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Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Rio Grande, México/USA 1 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Os 20 Maiores Rios da Terra: • Transportam cerca de 40% das correntes continentais • Bom diagnóstico da média global da composição química 2 Somente o Rio Amazonas transporta cerca de 15% Depende de: Águas Continentais Naturais: rios, lagos, águas superficiais e subterrâneas Composição Química: muito variável • Constituintes Químicos • Processos de Intemperismo • Processos Biológicos Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 1. Química da dissolução: dominada por 2. Conc. de íons em águas continentais < conc. de íons na crosta 3. Composição de íons dissolvidos: difere muito da crosta continental apesar de que, em geral, nas águas os íons se originam do intempe- rismo. A diferença de composição destaca-se quanto à Al e Fe devido ao modo como reagem na água. 3 Ca2+, Na+, K+, Mg2+ PRINCIPAIS CONSTITUINTES Cátion Crosta Continental (mg kg-1) Água de Rios (mg kg-1) Al 80,0 0,05 Fe 35,0 0,04 Ca 30,0 13,4 (1º) Na 29,0 5,2 (2º) K 28,0 1,3 (4º) Mg 13,0 3,4 (3º) d e c re s c e n te > < Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Ca, Mg, Na e K predominam, mas no global a química dos rios difere bastante: muitas variações são controladas pelas intem- péries. 4 (Venezuela) (Canadá) (Índia) (México/USA) Composição de Íons Dissolvidos em 4 Rios com Diferentes Crostas (Cátion) (Ânion) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Solubilidade: considerada em termos da carga z e raio iônico r. Figura: representa a relação Dissolução de íons: Comportamento Diferente 5 material particulado material dissolvido log versus log (|z|/r) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Íons com: a) z/r baixo: - São muito solúveis - Em solução são íons simples. b) z/r alto: - São solúveis - Formam oxiânions complexos 6 c) z/r intermediários: são relativamente insolúveis. A relação particulados/dissolvidos é relativamente elevada. Ratio of average elemental riverine particulate to dissolved con- centrations plotted against the ratio of charge to ionic radius for the most abundant ions of those elements. In case of dissolved oxyanions, the relevant dissolved species are shown in brackets Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 7 • Íons menores, mas com carga maior: reagem formando hidróxidos insolúveis: • Íons de carga menor (+1, +2, -1, -2): dissolvem-se como cátions e ânions simples e interagem pouco apesar de serem cercados por moléculas d’água. Al3+(aq) + 3H2O(l) Al(OH)3(s) + 3H + (aq) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos • Íons ainda menores mas com carga maior: reagem e produzem íons relativamente maiores e mais estáveis (oxiânions, como SO4 = , NO3 -, CO3 =): S(IV)(s) + 4H2O(l) SO4 = (aq) + 2H + (aq) 8 • Ânions maiores: se dissol- vem facilmente Ânions maiores são mais solúveis, pois a carga se espalha num grande perímetro iônico Sal BaCl2.2H2O BaBr2.2H2O BaI2.7½ H2O Solubilidade g/100g de água (a 20ºC) 35,7 104 203,1 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Cálcio Em geral: cátion presente em maior concentração em águas naturais. 9 Dolomita Gipsita Calcita Aragonita Equilíbrio entre CO2 Dissolvido e Minerais de CaCO3: água com alta % de CO2 dissolve facilmente carbonatos: Fontes Primárias: gipsita (CaSO4.2H2O), dolomita (CaMg(CO3)2), calcita e aragonita (CaCO3) CaCO3(s) + CO2(aq) + H2O Ca 2+ (aq) + 2HCO3 - A dissolução ou precipitação de CaCO3 depende da [CO2] Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Cálcio Dissolvido: o teor de CO2 absorvido em águas em equi- líbrio com o ar não é suficiente para justificar a [Ca2+]dissolvido, sobretudo em águas subterrâneas. Mas: O alto teor de CO2 e HCO3 - deve-se à: 1) Respiração de microorganismos C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O → 6 CO2 + 12 H2O + energia 2) Degradação de matéria orgânica na água, sedimentos e solo: {CH2O} + O2 CO2 + H2O 10 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Dureza Temporária: deve-se à presença de Ca2+ e HCO3 -. Eliminada por ebulição da água: 11 Ca2+ + 2HCO3 - CaCO3(s) + CO2(g) + H2O Com aumento da temperatura há liberação de CO2 A reação desloca-se para a direita forma-se CaCO3 Alumínio: compostos insolúveis em águas com pH 5 a 9 (carac- terístico da maioria das águas naturais), mas são solubilizados em valores de pH muito altos ou muito baixos. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 12 Principais Equilíbrios: envolvem Al3+, Al(OH)3 e Al(OH)4 - Al(OH)3(s) + OH - (aq) [Al(OH)4 -](aq) (complexo solúvel) Al(OH)3(s) + 6 H + (aq) 3 H3O + (aq) + Al 3+ (aq) (solúvel) Al(OH)3(s) 3 OH - (aq) + Al 3+ (aq) (solúvel) O controle da solubilidade é importante, pois Al solúvel é tóxico à vida aquática e vegetal Alumínio em Água Para Consumo Humano: valor máximo per- mitido 0,2 mg/L (Ministério da Saúde, Portaria nº 518/2004) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Acidificação das Águas Naturais: muitas vezes é natural a) Águas em solos acidificados: produção de íons H+ a partir da decomposição de matéria orgânica; 13 {CH2O} + O2 CO2 + H2O (H2CO3) b) Quando o deslocamento de cátions por H+ é maior que a velocidade de fornecimento de íons através do intemperismo. Reações de troca iônica: ajudam a tamponar em curtos períodos de tempo, mas, em períodos mais longos o suprimento de cátions se dá a partir do subsolo. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Águas alcalinas são raras. Por que? • Absorção de gases atmosféricos ácidos (CO2 e SO2) • Decomposição de matéria orgânica (libera CO2) Alcalinização das Águas por Processos Antrópicos: ex. é a ex- tração de Al a partir da bauxita. O ouro é lixiviado com NaOH: 14 2 NaOH + 2 Al + 2 H2O 2 NaAlO2 + 3 H2 Uma das maiores minas de bauxita do mundo (Trombetas, PA). Bauxita (sobretudo Al2O3) Al2O3 – 50 a 70% Fe2O3 – 0 a 25% H2O – 12 a 40% SiO2 – 2 a 30% TiO2, V2O3 – traços Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 15 Silicato de TitânioVelocidade do Intemperismo: muito lenta Concentração de Si em muitas águas é baixa MAS: em solos ou subsolos onde os silicatos são as principais espécies, H4SiO4 pode ser encontrado em teores significativos. Silício Transportado em águas naturais a partir do intemperismo de silicatos minerais sob a forma de ácido silícico, H4SiO4. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos REGIMES DE INTEMPÉRIES E ÍONS DISSOLVIDOS A composição de íons dissolvidos em águas naturais depende: 1. Composição da água da chuva e da deposição atmosférica seca 2. Da modificação da atmosfera por evapotranspiração 3. Das contribuições de reações de intemperismo e da decom- posição de matéria orgânica em solos e rochas 4. Das retiradas por processos biológicos no solo 16 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Rochas Cristalinas ou Solos Tropicais Desgastados: as caracte- rísticas químicas da água são mais influenciadas pelas condi- ções atmosféricas: spray marinho, pós, gases antrópicos, etc. Regiões Costeiras: a influência de sais marinhos é comum. Os sais estão presentes em menores concentrações em águas de chuva de áreas continentais centrais distantes do mar. Sais marinhos que passam às águas de chuva têm química si- milar à da água do mar de origem. Portanto: 17 Na+ e Cl- podem ser usados como medida da entrada de sais marinhos em águas de chuva Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Águas Marinhas como Fontes de Íons em Águas de Chuvas Estima-se a influência computando-se as abundâncias relativas de Na+ e comparando-se com a mesma relação no mar. Principais cátions dissolvidos se o intemperismo for significativo: 18 Cátions solúveis e derivados de rochas e solos locais. Ca+ liberado na dissolução é uma medida do intemperismo • Água de chuva ou • Intemperismo . Na+ . (Na+ + Ca2+) Procedência do Íon: Relação A composição de íons dissolvidos é classifi- cada comparando os valores da relação com o nº total de íons Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 19 grande contribuição de sais marinhos grande contribuição do intemperismo b) Íon Ca2+: a relação tende a zero Se predominar: a) Íon Na+: a relação tende a 1 . Na+ . (Na+ + Ca2+) Relação: Classificação Simplificada da Composição de Águas Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Embaixo à direita: Na+ predomina Situam-se rios com baixo teor de íons: fluem sobre rochas cristali- nas de intemperismo lento ou sobre solos tropicais que sofre- ram intenso intemperismo. Rio Amazonas: os afluentes drenam solos e sedimentos da Amazônia Central muito desgastados por intempéries. 