, a contabilidade deverá obedecer a algumas exigências perante a Legislação, como os Princípios e as Convenções contábeis. Conforme o Artigo 3º da Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) N.º 750/93, os Princípios Fundamentais de Contabilidade são: ENTIDADE, CONTINUIDADE, OPORTUNIDADE, REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL, ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA, COMPETÊNCIA, PRUDÊNCIA.
As Convenções contábeis representam um complemento dos Princípios, delimitando conceitos, atribuições e direções no trato de problemas contábeis. São elas: a Objetividade, a Materialidade, o Conservadorismo e a Consistência.
A Contabilidade financeira está intimamente ligada às rotinas contábeis da empresa exigidas pela Legislação e muitas vezes não consegue atender às necessidades que os administradores têm por informações gerenciais. A contabilidade não pode apenas atender às necessidades legais servindo basicamente às financeiras, pois assim sua utilidade para a administração praticamente desapareceria.
Além do dever de cumprir todas as exigências impostas pela Legislação, uma das principais tarefas do contador é facilitar a compreensão das informações contábeis aos administradores, demonstrando a importância da Contabilidade no processo decisório.
Saber como melhor interpretar os resultados da empresa é um dos objetivos primordiais da Contabilidade gerencial. A contabilidade deve preocupar-se em gerar informações úteis à administração, atendendo às necessidades dos gestores.
A contabilidade gerencial utiliza instrumentos para auxiliar a interpretação dos resultados levantados através da contabilidade financeira, como a análise e a interpretação das demonstrações contábeis, os indicadores financeiros e não financeiros, as ferramentas como Benchmarketing, planejamento estratégico, Balanced Scorecard, entre outros. O trabalho gerencial é um processo administrativo que envolve planejamento, organização, direção e controle voltados para resultados.
Sendo a empresa uma organização de recursos físicos e humanos, cabe aos administradores saber gerenciar tais recursos da melhor forma possível.
Padoveze (1996, p. 26) comenta a importância de uma entidade ter o apoio da Contabilidade gerencial na administração de seus negócios, pois, segundo ele, se houverdentro dessa entidade pessoas que consigam traduzir conceitos contábeis em ações práticas, a Contabilidade estará sendo um instrumento para a administração.
Enquanto a Contabilidade financeira está voltada às exigências fiscais, a Contabilidade gerencial está voltada à gestão da empresa, e ambas têm a sua utilidade e apresentam características diferenciadas devido ao seu público-alvo.
A Contabilidade gerencial confecciona relatórios conforme as necessidades dos administradores, muitas vezes utilizando como fonte de informações os dados contidos nos relatórios gerados pela Contabilidade financeira, em que esses dados são transformados em uma linguagem mais concisa e clara para o administrador.
O importante é saber analisar e interpretar as demonstrações contábeis para atender às necessidades de respostas dos gestores.
Horngren (1986, p. 516) comenta o papel do contador no processo de tomada de decisões citando que "muitos gerentes querem que o contador ofereça sugestões sobre uma decisão, mesmo que a decisão final sempre pertença ao executivo operacional".
A Resolução CFC nr. 774/94 cita que "os objetivos da Contabilidade, quando aplicada a uma entidade particularizada, são identificados com a geração de informações, a serem utilizadas por determinados usuários em decisões que buscam a realização de interesses e objetivos próprios"
Cada usuário está interessado em algum aspecto particular da empresa, e os mais comuns em empresas prestadoras de serviço, por exemplo, são os especificados a seguir:
Fornecedores: estão interessados na capacidade de pagamento de seus clientes, ou seja, sua liquidez.
Clientes: preocupa-se em saber se os fornecedores terão capacidade para atendê-los conforme suas exigências, tanto no produto como nos prazos de pagamentos.
Concorrentes: fornecem padrões para a empresa auto-avaliar-se.
Instituições financeiras: analisam a rentabilidade em relação aos prazos, às condições de pagamento e à liquidez da empresa.
Dirigentes: interessam-se pelas análises como uma ferramenta nas tomadas de decisão.
Governo: utiliza-se da análise de balanços para obter informações de cunho financeiro e evolutivo das empresas.
A Contabilidade e a administração de empresas caminham lado a lado, pois a Contabilidade se alimenta de informações, e estas são necessárias tanto para o planejamento como para as tomadas de decisão. Atualmente, os relatórios financeiros deixaram de ser apenas informativos numéricos.
