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Aillyn Fernanda Bianchi Universidade de Cuiabá - Medicina XXIII – 2014/01 Farmacologia Aplicada – Atividade Parcial – 2º bim ANTIPARKINSONIANOS E ANESTÉSICOS GERAIS ANESTÉSICOS GERAIS ANTIPARKINSONIANOS E ANESTÉSICOS GERAIS INTRODUÇÃO CONCEITO CLASSIFICAÇÃO NOMENCLATURA AÇÃO FARMACOLÓGICA MECANISMOS DE AÇÃO USOS CLÍNICOS EFEITOS COLATERAIS CONTRAINDICAÇÕES ANESTÉSICOS GERAIS INTRODUÇÃO Muitos fármacos, incluindo, por exemplo, o etanol e a morfina, podem produzir um estado de insensibilidade e indiferença à dor, porém não são usados como anestésicos. Para que um fármaco seja útil como anestésico, ele tem que ser prontamente controlável, de forma que a indução e a recuperação sejam rápidas. Deve procurar permitir que o nível de anestesia seja ajustado conforme o necessário durante a cirurgia. Por esta razão, foi apenas quando os anestésicos inalatórios foram inicialmente descobertos, em 1846, que a maioria das operações cirúrgicas se tornou uma possibilidade prática. Até aquele tempo os cirurgiões confiavam ser capazes de operar pacientes em contenção e com grande velocidade, e a maioria das cirurgias eram amputações. A inalação é, ainda, a vida de administração mais comum para os anestésicos, embora a indução seja executada, usualmente, com agentes intravenosos. ANESTÉSICOS GERAIS CONCEITO ANESTÉSICOS GERAIS CONCEITO Os anestésicos gerais são usados para que os pacientes não tenham consciência, nem respondam aos estímulos dolorosos durante os procedimentos cirúrgicos. São administrados sistemicamente. Exercem seus principais efeitos no sistema nervoso central. Embora hoje usemos sem pensar, os anestésicos gerais são os fármacos que pavimentaram o caminho para a moderna cirurgia. ANESTÉSICOS GERAIS CLASSIFICAÇÃO ANESTÉSICOS INALATÓRIOS ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS ANESTÉSICOS GERAIS NOMENCLATURA ANESTÉSICOS INALATÓRIOS: Halotano, Óxido nítrico, Enflurano, Isoflurano, Éter. ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS: Tiopental, etomidato e propofol, cetamina e midazolam. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA Os pulmões são a única via quantitativamente importante pela quais os anestésicos inalatórios entram e saem do corpo. Os anestésicos são moléculas lipossolúveis que cruzam rapidamente a membrana dos alvéolos. O coeficiente de participação sangue:gás (solubilidade no sangue) é o principal fator que determina a velocidade de indução e de recuperação de um anestésico inalatório. Quanto menor esse coeficiente, mais rápida a indução e recuperação. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA O coeficiente de partição óleo:gás (solubilidade na gordura) determina a potencia de um anestésico também influencia na sua distribuição pelo corpo. Seu efeito é que a alta solubilidade retarda a recuperação da anestesia. A cinética de transferência do anestésico entre o ar inspirado e o sangue arterial , determina, portanto, a cinética do efeito farmacológico. Fatores fisiológicos: - Taxa de ventilação alveolar - Débito cardíaco ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA As indução e recuperação rápidas são propriedades importantes de um agente anestésico, permitindo um controle flexível da profundidade da anestesia. As velocidades de indução e recuperação são determinadas por duas propriedades dos anestésico: solubilidade no sangue e solubilidade na gordura. Os agentes com coeficientes de participação baixos produzem indução e recuperação rápidas (ex: Óxido nitroso, desflurano), agentes com alto coeficiente de participação mostram indução e recuperação lentas (ex: Halotano). Agentes com alta solubilidade lipídica (ex: Halotano) acumulam-se gradualmente na gordura corporal e podem produzir ‘ressaca’ prolongada se usados para a cirurgia. