Buscar

O que dizem os gramáticos

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

MÔNICA-75597
				VITOR-
				SANDRA-75580
				SELMA-74586
				KELLY-
				
CINCO GRAMÁTICAS DE REFERÊNCIA PARA OS ESTUDOS DOS PRONOMES
Introdução
Foram analisadas cinco gramáticas: Rocha Lima, José Marques da Cruz, Celso Cunha, William Roberto Cereja e Evanildo Bechara. 
Focamos nas definições devido ao fato de que os autores não vão muito além disso.
Com o intuito de entender o que os alunos do curso de letras entendem sobre a classe gramatical, fizemos uma entrevista e fizemos uma comparação entre as respostas.
O que dizem os gramáticos
Definição de pronome segundo os cinco gramáticos
Rocha Lima pronome “é a palavra que denota o ente ou a ele se refere, considerando-o apenas como pessoa do discurso”.
José Marques da Cruz “palavras que se põem em vez do nome”. Podem ser substantivos, quando substituem os substantivos; ou adjetivos, quando acompanham-nos.
Celso Cunha “palavras que servem para representar um substantivo e para acompanhar um substantivo, determinando-lhe a extensão do significado”.
William Roberto Cereja “Pronomes são palavras que substituem ou acompanham outras palavras, principalmente os substantivos. Podem também remeter a palavra, orações e frases expressas anteriormente.”
Para Bechara “Pronome é a classe de palavras categoremáticas que reúne unidades em número limitado e que se refere a um significado léxico pela situação ou por outras palavras do contexto. De modo geral, esta referência é feita a um objeto substantivo considerando-o apenas como pessoa localizada do discurso.”
PRONOMES PESSOAIS
Os cinco gramáticos dão a mesma definição para os pronomes pessoais que “são aqueles são aqueles que indicam as três pessoas do discurso, sendo a 1º pessoa como locutor, 2º pessoa como locutário e 3º pessoa como assunto ou referente” (Cereja). 
Cruz classifica os pronomes pessoais em retos e oblíquos. Celso Cunha, Rocha Lima, Cereja e Bechara vão além, classificando os oblíquos em tônicos e átonos. Sendo que só Lima, Cereja Bechara explicam tais classificações e falam ainda de outra classificação, os reflexivos . Bechara fala ainda do pronome oblíquo recíproco.
PRONOMES POSSESSIVOS
Todos os autores dão a mesma definição para os pronomes possessivos, que “São os que indicam a posse em referência às três pessoas do discurso” BECHARA.E. 1999.	
PRONOMES DE TRATAMENTO 
Cunha trata dos pronomes de tratamento da seguinte maneira: “Os pronomes de tratamento são palavras e locuções que valem por verdadeiros pronomes pessoais”. CUNHA.C. 1981
Já Bechara e Cereja: “pronomes de tratamento é também designado como formas substantivas de tratamento ou formas pronominais de tratamento”. BECHARA.E. 1999
Cruz não define os pronomes de tratamento, apenas os apresenta. Lima não faz nenhuma referência de tal pronome.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
Todos os autores estudados nesse trabalho dão a mesma definição para os pronomes demonstrativos “palavras que assinalam a posição dos objetos designados, relativamente às pessoas do discurso.” lima
Sendo que Lima e Cereja classificam diferentemente os pronomes demonstrativos: 
“os pronomes demonstrativos substantivos substituem os substantivos e os pronomes demonstrativos adjetivos acompanham os substantivos” CEREJA.W.R. 19959
“demonstrativos de natureza adverbial, que se classificam como pronomes adverbiais demonstrativos” (Lima)
PRONOMES RELATIVOS
A definição de pronome relativo para os cinco gramáticos é a mesma. 
	Os pronomes relativos são palavras que reproduzem, numa oração, o 	sentido de um termo ou de totalidade uma oração anterior. Eles não têm 	significação própria; em cada caso representam o seu antecedente. LIMA.R. 
Cunha fala que esses pronomes podem der variáveis ou invariáveis. Cereja fala que podem ser seguidos ou não de preposição e Rocha Lima dá uma classificação: “pronomes relativos indefinidos são pronome relativos empregados sem antecedentes expressos”, Bechara diz o mesmo em outras palavras: “Os pronomes relativo quem e onde podem aparecer com emprego absoluto, sem referência antecedente (...) os relativos sem antecedentes também se dizem relativos indefinidos”.
