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Trabalho da disciplina
Contratos
FEIRA DE SANTANA
ABRIL/201
Princípios contratuais:
FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO:
Um dos pontos de maior relevância do novo Código Civil, presente em seu Art. 421, segundo o qual “a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.” Artigo este reforçado pelo escritor e advogado, Luciano Benetti Timm: 
 “A função social dos contratos tem como característica essencial a socialização, a busca pela “justiça social”, sendo um modelo paternalista, uma maneira de equilibrar possíveis antinomias existentes entre o contrato e seu resultado no mundo econômico.”
Processo: AC 10024112738760001 MG. Relator (a): Tibúrcio Marques. Julgamento: 13/06/2013. Órgão Julgador: Câmaras Cíveis / 15ª CÂMARA CÍVEL. Publicação: 21/06/2013.
APELAÇÃO CÍVEL - DIREITO CIVIL - CONTRATO DE SEGURO SAÚDE COLETIVO EMPRESARIAL - RENOVAÇÃO - IMPOSIÇÃO DE NOVAS CONDIÇÕES PELA SEGURADORA PARA RENOVAÇÃO DO CONTRATO - PERÍODO DE NEGOCIAÇÕES ENTRE SEGURADORA E EMPRESA - RENOVAÇÃO TÁCITA - IMPOSSIBILIDADE - RENOVAÇÃO COMPULSÓRIA - IMPOSSIBILIDADE - PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS - PRINCÍPIO DA BOA FÉ OBJETIVA - INTELIGÊNCIA DOS ART. 421 E 422 DOCÓDIGO CIVIL - IMPROCÊNCIA - SENTENÇA MANTIDA.
Em respeito ao princípio da função social do contrato e ao princípio da boa fé objetiva, entende-se cabível a rescisão unilateral do contrato de seguro saúde coletivo empresarial no caso de recálculo de prêmio para novo período de vigência do contrato não aceito pela parte contrária, empresa, que firma contrato de seguro saúde para utilização de seus funcionários, mormente quando o recálculo impõe considerável ônus ao contratante.
O fato de a empresa segurada efetuar o pagamento dos prêmios durante a fase de negociações com o manifesto fim de que seus funcionários não perdessem a cobertura do seguro saúde durante aquele período em hipótese alguma configuraria "aceitação tácita" dos termos da proposta de renovação.
Não poderia a seguradora valer-se da própria torpeza e alegar que o contrato foi automaticamente renovado com o pagamento dos prêmios após o vencimento do contrato quando claramente deu causa à postergação do período de negociações.
Conclui-se que a seguradora, em flagrante desrespeito à boa fé objetiva, pretendeu renovar a qualquer custo o contrato de seguro saúde empresarial junto à apelada, o que é inadmissível.
BOA FÉ OBJETIVA:
Segundo a Jurisprudência entende-se como o “Princípio geral aplicável ao Direito das Obrigações, pelo qual se produz nova delimitação do conteúdo e objetivo do negócio jurídico, especialmente o contrato, mediante a inserção de deveres e obrigações acessórios ou que produzam restrição de direitos subjetivos; ou na declaração de vontade, com o fim de ajustar a relação jurídica à função econômico-social, determinável no caso concreto. Aplica-se a todas as fases do processo contratual.” 
Presente no artigo 113 do Código Civil: “os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração”, bem como art. 422 do mesmo código: “os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé” 
PROCESSO: AgRg no AREsp 260223 PE 2012/0246429-3. RELATOR (a): Ministro HERMAN BENJAMIN. JULGAMENTO:18/12/2012. ORGÃO JULGADOR: T2 SEGUNDA TURMA. PUBLICAÇÃO: DJe 08/05/2013.
ADMINISTRATIVO. CONVÊNIO PRORURAL. BOA-FÉ OBJETIVA. SÚMULAS 5 E 7/STJ. PRINCÍPIO DO NÃO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO.
1. As conclusões do acórdão recorrido quanto à violação ao princípio da boa-fé objetiva não podem ser afastadas sem a revisão do contexto fático-probatório, o que é vedado em Recurso Especial, Súmulas 5 e 7 do STJ.
2. Se o Poder Público continuou recebendo a prestação de serviços pelo recorrido sem se opor, não pode, agora, valer-se de disposição legal que prestigia a nulidade do contrato porque isso configuraria uma tentativa de se valer da própria torpeza, comportamento vedado pelo ordenamento jurídico por conta do prestígio da boa-fé objetiva (orientadora também da Administração Pública). Precedentes do STJ.