A necessidade crescente por informações úteis à administração e que gerem resultados fez com que o contador percebesse a importância de transformar números em relatórios gerenciais, seja através de simples gráficos desenvolvidos em planilhas auxiliares ou até mesmo em softwares especializados em gestão, tornando a Contabilidade gerencial cada vez mais usual no cotidiano das empresas.
A Lei nº 6.404/76, conhecida como a Lei das Sociedades Anônimas, estabelece em seu Artigo 176 as demonstrações financeiras que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da sociedade e as mutações ocorridas no exercício:
a) Balanço Patrimonial.
b) Demonstração do Resultado do Exercício.
c) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados.
d) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
e) Notas Explicativas.
Segundo Franco (1991), "a estática patrimonial é demonstrada no Balanço Patrimonial, que é a representação dos bens, direitos e obrigações do patrimônio, pondo em evidência a igualdade entre os valores ativos e passivos".
A segunda demonstração exigida pela Lei das S.A. é considerada mais dinâmica por parte dos administradores. A demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados deverá conter alguns dados. A demonstração das origens e aplicações de recursos indicará as modificações na posição financeira da sociedade.
As notas explicativas são necessárias para esclarecer o resultado do exercício e a situação patrimonial da empresa.
Conforme Iudícibus (1988, p. 22), "a análise e interpretação das demonstrações contábeis faz sentido quando, além de sua função de informar o posicionamento relativo e a evolução de vários grupos contábeis, também serve como um painel geral de controle para administração".
ESTRESSE E SÍNDROME DE BURNOUT
Considera-se que o bem-estar adquirido pelo equilíbrio entre as expectativas em relação à atividade profissional e à concretização das mesmas é um dos fatores que constituem a qualidade de vida. Esta é proporcionada pela satisfação de condições objetivas tais como renda, emprego, objetos possuídos e qualidade de habitação, de condições subjetivas como segurança, privacidade e afeto, bem como motivação, relações de auto-estima, apoio e reconhecimento social.
Uma relação satisfatória com a atividade de trabalho é fundamental para o desenvolvimento nas diferentes áreas da vida humana e esta relação depende, em grande escala, dos suportes afetivos e sociais que os indivíduos recebem durante seu percurso profissional. 
Para Gazzotti e Vasques-Menezes (1999), a fragilidade emocional provocada pela falta dos suportes afetivo e social traz grande sofrimento, uma vez que o reflexo dessa situação não fica restrito à vida privada, ampliando-se para o campo das relações de trabalho. O trabalhador, ao sentir-se sem alternativa para compartilhar suas dificuldades, anseios e preocupações, tem aumentada sua tensão emocional, o que pode levar ao surgimento da síndrome de burnout e/ou do estresse ocupacional.
Síndrome de burnout
Burnout consiste na “síndrome da desistência, pois o indivíduo, nessa situação, deixa de investir em seu trabalho e nas relações afetivas que dele decorrem e, aparentemente, torna-se incapaz de se envolver emocionalmente com o mesmo. No entanto, autores discutem a possibilidade de males como fadiga, depressão, estresse e falta de motivação também apresentarem a desistência como característica marcante. Dessa forma, pode-se pensar que estudos sobre desistência e, conseqüentemente, sobre burnout se iniciaram juntamente com os estudos de Pavlov. Este pesquisador constatou que cães submetidos a uma tarefa progressivamente difícil de realizar, como por exemplo, diferenciar um círculo de uma elipse, apresentavam um rompimento no comportamento e esse rompimento foi denominado, por Pavlov, de “neurose experimental. Essa ruptura no comportamento não seria uma resposta frente a uma dificuldade tão grande que só restaria ao cão desistir da atividade e entrar em neurose experimental? Por analogia, os seres humanos poderiam entrar em burnout ao se sentirem incapazes de investir em seu trabalho, em conseqüência da incapacidade de lidar com o mesmo.
Também pode ser considerado como uma forma de adaptação que pode resultar em efeitos negativos tanto para a própria pessoa quanto para seu local de trabalho. Portanto, é conseqüência de uma tentativa de adaptação própria das pessoas que não dispõem de recursos para lidar com o estresse no trabalho. Essa falta de habilidade para enfrentar o estresse é determinada tanto por fatores pessoais como por variáveis relativas ao trabalho em si e à organização. Entretanto, a mais influente definição de burnout foi desenvolvida por Maslach e Jackson em 1986. Sua definição multidimensional inclui três componentes: exaustão emocional, despersonalização e redução da realização.