PRONOMES INTERROGATIVOS
Cruz fala dos pronomes interrogativos como distintos dos indefinidos.
Para Cunha, Cereja, Rocha Lima e Bechara os pronomes interrogativos “São os pronomes indefinidos que quando empregados em frases interrogativas” CEREJA.W.R. 19959. Cruz apenas fala quais são.
PRONOMES INDEFINIDOS
Os pronomes indefinidos para Lima, Cereja, Cunha e Bechara são “aqueles que se aplicam à terceira pessoa gramatical, quando consideradas de um modo vago e indeterminado” (Cunha).
Rocha lima os classifica em dois grupos: desacompanhados de substantivo ou do lado de um substantivo, com o qual concordam em gênero e número.
Cereja e Bechara tratam da mesma coisa, mas classificando os em pronomes substantivos e adjetivos “Funcionam como pronomes indefinidos substantivos, todos invariáveis (...) são pronomes indefinidos adjetivos, todos variáveis com exceção de cada” BECHARA.E. 1999.
E Cruz não traz nenhuma explicação, apenas cita quais são esses pronomes. Além das definições dadas a cada artigo pelos autores abordados, alguns trazem complementos, como em Rocha lima que explica o pronome na oração e o conceito de Palavras vicárias “palavras da família dos pronomes que se põem no lugar do núcleo de um predicado, a fim de evitar-lhe a repetição” LIMA.R.
com A PALAVRA OS ESTUDANTES 
As questões foram:
1 conceitue pronome
2 como se utiliza os pronomes? 
3 Dê exemplos de seu emprego.
4 qual a importância do pronome num texto?
5 segundo os 5 gramático qual deles você acha que a definição está mais correta?
O conceito de pronomes dado pelos alunos foi simples e objetivos.
“Pronome é uma classe de palavras que substitui o substantivo (nome). Tem a finalidade de indicar a pessoa do discurso ou situar no tempo e espaço.” 
De formas diferentes alguns alunos abordam a forma de uso dos pronomes:
“utilizo colocando no lugar de algo que eu já havia citado antes ou que pode ser entendido pelo contexto”
“Eles servem para apontar uma das três pessoas do discurso ou situá-lo no espaço e no tempo”
Os exemplos são criativos, de fácil compreensão.
“O que você acha da MARIA ? -- Eu acho ELA legal. MEU celular está descarregado”
“Esta casa é antiga./ Isto é diferente daquilo”
"O menino saiu de casa. Ele foi à padaria“
“Eu viajarei amanhã”. Pronome pessoal
“Quebrei o meu pé jogando futebol. Pronome possessivo
“Não conhecemos o aluno que saiu”. Pronome relativo
“Alguns cães estão sem dono”. Pronome indefinido
“Quantas horas ainda faltam para chegarmos?”
Os alunos demonstram saber a importância que os pronomes têm em uma frase e enfocam que eles servem para não deixarem os textos redundantes. 
“O pronome é importante num texto para que haja coerência entre as frases, não ocorrendo a todo tempo a repetição, eles deixam os textos mais completo de informações” 
A definição mais correta, segundo os entrevistados, é a que está presente na gramática de Bechara. Porém, um deles justificou:
“Não creio que exista a mais correta, existe contribuições de cada gramático para formar a base da gramática portuguesa, sendo que alguns podem pecar em alguns aspectos e esclarecer outros.” 
conclusão
“Não creio que exista a mais correta das gramáticas, sim existe contribuições de cada um dele para formar a base da gramática portuguesa, sendo que alguns podem pecar em alguns aspectos e esclarecer outros” ALUNA DO CURSO DE LETRAS.
Referências
BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.
 
CEREJA, W. R. Gramática reflexiva: texto, semântica e interação. 2ª.ed. São Paulo: Atual, 2005.
 
CRUZ, J. M. da. Português Prático: Gramática. 28ª ed. 1959
 
CUNHA, C. Gramática do Português Contemporâneo. 9ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
 
LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa. 32ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1994.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais