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2021/1 - PSIQUIATRIA II acadêmico: Transtornos da sexualidade Disfunção sexual, não causada por transtorno ou doença orgânica Conceitos gerais ✓ A disfunção sexual cobre os vários modos nos quais um indivíduo é incapaz de participar de um rela- cionamento sexual como ele desejaria. ✓ Pode haver falta de interesse, falta de prazer ou falha das respostas fisiológicas necessárias para a interação sexual efetiva {p. ex. ereção) ou incapacidade de controlar ou experimentar orgasmo. ✓ A resposta sexual é um processo psicossomático e ambos os processos, psicológico e somático, estão usualmente envolvidos na causação de disfunção sexual. ✓ Pode ser possível identificar uma etiologia psicogênica ou orgânica inequívoca, porém mais comu- mente, em particular com problemas tais como falha de ereção ou dispareunia, é difícil avaliar a im- portância relativa de fatores psicológicos e/ou orgânicos. ✓ Em tais casos, é apropriado categorizar a condição como sendo de etiologia mista ou incerta ✓ Alguns tipos de disfunção (p. ex., perda de desejo sexual) ocorrem em ambos, homens e mulheres. ✓ As mulheres, contudo, tendem a se apresentar mais comumente com queixas sobre a qualidade sub- jetiva da experiência sexual (p. ex., falta de prazer ou interesse) em vez de falha de uma resposta específica. ✓ A queixa de disfunção orgásmica não é inusual, porém quando um aspecto da resposta sexual de uma mulher é afetado, outros estão também provavelmente comprometidos. ✓ Por exemplo, se uma mulher é incapaz de experimentar o orgasmo, ela frequentemente se encon- trará incapaz de desfrutar outros aspectos da relação erótica e assim perderá muito de seu apetite sexual. ✓ Os homens, por outro lado, embora queixando-se de falha de uma resposta sexual específica, tal como ereção ou ejaculação, frequentemente relatam um apetite sexual mantido. ✓ É, portanto, necessário olhar além da queixa apresentada para encontrar a categoria diagnostica mais apropriada. Disfunção sexual, não causada por transtorno ou doença orgânica Falta ou perda de desejo sexual ✓ Perda de desejo sexual é o problema principal e não é secundária a outras dificuldades sexuais, tais como falha de ereção ou dispareunia. Falta de desejo sexual não impossibilita prazer ou exci- tação sexual, mas toma a iniciação da atividade sexual menos provável. Inclui: frigidez transtorno de desejo sexual hipoativo Aversão sexual e falta de prazer sexual F52.10 Aversão sexual: ✓ A perspectiva de interação sexual com um parceiro é associada a fortes sentimentos negativos e produz medo ou ansiedade suficientes para que a atividade sexual seja evitada. F52.11 Falta de prazer sexual: ✓ As respostas sexuais ocorrem normalmente e o orgasmo é experimentado, mas há uma falta de prazer apropriado. Esta queixa é muito mais comum em mulheres que em homens Falha de resposta genital ✓ Em homens, o problema principal é disfunção de ereção, isto é, dificuldade em desenvolver ou manter uma ereção adequada para um intercurso satisfatório. Se a ereção ocorre normalmente em certas situações, por exemplo, durante masturbação ou sono ou com uma parceira diferente, a causa é provavelmente psicogênica. Caso contrário, o diagnóstico correto de disfunção de ere- ção não orgânica pode depender de investigações especiais ou da resposta ao tratamento psicoló- gico. ✓ Em mulheres, o problema principal é ressecamento vaginal ou falha de lubrificação. A causa pode ser psicogênica, patológica (p, ex., infecção) ou deficiência de estrogênio (p. ex., pós-meno- pausa). É inusual para mulheres queixarem-se primariamente de ressecamento vaginal, exceto como um sintoma de deficiência de estrogênio pós-menopausa. 