3. Agravo Regimental não provido.
(STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL : AgRg no AREsp 260223 PE 2012/0246429-3. ADMINISTRATIVO. CONVÊNIO PRORURAL. BOA-FÉ OBJETIVA. SÚMULAS 5 E 7/STJ. PRINCÍPIO DO NÃO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO.)
EQUIVALÊNCIA MATERIAL:
O princípio da equivalência material busca realizar e preservar o equilíbrio real de direitos e deveres no contrato, antes, durante e após sua execução, para harmonização dos interesses. Esse princípio preserva a equação e o justo equilíbrio contratual, seja para manter a proporcionalidade inicial dos direitos e obrigações, seja para corrigir os desequilíbrios supervenientes, pouco importando que as mudanças de circunstâncias possam ser previsíveis. O que interessa não é mais a exigência cega de cumprimento do contrato, da forma como foi assinado ou celebrado, mas se sua execução não acarreta vantagem excessiva para uma das partes e desvantagem excessiva para outra, aferível objetivamente, segundo as regras da experiência ordinária e da razoabilidade. (LÔBO, Paulo. Direito civil: contratos. São Paulo: Saraiva, 2011, p.70) 
Entendendo a Jurisprudência como:
TJ-SC - Inteiro Teor. Apelação Cível AC 754035 SC 2008.075403-5 (TJSC). Data de publicação: 28/10/2010
Decisão: “o princípio da equivalência material dos contratantes, em que se busca"[...] preservar o equilíbrio real... exagerado com relação aos bens que estão em disputa. E mesmo quando não se trata de bens materiais. (da Capital, Relator.: Des. Luiz Cézar Medeiros, j. 21/11/2006).”
Processo: AC 82537 PE 0000008859. Relator (a): Jones Figueirêdo. Julgamento: 24/09/2009. Órgão Julgador: 4ª Câmara Cível. Publicação: 74.
RECURSOS DE APELAÇÃO. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE REITEGRAÇÃO DE POSSE. ARRENDAMENTO MERCANTIL. SENTEÇA PROCEDENTE EM PARTE. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. NÃO DESCARACTERIZAÇÃO DO CONTRATO DE LEASING. EXISTÊNCIA DE ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL. REINTEGRAÇÃO DA POSSE DO BEM PELO ARRENDADOR, COM A DEVOLUÇÃO DE PERCENTUAL DAS PARCELAS JÁ QUITADAS. APLICAÇÃO DO CDC. POSSIBILIDADE. EQUIVALÊNCIA MATERIAL DOS CONTRATANTES. RECURSO ADESIVO. PURGAÇÃO DA MORA. PRECLUSÃO. IMPOSSIBILIDADE EM SEDE RECURSAL. RECURSOS DE APELO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. SENTENÇA MANTIDA.
1."A cobrança antecipada do valor residual garantido (VRG) não descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil" (súmula 293 do STJ), restando caracterizado o esbulho possessório, ante o inadimplemento da arrendatária.
2.A jurisprudência pátria tem se inclinado a considerar a teoria do adimplemento substancial, a fim de que o devedor que cumpriu parcela significativa do contrato não seja totalmente prejudicado, com a perda integral do que já pagou.
3.Preclusão do direito de purgar a mora, pretendido em sede recursal.
4.APELAÇÕES IMPROVIDAS.
(jusbrasil.com.br/jurisprudencia/15613791/apelacao-civel-ac-82537-pe-0000008859)
VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM:
O venire contra factum proprium encontra-se nas situações em que uma pessoa, por um período de tempo, comporta-se de determinada maneira, gerando expectativas em outra de que seu comportamento permanecerá inalterado. Em vista desse comportamento, existe um investimento, a confiança de que a conduta será a adotada anteriormente, mas depois de referido lapso temporal, é alterada por comportamento contrário ao inicial, quebrando dessa forma a boa-fé objetiva (confiança). Existeindo, portanto quatro elementos para a caracterização do venire: comportamento, geração de expectativa, investimento na expectativa gerada e comportamento contraditório. 
Segundo o prof. Nelson Nery, citando Menezes Cordero “venire contra factum proprium' postula dois comportamentos da mesma pessoa, lícitos em si e diferidos no tempo. O primeiro -factum proprium - é, porém, contrariado pelo segundo.”
Processo: HC 121308MG 2008/0256742-2. Relator(a): Ministro ADILSON VIEIRA MACABU (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RJ). Julgamento:06/12/2011. Orgão Julgador: T5 - QUINTA TURMA. Publicação: DJe 03/02/2012.
HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. NULIDADE DO ACÓRDÃO. EXCLUSÃODAS QUALIFICADORAS. PEDIDO DO PRÓPRIO RÉU. COMPORTAMENTOCONTRADITÓRIO. VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM.