A exaustão emocional é caracterizada por um sentimento muito forte de tensão emocional que produz uma sensação de esgotamento, de falta de energia e de recursos emocionais próprios para lidar com as rotinas da prática profissional e representa a dimensão individual da síndrome. A despersonalização é o resultado do desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativas, por vezes indiferentes e cínicas em torno daquelas pessoas que entram em contato direto com o profissional, que são sua demanda e objeto de trabalho. Num primeiro momento, é um fator de proteção, mas pode representar um risco de desumanização, constituindo a dimensão interpessoal de burnout. Por último, a falta de realização pessoal no trabalhocaracteriza-se como uma tendência que afeta as habilidades interpessoais relacionadas com a prática profissional, o que influi diretamente na forma de atendimento e contato com as pessoas usuárias do trabalho, bem como com a organização. Trata-se de uma síndrome na qual o trabalhador perde o sentido da sua relação com o trabalho, de forma que as coisas não lhe importam mais e qualquer esforço lhe parece inútil. Finalmente, a síndrome de burnout tem sido negativamente relacionada com saúde, performance e satisfação no trabalho, qualidade de vida e bem-estar psicológico.
Estresse
Estresse é definido como sendo, essencialmente, o grau de desgaste total causado pela vida. Não há um consenso sobre o termo estresse. Alguns autores entendem que representa uma adaptação inadequada à mudança imposta pela situação externa, uma tentativa frustrada de lidar com os problemas, mas estresse também pode ser definido como um referente, tanto para descrever uma situação de muita tensão quanto para definir a tensão a tal.
Nas formulações iniciais se focava sobre o evento estressor, mas atualmente existe grande consideração nas diferenças individuais e nas variáveis cognitivas e motivacionais. Sendo assim, é importante considerar não só a imensa quantidade de fatores potencializadores de estresse, mas, também, os aspectos individuais, a maneira como cada um reage às pressões cotidianas, bem como os aspectos culturais e sociais aos quais os sujeitos estão submetidos. Fatos como problemas familiares, acidentes, doenças, mortes, conflitos pessoais, dificuldade financeira, desemprego, aposentadoria, problemas no ambiente de trabalho, guerras e inúmeros outros podem ser experienciados de maneira diversa por dois indivíduos diferentes, em um mesmo contexto histórico, cultural e social, por exemplo, assim como problemas críticos na ordem social de um país podem potencializar o estresse patológico em diversos indivíduos.
Em suas sociedades, os indivíduos tentam atingir metas definidas, níveis de prestígio e padrões de comportamento que o grupo cultural impõe e espera de seus integrantes, de maneira que uma frustração na realização desses aspectos pode desencadear o estresse. Pode-se verificar que algum estresse é importante para a realização de qualquer atividade e que sua total ausência, assim como seu excesso, podem ser prejudiciais à saúde. Entretanto, o prolongamento de situações de estresse pode repercutir num quadro patológico, originando distúrbios transitórios ou mesmo doenças graves, como o estresse ocupacional.
Estresse ocupacional e burnout
Levando-se em consideração que essas síndromes são ocasionadas a partir de situações relacionadas ao trabalho, há quem desconsidere suas diferenças. No entanto, embora não haja na literatura um consenso em relação à gênese das mesmas, burnout não é o mesmo que estresse ocupacional. Burnout é o resultado de um prolongado processo de tentativas de lidar com determinadas condições de estresse. O estresse pode ser visto como seu determinante, mas não coincide com o mesmo.
Burnout não é um evento, mas sim um processo e, apesar de compartilharem duas características - esgotamento emocional e escassa realização pessoal - burnout e estresse ocupacional diferem pelo fator despersonalização.
León e Iguti (1999) consideram burnout como um quadro clínico mental extremo do estresse ocupacional.
Parece haver um consenso em torno da síndrome poder ser caracterizada como uma resposta ao estresse laboral crônico, mas é importante que seus conceitos sejam mantidos distintos. Burnout tem como conseqüência uma dessensibilização dirigida às pessoas com quem se trabalha, incluindo usuários, clientes e a própria organização, e o estresse é um esgotamento diverso que, de modo geral, interfere na vida pessoal do indivíduo, além de seu trabalho. Entretanto, apesar de suas particularidades, as diferenças entre os dois não são claras, em função dos fatores desencadeadores serem muito próximos, o que dificulta o estabelecimento de um diagnóstico preciso e de uma relação de co-morbidade.