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA METABOLISMO E TOXICIDADE DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS O metabolismo podem gerar metabólitos tóxicos. A exposição crônica pó longos períodos leva a toxicidade hepática. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA HALOTANO É um anestésico amplamente usado, porém seu uso esta em declínio em favor do isoflurano e outros fármacos. Indução e a recuperação são rápidas, é altamente potente e pode causar insuficiência respiratória e cardiovascular. Provoca queda da pressão sanguínea (depressão miocárdica e vasodilatação). O halotano não é analgésico e tem efeito relaxante no útero, o que limita seu uso com propósito obstétricos. EFEITOS ADVERSOS O halotano sensibiliza o coração à adrenalina, predispondo à arritmias cardíacas. E mais raramente hepatotoxicidade e/ou hipertermia maligna. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA HALOTANO ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA ÓXIDO NITROSO É um gás inodoro, e sua ação é rápida por causa do seu baixo coeficiente de participação. É um analgésico efetivo em concentrações baixas para causar inconsciência. Sua potencia é baixa - não produz anestesia cirúrgica. EFEITOS ADVERSOS Presentes apenas após a exposição prolongada (>6h), causando inativação da metionina sintase, resultando em depressão da medula óssea que pode causar anemia e leucopenia. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA ÓXIDO NITROSO ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA ENFLURANO Éter halogenado similar ao halotano em sua potência e na velocidade moderada de indução. Foi introduzido substituindo o metoxiflurano, por produzir menos fluoreto com isso menos toxicidade renal, além de que seu início de indução e recuperação são mais rápidos. EFEITOS ADVERSOS Sua principal desvantagem é que ele pode causar convulsões, tanto durante a indução quanto em seguida à recuperação anestésica. Pode provocar hipertermia maligna. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA ENFLURANO ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA ISOFLURANO, DESFLURANO E SEVOFLURANO O isoflurano é o anestésico volátil mais amplamente utilizado. É muito similar ao enfllurano, porém não é apreciavelmente metabolizado e não apresenta propriedades pro convulsivantes do enflurano. Pode causar hipotensão e é um potente dilatador coronariano. Isso pode exacerbar a isquemia cardíaca nos pacientes com doença coronariana. O desflurano é quimicamente similar ao isoflurano, porém sua menor solubilidade no sangue e na gordura significam que a indução e a recuperação são mais rápidas. É bastante utilizado para cirurgias simples. O desflurano causa irritação do trato respiratório, o que pode levar a tosse e ao broncoespasmos. O sevoflurano parece com o desflurano, porém é mais potente e não causa irritação respiratória. Assim como os outros halogenados, pode causar hipertermia maligna. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA AGENTES ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS Agem muito mais rapidamente que os anestésicos inalatórios. Produzindo inconsciência em 20 segundos, tão logo atinge o cérebro a partir do seu ponto de injeção. São usados para a indução da anestesia. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA TIOPENTAL O tiopental é o único barbitúrico remanescente usado como anestésico. Apresenta alta solubilidade. O ácido livre é insolúvel por isso é administrado como um sal de sódio. ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS Sua ação se mantém por 5 a 10 minutos, pela sua alta lipossolubilidade. O tiopental produz uma ressaca de longa duração. Não é utilizado para manter a anestesia cirúrgica e sim, apenas como um agente de indução. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA AÇÃO E EFEITOS COLATERAIS As ações do tiopental no sistema nervoso central são semelhante a dos anestésicos inalados, embora não ele não tenha efeito analgésico e possa causar profunda depressão respiratória. Pode causar necrose tecidual local e ulceração ou grave espasmo arterial, se administrado no tecido perivascular ou em alguma artéria. O tiopental , assim como outros barbitúricos, pode precipitar um ataque de porfiria nos indivíduos suscetíveis. TIOPENTAL ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA TIOPENTAL 23 ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA ETOMIDATO É mais preferível que o tiopental por conta da maior margem de segurança entre a dose anestésica e a dose necessária para produzir depressão respiratória e cardiovascular. Além de ser metabolizado mais rapidamente, com isso apresenta menor probabilidade de apresentar ressaca prolongada. É um similar do tiopental. O etomidato particularmente com uso prolongado, suprime a produção de esteróides das supras renais. Não deve ser usado em pacientes com insuficiência supra-renal. É preferível ao tiopental nos pacientes com risco de insuficiência circulatória. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA ETOMIDATO ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA PROPOFOL Apresenta propriedade similar ao tiopental, porém tem a vantagem de ser rapidamente metabolizado. Permite recuperação rápida sem nenhum efeito “ressaca”. Usado em infusão continua para manter a anestesia cirúrgica sem a necessidade de agente inalatório algum. É particularmente útil para cirurgias mais simples. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA PROPOFOL ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA OUTROS AGENTES INDUTORES CETAMINA Produz efeito similar à anestesia e profunda analgesia. Atua bloqueando a ativação de um receptor de aminoácido excitatório. Administrada intravenosamente, a cetamina age mais lentamente que o tiopental e produz efeito diferente. ‘Anestesia dissociativa’, no qual há marcante perda sensorial e anestesia, bem como amnésia e paralisia dos movimentos, sem perda real da consciência. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA CETAMINA ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA MIDAZOLAM Trata-se de um benzodiazepínico. Não causa depressão respiratória ou cardiovascular. É frequentemente usado como sedativo pré-operatório e durante procedimentos como a endoscopia, onde a anestesia completa é necessária. ANESTÉSICOS GERAIS AÇÃO FARMACOLÓGICA MIDAZOLAM ANESTÉSICOS GERAIS MECANISMOS DE AÇÃO Há duas teorias para explicar o mecanismo de ação dos anestésicos. A teoria lipídica é explicada pelo efeito da solubilidade lipídica na concentração do anestésico (Não é muito esclarecida). E através de efeitos nos canais iônicos, inibindo esses canais excitatórios (especialmente receptores do glutamato). Facilitando os canais inibitórios (particularmente o GABA, porém também da glicina e certos canais de potássio). As alterações têm como alvo domínios hidrofóbicos específicos das proteínas do canal. ANESTÉSICOS GERAIS Os anestésicos diferem em suas ações e afetam a função celular de várias maneiras, de forma que é improvável que uma teoria unitária seja suficiente para explicar sua ação. Em nível celular os anestésicos afetam a transmissão sináptica e não a condução axonal. A liberação dos transmissores excitatórios e a resposta dos receptores pós-sinápticos são inibidas. A transmissão inibitória pelo GABA é reforçada pela maioria dos anestésicos. ANESTÉSICOS GERAIS MECANISMOS DE AÇÃO ANESTÉSICOS GERAIS USOS CLÍNICOS Os ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS são usados para: Indução anestésica (tiopental, etomidato). Manutenção da anestesia durante a cirurgia (propofol administrado em combinação com relaxantes musculares e analgésicos). Os anestésicos inalatórios (gases ou líquidos voláteis) são usados para a manutenção da anestesia. ANESTÉSICOS GERAIS Os pontos a observar são: líquidos voláteis (halotano , sevoflurano) são vaporizados com o ar, como oxigênio. A hepatotoxicidade pelo halotano ocorre com mais freqüência após exposição repetida. Todos os anestésicos inalatórios podem desencadear a hipertermia maligna em indivíduos suscetíveis. ANESTÉSICOS GERAIS Os ANESTÉSICOS INALATÓRIOS são usados para: Raramente são usados sozinhos. Na pratica, os efeitos de perda da consciência, analgesia, e relaxamento muscular são produzidos por uma combinação de fármacos. Cirurgia produzir inconsciência rapidamente indutor intravenoso(propofol) para manter a inconsciência e produzir analgesia agentes inalatórios (oxido nitroso e halotano) que podem ser suplementados por um agente analgésico intravenoso (opiácio) e para produzir paralisia muscular com um fármaco bloqueador neuromuscular (atracúrio). Este tipo de procedimento, de combinação de fármacos anestésicos, resulta em indução e recuperação muito mais rápidos, evitando longos períodos de semiconsciência e permitindo que a cirurgia seja executada com relativamente pouco comprometimento dos reflexos homeostáticos. ANESTÉSICOS GERAIS EFEITOS COLATERAIS Os anestésicos gerais agem no sistema nervoso central e no sistema cardiovascular e respiratório. No sistema nervoso central o principal efeito é a inibição da transmissão sináptica. Causam inconsciência, perda dos reflexos (relaxamento muscular) e analgesia. À medida que a concentração dos anestésicos é aumentada, todas as funções cerebrais são afetadas, incluindo o controle motor e a atividade reflexa, a respiração e a regulação autônoma. Quase todos os anestésicos diminuem a contratilidade cardíaca e deprimem marcantemente a respiração. Em doses supra - anestésicas, todos os agentes anestésicos podem causar morte por perda dos reflexos cardiovasculares e paralisia respiratória. ANESTÉSICOS GERAIS CONTRAINDICAÇÕES ANESTÉSICOS GERAIS CONTRAINDICAÇÕES Dependem de uma série de fatores, tais como: Estado de saúde do paciente. Fármacos a serem utilizados. Risco de choque anafilático. Paciente que apresenta risco de broncoaspiração Dificuldade respiratória. Hipertensão arterial no momento da cirurgia. ANTIPARKINSONIANOS ANTIPARKINSONIANOS ANTIPARKINSONIANOS INTRODUÇÃO Está associada a agregados de α-sinucleína (uma proteína normalmente envolvida com a reciclagem de vesículas) na forma de corpos de Lewy característicos. Frequentemente é idiopática, porém pode ser consequente a um acidente vascular cerebral ou infecção viral; pode ser induzida por fármacos (antipsicóticos). Podem também ocorrer, raramente, formas hereditárias, em associação a diversas mutações genéticas, incluindo a α-sinucleína. Associada à degeneração precoce de neurônios nigroestriatais dopaminérgicos e, posteriormente, à neurodegeneração mais geral. Pode ser induzida por 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina (MPTP), uma neurotoxina que afeta neurônios dopaminérgicos. Neurotoxinas ambientais similares, assim como fatores genéticos, podem estar implicadas na doença de Parkinson humana. ANTIPARKINSONIANOS ANTIPARKINSONIANOS CONCEITO A Doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa. Compromete os gânglios da base, causando hipocinesia, tremor em repouso e rigidez muscular, frequentemente acompanhada de demência e disfunção autônoma. ANTIPARKINSONIANOS ANTIPARKINSONIANOS CLASSIFICAÇÃO Levodopa (em geral, em associação com carbidopa e entacapona). Agonistas da dopamina (p. ex., pramipexol, ropinirol, bromocriptina). Inibidores