1. Embora o entendimento desta Corte seja no sentido de que asqualificadoras só podem ser excluídas quando, de formaincontroversa, se mostrarem absolutamente improcedentes, sob pena deinvadir a competência constitucional do Conselho de Sentença, naespécie, não há como anular o acórdão que acatou pedido do próprioréu.
2. Portanto, a ninguém é dado vir contra o próprio ato, sendo vedadoo comportamento contraditório (venire contra factum proprium).
3. Ordem denegada.
FORÇA OBRIGATÓRIA:
Este princípio encontra seu pilar de sustentação na ideologia que norteia o “pacta sunt servant”. Segundo este princípio, o contrato é lei entre as partes. O descumprimento do contrato implica, via de regra, em sanções de ordem pecuniária. Existem riscos inerentes a pessoa humana e outros que são imprevisíveis. Acontecendo algo imprevisível, o juiz será o responsável pela revisão contratual para restabelecer o equilíbrio.
 
O art. 478 do Código Civil de 2002 disciplina o seguinte: “nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato”. Ainda a este respeito, sob o crivo do art. 317 do mesmo Diploma, “quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação”.
Processo: AgRg no REsp 1090004 RN 2008/0197097-6. Relator(a): Ministro MASSAMI UYEDA. Julgamento: 05/05/2009. Órgão Julgador: T3 - TERCEIRA TURMA. Publicação: DJe 19/05/2009
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO - PREVIDÊNCIA PRIVADA - CORREÇÃO MONETÁRIA - ÍNDICE DE REAJUSTE - VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS E DA AUTONOMIA PRIVADA - ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - RECURSO IMPROVIDO.
VÍCIOS REDIBITÓRIOS NO CÓDIGO CIVIL E NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
 Quando se trata de vícios redibitórios, expões-se algo muito comum no dia-a-dia, caracterizando-se como vícios ou defeitos ocultos existente em uma coisa que a torna imprópria ao uso que se destina, ou que, diminui de forma excessiva o seu valor de tal modo que impossibilite o ato negocial, tornando-se possível ao adquirente ação de redibição do contrato ou abatimento do preço.
Característica essa reforçada pelo jurista Clóvis Beviláqua:
 “Vícios Redibitórios são defeitos ocultos, que torna a coisa imprópria para uso a que é destinada, ou, que fazem de tal modo frustrânea que se fossem conhecidos o contrato não seria realizado” (In código comentado, vol. 4, p.241, 11° Ed.)
 Porém, ao longo da história social, em face da evolução apresentada pela tecnologia, tanto no produto, quanto no comercio aumentaram em suas proporções, de tal modo que vieram a acarretar riscos ao público consumidor, advindo de falhas no processo de produção, erros técnicos, dentre outros.
 
 Ficando assim o Código Civil(CC) em defict quando se tratava de corresponder os anseios do mercado consumidor e do desenvolvimento tecnológico de produção em massa, problema que só foi resolvido com o complemento do Código de Defesa do Consumidor(CDC), em seu caráter protetivo.
 
 Reforçando a Idea de que o Direito em toda sua abrangência deverá sempre ser interpretado de maneira temática e coordenada, argumento esse defendido pela Teoria do Diálogo das Fontes, que segundo Cláudia Lima Marques, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, responsável por trazer a teoria á território nacional:
 “As leis são criadas para serem aplicadas e não excluídas umas pelas outras, principalmente quando possuem incidência de aplicação em âmbitos convergentes. Verbi gratia, não se fazendo possível que as relações jurídicas sejam regulamentadas apenas pelo Código de Defesa do Consumidor com exclusão da aplicação do Código Civil.”
 Sabendo-se ainda, que o CDC, criado no intuito de sustentar e solidificar a relação jurídica entre fornecedor e consumidor, aumenta a responsabilidade do fornecedor, em se tratando de Vícios redibitórios. Logo, no referido código o defeito é somado à segurança ou dano à saúde, e vício agrega-se à deficiência de qualidade ou quantidade do produto ou serviço, enquanto no CC ambos vício e defeito equivalem-se. Presente este no CDC:
 Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
        § 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
        I - sua apresentação;
         II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
        III - a época em que foi colocado em circulação.
        § 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
E ainda no Código Civil:
 Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
 Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
 
 Podendo no CDC o consumidor demandar quaisquer dos responsáveis pelo processo de produção e comércio, e em contrapartida no Código Civil apenas aqueles à qual o comprador possuiu contato direto, ou seja, o último que lhe ofereceu o produto.