RACIONALIDADE E BUROCRACIA
A racionalidade é de fundamental importância para o desenvolvimento de conceitos na teoria weberiana, um dos pontos centrais nesta teoria, o alicerce para toda a construção da modalidade de funcionamento dos sistemas sociais atuais.Nas sociedades tradicionais, as interpretações do mundo se davam de forma mística, com o movimento iluminista houve a transformação desta sociedade para a moderna, onde as interpretações do mundo se dariam de forma racionalista, onde o que distingue um ato racional de um irracional é sua coerência com relação aos fins visados.
Para Weber a utilização da dominação, através de ação comunitária, uma sociedade pode ser dotada de racionalidade e que esta dominação seria dada na forma de governo, fomentando a origem da dominação mediante organização. A dominação quando exercida sobre uma grande quantidade de pessoas, exige a existência de uma organização administrativa que execute as ordens, esta organização segundo a teoria weberiana, seria a burocracia, considerada como um tipo de poder ou de dominação, que se concebe como um aparato de operação em mãos dos capitalistas.
Weber considerou burocracia como um sistema racional que se administra segundo o critério da eficiência, a burocracia é a mais eficiente forma de organização inventada pelo homem, porém constitui a maior ameaça para a liberdade individual e para s instituições democráticas ocidentais.
A inexistência de uma organização ideal e a falta de preocupação com o ambiente organizacional e o seu pessoal são duas grandes disfunções da teoria de Weber. Uma outra disfunção seria que o modelo de Weber acaba favorecendo ao funcionário medíocre que obedece às ordens diretas. O poder é centralizado, os regulamentos são muitos e de uma complexidade assustadora.
Caracteriza o indivíduo organizacional como um ser funcional e objetivo abrindo mão de todo o seu lado humano na realização de suas tarefas e classifica o aparato burocrático como um instrumento impessoal de controle e dominação em prol de um objetivo maior. O nível de detalhamento de sua teoria que se refere mais a um ambiente macro e se esquece de pequenos detalhes.
CONCLUSÃO
Em decorrência do apresentado, podemos constatar a importância, diante de alguns aspectos, das Ciências Contábeis e de sua conseqüente escrituração contábil, desde o século XIX com a promulgação do Código Comercial Brasileiro, até os dias de hoje, com as referidas legislações fiscais em vigor.
De posse destes conhecimentos, é inimaginável a existência de profissionais que menosprezam seus próprios conhecimentos, relegando a um segundo plano a Contabilidade das entidades contratadas, cuja expressão mais vil é expressada no aviltamento de honorários profissionais, em virtude da não-realização dos serviços imprescindíveis a toda e qualquer entidade.
REFERÊNCIAS
SOBRENOME, Nome do autor. Título da obra. Edição. Cidade: Editora, Ano de Publicação. 
LUNELLI, Reinaldo Luiz. O real objetivo da contabilidade. Portal de contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/>. Acesso em: 10 abr. 2015.
______. Qual o papel da contabilidade dentro de uma empresa? More Sthepens Brasil Blog. Disponível em: <http://msbrasil.com.br/blog/>. Acesso em: 10 abr. 2015.
LEITE, Juliano do Amaral. A contabilidade como ferramenta indispensável à gestão empresarial. Administradores. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/>. Acesso em: 12 abr. 2015.
FILHO, José de Carvalho. A importância da escrituração contábil regular nas micro e pequenas empresas. Faculdade Cenecista de Varginha. Disponível em: <http://www.faceca.br/portal/>. Acesso em: 13 abr. 2015.
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RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica: para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. São Paulo: Stiliano, 1998.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 2. ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
TEILOR PEREIRA NUNES
CONTABILIDADE COMERCIAL
Vacaria – RS
2015
TEILOR PEREIRA NUNES
CONTABILIDADE COMERCIAL
Trabalho de Ciências Contábeis apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral no curso.
Orientador: Prof. Edson Elias de Morais
Prof(a). Elisete Alice Zanpronio de Oliveira
		Prof(a). Elvira da Graça Bueno Carneiro
		Prof(a). Joenice Leandro Diniz dos Santos
		Prof. Marco Antonio Sena de Souza
		Prof(a). Regiane Alice Brignoli Moraes
		Prof(a). Rubia Carolina Machado de Oliveira
 
Vacaria – RS
2015

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