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Medicina Veterinária Diagnóstico Por Imagem Rebeca Meneses 1 Para o tórax, a terminologia para projeções laterolaterais foi abreviada para descrever o lado do paciente que está sobre a mesa de raios X. Portanto, uma radiografia torácica obtida com o cão ou gato em decúbito lateral esquerdo, por exemplo, será denominada projeção laterolateral esquerda. VASOS DO LOBO CRANIAL A artéria e a veia pulmonares no lobo cranial direito são comumente usadas como base para avaliar a circulação pulmonar. É importante ser capaz de identificar esses dois vasos especificamente e poder comparar o tamanho da artéria pulmonar do lobo pulmonar cranial direito com o tamanho da veia pulmonar do lobo pulmonar cranial direito sem ter outros vasos sobrepostos. Os vasos pulmonares no lobo pulmonar cranial direito são mais conspícuos em uma radiografia lateral esquerda do que em uma radiografia lateral direita. Radiografias lateral esquerda (A) e lateral direita (B) da porção cranioventral do tórax de um cão. A artéria pulmonar do lobo cranial direito (a, setas brancas) e a veia pulmonar do lobo cranial direito (v, setas pretas) podem ser claramente distinguidas na projeção laterolateral esquerda. Os vasos lobares craniais esquerdos normalmente não podem ser avaliados ou comparados precisamente na projeção laterolateral esquerda ou direita por localizarem-se mais dorsalmente no tórax e geralmente se sobreporem a outros vasos ou à porção dorsal mais espessa do mediastino. Ocasionalmente, os pares artéria pulmonar- veia pulmonar podem ser comparados em projeções DV ou VD, mas avaliar os vasos do lobo pulmonar cranial direito na projeção laterolateral esquerda deve ser um procedimento padrão da interpretação radiográfica torácica no cão e no gato. DIAFRAGMA Na projeção laterolateral esquerda, os dois pilares dorsais do diafragma desviam-se um do outro, enquanto na projeção laterolateral direita eles ficam mais paralelos. Medicina Veterinária Diagnóstico Por Imagem Rebeca Meneses 2 Radiografias laterais esquerda (A) e direita (B) da região da junção da veia cava caudal com o diafragma. Na projeção laterolateral esquerda (A), o pilar esquerdo fica mais cranial e a veia cava caudal fica sobreposta a ele antes de se unir ao pilar direito. Na projeção laterolateral direita (B), o pilar direito do diafragma fica mais cranial e a veia cava caudal se une ao pilar mais cranial. SILHUETA CARDÍACA Há uma grande diferença na aparência da silhueta cardíaca nas radiografias VD versus DV. Em decúbito ventral para a realização da radiografia DV, a porção ventral do diafragma é deslocada cranialmente onde entra em contato com o coração e o desloca, normalmente para a esquerda. O coração também fica mais verticalizado na cavidade torácica quando o paciente está em decúbito ventral, fazendo-o parecer mais arredondado. Medicina Veterinária Diagnóstico Por Imagem Rebeca Meneses 3 A: VD e B: DV TRAQUEIA PULMÃO PADRÃO ALVEOLAR Um padrão pulmonar alveolar é criado quando o ar no interior do alvéolo for substituído por um material com uma maior densidade física; consequentemente, aumentando a radiopacidade do pulmão. Os materiais comuns que se acumulam nos alvéolos e criam um padrão alveolar são os exsudatos, hemorragia e fluido de edema. Um padrão alveolar é caracterizado por uma ou mais das características radiográficas a seguir: (1) um broncograma aéreo, (2) um sinal lobar, ou (3) uma área de opacidade relativamente intensa não apresentando margens delimitadas que caracterizem uma formação pulmonar. Os broncogramas aéreos são considerados um marco de padrão alveolar. Um broncograma aéreo é definido como um brônquio preenchido por ar, atravessando uma região de pulmão anormal, em que o ar alveolar foi substituído por exsudato, hemorragia ou fluido de edema. Os requisitos críticos para a visualização do broncograma aéreo são (1) o ar dentro do brônquio não foi substituído por células ou fluido e (2) a extensão da substituição do ar nos alvéolos foi grande o suficiente para proporcionar uma opacidade