 Estabelecendo-se do Código de Defesa do Consumidor um prazo de 30 dias para que o consumidor venha a reclamar dos vícios aparentes ou de fácil constatação. Não sendo assim possível o conserto apresentando-lhe três alternativas a serem legalmente seguidas, presentes no Artigo 18:
         § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
        I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
         II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos
        III - o abatimento proporcional do preço.
         § 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.
         § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativasdo § 1° deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
 § 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
 Já no Código Civil, tanto o artigo 441, quanto o 442 vem à viabilizar apenas duas vias ao consumidor adquirente de sua escolha:
 Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
 Ressalvando a evolução sofrida no mercado consumidor do território nacional, conjuntamente com este a aclamação e o vigor, instituído pela Lei N° 8.078 de 11 de março de 1990 o Código de Defesa do Consumidor: 
Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. 
 
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. 
 Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
 
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
 § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.  
 Abarcando consigo uma transformação na teoria contratual. Influindo de forma incisiva no Código Civil de 2002, em diversos dos seus dispositivos, como menciona o jurista Júlio Oliveira:
“Não seria diferente no caso direto do consumidor, que inicialmente influenciou e modernizou a teoria contratual no Brasil e agora começa a sofrer influência, mesmo que indireta, do Novo Código Civil”
 Dessa forma, faz-se notório, principalmente é relevante observar que os mecanismos reparatórios no CDC são muito mais abrangentes e objetivos do que aqueles descritos e previstos no CC, porém um vem a complementar o outro, jamais havendo a separação de suas aplicações, mas sim o uso em conjunto.
SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ):
STJ Súmula nº 8 - 29/08/1990 - DJ 04.09.1990
Correção Monetária - Créditos - Concordata Preventiva
 Aplica-se a correção monetária aos créditos habilitados em concordata preventiva, salvo durante o período compreendido entre as datas de vigência da Lei 7.274, de 10.12.84, e do Decreto-lei 2.283, de 27.02.86.
STJ Súmula nº 16 - 14/11/1990 - DJ 21.11.1990
Crédito Rural - Correção Monetária
 A legislação ordinária sobre crédito rural não veda a incidência da correção monetária.
STJ Súmula nº 26 - 12/06/1991 - DJ 20.06.1991
Avalista - Título de Crédito - Contrato de Mútuo - Devedor Solidário
 O avalista do título de crédito vinculado a contrato de mútuo também responde pelas obrigações pactuadas, quando no contrato figurar como devedor solidário.
STJ Súmula nº 27 - 12/06/1991 - DJ 20.06.1991
Execução - Mais de Um Título - Mesmo Negócio
 Pode a execução fundar-se em mais de um título extrajudicial relativos ao mesmo negócio.
STJ Súmula nº 28 - 25/09/1991 - DJ 08.10.1991
Alienação Fiduciária em Garantia - Patrimônio do Devedor
 O contrato de alienação fiduciária em garantia pode ter por objeto bem que já integrava o patrimônio do devedor.
STJ Súmula nº 30 - 09/10/1991 - DJ 18.10.1991
Comissão de Permanência - Correção Monetária - Cumulação
 A comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis.
STJ Súmula nº 31 - 09/10/1991 - DJ 18.10.1991
Mais de Um Imóvel Financiado - Sistema Financeiro da Habitação - Obrigação de Pagamento dos Seguros
 A aquisição, pelo segurado, de mais de um imóvel financiado pelo Sistema Financeiro da Habitação, situados na mesma localidade, não exime a seguradora da obrigação de pagamento dos seguros.
STJ Súmula nº 34 - 13/11/1991 - DJ 21.11.1991
Competência - Mensalidade Escolar - Estabelecimento Particular
 Compete à Justiça Estadual processar e julgar causa relativa a mensalidade escolar, cobrada por estabelecimento particular de ensino.
STJ Súmula nº 35 - 13/11/1991 - DJ 21.11.1991
Correção Monetária - Prestações Pagas - Restituição - Retirada ou Exclusão do Participante - Consórcio
 Incide correção monetária sobre as prestações pagas, quando de sua restituição, em virtude da retirada ou exclusão do participante de plano de consórcio.
STJ Súmula nº 36 - 11/12/1991 - DJ 17.12.1991
Correção Monetária - Valor da Restituição - Adiantamento de Câmbio - Concordata ou Falência
 A correção monetária integra o valor da restituição, em caso de adiantamento de câmbio, requerida em concordata ou falência.
STJ Súmula nº 54 - 24/09/1992 - DJ 01.10.1992
Juros Moratórios - Responsabilidade Extracontratual
 Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual.
STJ Súmula nº 76 - 28/04/1993 - DJ 04.05.1993
Registro do Compromisso de Compra e Venda - Interpelação - Mora
 A falta de registro do compromisso de compra e venda de imóvel não dispensa a prévia interpelação para constituir em mora o devedor.
STJ Súmula nº 84 - 18/06/1993 - DJ 02.07.1993
Embargos de Terceiro - Alegação de Posse - Compromisso de Compra e Venda de Imóvel - Registro
 É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro.
STJ Súmula nº 92 - 27/10/1993 - DJ 03.11.1993
Terceiro de Boa-Fé - Alienação Fiduciária - Certificado de Registro
A terceiro de boa-fé não é oponível a alienação fiduciária não anotada no Certificado de Registro do veículo automotor.
STJ Súmula nº 130 - 29/03/1995 - DJ 04.04.1995
Reparação de Dano ou Furto de Veículo - Estacionamento - Responsabilidade
 A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento.
STJ Súmula nº 133 - 26/04/1995 - DJ 05.05.1995
Restituição - Contrato de Câmbio - Concordata
 A restituição da importância adiantada, à conta de contrato de câmbio, independe de ter sido a antecipação efetuada nos quinze dias anteriores ao requerimento da concordata.
STJ Súmula nº 145 - 08/11/1995 - DJ 17.11.1995
Transporte Cortesia - Responsabilidade Civil - Danos Causados ao Transportado
 No transporte desinteressado, de simples cortesia, o transportador só será civilmente responsável por danos causados ao transportado quando incorrer em dolo ou culpa grave.
STJ Súmula nº 163 - 12/06/1996 - DJ 19.06.1996
Fornecimento de Mercadorias - Prestação de Serviços - Fato Gerador - ICMS - Bares, Restaurantes e Estabelecimentos Similares
 O fornecimento de mercadorias com simultânea prestação de serviços em bares, restaurantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da operação.
STJ Súmula nº 176 - 23/10/1996 - DJ 06.11.1996
Cláusula Contratual - Taxa de Juros
 É nula a cláusula contratual que sujeita o devedor à taxa de juros divulgada pela ANBID-CETIP.
STJ Súmula nº 194 - 24/09/1997 - DJ 03.10.1997
Prescrição - Construtor - Indenização - Defeitos da ObraPrescreve em vinte anos a ação para obter, do construtor, indenização por defeitos da obra.
STJ Súmula nº 214 - 23/09/1998 - DJ 02.10.1998
Aditamento de Obrigações na Locação - Responsabilidade do Fiador
 O fiador na locação não responde por obrigações resultantes de aditamento ao qual não anuiu.
STJ Súmula nº 229 - 08/09/1999 - DJ 20.10.1999
Pedido do Pagamento de Indenização à Seguradora - Suspensão do Prazo de Prescrição
 O pedido do pagamento de indenização à seguradora suspende o prazo de prescrição até que o segurado tenha ciência da decisão.
STJ Súmula nº 233 - 13/12/1999 - DJ 08.02.2000
Contrato de Abertura de Crédito - Título Executivo
 O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-corrente, não é título executivo.
STJ Súmula nº 237 - 10/04/2000 - DJ 25.04.2000
Cartão de Crédito - Encargos Relativos ao Financiamento - ICMS
 Nas operações com cartão de crédito, os encargos relativos ao financiamento não são considerados no cálculo do ICMS.
STJ Súmula nº 247 - 23/05/2001 - DJ 05.06.2001
Contrato de Abertura de Crédito - Ação Monitória
 O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, acompanhado do demonstrativo de débito, constitui documento hábil para o ajuizamento da ação monitória.
STJ Súmula nº 248 - 23/05/2001 - DJ 05.06.2001
Prestação dos Serviços - Duplicata Não Aceita Protestada - Pedido de Falência
 Comprovada a prestação dos serviços, a duplicata não aceita, mas protestada, é título hábil para instruir pedido de falência.
STJ Súmula nº 257 - 08/08/2001 - DJ 29.08.2001
Falta do Pagamento do Prêmio do Seguro Obrigatório - Recusa do Pagamento da Indenização
 A falta de pagamento do prêmio do seguro obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) não é motivo para a recusa do pagamento da indenização.
STJ Súmula nº 258 - 12/09/2001 - DJ 24.09.2001
Nota Promissória - Contrato de Abertura de Crédito - Autonomia
 A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou.
STJ Súmula nº 284 - 28/04/2004 - DJ 13.05.2004
Purgação da Mora - Alienação Fiduciária
 A purga da mora, nos contratos de alienação fiduciária, só é permitida quando já pagos pelo menos 40% (quarenta por cento) do valor financiado.
STJ Súmula nº 285 - 28/04/2004 - DJ 13.05.2004
Contratos Bancários - Multa Moratória - Código de Defesa do Consumidor
 Nos contratos bancários posteriores ao Código de Defesa do Consumidor incide a multa moratória nele prevista.