da monoamino-oxidase B (MAO-B) (p. ex., selegilina, rasagilina). Amantadina (acredita-se que atue ao liberar dopamina) e antagonistas dos receptores muscarínicos da acetilcolina (p. ex., benztropina) são ocasionalmente usados. OBS: Nenhum dos fármacos usados para tratar a DP afeta a progressão da doença. ANTIPARKINSONIANOS CLASSIFICAÇÃO ANTIPARKINSONIANOS NOMENCLATURA Drogas que aumentam a atividade dopaminérgica: - Carbidopa/Levodopa Inibidores da MAO-B: - Selegilina Anticolinérgicos: - Triexifenidil - Mexilato de Benzotropina - Cloridrato de difenidroamina Agonistas Dopaminergicos: - Bromocriptina - Pergolida - Ropinirol - Pramipexol Inibidores da COMT (catecol-O-meteil transferase): Tolcapone - Entacapone Amantadina ANTIPARKINSONIANOS AÇÃO FARMACOLÓGICA As drogas que aumentam a atividade dopaminérgica têm efeito em reduzir a incapacitação, prolongando a capacidade do paciente de se manter independente. Os fármacos inibidores da MAO-B A monoamina-oxidase é uma enzima que degrada as catecolaminas (como a dopamina) e a sua inibição tem fundamental importancia no Parkinson, sua inibição culmina em um aumento na concentração de Dopamina. Anticolinérgicos apresentam benefício em reduzir o tremor e a rigidez, mas sem efeito sobre a acinesia. ANTIPARKINSONIANOS A ação farmacológica da Amantadina consiste em pequeno efeito sobre os sintomas parkinsonianos, mas apresenta bom efeito sobre as discinesias. Os agonistas dopaminérgicos ajudam no controle dos sintomas cardinais, com a vantagem de, em longo prazo, contribuírem menos frequentemente para a ocorrência de discinesias em comparação com a levodopa. Os Inibidores da COMT (catecol-O-meteil transferase) não tem qualquer efeito antiparkinsoniano se não forem administrados em associação com a levodopa. AÇÃO FARMACOLÓGICA ANTIPARKINSONIANOS ANTIPARKINSONIANOS AÇÃO FARMACOLÓGICA ANTIPARKINSONIANOS AÇÃO FARMACOLÓGICA ANTIPARKINSONIANOS MECANISMOS DE AÇÃO INIBIDORES DA MAO-B SELEGILINA - É um inibidor irreversível da monoaminoxidase B (MAO B), que reduz o catabolismo cerebral de dopamina, bloqueando a formação de radicais livres, aumentando concentração dela. A inibição da MAO-B protege a dopamina da degradação intraneural. ANTIPARKINSONIANOS MECANISMOS DE AÇÃO Selegilina ANTIPARKINSONIANOS MECANISMOS DE AÇÃO ANTICOLINÉRGICOS Na doença de Parkinson, a depleção de dopamina resulta num estado de relativa sensibilidade colinérgica. Assim, os anticolinérgicos bloqueiam os receptores de acetilcolina, melhorando os sintomas parkinsonianos. Triexifenidil Mexilato de Benzotropina Cloridrato de Difenidramina ANTIPARKINSONIANOS MECANISMOS DE AÇÃO Mexilato de Benzotropina ANTIPARKINSONIANOS MECANISMOS DE AÇÃO ANTIPARKINSONIANOS MECANISMOS DE AÇÃO AMANTADINA É um agente antiviral que bloqueia receptores NMDA e de aceticolina. Demonstrou atividade antiparkinsoniana, mas o mecanismo de ação não está bem determinado, embora se saiba que aumenta a liberação de dopamina, bloqueia sua recaptação, estimula o receptor de dopamina e, possivelmente, tem efeitos anticolinérgicos periféricos. ANTIPARKINSONIANOS MECANISMOS DE AÇÃO AMANTADINA ANTIPARKINSONIANOS MECANISMOS DE AÇÃO AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS Age estimulando diretamente receptores dopaminérgicos no corpo estriado do cérebro, não havendo necessidade de conversão da droga para um metabólito ativo que exerça seus efeitos farmacodinâmicos. Além disso, a meia-vida da maioria das medicações dessa classe é mais longa que a meia-vida das formulações de liberação regular da levodopa. Existem diferenças entre as drogas agonistas dopaminérgicas: alguns medicamentos (bromocriptina e pergolida) são derivados do ergot, sendo agonistas dos receptores D1 e D2; outros (pramipexol, ropinirol) não são derivados do ergot e