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2021/1 - PSIQUIATRIA II acadêmico: [Digite aqui] Transtornos alimentares ANOREXIA NERVOSA ASPECTOS GERAIS ✓ Anorexia nervosa é um transtorno caracterizado por deliberada perda de peso induzida e/ou mantida pelo paciente. ✓ O transtorno ocorre mais comumente em garotas adolescentes e mulheres jovens, mas garotos ado- lescentes e homens jovens podem ser afetados mais raramente, assim como podem ser afetadas cri- anças que estão próximas da puberdade e mulheres próximas da menopausa. ✓ Anorexia nervosa constitui uma síndrome independente no seguinte sentido: ✓ (a) os aspectos clínicos da síndrome são facilmente reconhecidos, de sorte que o diagnóstico é confi- ável com um alto nível de concordância entre os clínicos; ✓ (b) estudos evolutivos têm mostrado que, entre pacientes que não se recuperam, um número consi- derável continua a mostrar os mesmos aspectos principais da anorexia nervosa, em uma forma crô- nica. ✓ Embora as causas fundamentais da anorexia nervosa permaneçam imprecisas, há evidência cres- cente de que a interação sociocultural e fatores biológicos contribuem para sua causação, assim como mecanismos psicológicos menos específicos e uma vulnerabilidade de personalidade. ✓ O transtorno é associado a desnutrição de gravidade variável, resultando em alterações endócrinas e metabólicas e perturbações de função corporal secundárias. ✓ Permanece alguma dúvida quanto ao transtorno endócrino característico: se é inteiramente decor- rente da desnutrição e do efeito direto de vários comportamentos que o tem ocasionado (p. ex., es- colha dietética restrita, exercício excessivo e alterações na composição corporal, vômitos e purgação induzidos e as perturbações eletrolíticas consequentes) ou se fatores incertos estão também envolvi- dos. Os 5 critérios obrigatórios ✓ O peso corporal é mantido em pelo menos 15% abaixo do esperado (tanto perdido quanto nunca alcançado) ou o índice da massa corporal de Quetelet em 17,5 ou menos. Pacientes pré-púberes podem apresentar falhas em alcançar o ganho de peso esperado durante o período de cresci- mento; ✓ A perda de peso é autoinduzida por abstenção de "alimentos que engordam" e um ou mais do que se segue: vômitos autoinduzidos; purgação autoinduzida; exercício excessivo; uso de anore- xígenos e/ou diuréticos; ✓ Há uma distorção da imagem corporal na forma de uma psicopatologia específica por meio da qual um pavor de engordar persiste como uma ideia intrusiva e sobrevalorada e o paciente impõe um baixo limiar de peso a si próprio; ✓ Um transtorno endócrino generalizado envolvendo o eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal é ma- nifestado em mulheres como amenorreia e em homens como uma perda de interesse e potência sexuais (uma exceção aparente é a persistência de sangramentos vaginais em mulheres anoréti- cas que estão recebendo terapia de reposição hormonal, mais comumente tomada como uma pí- lula contraceptiva). Pode também haver níveis elevados de hormônio do crescimento, níveis au- mentados de cortisol, alterações no metabolismo periférico do hormônio tireoideano e anormali- dades de secreção da insulina; ✓ Se o início é pré-puberal, a sequência de eventos da puberdade é demorada ou mesmo detida (o crescimento cessa; nas garotas, os seios não se desenvolvem e há uma amenorreia primária; nos garotos, os genitais permanecem juvenis). Com a recuperação, a puberdade é com frequên- cia completada normalmente, porém a menarca é tardia Diagnóstico diferencial ✓ Pode haver sintomas depressivos ou obsessivos associados, assim como aspectos de um trans- torno de personalidade, o qual pode tomar a diferenciação difícil e/ou requerer o uso de mais de um código diagnóstico. ✓ Causas somáticas de perda de peso em pacientes jovens que precisam ser diferenciadas incluem doenças debilitantes crônicas/tumores cerebrais e transtornos intestinais tais como doença de Crohn ou uma síndrome de má absorção. 