STJ Súmula nº 286 - 28/04/2004 - DJ 13.05.2004
Renegociação de Contrato Bancário ou Confissão da Dívida - Discussão - Contratos Anteriores
 A renegociação de contrato bancário ou a confissão da dívida não impede a possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos anteriores.
STJ Súmula nº 287 - 28/04/2004 - DJ 13.05.2004
Taxa Básica Financeira (TBF) - Indexador - Correção Monetária - Contratos Bancários
 A Taxa Básica Financeira (TBF) não pode ser utilizada como indexador de correção monetária nos contratos bancários.
STJ Súmula nº 288 - 28/04/2004 - DJ 13.05.2004
Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) - Indexador de Correção Monetária - Contratos Bancários
 A Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) pode ser utilizada como indexador de correção monetária nos contratos bancários.
Cobrança Antecipada - Valor Residual Garantido - Contrato de Arrendamento Mercantil
 A cobrança antecipada do valor residual garantido (VRG) não descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil.
STJ Súmula nº 300 - 18/10/2004 - DJ 22.11.2004
Instrumento de Confissão de Dívida - Contrato de Abertura de Crédito - Título Executivo Extrajudicial
 O instrumento de confissão de dívida, ainda que originário de contrato de abertura de crédito, constitui título executivo extrajudicial.
STJ Súmula nº 302 - 18/10/2004 - DJ 22.11.2004
Cláusula Abusiva - Plano de Saúde - Tempo a Internação Hospitalar
 É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação hospitalar do segurado.
STJ Súmula nº 307 - 06/12/2004 - DJ 15.12.2004
Restituição de Adiantamento de Contrato de Câmbio - Falência - Crédito
 A restituição de adiantamento de contrato de câmbio, na falência, deve ser atendida antes de qualquer crédito.
STJ Súmula nº 308 - 30/03/2005 - DJ 25.04.2005
Hipoteca entre Construtora e Agente Financeiro - Eficácia Perante os Adquirentes do Imóvel
 A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel.
STJ Súmula nº 322 - 23/11/2005 - DJ 05.12.2005
Repetição de Indébito - Contratos de Abertura de Crédito em Conta-Corrente
 Para a repetição de indébito, nos contratos de abertura de crédito em conta-corrente, não se exige a prova do erro.
STJ Súmula nº 327 - 22/05/2006 - DJ 07.06.2006
Ações - Sistema Financeiro da Habitação - Caixa Econômica Federal e Banco Nacional da Habitação - Legitimidade
 Nas ações referentes ao Sistema Financeiro da Habitação, a Caixa Econômica Federal tem legitimidade como sucessora do Banco Nacional da Habitação.
STJ Súmula nº 335 - 25/04/2007 - DJ 07.05.2007
Contratos de Locação - Cláusula de Renúncia à Indenização - Benfeitorias e Direito de Retenção
 Nos contratos de locação, é válida a cláusula de renúncia à indenização das benfeitorias e ao direito de retenção.
STJ Súmula nº 369 - 16/02/2009 - DJe 25/02/2009
Contrato de Arrendamento Mercantil (leasing) - Cláusula Resolutiva Expressa - Notificação Prévia do Arrendatário - Constituição em Mora
 No contrato de arrendamento mercantil (leasing), ainda que haja cláusula resolutiva expressa, é necessária a notificação prévia do arrendatário para constituí-lo em mora.
STJ Súmula nº 371 - 11/03/2009 - DJe 30/03/2009
Contratos de Participação Financeira para a Aquisição de Linha Telefônica - Valor Patrimonial da Ação - Base de Apuração
 Nos contratos de participação financeira para a aquisição de linha telefônica, o Valor Patrimonial da Ação (VPA) é apurado com base no balancete do mês da integralização.
STJ Súmula nº 375 - 18/03/2009 - DJe 30/03/2009
Reconhecimento da Fraude à Execução - Registro da Penhora - Prova de Má-Fé do Terceiro Adquirente
 O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.
STJ Súmula nº 379 - 22/04/2009 - DJe 05/05/2009
Contratos Bancários - Juros Moratórios Convencionados - Limite
 Nos contratos bancários não regidos por legislação específica, os juros moratórios poderão ser convencionados até o limite de 1% ao mês.
STJ Súmula nº 380 - 22/04/2009 - DJe 05/05/2009
Propositura da Ação de Revisão de Contrato - Caracterização da Mora do Autor
 A simples propositura da ação de revisão de contrato não inibe a caracterização da mora do autor.