2021/1 - PSIQUIATRIA II acadêmico: Disfunção orgásmica ➢ O orgasmo não ocorre ou está marcantemente retardado. Isto pode ser situacional {isto é, ocorre apenas em certas situações), caso este em que a etiologia é provavelmente psicogênica, ou é invari- ável, quando fatores físicos ou constitucionais não podem ser facilmente excluídos, exceto por uma resposta positiva a tratamento psicológico. ➢ A disfunção orgásmica é mais comum em mulheres do que em homens Ejaculação precoce ➢ A incapacidade de controlar a ejaculação o suficiente para ambos os parceiros gozarem a intera- ção sexual. ➢ Em casos graves, a ejaculação pode ocorrer antes da penetração vaginal ou na ausência de uma ereção. ➢ Ejaculação precoce é improvavelmente de origem orgânica, mas pode ocorrer como uma reação psicológica a comprometimento orgânico, por exemplo, falha de ereção ou dor. ➢ A ejaculação pode também parecer ser precoce se a ereção requer estimulação prolongada, le- vando o intervalo de tempo entre uma ereção satisfatória e a ejaculação a ser abreviado; o pro- blema primário em tal caso é ereção retardada. Vaginismo não-orgânico ➢ Espasmo dos músculos que circundam a vagina, causando oclusão da abertura vaginal. A pene- tração do pênis é impossível ou dolorosa. ➢ Vaginismo pode ser uma reação secundária a alguma causa local de dor, caso no qual essa cate- goria não deve ser usada Dispareunia não-orgânica ➢ Dispareunia (dor durante o intercurso sexual) ocorre tanto em mulheres como em homens. ➢ Pode, frequentemente, ser atribuída a uma condição patológica local e deve então ser apropriada- mente categorizada. ➢ Em alguns casos, entretanto, nenhuma causa óbvia é aparente e fatores emocionais podem ser importantes. ➢ Essa categoria é para ser usada somente se não há outra disfunção sexual mais primária (p. ex., vaginismo ou ressecamento vaginal) Impulso sexual excessivo ➢ Ambos, homens e mulheres, podem ocasionalmente queixarem-se de impulso sexual excessivo como um problema por si só, usualmente durante o final da adolescência ou início da idade adulta. ➢ Quando o impulso sexual é secundário a um transtorno afetivo (F30 — F39) ou quando ocorre du- rante os estágios iniciais de demência (F00 — F03), o transtorno subjacente deve ser codificado ➢ Transtornos de identidade sexual transexualismo ➢ Um desejo de viver e ser aceito como um membro do sexo oposto, usualmente acompanhado por uma sensação de desconforto ou impropriedade de seu próprio sexo anatômico e um desejo de se submeter a tratamento hormonal e cirurgia para tornar seu corpo tão congruente quanto possível com o sexo preferido. ➢ Para que esse diagnóstico seja feito, a identidade transexual deve ter estado presente persisten- temente por pelo menos 2 anos e não deve ser um sintoma de um outro transtorno mental, tal como esquizofrenia, nem estar associada a qualquer anormalidade intersexual, genética ou do cromossomo sexual. Transvestismo de duplo papel ➢ O uso de roupas do sexo oposto durante parte da existência para desfrutar a experiência tempo- rária de ser membro do sexo oposto, mas sem qualquer desejo de uma mudança de sexo mais permanente ou de redesignação sexual cirúrgica associada. ➢ Nenhuma excitação sexual acompanha a troca de roupas, o que distingue o transtorno do trans- vestismo fetichista 2021/1 - PSIQUIATRIA II acadêmico: Transtorno de identidade sexual na infância (incongruência de gênero) ✓ Transtornos, usualmente com sua manifestação inicial durante a primeira infância (e sempre bem antes da puberdade), caracterizados por uma angústia persistente e intensa com relação ao sexo designado, junto com um desejo de ser (ou insistência de que é) do outro sexo. ✓ Há uma preocupação persistente com a vestimenta e/ou atividades do sexo oposto e/ou repúdio pelo próprio sexo do paciente. ✓ Acredita-se que esses transtornos sejam relativamente incomuns e não devem ser confundidos com a não conformidade com o comportamento de papel sexual estereotipado, a qual é muito mais assídua. ✓ O diagnóstico de transtorno de identidade sexual na infância requer uma profunda perturbação do sentido normal de masculinidade ou feminilidade; não é suficiente que a meninaseja estabanada ou levada com o um menino ou que um menino tenha comportamento de menina. ✓ O diagnóstico não pode ser feito quando o indivíduo já atingiu a puberdade. DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS DO TRANSTORNO DE IDENTIDADE SEXUAL NA INFÂNCIA ➢ O aspecto diagnóstico essencial é o desejo persistente e invasivo da criança de ser (ou a insistên- cia de que ela é) do sexo oposto àquele designado, junto com uma intensa rejeição pelo compor- tamento, atributos e/ou vestimenta do sexo designado. ➢ Tipicamente, isto começa a se manifestar durante os anos pré-escolares; para o diagnóstico ser feito, o transtorno deve ter estado aparente antes da puberdade. ➢ Em ambos os sexos pode haver repúdio pelas estruturas anatômicas do próprio sexo, porém isto é uma manifestação incomum, provavelmente