2021/1 - PSIQUIATRIA II acadêmico: [Digite aqui] Anorexia nervosa atípica ✓ Esse termo deve ser usado para aqueles indivíduos nos quais um ou mais dos aspectos-chave da anorexia nervosa (F50.0), tais como amenorreia ou perda de peso significativa, estão ausentes, mas que por outro lado apresentam um quadro clínico razoavelmente típico. ✓ Tais pessoas são usualmente encontradas em serviços de psiquiatria de ligação em hospitais ge- rais ou em atenção primária. ✓ Pacientes que têm todos os sintomas-chave, mas somente num grau leve, podem também ser melhor descritos através desse termo. ✓ Ele não deve ser usado para transtornos alimentares que se assemelham à anorexia nervosa, mas que são decorrentes de uma doença física conhecida. Curso e prognóstico o O curso da anorexia nervosa varia enormemente – recuperação espontânea sem tratamento, recupe- ração depois de uma variedade de tratamentos, um curso flutuante de ganhos de peso seguido por recaída e um curso de deterioração gradual resultando em morte causada por complicações da inani- ção. o A resposta de curto prazo das pacientes a quase todos os programas de tratamento hospitalar é boa. No entanto, aquelas que recuperaram peso suficiente com frequência continuam a ter preocupação com alimentos e com seu peso corporal, têm relações sociais pobres e exibem depressão. o Em geral, o prognóstico não é bom. Estudos mostraram uma variação nas taxas de mortalidade de 5 a 18%. o Os indicadores de um resultado favorável são admissão da fome, redução da negação e imaturidade e melhora na autoestima. o Fatores como neuroticismo infantil, conflito parental, bulimia nervosa, vômitos, abuso de laxativos e várias manifestações comportamentais (p. ex., sintomas obsessivo-compulsivos, histéricos, depressi- vos, psicossomáticos, neuróticos e de negação) foram relacionados a um mau prognóstico em alguns estudos o Aproximadamente metade das pacientes com anorexia nervosa acabará tendo os sintomas de buli- mia, geralmente no primeiro ano após o início da anorexia Tratamento hospitalar ➢ A primeira preocupação no tratamento de anorexia nervosa é recuperar o estado nutricional das pa- cientes. ➢ Desidratação, inanição e desiquilíbrio eletrolítico podem comprometer gravemente a saúde e, em al- guns casos, levar à morte. ➢ A decisão de hospitalizar uma paciente está baseada em sua condição médica e na quantidade de es- trutura necessária para assegurar sua cooperação. ➢ Em geral, pacientes com anorexia nervosa que estejam 20% abaixo do peso esperado para sua al- tura são recomendadas para programas com internação hospitalar, e aquelas com peso 30% abaixo do esperado requerem hospitalização psiquiátrica por 2 a 6 meses. ➢ Os programas com internação psiquiátrica para pacientes com anorexia nervosa geralmente usam uma combinação de uma abordagem de manejo comportamental, psicoterapia individual, educação e terapia familiar e, em alguns casos, medicamentos psicotrópicos. ➢ O sucesso do tratamento é promovido pela habilidade dos membros da equipe de manter uma abor- dagem firme, mas apoiadora, das pacientes, com frequência por meio de uma combinação de refor- çadores positivos (elogio) e reforçadores negativos (restrição de exercícios). ➢ O programa precisa ter alguma flexibilidade para uma individualização do tratamento que atenda às necessidades e capacidades cognitivas das pacientes. Estas deverão se tornar participantes abertas ao tratamento para que haja sucesso a longo prazo. ➢ A maioria das pacientes não está interessada em tratamento psiquiátrico e até mesmo resiste a ele; elas são trazidas contrariadas ao consultório médico por parentes ou amigos angustiados. As pacien- tes raramente aceitam a recomendação de hospitalização sem discutir ou criticar o programa pro- posto. Enfatizar os benefícios, como o alívio da insônia e dos sinais e sintomas depressivos, pode aju- dar a convencê-las a se internar de forma voluntária. ➢ O apoio e a confiança dos parentes nos médicos e na equipe detratamento são essenciais quando devem ser executadas recomendações rigorosas. As famílias devem ser alertadas de que as pacien- tes irão resistir à internação e, durante as primeiras semanas de tratamento, farão apelos dramáticos para obter o apoio familiar a fim de serem liberadas do