agem de forma mais seletiva, estimulando receptores D2 e D3. Bromocriptina Pergolida Ropinirol Pramipexol ANTIPARKINSONIANOS MECANISMOS DE AÇÃO Agonistas Dopaminérgicos ANTIPARKINSONIANOS MECANISMOS DE AÇÃO Agonistas Dopaminérgicos ANTIPARKINSONIANOS MECANISMOS DE AÇÃO Inibidores da COMT (catecol-O-meteil transferase) A levodopa é metabolizada perifericamente por duas enzimas: a decarboxilase e a COMT. Mesmo sendo regularmente administrada em associação com um inibidor da decarboxilase, a ação da COMT periférica converte a levodopa em 3-O-metildopa (3-OMD) e somente 10% da droga chega intacta ao cérebro. Dessa forma, essa classe de medicações age inibindo o metabolismo periférico de levodopa, aumentando assim a quantidade de levodopa intacta que chega ao sistema nervoso central. Aumentam a meia-vida em até 50%. Além dessa ação periférica, o tolcapone, uma das medicações dessa classe, também inibe a COMT no cérebro. ANTIPARKINSONIANOS USOS CLÍNICOS Em pacientes com mais de 70 anos ou com prejuízo funcional grave ou cognitivo (independentes da idade), Levodopa é a melhor escolha para tratamento inicial. Os Inibidores da MAO-B podem ser usados preferencialmente em pacientes em tratamento inicial com sintomas leves e sem prejuizo funcional. Estas medicações são particularmente eficazes em pacientes com tremor intenso, principalmente em pacientes jovens com função cognitiva preservada. ANTIPARKINSONIANOS USOS CLÍNICOS A Amantadina Perde seu efeito de 6 meses a um ano, porém é um bom coadjuvante no tratamento da doença de Parkinson. Agonistas Dopaminérgicos são Drogas de escolha em pacientes sintomáticos, principalmente jovens e pode ser usado como monoterapia em pacientes com sintomas leves a moderados. Em pacientes que usam Levodopa e ainda apresentam sintomas parkinsonianos, a associação com um Inibidor da COMT melhora principalmente para aqueles que apresentam flutuações motoras. Em estudos bem controlados, demonstrou-se uma redução dos períodos de função motora muito comprometida (períodos de off) em até 40% com uso de Inibidores da COMT. ANTIPARKINSONIANOS EFEITOS COLATERAIS Flutuações motoras, náuseas, alucinações e confusão mental, hepatotoxidade. A decarboxilação periférica da levodopa pode produzir hipotensão ortostática. Arritmias em pacientes com doenças cardíacas pré-instaladas. Em pacientes com doença de Parkinson mais avançada ou com comprometimento cognitivo subjacente, os Inibidores da MAO-B podem aumentar os efeitos motores e cognitivos adversos da terapia com levodopa. Podendo também causar ansiedade e insônia. ANTIPARKINSONIANOS CONTRAINDICAÇÕES Não se deve usar simultaneamente inibidores da monoaminoxidase-A e carbidopa + levodopa (exceto Inibidores da MAO-B em doses baixas). Dada a possibilidade da Levodopa ativar o melanoma maligno, este medicamento não deve ser utilizado em pacientes com lesões cutâneas suspeitas e não diagnosticadas ou com histórico de melanoma. Inibidores da MAO-B são contra indicados para pacientes com conhecida hipersensibilidade a selegilina, e para pacientes que recebem meperidina e outros opióides. 70 ANTIPARKINSONIANOS CONTRAINDICAÇÕES Os Anticolinérgicos são contraindicados em pacientes com glaucoma de ângulo fechado, miastenia, úlcera péptica estenosante, megacólon e risco de retenção urinária. Inibidores da COMT(catecol-O-meteil transferase) são contra indicados em pacientes com hipersensibilidade conhecida a tolcapone ou a entacapone, com evidência de doença hepática ou aumento de enzimas hepáticas. 71 ANTIPARKINSONIANOS E ANESTÉSICOS GERAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Gilman, G. As bases farmacológicas da terapêutica. 10ª ed. Ed: McGraw-Hill. RJ, 2005. Rang, Dale. Farmacologia. 6° ed. 2008
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