STJ Súmula nº 381 - 22/04/2009 - DJe 05/05/2009
Contratos Bancários - Conhecimento de Ofício - Abusividade das Cláusulas
 Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas.
STJ Súmula nº 382 - 27/05/2009 - DJe 08/06/2009
Estipulação de Juros Remuneratórios - Abusividade
 A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade.
STJ Súmula nº 384 - 27/05/2009 - DJe 08/06/2009
Cabimento - Ação Monitória - Saldo Remanescente - Venda Extrajudicial - Bem Alienado Fiduciariamente
 Cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo de venda extrajudicial de bem alienado fiduciariamente em garantia.
STJ Súmula nº 402 - 28/10/2009 - DJe 24/11/2009
Contrato de Seguro por Danos Pessoais - Exclusão de Danos Morais - Possibilidade
 O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa de exclusão.
STJ Súmula nº 405 - 28/10/2009 - DJe 24/11/2009
Ação de Cobrança - Seguro Obrigatório (DPVAT) - PrescriçãoA ação de cobrança do seguro obrigatório (DPVAT) prescreve em três anos.
STJ Súmula nº 407 - 28/10/2009 - DJe 24/11/2009
Legitimidade - Cobrança da Tarifa de Água - Categorias de Usuários e Faixas de Consumo
 É legítima a cobrança da tarifa de água fixada de acordo com as categorias de usuários e as faixas de consumo.
STJ Súmula nº 412 - 25/11/2009 - DJe 16/12/2009
Ação de Repetição de Indébito - Tarifas de Água e Esgoto - Prazo Prescricional
 A ação de repetição de indébito de tarifas de água e esgoto sujeita-se ao prazo prescricional estabelecido no Código Civil.
STJ Súmula nº 422 - 03/03/2010 - DJe 24/05/2010 REPDJe 27/05/2010
Estabelecimento de Limitação aos Juros Remuneratórios nos Contratos Vinculados ao SFH
 O art. 6º, e, da Lei n. 4.380/1964 não estabelece limitação aos juros remuneratórios nos contratos vinculados ao SFH.
STJ Súmula nº 426 - 10/03/2010 - DJe 13/05/2010
Juros de Mora na Indenização do Seguro DPVAT - Termo Inicial
 Os juros de mora na indenização do seguro DPVAT fluem a partir da citação.
STJ Súmula nº 450 - 02/06/2010 - DJe 21/06/2010
Contratos Vinculados ao SFH - Atualização do Saldo Devedor - Amortização pelo Pagamento da Prestação
 Nos contratos vinculados ao SFH, a atualização do saldo devedor antecede sua amortização pelo pagamento da prestação.
STJ Súmula nº 454 - 18/08/2010 - DJe 24/08/2010
Pactuação da Correção Monetária nos Contratos do SFH pelo Mesmo Índice Aplicável à Caderneta de Poupança - Incidência da Taxa Referencial - TR - Termo Inicial da Vigência
 Pactuada a correção monetária nos contratos do SFH pelo mesmo índice aplicável à caderneta de poupança, incide a taxa referencial (TR) a partir da vigência da Lei n. 8.177/1991.
STJ Súmula nº 469 - 24/11/2010 - DJe 06/12/2010
Aplicabilidade - CDC - Contratos de Plano de Saúde
 Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde.
STJ Súmula nº 470 - 24/11/2010 - DJe 06/12/2010
Ministério Público - Legitimidade - Ação Civil Pública - Indenização do DPVAT em Benefício do Segurado
 O Ministério Público não tem legitimidade para pleitear, em ação civil pública, a indenização decorrente do DPVAT em benefício do segurado.
STJ Súmula nº 473- 13/06/2012 - DJe 19/06/2012 - RSTJ vol. 226 p. 864
O mutuário do SFH não pode ser compelido a contratar o seguro habitacional obrigatório com a instituição financeira mutuante ou com a seguradora por ela indicada.
Súmula 474/STJ. Seguro obrigatório. Consumidor. Veículo. Direito das obrigações. DPVAT. Invalidez permanente parcial. Pagamento de indenização proporcional. Lei 6.194/1974, arts. 3º, 4º, 5º e 12. Lei 8.441/1992. Lei 11.945/2009, arts. 30, 31 e 32.
«A indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional ao grau da invalidez.»
Súmula 477/STJ. Recurso especial repetitivo. Consumidor. Banco. Contrato bancário. Recurso especial representativo da controvérsia. Ação de prestação de contas. Prescrição. Prazo prescricional. Decadência. Prazo decadencial. CDC, art. 26. Não incidência. Lei 11.672/2008. CPC, arts. 541, 543-C e 917. Lei 8.038/1990, art. 26. CCB, art. 177. CCB/2002, art. 205. CDC, art. 27.