rara. ➢ Caracteristicamente, crianças com transtorno de identidade sexual negam ser perturbadas por isso, embora elas possam estar angustiadas pelo conflito com as expectativas de sua família ou colegas e pela gozação e/ou rejeição a qual podem ser submetidas ➢ Existe mais conhecimento a respeito desses transtornos em meninos do que em meninas. ➢ Tipicamente, dos anos pré-escolares em diante, os meninos estão preocupados com tipos de jo- gos e outras atividades estereotipadamente associadas a mulheres e com assiduidade pode haver preferência por vestir-se com roupas de meninas ou de mulheres. ➢ Entretanto, tal troca de vestimenta não causa excitação sexual [diferentemente de transvestismo fetichista em adultos]. ➢ Eles podem ter um forte desejo de participar de jogos e passatempos de meninas, bonecas femi- ninas são, com frequência, seus brinquedos favoritos e meninas são regularmente suas compa- nheiras preferidas. ➢ Um ostracismo social tende a surgir durante os primeiros anos de escolaridade e está, com fre- quência, no auge pelo meio da infância, com gozação humilhante por outros meninos. ➢ O comportamento grosseiramente feminino pode diminuir durante o início da adolescência, mas estudos de seguimento indicam que de um a dois terços dos meninos com transtorno de identi- dade sexual na infância mostram uma orientação homossexual durante e depois da adolescência. ➢ Entretanto, muito poucos exibem transexualismo na vida adulta (embora a maioria dos adultos com transexualismo relatem ter tido um problema de identidade sexual na infância). ➢ Em amostras clínicas, transtornos de identidade sexual são menos assíduos em meninas do que em meninos, mas não é sabido se esta proporção entre sexos se aplica à população em geral. ➢ Em meninas, como em meninos, existe em geral uma manifestação precoce de uma preocupação ao comportamento estereotipadamente associado ao sexo oposto. Tipicamente, meninas com es- ses transtornos têm companhias masculinas e mostram um ávido interesse em esportes e jogos violentos; elas têm falta de interesse em bonecas e em assumir papéis femininos em jogos de faz-de-conta tais como "mamãe e papai" ou brincar de "casinha". ➢ Meninas com transtorno de identidade sexual tendem a não experimentar o mesmo grau de os- tracismo social que os meninos, embora elas possam sofrer gozações no finai da infância ou ado- lescência. ➢ Muitas desistem de uma insistência exagerada em atividades e vestimentas masculinas quando se aproximam da adolescência, mas algumas mantêm uma identificação masculina e continuam a mostrar uma orientação homossexual. ➢ Raramente um transtorno de identidade sexual pode estar associado a um repúdio persistente pe- las estruturas anatômicas do sexo designado. 2021/1 - PSIQUIATRIA II acadêmico: ➢ Em meninas, isso pode se manifestar por repetidas declarações de que elas têm, ou irá crescer, um pênis, por uma rejeição a urinar na posição sentada ou pela declaração de que elas não que- rem que os seios cresçam ou ter menstruação. ➢ Em meninos, isso pode ser demonstrado por repetidas declarações de que eles vão crescer fisica- mente para tomarem-se uma mulher, de que o pênis e os testículos são repugnantes ou vão de- saparecer e/ou de que seria melhor não ter pênis ou testículos Transtornos de preferência sexual fetichismo ➢ Dependência de alguns objetos inanimados como um estímulo para excitação e satisfação sexu- ais. ➢ Muitos fetiches são extensões do corpo humano, tais como artigos de vestuário e calçados. ➢ Outros exemplos comuns são caracterizados por alguma textura particular, tais como borracha, plástico ou couro. ➢ Os objetos-fetiche variam em sua importância para o indivíduo: em alguns casos eles servem simplesmente para intensificar a excitação sexual alcançada por meios comuns (p. ex., ter par- ceiro usando uma determinada peça de roupa) Diretrizes diagnósticas do fetichismo • O fetichismo deve ser diagnosticado apenas se o fetiche é a fonte mais importante de estimulação sexual ou é essencial para a resposta sexual satisfatória. • Fantasias fetichistas são comuns, mas não chegam a ser um transtorno a não ser que levem a rituais que sejam tão compulsórios ou inaceitáveis a ponto de interferir com a relação sexual e causar an- gústia no indivíduo. • O fetichismo é mais frequente em homens Transvestismo fetichista ✓ O uso de roupas do sexo