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Farmacologia do Diabetes

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Darah Azini 2022 Farmacologia 
Farmacologia do Diabetes 
• Doença caracterizada por um quadro de hipergli-
cemia persistente decorrente de deficiência na 
produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos. 
O seu diagnóstico principal é o laboratorial, é o que 
define se o paciente tem ou não a doença. 
• Nesse caso a clínica não é soberana pois nem 
sempre o paciente apresenta sintomas. 
• A partir de uma fonte energética (consumo de 
alimento) tem um aporte energético de glicose que 
está sendo disponibilizado. Essa glicose utiliza o 
transportador GLUT2, e quando ela consegue en-
trar, ela fornece energia em ATP para a célula, e 
quando tem esse fornecimento acontece a despo-
larização da célula. Para que haja despolarização, 
esse fornecimento de energia fecha os canais de 
potássio. No momento em que a célula fica mais 
eletropositiva e há a despolarização, acontece a 
abertura dos canais de cálcio que rompe as vesí-
culas e libera insulina. Quando a insulina é liberada, 
ela se liga aos seus receptores de insulina (ligados 
a proteína quinase) e ao se ligar, ativa uma cascata 
de fosforilação o que faz com que o GLUT4 seja 
exposto – fazendo a captação da glicose. 
Resistência insulínica: a insulina é produzida, se liga, 
mas não consegue ativar a cascata de fosforilação, 
liberar GLUT4 e captar glicose. 
Diabetes Tipo 1: deficiência na produção de insulina. 
A - Quando a deficiência é reconhecida pelos au-
toanticorpos. 
B - Quando não consegue definir quem é o res-
ponsável pela destruição insulínica. 
Diabetes Tipo 2: perda progressiva da secreção 
insulínica combinada com resistência à insulina. A 
resistência à insulina crônica, onde a produção da 
insulina continua e aumenta com o tempo, mas não 
é utilizada, até chegar um momento em que 
ocorre a falência das células beta pancreáticas e o 
paciente precisa fazer tratamento com insulina. 
DM gestacional: hiperglicemia de graus variados di-
agnosticada durante a gestação, na ausência de cri-
térios DM prévio. Acontece por alterações hormo-
nais. 
• No diabetes tipo 1, com a deficiência da produção 
de insulina, tem um aumento da ação do glucagon, 
por isso tem uma maior metabolização de gordura, 
então o paciente pode aparecer mais emagrecido. 
O metabolismo de lipídeos fica aumentado, a pro-
dução de corpos cetônico aumenta devido a me-
tabolização de ácidos graxos. O paciente pode ficar 
fadigado, com cansaço, poliuria, polidipsia, polifagia. 
• No diabetes tipo 2 a insulina não segue o seu 
processo e a glicose acumula, isso faz com que 
aumenta o tecido adiposo, o triglicérides. 
Fatores envolvidos na etiologia do diabetes tipo 2: 
• Alterações pré-receptor: alterações na estrutura 
da insulina, a insulina é produzida com defeito, 
sendo assim ela não se encaixa e não ativa seu 
receptor. 
• Alterações no receptor: diminuição da expressão 
dos receptores de insulina as células beta 
• Alterações pós-receptor: a insulina se liga no re-
ceptor, mas quando ativa a cascata de sinalização 
é defeituosa. 
• Exames laboratoriais: glicemia de jejum, hemoglo-
bina glicada, TOTG (curva glicêmica). 
• Para o paciente ser diagnostica ele precisa de dois 
exames alterados do mesmo exame em momen-
tos diferentes. 
Darah Azini 2022 Farmacologia 
• Em pacientes com sintomas clássicos de hipergli-
cemia e uma glicemia aleatória (sem jejum) acima 
de 200 não é necessário segunda testagem, so-
mente a glicemia. 
• O valor considerado normal pós refeição é de 140 
a 160. 
• Alguns casos de hiperglicemia podem ser transi-
tórios, sendo assim o tratamento não farmacológico 
pode ser adequado. 