programa hospitalar. Internação compulsória 2021/1 - PSIQUIATRIA II acadêmico: [Digite aqui] ou involuntária deve ser feita somente quando houver risco de morte em razão de complicações da desnutrição. ➢ Em raras ocasiões, as pacientes provam que a opinião do médico sobre o provável fracasso do trata- mento ambulatorial está errada. Elas podem ganhar uma quantidade específica de peso a cada con- sulta ambulatorial, mas esse comportamento é incomum, e um período de cuidados hospitalares ge- ralmente é necessário. Manejo no hospital ➢ As pacientes devem ser pesadas diariamente, no início da manhã, depois de esvaziarem a bexiga. A ingestão diária de líquidos e o débito urinário devem ser registrados. ➢ Se estiverem ocorrendo vômitos, a equipe médica deve monitorar os níveis séricos de eletrólitos re- gularmente e estar atenta ao desenvolvimento de hipocalemia. ➢ Como o alimento é com frequência regurgitado depois das refeições, a equipe deve controlar o vô- mito tornando o banheiro inacessível por pelo menos 2 horas após as refeições ou com o acompa- nhamento de um atendente no banheiro para impedir a oportunidade de vomitar. ➢ A constipação nessas pacientes é melhorada quando começam a comer normalmente. Algumas ve- zes, podem ser dados amaciantes de fezes, mas nunca laxativos. Se ocorrer diarreia, isso em geral significa que as pacientes estão fazendo uso clandestino de laxativos. ➢ Devido à rara complicação de dilatação do estômago e à possibilidade de sobrecarga circulatória quando as pacientes começam a ingestão imediata de uma quantidade enorme de calorias, a equipe hospitalar deve lhes dar cerca de 500 calorias acima da quantidade necessária para manter seu peso atual (via de regra 1.500 a 2.000 calorias por dia). ➢ É aconselhável distribuir essas calorias em seis refeições iguais durante todo o dia, de modo que as pacientes não precisem comer uma grande quantidade de alimento de uma só vez. ➢ Pode ser recomendável lhes dar um suplemento alimentar líquido, porque assim podem ficar menos apreensivas com o fato de ganharem peso lentamente com a fórmula do que ingerindo comida ➢ Depois que recebem alta do hospital, os clínicos costumam achar necessário continuar com supervi- são ambulatorial dos problemas identificados nas pacientes e em suas famílias psicoterapias ➢ TCC: O monitoramento é um componente essencial dessa terapia. As pacientes são ensinadas a mo- nitorar sua ingestão alimentar, seus sentimentos e emoções, seus comportamentos de compulsão e purga e seus problemas nas relações interpessoais. Aprendem a reestruturação cognitiva para identi- ficar pensamentos automáticos e desafiar suas crenças pessoais. ➢ Psicodinâmica: A psicoterapia dinâmica suportiva- -expressiva é por vezes usada no tratamento de pacientes com anorexia nervosa, mas sua resistência pode tornar o processo difícil e trabalhoso. Uma vez que as pacientes encaram seus sintomas como a essência de sua excepcionalidade, os terapeu- tas devem evitar o investimento excessivo em tentar mudar o comportamento alimentar. A fase ini- cial do processo psicoterápico deve ser direcionada para o desenvolvimento de uma aliança terapêu- tica. As pacientes podem vivenciar interpretações precoces como se outra pessoa estivesse lhes di- zendo o que realmente sentem e, assim, minimizando e invalidando suas próprias experiências. No entanto, os terapeutas que empatizam com o ponto de vista das pacientes e assumem um interesse ativo no que elas pensam e sentem lhes transmitem a noção de que sua autonomia é respeitada. ➢ Terapia familiar: Uma análise familiar deve ser realizada com todos os pacientes com anorexia ner- vosa que morem com suas famílias, o que é usado como uma base para um julgamento clínico sobre o tipo de terapia ou aconselhamento familiar recomendado. Em alguns casos, a terapia de família não é possível, mas aspectos das relações familiares poderão ser abordados na terapia individual. Algumas vezes, sessões de aconselhamento breves com os membros da família imediata é a dimen- são necessária da terapia familiar. Farmacoterapia ➢ Fármacos que auxiliem no manejo de sintomas