oposto principalmente para obter excitação sexual. ✓ Esse transtorno deve ser diferenciado do fetichismo simples, visto que os artigos de vestimenta fetichistas não são apenas usados, mas usados também para criar a aparência de uma pessoa do sexo oposto. ✓ Usualmente, mais de um artigo é usado e, com frequência, o traje completo, mais peruca e ma- quiagem. ✓ O transvestismo fetichista se distingue do transvestismo transexual por sua clara associação à ex- citação sexual e o forte desejo de tirar roupa assim que o orgasmo ocorre e a excitação sexual declina. ✓ Uma história de transvestismo fetichista é comumente relatada por transexuais como uma fase precoce e provavelmente representa um estágio no desenvolvimento de transexualismo em tais casos. Exibicionismo • Uma tendência recorrente ou persistente a expor a genitália a estranhos (usualmente do sexo oposto) ou a pessoas em lugares públicos, sem convite ou pretensão de contato mais íntimo. • Há usual, mas não invariavelmente, excitação sexual quando da exposição e o ato é comumente se- guido de masturbação. • Essa tendência pode ser manifestada em períodos de estresse ou crises emocionais, entremeada com longos períodos sem tal comportamento patente Diretrizes diagnósticas do exibicionismo ✓ O exibicionismo está quase inteiramente limitado a homens heterossexuais que se exibem para mulheres adultas ou adolescentes, usualmente defrontando-as à distância segura, em algum local público. ✓ Para alguns, o exibicionismo é sua única atividade sexual, mas outros mantêm o hábito simulta- neamente a uma vida sexual ativa e dentro de relacionamentos duradouros, embora seus ímpetos possam tomar-se mais prementes quando de um conflito naqueles relacionamentos. ✓ A maior parte dos exibicionistas considera seus ímpetos difíceis de controlar e alheios ao próprio ego. 2021/1 - PSIQUIATRIA II acadêmico: ✓ Se a pessoa para quem se exibe parece chocada, assustada ou impressionada, a excitação do exi- bicionista é frequentemente intensificada. Voyeurismo ✓ Uma tendência recorrente ou persistente a olhar pessoas envolvidas em comportamentos sexuais ou íntimos, tais como despir-se. ✓ Isso usualmente leva à excitação sexual e masturbação e é realizado sem que a pessoa obser- vada tome conhecimento. Pedofilia ➢ Uma preferência sexual por crianças, usualmente de idade pré-puberal ou no início da puberdade. ➢ Alguns pedófilos são atraídos apenas por meninas, outros apenas por meninos e outros ainda es- tão interessados em ambos os sexos. ➢ A pedofilia é bem menos comum em mulheres. ➢ Contatos entre adultos e adolescentes sexualmente maduros são socialmente reprovados, sobre- tudo se os participantes são do mesmo sexo, masnão estão necessariamente associados à pedo- filia ➢ Um incidente isolado, especialmente se quem o comete é ele próprio um adolescente, não estabe- lece a presença da tendência persistente ou predominante requerida para o diagnóstico. ➢ Incluídos entre os pedófilos, entretanto, estão homens que mantêm uma preferência por parceiros sexuais adultos, mas que, por serem cronicamente frustrados em conseguir contatos apropriados, habitualmente voltam-se para crianças como substitutos. ➢ Homens que molestam sexualmente seus próprios filhos pré-puberes, ocasionalmente seduzem outras crianças também, mas em qualquer caso seu comportamento é indicativo de pedofilia. Sadomasoquismo ➢ Uma preferência por atividade sexual que envolve servidão ou a inflição de dor ou humilhação. ➢ Se o indivíduo prefere ser o objeto de tal estimulação, isso é chamado masoquismo; se é o execu- tor, sadismo. ➢ Frequentemente, um indivíduo obtém excitação sexual de ambas as atividades, sádica e maso- quista. ➢ Graus leves de estimulação sadomasoquista são comumente usados para intensificar a atividade sexual normal. ➢ Essa categoria deve ser usada apenas se a atividade sadomasoquista é a fonte de estimulação mais importante ou é necessária para a satisfação sexual. ➢ O sadismo sexual é às vezes difícil de ser distinguido da crueldade em situações sexuais ou da raiva não relacionada a erotismo. ➢ Quando a violência é necessária para a excitação erótica, o diagnóstico pode ser claramente esta- belecido. Transtornos múltiplos de preferência sexual Às vezes mais de um transtorno de preferência sexual ocorre em uma pessoa e nenhum tem uma precedência clara. A combinação