• A principal chave é a mudança no estilo de vida, 
com: 
Gerenciamento do estrese 
Gerenciamento de substâncias tóxicas 
Controle do sono 
Exercício supervisionado 
Reeducação alimentar 
Estímulo da sociabilidade 
• O único tratamento do diabetes tipo 1 e insulino-
terapia plena. 
• O diabetes tipo 2 depende da gravidade do caso. 
Inicialmente, pode ser que com o tratamento não 
farmacológico ele possa fazer o controle dos níveis 
de glicose. 
 ∘ ADO em monoterapia 
 ∘ ADO combinado 
 ∘ ADO + insulinoterapia 
• É imprescindível no tratamento do DM1 e deve 
ser instituído assim que o diagnostico por realizado. 
• O médico deve estipular as metas terapêuticas e 
os valores de glicemia aceitáveis para o paciente 
pré e pós prandial para saber quanto de insulina ele 
precisa repor. 
• A insulinoterapia deve ser individualizada e o mais 
fisiológica possível, precisa imitar o ciclo de secre-
ção da insulina. 
• Esse ciclo é composto pelas fases de bolus de 
insulina, que acontece sempre a partir de um esti-
mulo (alimentação) e tem um pico de insulina; fase 
2 de insulina basal, onde secreta a insulina para 
manter o metabolismo da glicose equilibrado. Além 
disso, o paciente precisa de uma insulina para cor-
reção, de ação rápida, para corrigir pré e pós pran-
dial ou no período interalimentar. 
• Sendo assim, o paciente precisa de insulina de 
ação rápida e de ação longa. 
• Em um pico de glicemia, o paciente precisa de 
uma insulina de ação rápida. Para isso ele utiliza a 
insulina em bolus contada pelo médico. 
→ Insulina de ação ultrarrápida: 
• Lispro e Aspart 
• Mimetizam o bolus de insulina, utilizadas logo após 
o estimulo alimentar. O inicio da ação começa em 
até 15 minutos, tem seu pico com 1-2 horas e dura 
de 3-5 horas. 
→ Insulina de ação rápida 
• Humana regular 
• Tem início de ação em até 30-60 minutos, seu 
pico em 2-4 horas e duração total de 6-8 horas. 
• Deve ser utilizada antes do estímulo alimentar. 
→ Insulina de ação intermediária 
• Humana NPH 
• Tem início de ação de 1-3 horas, pico em 5-8 
horas e duração total de 10-16 horas. 
→ Insulina de ação prolongada 
• Glargina e Detemir 
• Tem início de ação em 1-2 horas, não tem pico 
– é plena e duração de 24 horas. 
• Para a reposição prandial fisiológica da insulina. – 
Simulam a secreção prandial normal endógena. 
• São análogos da insulina. 
• Administradas imediatamente antes refeições. 
• Permitem administração imediatamente antes a 
refeição – menor risco de hipoglicemia pós prandial. 
Darah Azini 2022 Farmacologia 
• São as insulinas preferidas para uso em dispositi-
vos de infusão continua de insulina subcutânea. 
Lispro: 1º análogo comercializado. Tem uma inver-
são de aminoácido o que faz com que sua ação 
seja mais rápida (lisina e prolina). 
Asparte: substituição da prolina por ácido aspártico. 
Glulisina: troca do asparaginase por lisina e lisina por 
ácido glutâmico. 
Fiasp: asparte + vitamina B3. Absorção, pico e início 
de ação mais rápidos. 
→ Indicações: 
• Crianças menores, que muitas vezes não inge-
rem carboidrato programadas da dieta. 
• Paciente que apresentam mais risco de hipoglice-
mia grave ou hipoglicemia despercebida ou hipogli-
cemia nos períodos pós prandiais. 
• Produzida por uma técnica de DNA recombinante 
onde é produzida uma molécula idêntica a humana. 