ansiosos, de humor e que auxiliem na alteração de percepções dismórficas de cunho deliróide podem ser úteis. ➢ Antidepressivos: amitriptilina, escitalopram, mirtazapina ➢ Antipsicóticos: olanzapina, quetiapina, risperidona 2021/1 - PSIQUIATRIA II acadêmico: [Digite aqui] Bulimia nervosa definições ➢ Bulimia nervosa é uma síndrome caracterizada por repetidos ataques de hiperfagia e uma preo- cupação excessiva com controle de peso corporal, levando o paciente a adotar medidas extre- mas, a fim de mitigar os efeitos "de engordar" da ingestão de alimentos. ➢ A distribuição etária e por sexo é similar àquela da anorexia nervosa, porém a idade de apresen- tação tende a ser ligeiramente mais tardia. ➢ O transtorno pode ser visto como uma sequela de anorexia nervosa persistente (embora a se- quência inversa possa também ocorrer). Uma paciente previamente anorética pode, primeiro, pa- recer melhorar como um resultado de ganho de peso e possivelmente um retorno de menstrua- ção, mas um padrão pernicioso de hiperfagia e vômitos torna-se então estabelecido. ➢ Vômitos repetidos provavelmente causarão perturbações dos eletrólitos corporais, complicações físicas (tetania, crises epiléticas, arritmias cardíacas, fraqueza muscular) e subsequentemente grave perda de peso Os 3 critérios diagnósticos obrigatórios ➢ Há uma preocupação persistente com o comer e um desejo irresistível de comida; o paciente su- cumbe a episódios de hiperfagia, nos quais grandes quantidades de alimento são consumidas em curtos períodos de tempo. ➢ O paciente tenta neutralizar os efeitos "de engordar" dos alimentos através de um ou máis do que se segue: vômitos autoinduzidos; abuso de purgantes; períodos alternados de inanição; uso de drogas tais como anorexígenos, preparados tireoideanos ou diuréticos. Quando a bulimia ocorre em pacientes diabéticos, eles podem escolher negligenciar seu tratamento insulínico. ➢ A psicopatologia consiste de um pavor mórbido de engordar e o paciente coloca para si mesmo um limiar de peso nitidamente definido, bem abaixo de seu peso pré-mórbido que constitui o peso ótimo ou saudável na opinião do médico. Há frequentemente, mas não sempre, uma histó- ria de um episódio prévio de anorexia nervosa, o intervalo entre os dois transtornos variando de poucos meses a vários anos. Esse episódio prévio pode ter sido completamente expressado ou pode ter assumido uma forma "disfarçada" menor, com uma perda de peso moderada e/ou uma fase transitória de amenorreia, Diagnósticos diferenciais Bulimia nervosa deve ser diferenciada de: ➢ transtornos gastrintestinais superiores levando a vômitos repetidos (a psicopatologia caracterís- tica está ausente); ➢ uma anormalidade de personalidade mais geral (o transtorno alimentar pode coexistir com de- pendência de álcool e delitos pequenos tais como furto em lojas); ➢ transtorno depressivo (pacientes bulímicos frequentemente experimentam sintomas depressi- vos). Bulimia nervosa atípica ➢ Esse termo deve ser usado para aqueles indivíduos nos quais um ou mais dos aspectos-chave listados para bulimia nervosa (F50.2) estão ausentes, mas que por outro lado apresentam um quadro clínico claramente típico. ➢ Mais comumente, isso se aplica a pessoas com peso normal ou mesmo excessivo, mas com típi- cos períodos de hiperfagia seguidos por vômitos ou purgação. ➢ Síndromes parciais junto com sintomas depressivos também não são incomuns, mas se os sinto- mas depressivos justificam um diagnóstico separado de um transtornodepressivo, dois diagnós- ticos em separado devem ser feitos. Curso e prognóstico ➢ A bulimia nervosa é caracterizada por taxas mais elevadas de recuperação parcial e completa em comparação com a anorexia nervosa. ➢ As pacientes que não são tratadas tendem a permanecer crônicas ou, com o tempo, podem apre- sentar pequenos graus de melhora, mas em geral inexpressivos. ➢ Em torno de 30% continuam a se engajar em compulsão alimentar ou comportamentos de pur- gação recorrentes. ➢ História de uso de substância e duração mais longa do transtorno na apresentação predizem pio- res resultados. ➢ Cerca de 40% das mulheres ficam completamente