de fundo adequada — em outras palavras, uma absorção de raios X suficiente — em que os brônquios preenchidos por ar sejam visualizados. O sinal lobar refere-se à margem nítida criada quando um lobo de opacidade aumentada entra em contato com um lobo normalmente aerado e menos radiopaco. Embora os broncogramas aéreos e os sinais lobares sejam indicações comuns de um padrão alveolar, às vezes nenhum deles é observado. Os broncogramas aéreos podem não ser observados se a doença alveolar não estiver concentrada adequadamente ao redor de um brônquio, de modo que o lúmen brônquico fique visível. Um sinal lobar não será observado se a doença alveolar não se estender para a periferia do lobo, se os lobos adjacentes forem ambos afetados com Medicina Veterinária Diagnóstico Por Imagem Rebeca Meneses 4 a mesma intensidade ou se a junção lobar não for adquirida de modo paralelo pelo feixe de raios X. PADRÃO BRÔNQUICO Um padrão brônquico ocorre quando a espessura da parede brônquica é aumentada pela infiltração de fluidos ou células, ou quando o ar no espaço peribrônquico foi substituído por células ou fluidos. O aumento da radiopacidade associado ao maior teor de fluido ou celularidade dentro ou ao redor do brônquio resulta em uma maior identificação radiográfica da árvore brônquica. Radiograficamente, isso se manifesta como um número aumentado de sombras em anéis, criadas por uma relação transversal entre o brônquio anormal e o feixe primário de raios X, ou um maior número de linhas paralelas, denominadas por alguns como trilhos de trem, criadas por uma relação lateral entre o brônquio anormal e o feixe primário de raios X. Um padrão brônquico é normalmente relacionado à inflamação brônquica, mas o edema peribrônquico também pode ser a causa. Medicina Veterinária Diagnóstico Por Imagem Rebeca Meneses 5 PADRÃO INTERSTICIAL A compreensão do padrão pulmonar intersticial é facilitada pela divisão em formas estruturadas e não estruturadas. PADRÃO INTERSTICIAL ESTRUTURADO O padrão intersticial estruturado refere-se às lesões nodulares ou formações no pulmão. PADRÃO INTERSTICIAL NÃO ESTRUTURADO Um padrão intersticial não estruturado é resultante de uma elevada atenuação dos raios X criada pelo excesso de fluido, um crescimento celular ou a infiltração em uma estrutura intersticial de suporte do pulmão. O fluido ou o tecido anormal não é organizado em uma lesão solitária, ou em várias lesões discretas, mas envolve o interstício de maneira relativamente uniforme. Tais lesões podem se desenvolver como resultado da transudação dos fluidos dos capilares intersticiais, a presença de resposta inflamatória de baixo grau ou crescimento celular neoplásico difuso. O diagnóstico de um padrão intersticial não estruturado é baseado no achado de um aumento anormal na radiopacidade radiográfica do fundo do pulmão. EDEMA PULMONAR CARDIOGÊNICO É possível esperar que o edema pulmonar cardiogênico seja caracterizado por um aumento uniforme na radiopacidade pulmonar apresentando um intenso padrão alveolar. Na realidade, o edema pulmonar cardiogênico é geralmente desigual, frequentemente, não é tão intenso quanto um processo pneumônico. REFERÊNCIAS Thrall, D. Diagnóstico de Radiologia Veterinária. Grupo GEN, 2019 Medicina Veterinária Diagnóstico Por Imagem Rebeca Meneses 6 Kealy, Hester e Graham. Radiografia e Ultrassonografia do Cão e do Gato. Elsevier. INDICAÇÕES Quer mais materiais de Medicina Veterinária por um preço baratinho? Adquira o “Pack de Resumos de Clínica Médica de Pequenos Animais” com 15% de DESCONTO com o cupom PASSEIDIRETO ! De R$ 22,90 por R$ 19,50. Nesse pack você irá encontrar o resumo das principais doenças dos seguintes sistemas:1. Doenças Infecciosas 2. Neonatologia 3. Sistema Reprodutor do Macho e Fêmea 1. Sistema Respiratório 4. Sistema Urinário 5. Sistema Endócrino Compre aqui: https://pay.hotmart.com/N71419023A Adquira também a “Tabela de Doenças Infecciosas de Cães e Gatos” com 15% de DESCONTO com o cupom PASSEIDIRETO ! O produto vai de R$ 14,90 por R$ 12,67! 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