• De ação rápida, início de 30-60 minutos, com pico 
entre 2-4 horas, duração de 6-8 horas. Utilizada em 
bolus . 
• Em um paciente do SUS é a primeira alternativa 
para tratamento. Deve ser administrado 30-60 mi-
nutos antes da refeição. 
• Alto peso molecular – dificulta a sua absorção. 
Decomposição em monômeros facilita a absorção 
• O grande problema dela é a hiperglicemia pós 
prandial precoce e hipoglicemia tardia se adminis-
trado junto a refeições. 
• Duração dose-dependente – desequilíbrio entre 
disponibilidade e necessidade. 
• É administrada via IV, e isso é possível pois sua 
estrutura molecular é muito próxima a nossa. 
–
Insulina + protamina = liberação lenta, pois dificulta 
a sua absorção, tempo de ação prolongado. 
• A liberação da insulina ocorre após a degradação 
da protamina pelas enzimas teciduais proteolíticas. 
• Administrada com a insulina regular ou a ultra rá-
pida. 
• É considerada de açãointermediária, devendo 
ser utilizada mais vezes por dia, 2 a 4 vezes (antes 
do café, jantar e ao deitar). 
• Tempo de ação dose-dependente. 
Lantus (glargina) – absorção estável, lenta e sem 
pico, administrada uma vez ao dia. Não pode ser 
misturada a nenhuma outra insulina – pois não se 
pode alterar o pH da solução. Solúvel em solução 
ácida e precipita em pH neutro. 
Detemir – Substituições nos aminoácidos prolon-
gam a auto agregação no tecido subcutâneo e a 
afinidade por albumina.. Início de ação dose depen-
dente com duração de 12 horas e administrada 2x 
ao dia. 
• Associados a menor frequência de hipoglicemia 
pois não tem pico. 
• Indicado a paciente maiores que 2 anos de idade, 
em dose única. 
• Podem ser utilizadas com as insulinas de ação ul-
tra rápida. 
• Insulina rápida antes das principais refeições e in-
termediária na ceia. 
• Para maior conveniência, essas insulinas são, com 
frequência, misturadas na mesma seringa antes da 
injeção. 
• Combinação de insulinas humanas (NPH e regular, 
na formulação 70/30) e com análogos da insulina 
(lispro protamina + lispro, 75/25 e 50/50, e asparte 
protamina + asparte, 70/30). 
Darah Azini 2022 Farmacologia 
• Dificuldade de ajustes individualizado, pois são uni-
dades prontas. 
• Pode ser útil para pacientes com restrições visuais 
ou motoras, que tenham dificuldade na realização 
correta e segura da mistura de dois tipos de insuli-
nas com diferentes tempos de ação, para aqueles 
que rejeitam o esquema de insulinização mais in-
tensivo e para pacientes com DM2 com necessi-
dade de insulinização plena 
→ Fase 1 
• Insulina regular: antes (30/40 min) das principais 
refeições. 
• Insulina de ação ultrarrápida: antes (15 min) das 
principais refeições ou logo ao término delas. 
• Insulina de ação mais ultrarrápida Fiasp: antes (2 
min) das principais refeições ou até 20 min após o 
término delas. 
→ Fase 2 
• Insulina NPH: 2 a 4x/dia (I) antes do desjejum e 
ao deitar-se. (II) antes do desjejum, no almoço e ao 
deitar-se. (III) antes do desjejum, no almoço, no jan-
tar e ao deitar-se. 
• Glargina: 1x dia – antes do desjejum, no almoço, 
no jantar ou ao deitar. 
• Detemir: 1 a 2 x no dia – antes do desjejum e/ou 
no jantar e/ou ao deitar-se. 
• Padrão: frascos multidoses – precisa sempre ser 
homogeneizar. Com seringas e agulhas descartá-
veis. 
• Portátil: cartucho de insulina e agulhas 
• ISCI: bomba programável que fornece doses de 
reposição basais em bolo com base nos resultados 
de auto monitoração do nível de glicemia. 