recuperadas no follow-up. 2021/1 - PSIQUIATRIA II acadêmico: [Digite aqui] ➢ A taxa de mortalidade para bulimia nervosa foi estimada em 2% por década Tratamento ➢ A maioria das pacientes com bulimia nervosa não complicada não requer hospitalização. ➢ Em geral, essas pacientes não são tão sigilosas em relação a seus sintomas quanto as com ano- rexia nervosa. Assim, o tratamento ambulatorial em geral não é difícil, mas a psicoterapia é com frequência turbulenta e pode ser prolongada. ➢ Alguns pacientes obesas com bulimia que fizeram psicoterapia prolongada têm resultados surpre- endentemente bons. ➢ Em alguns casos – quando a compulsão alimentar está fora de controle, o tratamento ambulato- rial não funciona ou a paciente exibe sintomas adicionais, como suicidalidade e abuso de subs- tância –, a hospitalização pode se fazer necessária. ➢ Além disso, distúrbios eletrolíticos e metabólicos resultantes de purgação intensa podem precisar de atendimento hospitalar Psicoterapia ➢ TCC: deve ser considerada o tratamento de referência, de primeira linha, para bulimia nervosa. A TCC implementa inúmeros procedimentos cognitivos e comportamentais para (1) interromper o ciclo comportamental autossustentável de compulsão alimentar e dieta e (2) alterar as cognições disfuncionais do indivíduo; crenças sobre comida, peso, imagem corporal; e autoconceito global. ➢ Psicodinâmica: resultados limitados Farmacoterapia ➢ Fluoxetina em doses altas (60 a 80mg/dia) pode ser útil para sintomas de humor e como anore- xiante. Seu uso isolado aumenta em 22% a chance de abstenção da compulsão alimentar se- guida de purgação. ➢ Combinação antidepressivo + TCC aumenta chances de cura. Hiperfagia associada a outras perturbações psicológicas o Hiperfagia que tenha levado à obesidade como uma reação a eventos angustiantes deve ser codifi- cada aqui. Perdas, acidentes, operações cirúrgicas e eventos emocionalmente angustiantes podem ser seguidos por uma "obesidade reativa", especialmente em pacientes predispostos a ganho de peso. o Obesidade como uma causa de perturbação psicológica não deve ser codificada aqui. A obesidade pode induzir o indivíduo a sentir-se hipersensível acerca de sua aparência e provocar uma perda de confiança nos relacionamentos pessoais; a avaliação subjetiva das dimensões do corpo pode ser exa- gerada. o Obesidade pode ser a motivação para uma dieta a qual, por sua vez, resulta em sintomas afetivos menores (ansiedade, inquietação, fraqueza e irritabilidade) ou, mais raramente, sintomas depressi- vos graves ("depressão por dieta alimentar"). Vômitos associados a outras perturbações psicológicas o Afora o vômito autoinduzido da bulimia nervosa, vômitos repetidos podem ocorrer em transtor- nos dissociativos, em transtorno hipocondríaco, quando vômito pode ser um dos vários sintomas corporais, e na gravidez, quando fatores emocionais podem contribuir para náuseas e vômitos recorrentes. o Outros transtornos alimentares Transtorno de compulsão alimentar o Indivíduos com transtorno de compulsão alimentar se engajam em compulsão alimentar recor- rente durante a qual ingerem uma quantidade anormalmente grande de comida em um curto pe- ríodo de tempo. o Diferentemente da bulimia nervosa, pacientes com esse transtorno não têm comportamento compensatório inapropriado após um episódio de compulsão alimentar (p. ex., uso de laxante). o Os episódios de compulsão alimentar com frequência ocorrem privadamente, em geral incluem alimentos com denso conteúdo calórico, e, ao acontecerem, a pessoa sente que não consegue controlar sua ingestão. 2021/1 - PSIQUIATRIA II acadêmico: [Digite aqui] Critérios diagnósticos: transtorno de compulsão alimentar ▪ (1) comer de modo mais rápido do que o normal e até se sentir desconfortavelmente saturado, ▪ (2) comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome, ▪ (3) comer sozinho ▪ (4) sentir-se culpado ou desgostoso com o episódio tratamento ▪ TCC ▪ Fármacos: Fluoxetina, Desipramina, Sibutramina, Anfetaminas e similares (curto prazo) ▪ Medicação + TCC = Melhores resultados
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