«A decadência do art. 26 do CDC não é aplicável à prestação de contas para obter esclarecimentos sobre cobrança de taxas, tarifas e encargos bancários.»
Súmula 478/STJ. Condomínio em edificação. Hipoteca. Despesas condominiais. Natureza «propterrem». imóvel. Conservação. Quotas de condomínio Credora hipotecária. Preferência. Inocorrência. CCB/2002, arts. 958, 961, 1.422, parágrafo único. Lei 4.591/64, art. 4º, parágrafo único. CPC, art. 711
«Na execução de crédito relativo a cotas condominiais, este tem preferência sobre o hipotecário.»
Súmula 479/STJ. Recurso especial repetitivo. Consumidor. Recurso especial representativo de controvérsia. Responsabilidade civil. Dano moral. Banco. Instituições bancárias. Danos causados por fraudes e delitos praticados por terceiros. Responsabilidade objetiva. Fortuito interno. Risco do empreendimento. Verba fixada em R$ 15.000,00. Precedentes do STJ. Súmula 28/STF. CPC, art. 543-C. CDC, arts. 6º, VIII, 14, 17 e 39, III. CCB/2002, arts. 186 e 927, parágrafo único. CF/88, art. 5º, V e X)
«As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.»
Súmula 506/STJ. Recurso especial repetitivo. Consumidor. Recurso especial representativo da controvérsia. Administrativo. Telecomunicação. Serviços de telefonia. Demanda entre usuário e concessionária. Anatel. Interesse jurídico. Litisconsórcio passivo necessário. Inexistência. CPC, arts. 47 e 543-C. Lei 9.469/1997, art. 5º.
«A Anatel não é parte legítima nas demandas entre a concessionária e o usuário de telefonia decorrentes de relação contratual.» Referência/STJ - (Consumidor. Recurso especial repetitivo. Recurso especial representativo da controvérsia. Administrativo. Telecomunicação. Serviços de telefonia. Demanda entre usuário e concessionária. Anatel. Interesse jurídico. Litisconsórcio passivo necessário. Inexistência. Tarifa de assinatura mensal. Legitimidade da cobrança. Precedentes do STJ. Súmula 356/STJ. Amplas considerações no corpo do acórdão sobre litisconsórcio e assistência. CPC, arts. 47, 50, 54 e 543-C. Lei 9.469/1997, art. 5º. (NE: Ver nova versão do acórdão retificada no dia 12/11/2008)). Referência/STJ - (Consumidor. Recurso especial repetitivo. Recurso especial representativo da controvérsia. (RETIFICAÇÃO DO ACÓRDÃO JULGADO NO DIA 22/10/2008) Administrativo. Telecomunicação. Serviços de telefonia. Tarifa de assinatura mensal. Legitimidade da cobrança. Precedentes do STJ. Súmula 356/STJ. CPC, art. 543-C. (NE: Ver nova versão do acórdão retificada no dia 12/11/2008)). Referência/STF - (Recurso extraordinário. Repercussão geral. Competência. Juizado especial. Consumidor. Telecomunicação. Telefone. Telefonia. Cobrança de pulsos além da franquia. Competência da Justiça Estadual Comum. Matéria que se insere no âmbito de cognição dos juizados especiais. Legitimidade passiva. Ilegitimidade passiva da Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL. Caráter infraconstitucional da matéria que envolve análise do contrato de concessão. Ampla defesa. Contraditório. CF/88, arts. 5º, II, LIV e LV, 98, I e 109, I. Lei 9.099/1995. CPC, art. 543-A).
REFERÊNCIAS:
LÔBO, Paulo. Direito civil: contratos. São Paulo: Saraiva, 2011, p.70
OLIVEIRA, Júlio Moraes. O conceito de consumidor em face do novo Código Civil e sua interpretação jurisprudencial. In Revista Asa-Palavra. V. 9. Brumado- jan/jul. 2008. 109.
Beviláqua, Clovis. In código comentado, vol. 4, p.241, 11° Ed.
GOMES, Orlando. Contratos, 26º Ed, Rio de Janeiro: Editora Forense. 2007. p. 38.
http://jus.com.br/artigos/716/vicios-no-codigo-civil-e-no-codigo-de-defesa-do-consumidor
http://brunodosreisscarmato.blogspot.com.br/2012/02/vicios-redibitorios-sob-otica-do.html
http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/codigo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90#art-28
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI171735,101048-Da+teoria+do+dialogo+das+fontes
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm
http//jusbrasil.com.br/jurisprudencia/15613791/apelacao-civel-ac-82537-pe-0000008859

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