• Inalação: Insulina regular recombinante; efeito ad-
verso – tosse; função pulmonar monitorada. 
• É o efeito adverso mais preocupante da insulino-
terapia. 
• É o fator limitante para chegar ao controle glicê-
mico ideal em pacientes com DM. 
• É considerado hipoglicemia para o paciente dia-
bético níveis abaixo de 70. 
• A hipoglicemia grave é mais frequente com o 
tratamento intensivo. O problema é que, na maioria 
das vezes, ela é assintomática. 
• A hipoglicemia grave pode afetar a capacidade 
cognitiva de crianças. 
• Fármacos utilizados no tratamento do diabetes 
tipo 2, onde o paciente tem dificuldade na secre-
ção de insulina, ligação ao receptor, ou ativação do 
receptor e captação de glicose. 
• Eles reduzem a glicemia, afim de manter ela em 
níveis normais quando eles estão alterados. 
• Eles também podem tratar resistência insulínica e 
pré-diabetes. 
• Indica-se o inicio de uso dos agentes antidiabéticos 
quando os valores glicêmicos encontrados em je-
jum e /ou pós-prandiais estão acima dos requeridos 
para o diagnóstico do diabetes 
• A escolha dos medicamentos baseia-se nos se-
guintes aspectos. 
• O antidiabético ideal deve ser capaz de reduzir 
até 2,5% do nível da glicada. 
→ Características do paciente: 
• Estado geral e idade do paciente (alguns fárma-
cos são altamente metabolizados pelo fígado). 
• Resistência à insulina (alguns fármacos melhorar 
hormônios que são sensibilizadores da insulina. 
• Falência progressiva de células beta (diabetes crô-
nico, avançado, alguns medicamentos pioram essa 
falência). 
Darah Azini 2022 Farmacologia 
• Transtornos metabólicos (disglicemia, dislipidemia 
e inflamação vascular) 
• Comorbidades (DRC, DCV, obesidade) 
• Valores glicêmicos. 
→ Características do fármaco 
• Eficiência 
• Riso de hipoglicemia 
• Interações medicamentosas 
• Reações adversas 
• Contraindicações 
• Preferência do paciente 
→ Agentes que aumentam a secreção de insulina 
(hipoglicemiantes ou secretagogos): sulfonilureias e 
metiglindas 
→ Agentes que não estimulam a secreção de in-
sulinas: Biguanidas, Inibidores de alfa-glicosidase e 
Glitazonas 
→ Agentes que aumentam a secreção de insulina 
e dependem de glicose e diminuem a secreção de 
glucagon: mimético e análogo da GLP-1 e Glipitinas 
→ Agentes que promovem a glicosúria: inibidores 
do SGLT2 
• Sulfonilureias e Metiglindas 
• Uma vez que a glicose entra, gera energia para 
a célula, que despolariza, fazendo o fechamento 
dos canais de potássio, influxo de cálcio e liberação 
de insulina para fora da célula. São secretogogos – 
sempre estimulam a secreção sem que tenha a 
ativação do transportador de glicose. 
• Para esse fármaco funcionar a células beta pre-
cisa estar funcionando, pois só estimula a secreção, 
a insulina já deve estar formada. 
• Indicadas para o tratamento do diabetes tipo 2 
não insulinodependente 
Sulfonilureias 
• Existem 3 gerações da sulfonilureias (exemplos: 
Clorpropamida, Glipizide, Glibenclamida e Glimepi-
rida. 
→ Vantagens: 
• Experiência extensa com as drogas 
• Redução dos riscos de complicações microvascu-
lares 
• Redução relativamente maior da Hb glicada. 
→ Desvantagens 
• Hipoglicemia 
• Ganho ponderal. 
→ Contraindicações 
Gravidez, insuficiência renal ou hepática (intenso 
metabolismo e longa meia vida – aumenta a pro-
babilidade da hipoglicemia). 
Evitar em idosos. 