mais comum é fetichismo, transvestismo e sadomasoquismo. Outros transtornos de preferência sexual ▪ Uma variedade de outros padrões de preferência e atividades sexuais pode ocorrer, cada um sendo relativamente incomum. ▪ Esses incluem tais atividades como fazer telefonemas obscenos (erotolalia), esfregar-se nas pessoas para estimulação sexual em lugares públicos lotados (frotteurismo), atividades sexuais com animais (zoofilia) uso de estrangulamento ou anóxia para intensificar a excitação (hipoxifilia), sexual e uma preferência por parceiros com alguma anormalidade anatômica particular, tal como um membro am- putado. (acrotomofilia) ▪ As práticas eróticas são bastante diversas e muitas são raras ou idiossincrásicas demais para justifi- car um termo separado para cada uma. ▪ Engolir urina (urofilia), untar-se de fezes (coprofilia), perfurar o prepúcio ou mamilos (estigmatofilia) podem ser parte do repertório de comportamentos no sadomasoquismo. 2021/1 - PSIQUIATRIA II acadêmico: ▪ Rituais masturbatórios de vários tipos são comuns, mas as práticas mais extremas, tais como intro- dução de objetos no reto, na uretra peniana (objectofilia) ou autoestrangulamento parcial, quando tomam o lugar de contatos sexuais comuns, constituem anormalidades. ▪ A necrofilia também deve ser codificada aqui. Transtornos psicológicos e de comportamento associados ao desenvolvimento e orientação sexuais A orientação sexual por si só não é para ser considerada como um transtorno Transtorno de maturação sexual ✓ O indivíduo sofre de incerteza a respeito de sua identidade ou orientação sexual, a qual causa an- siedade ou depressão. ✓ Mais comumente, isto ocorre em adolescentes que não estão certos se são de orientação homos- sexual, heterossexual ou bissexual ou em indivíduos que depois de um período de orientação se- xual aparentemente estável, frequentemente dentro de um relacionamento duradouro, notam que sua orientação sexual está mudando. Orientação sexual egodistônica A identidade ou preferência sexual não está em dúvida, mas o indivíduo deseja que isso fosse diferente por causa de transtornos psicológicos e comportamentais associados e pode procurar tratamento para alterá-la. Transtorno de relacionamento sexual A anormalidade de identidade ou preferência sexual é responsável por dificuldades em adquirir e manter um relacionamento com um parceiro sexua Abordagens psicoterapêuticas TÉCNICAS TERAPIA SEXUAL DUAL: Exercícios direcionados ao casal, melhora da comunicação verbal e não-ver- bal, quebra dos mecanismos de ansiedade sexual. TÉCNICAS E EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS: Dilatação vaginal no vaginismo, controle ejaculatório para E.P. HIPNOTERAPIA: Foco específico nas situações ansiogênicas TCC: Dessensibilização para situações ansiogênicas, melhora na assertividade em expressar necessida- des sexuais MINDFULNESS: Foco no momento e nas sensações Outras: grupos com queixas semelhantes, terapia analítica Abordagens biológicas medicações SILDENAFIL E SIMILARES: Melhora de ereção e lubrificação vaginal INJETÁVEIS PENIANOS: Derivados de prostaglandina (vasodilatação) ISRS E TRICÍCLICOS: Retardam ejaculação BROMOCRIPTINA: Redução de prolactina e aumento da libido BUPROPIONA/CLOMIPRAMINA/SELEGILINA: Melhora da libido (efeito dopaminérgico) ANDROGÊNICOS EM BAIXA DOSE: Aumento de desejo em ambos os sexos (possível virilização femi- nina irreversível) CLOMIFENO/TAMOXIFENO: Aumento na libido feminina ESTROGÊNIO/PROGESTERONA: Redução do desejo excessivo masculino TERAPIAS HORMONAIS: Redesignação de gênero (testosterona; estrógeno/progesterona/bloqueado- res de testosterona) Mudanças cid-10 x cid-11 Novo capítulo de disfunções sexuais: Disfunções sexuais, Transtornos dolorosos sexuais, DSTs, Ma- nejo contraceptivo, Mudanças de anatomia sexual masculina e feminina. Transtornos de identidade de gênero se tornaram “Incongruência de Gênero” Novo transtorno: Transtorno de comportamento sexual compulsivo (classe dos transtornos de con- trole de impulso). Abordagens mecânicas BOMBAS À VÁCUO: Bomba peniana (disfunção erétil por vasculopatia), EROS (clitoriano) 2021/1 - PSIQUIATRIA II acadêmico: PRÓTESES PENIANAS: Semirrígida ou inflável CIRURGIA VASCULAR: Bypass das artérias penianas CIRURGIAS RELACIONADAS A GÊNERO: Mamárias/genitais
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