20 µ c r e s c e Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 21 µ c r e s c e Afluentes do Rio Amazonas Situados nos Andes Peruanos Drenam rochas sedimentares erodí- veis incluindo carbonatos. Possuem altos teores de cátions (450- 3000 mol L-1) e SO4 = de Ca, Mg (alta força iônica) além de alcalinidade Rios grandes como o Rio Amazonas: fluem sobre vários tipos de rochas adquirindo espécies dissolvidas devido às intempéries. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos µ c r e s c e * * * Rio Grande*(Texas e México) (µ média) Rio Negro* (µ baixa) Rio Jordão* (µ alta) 22 = ½ { (ci zi 2) } Ex1: sol. NaCl 0,1 mol L -1 = ½ (0,1x 12 + 0,1x 12) = 0,1 Ex2: sol. BaCl2 0,1 mol L -1 = ½[0,1x 22 + (0,1x12)x2] = 0,3 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Rio Negro: baixa força iônica () e baixa concentração de cátions 23 Rio Negro Rio Solimões Rio Solimões Rio Negro = ½ { (ci zi 2) } < 200 mol L-1 Principal Cátion: Na+ µ c r e s c e Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Formado a partir de água glacial fundida. É o melhor ex. de meio aquático com: Rochas metamórficas resultam da transformação de rochas pre-exis- tentes quando há aumento de T e/ ou P. O fenômeno ocorre no esta-do sólido, isto é, as rochas não fundem. Se fundissem originariam um magma que ao cristalizar formaria uma rocha ígnea. 24 Rio Onyx Rio Onyx (maior rio da Antártica): baixa Na+ predomina A química é dominada prati- camente por íons marinhos. Mas quando flui sobre rochas meta- mórficas e ígneas a composição de sólidos dissolvidos é maior e a pro- porção de Ca2+ aumenta. µ c r e s c e Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 25 Apresentam tendências dadas pela reta AA’: incluem-se os rios Ganges e Mackenzie, apesar de diferenças geomorfológicas µ c r e s c e Águas Naturais Originadas em Áreas em Processos de Intemperismo Têm maiores teores de íons: Ca2+ prevalece em relação a Na+ Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Extremos de Composição: rios ricos em Na em relação ao Ca e Mg, mas também com altas concentrações de SiO2 compatíveis com o intemperismo de feldspatos. Drenam áreas onde as rochas não são facilmente sujeitas ao intemperismo e os solos não são totalmente degradados como os rios de menores concentrações. 26 Feldspatos: pertencem ao grupo de silicatos de alumínio conten- do potássio, sódio, cálcio e raramente bário. (Na.K) AlSi2O3, CaAl2SiO3, BaAlSi2O3 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 27 µ c r e s c e Áreas Áridas Alta Evaporação: afeta as principais espécies dissolvidas concentran- do-as Favorece a precipitação de CaCO3 E de NaCl? Não precipita pois é solúvel Formação de CaCO3: remove Ca 2+ dissolvido aumenta o valor da relação Na+/(Na+ + Ca2+). Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos A composição de rios in- fluenciados pela evaporação (representados por BB’): 28 Tendem para a composição da água do mar (Jordão, Rio Grande e Colorado ). µ c r e s c e Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 29 Processos Biológicos: Atividade Biológica • Em Águas Correntes e Rios Pequenos: a atividade biológica tem pouca influência nos processos químicos, pois os efeitos podem ser diluídos pelo rápido fluxo. • Em Lagos e Rios Maiores: os fluxos são mais lentos e a ativi- dade biológica pode alterara química da água. Fotossíntese: vegetais absorvem luz e a convertem em energia química. A energia liberada é usada na conversão de H2O, CO2 ou HCO3 - e em MO: CO2(g) + H2O(l) luz {CH2O}(S) + O2(g) A fotossíntese é restrita às camadas superficiais: requer luz. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 30 Responsáveis pela fotossíntese em: a) Águas naturais superficiais: vegetais superiores e algas mi- croscópicas (fitoplâncton) b) Lagos profundos e oceanos: fitoplâncton é o principal • A quantidade de luz absorvida pelo material em suspensão (inclusive fitoplâncton) • Presença de compostos coloridos dissolvidos A espessura da região absorvente varia com: • Ângulo da radiação solar Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 31 Decomposição de MO • Quase sempre tem influência bacteriológica • Pode ocorrer em qualquer espessura da coluna d’água • Consome O2 presente a partir das trocas gasosas na interface ar/água e parcialmente pelos produtos da fotossíntese: {CH2O(S)} + O2(g) CO2(g) + H2O(l) O2 Dissolvido em Função da Temperatura a 1ºC: 450 mol-1 a 20ºC: 280 mol-1 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos No verão a concentração de O2 é menor. Por que? O que ocorre no verão • As camadas superficiais se aquecem, tornam-se menos densas que as águas profundas mais frias. • Há estratificação da densidade o que limita as trocas entre águas superficiais oxigenadas e as águas profundas. • A matéria orgânica produzida nas águas superficiais penetra nas águas profundas onde é oxidada As concentrações de O2 caem 32 {CH2O(S)} + O2(g) CO2(g) + H2O(l) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos A velocidade de consumo do gás aumenta devido à: • Demanda de matéria orgânica • Aumento da fotossíntese nas águas superficiais • Descarga direta de resíduos orgânicos 33 Desnitrificação (Redução de Nitrato): 5 {CH2O} + 4 NO3 - 2 N2 + 4 HCO3 - + CO2 + 3 H2O O processo é limitado em águas naturais devido ao baixo teor de NO3 -, mas aportes antrópicos aumentam os teores e a disponibi- lidade do íon. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 34 Fe e Mn: presentes como óxidos insolú- veis de Fe(III) e Mn(IV). São receptores de elétrons e em meio redutor podem passar a Fe(II) e Mn(II) solúveis. Redução de Sulfatos a Sulfetos: não é importante se o teor de sulfato dissolvido for baixo, mas em águas marinhas é abundan- te e a reação é significativa: 2 {CH2O} + SO4 = H2S + 2 HCO3 - Mas Fe só é solúvel em condições ácidas ou de menor potencial redox. {CH2O} + 7CO2 + 4Fe(OH)3 4Fe 2+ + 8HCO3 - + 3H2O Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Metanogênese (redução): degradação anaeróbica de compostos orgânicos em metano e dióxido de carbono efetuada por bactérias metanogênicas. 2 {CH2O} CH4 + CO2 35 Pode ser um processo respiratório importante em águas naturais de lagos e sedimentos pantanosos ricos em matéria orgânica. CH4 borbulha em terrenos encharcados e aumenta significativa- mente as reservas atmosféricas do gás. archaea Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Nutrientes Requeridos por Vegetais no Meio Aquático • Mg2+: é abundante. • Compostos nitrogenados e fosforados: essenciais em baixas concentrações Relação N/P necessária a um ótimo crescimento de algas • Águas Marinhas: 16:1 • Águas Doces: a relação é muito variável O crescimento de algas pode ser limitado: • Pela disponibilidade de luz • Se a demanda de N e P exceder a disponibilidade 36 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Fósforo (P) Inorgânico Dissolvido(DIP): assimilado quando a água circula sobre rochas e solos desagregando-os gradualmen- te. A erosão de rochas desloca DIP para o solo onde é absorvido por raízes. Retenção de Fósforo no Solo • Precipitação de fosfatos (Ca, Fe) • Adsorção em hidróxidos de Fe • Adsorção nas partículas de solo 37 Ciclo do Fósforo Troca Aniônica Em águas correntes as concentrações do DIP variam inversamente ao fluxo Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Fosfatos nos Sedimentos: sobretudo na forma de FePO4 inso- lúvel. 38 Assimilação de Fósforo e Transporte na Cadeia Alimentar: • Grande parte é assimilado através dos alimentos e água. • Quando dissolvido é absorvido pelo plâncton e organismos maiores, que por sua vez são consumidos por peixes e inver- tebrados aquáticos que são alimentos de pássaros cujos deje- tos contendo altos teores de PO4 ≡ e NO3 - são absorvidos por raízes de plantas. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Nitrogênio: química complexa, pois pode existir em vários estados de oxidação: N2 (0), NH4 + (-3), NO2 - (+3), NO3 - (+5). 39 Ligações fortes não são rompidas Em processos biológicos é usado no estado -3, presente, sobre- tudo, em grupos amínicos de proteínas). As algas assimilam compostos nesse estado de oxidação. Por ex., NH4 + onde nitrogênio desloca-se na decomposição de matéria orgânica. N2 dissolvido não pode ser usado como fonte nutriente pela maioria das plantas e algas, pois: Fontes de NH4 +: chuva, fertilizantes, oxidação de matéria orgâni- ca no solo ou em resíduos animais. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 40 Adsorção de NH4 +: no solo e água pode ser adsorvido em cama- das orgânicas de partículas negativamente carregadas ou super- fícies de argilas minerais. É também captado por plantas ou algas, ou oxidado a NO3 - aniônico solúvel não sendo retido no solo. 4 NH4 + + 6 O2 Nitrosomonas 4 NO2 - + 8 H+ + 4 H2O 4 NO2 - + 2 O2 Nitrobacter 4 NO3 - Na produção e no uso abusivo de fertilizantes à base de NH3 e NO3 - o ciclo do nitrogênio e a qualidade da água são alterados Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Nitratos: estimulam o crescimento de algas e, muitas vezes, são transportados para o meio aquático por chuvas. 41 Desnitrificação: em meios com baixo teor de O2 é o mais impor- tante processo no qual NO3 - é removido de rios, águas subterrâ- neas e solos, além e ser requisitado em processos biológicos: 5 {CH2O} + 4NO3 - 2N2 + 4HCO3 - + CO2 + 3H2O Através de processos de lixiviação podem ser transportados para águas subterrâneas que podem tornar-se tóxicas se ingeridas Metahebloglobinemia Hemoglobina Metahemoglobina Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. NadjaVasconcelos 42 Desnitrificação: em meios com baixo teor de O2 é o mais impor- tante processo no qual NO3 - é removido de rios, águas subterrâ- neas e solos, além e ser requisitado em processos biológicos: 5 {CH2O} + 4NO3 - 2N2 + 4HCO3 - + CO2 + 3H2O Metahebloglobinemia Metahemoglobina Nitratos: estimulam o crescimento de algas e, muitas vezes, são transportados para o meio aquático por chuvas. Através da lixi- viação são deslocados para águas subterrâneas e podem torna- se tóxicos se ingeridos. Hemoglobina Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos EUTROFIZAÇÃO Grande quantidade de algas e cianobactérias recobrem a superfície aquática 43 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos AMBIENTES AQUÁTICOS EUTROFIZADOS 44 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Em água parada e mar fechado um sério problema resulta da presença acentuada de nutrientes minerais, sobretudo Nitrogenados e Fosforados 45 Desenvolvimento descontrolado de algas e outros vegetais que pode ocasionar total cobertura da superfície do corpo d’água Prejudica a oxigenação (necessária à vida aquática aeróbia) EUTROFIZAÇÃO O processo pode ser natural ou a antrópico, comprometendo a qualidade da água em virtude de várias alterações: Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 46 1. Elevadas concentrações de nutrientes: algas e cianobactérias recobrem a superfície aquática 2. Menor teor de O2 dissolvido: a) a troca gasosa O2(atm) O2(aq) é dificultada; b) maior demanda de O2 devido ao aumento da concentração de matéria orgânica 3. Redução da penetração da radiação solar: menor penetração da luz pelo recobrimento da superfície aquática por uma cama- da de espécies vegetais fotossíntese parcialmente impedida 4. Turvação da água: deve-se ao alto teor de matéria orgânica 5. Morte de espécies aquáticas: devido à deficiência de O2 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Lago Oligotrófico Lago Eutrófico 47 Lake trout = truta do lago Sturgeon = esturjão Whitefish= pescada bullhead= peixe gato catfish = bagre Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos DBO = Demanda Bioquímica de Oxigênio 48 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Fitoplâncton e Algas em Águas: na fotossíntese as algas con- vertem material inorgânico em orgânico, oxigenando a água: 49 CO2(g) + H2O(l) luz {CH2O(S)} + O2(g) Fatores que Influenciam o Crescimento de Algas 1. Radiação solar 2. Turbidez e cor da água 3. Disponibilidade de nutrientes 4. Temperatura da água 5. Concentração de material em suspensão na água 6. Outros (parasitismo de microrganismos, competição no meio aquático, etc.) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Fertilizantes e Eutrofização 50 EUTROFIZAÇÃO Vegetais e Animais Afetados Contaminação (lençóis subterrâneos, rios,etc) Decomposição por microrganismos aeróbios Recobrimento da superfície da água Reprodução Desenfreada Fitoplâncton Algas Macroscópicas Uso Indiscriminado Lixiviação (Chuvas) Fertilizantes Nitrogenados e Fosfatados Contaminação de Solos Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Reciclagem Mundial de Alumínio 51 Final do Capítulo
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