• Esses fármacos devem ser ingeridos 30 minutos 
antes das refeições, geralmente são feitas 2 toma-
das ao dia, para ter menor risco de hipoglicemia. 
→ Interações medicamentosas 
• Álcool – reações do tipo Dissulfiram: efeitos gra-
vdes de uma intoxicação alcóolica. 
• Aumentam o efeito: AINES, I.MAO, sulfonamidas, 
cetoconazol. 
• Diminuem o efeito: fenobarbital, betabloqueado-
res. 
Metiglindas 
• Tempo de ação menor em relação às Sulfonilu-
reias 
• Devem ser administradas após as principais refei-
ções. 
→ Desvantagens: hipoglicemia, ganho ponderal dis-
creto. 
→ Vantagens: flexibilidade da dose, redução da va-
riabilidade da glicose pós prandial, redução do es-
pessamento médio intimal carotídeo. 
Darah Azini 2022 Farmacologia 
• Biguanidas (metformina), Inibidores da alfa-glicosi-
dase e Glitazonas. 
• Melhorar a função da insulina, sensibilizam a mo-
lécula. 
Biguanidas (metformina ou glifage) 
• Droga de escolha para prevenção do DM2 (pré 
diabetes) 
→ Parte do seu mecanismo de ação é conhecido. 
• Ela ativa a AMPK, ativada pelo AMPc – e para 
isso precisa de energia. Quando ativada, inibe a pro-
dução de glicose hepática. 
• Aumenta a captação de glicose pelo músculo es-
quelético. 
• Aumenta a síntese de glicogênio 
• Diminui a síntese de lipídeos 
• Diminui a gliconeogênese. 
• São considerados agentes euglicemiantes ou anti-
hiperglicemianetes. 
PRIMEIRA LINHA DO DM2 QUANDO O PACIENTE 
NÃO APRESENTA CONTRAINDICAÇÃO (IR 
GRAVE). 
• Posologia: 1000 a 2550 mg, 2 a 3 tomadas/dia. 
• Vantagens 
 ∘ Diminuição de eventos cardiovasculares. 
 ∘ Melhora do perfil lipídico. 
 ∘ Diminuição do peso – não adianta usar para 
emagrecer se não houver resistência insulínica. 
• Desvantagens 
 ∘ Intolerância gastrointestinal 
 ∘ Deficiência de B12 a longo prazo – devido a di-
minuição do pepsinogênio. 
• Contraindicações 
 ∘ Gravidez – se a mulher já toma essa medicação 
antes de engravidar, deve fazer acompanhamentofetal. 
 ∘ Insuficiências renais, hepática, cardíaca ou pul-
monar. 
 ∘ Acidose grave (ácido lático) – diminui o pH san-
guíneo. 
Inibidores da alfa-glicosidase 
• Ascarbose 
• Essa enzima fica no epitélio do intestino delgado 
facilitando a absorção da glicose. A sua inibição pro-
move uma diminuição da hiperglicemia pós-prandial. 
→ Vantagens 
• Prevenção de DM2 
• Melhora perfil lipídico 
• Redução da glicose pós prandial. 
• Diminuição de eventos cardiovasculares. 
→ Desvantagens 
• Flatulência, diarreia e dor abdominal. 
• Redução discreta da Hb glicada. 
→ Contraindicações 
• Gravidez 
→ Posologia 
• 50 a 300 mg/dia, 3x dia antes das refeições. 
Glitazonas 
• Pioglitazona 
• Sensibilizadores de insulina de forma periférica. 
• Se ligam a um receptor e aumenta a expressão 
nos receptores de glicose, aumentando a sua cap-
tação. 
• Aumento da adiponectina e liberação diminuída 
de resistina – diminui a resistência insulínica. 
• Diminuição dos níveis de ácidos graxos livres (au-
mento da captação periférica). 
→ Vantagens 
• Prevenção do DM2. 
• Melhora o perfil lipídico. 
• Redução da gordura hepática. 
• Redução dos triglicérides. 
→ Desvantagens 
• Ganho de peso dose-dependente – amenizando 
com uso de metformina. 
• Edema – risco de ICC e anemia diluicional. 
Darah Azini 2022 Farmacologia 
• Agentes Incretínicos 
• Aumentam a ação das incretinas (GLP-1 e GIP) 
que amplificam a secreção de insulina induzida pela 
glicose. Ele (GLP-1) é sempre liberado com a ingesta 
de alimento, ele age sobre as células pancreáticas 
estimulando a secreção de insulina e diminuição do 
glucagon. 
∘ Suprime a secreção de glucagon 
∘ Retarda o esvaziamento gástrico 
∘ Reduz a apoptose das ilhotas humanas na cultura. 
∘ Reduz a fome. 
→ Análogo do GLP-1: Liraglutida e Semaglutida 
→ Inibidores da DPP-4 
• Promovem a estabilização do GLP-1 endógeno 
pela inibição da enzima que o degrada, a DPP-4 
(aumentam a ½ vida GLP-1 2 a 3x) 
Ex.: sitagliptina, vildagliptina, saxagliptina, linagliptina. 
• Podem ser usados como monoterapia ou associ-
ados a metformina, gliazonas, sulfonilureias, inibido-
res do SGLT2 e insulina. 
• Efeito neutro no peso corporal. 
• Rara hipoglicemia. 
• Possibilidade de pancreatite aguda. 
• Estimulam a secreção de glicose pela urina. 
• Inibem o transportador SGLT2 que é responsá-
vel por reabsorver glicose nos túbulos proximais 
dos rins, estimulando a secreção de glicose e sódio. 
• Ex: Dapaglifozina - Forxiga 
• Pode facilitar infecções urinarias pela maior excre-
ção de glicose. 
Inibidores do SGLT2 
 • A maior parte da glicose é absorvida por esse 
transportador 
• Rara hipoglicemia. 
• Redução do peso. 
• Redução da HAS. 
• Redução dos eventos cardiovasculares e mortali-
dade em pacientes com DCV. 
• Efeitos adversos: pode causar infecção urinária e 
genital; cetoacidose diabética; não se deve utilizar 
em pacientes com doença renal moderada a grave; 
confusão mental; hipotensão. 
→ A melhor escolha terapêutica dependerá da fun-
ção pancreática existente. 
→ Para avaliar a falência pancreática, foram divididas 
4 fases: 
• Fase 1: Hiperglicemia discreta, obesidade e insuli-
norresistência. Utilizar medicamentos que não au-
mentam a secreção de insulina nem estimulam o 
ganho de peso: Metformina. Outras opções: glipti-
nas, inibidores do Sglt2 ou um análogo do GLP-1. 
• Fase 2: Diminuição da secreção de insulina. Se-
cretagogo + sensibilizadores insulínicos. Outras 
combinações: análogos da GLP-1, inibidores da DPP-
4 e inibidores SGLT2. 
• Fase 3: mais de 10 anos de diabetes, perda da 
secreção de insulina e perda de peso e/ou comor-
bidades. Agentes orais + insulina de depósito (longa 
duração) antes de o paciente dormir (insulinização 
oportuna). 
• Fase 4: Insulinopenia. Insulina NPH ou de ação pro-
longada + insulina regular ou ultrarrápida. Agente 
oral – reduz as doses da insulina. Os ideais seriam 
o incretinomiméticos + inibidores do SGLT2. 
• O tratamento começa com mudanças nos hábi-
tos de vida, controle do peso. Quando essa níveis 
Darah Azini 2022 Farmacologia 
não conseguem ser controlados com essas mu-
danças, inicia-se o tratamento medicamentoso. 
• Insulina regular (asparte ou lispro) em doses bai-
xas, estabelecida a partir dos critérios de cresci-
mento fetal. Uma outra alternativa é a metformina, 
desde que seja uma decisão médica junto ao paci-
ente.

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