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Manual de Identificação das Doençass da Soja LIVRO

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Manual de identificação
das doenças da soja
Autor: Paulo Edimar Saran
Manual de identificação
das doenças da soja
Paulo edimar saran
Agradecimentos
Aos familiares de Paulo E. Saran
Alzira Catarina B. Saran (mãe)
João Saran (pai)
João Saran (filho)
Mauro Edson Saran (irmão) (in memorian)
Selma F. dos Santos Saran (esposa)
“Os ventos que às vezes tiram algo que amamos são os mesmos que trazem 
algo que aprendemos a amar...
Por isso, não devemos chorar pelo que nos foi tirado e, sim, aprender a amar 
o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso nunca se vai para sempre...”
 Bob Marley
Dedico este trabalho à memória de meu eterno amigo e amado irmão, Mauro,
a quem sempre tive profundo respeito, admiração e carinho.
Agradeço a Deus pelos momentos de convivência que tive ao seu lado.
Sumário
Introdução .......................................................................................................................9
Períodos de ocorrência das doenças da soja ............................................................10
Variação dos períodos reprodutivos em relação aos ciclos de cultivares de soja ..... 11 
Descrição dos estádios vegetativos da soja ..............................................................12
Descrição dos estádios reprodutivos da soja ...........................................................13
Descrição das subdivisões da fase R5 em cinco subestádios .................................14
Observações ..................................................................................................................15
Tombamento .................................................................................................................28
Mancha olho de rã .......................................................................................................33
Mancha-parda da folha ...............................................................................................39
Míldio da soja ...............................................................................................................51
Oídio da soja .................................................................................................................61
Antracnose ....................................................................................................................69
Mancha-alvo .................................................................................................................85
Ferrugem da soja ..........................................................................................................99
Mofo branco ................................................................................................................ 110
Crestamento foliar de cercóspora ............................................................................133
Mela da folha ..............................................................................................................139
Podridão-parda da haste ..........................................................................................154
Podridão por Phytophthora .....................................................................................159
Mancha de mirotécio .................................................................................................162
Seca da haste e da vagem .........................................................................................166
Crestamento bacteriano ............................................................................................172
Virose (mosqueado do feijão) ...................................................................................177
Virose (mosaico comum da soja) ..............................................................................181
Doenças de final de ciclo ...........................................................................................186
Bibliografia ..................................................................................................................196
9
Introdução
Nas últimas safras, a cultura da soja tem exigido, de maneira crescente, um nível maior de conhecimento técnico e 
acompanhamento prático das lavouras.
A necessidade de rotações entre as culturas, a constante evolução nas opções dos períodos de plantio, as diferentes opções 
de manejo adotadas, as características das variedades plantadas e as imprevisíveis variações climáticas, associadas ao tipo 
de solo, sistema de plantio adotado ou o preparo de solo optado, fazem com que novas ocorrências sejam identificadas 
ou com que as ocorrências já identificadas ou problemas já conhecidos se agravem a cada safra.
Para uma estratégia eficaz de acompanhamento das lavouras e controle das doenças, é necessária a adoção de práticas 
de MID (Manejo Integrado de Doenças).
A opção pela prática do MID visa integrar, de forma harmoniosa, as várias ferramentas ou táticas existentes para proteção 
das plantas, utilizando o manejo ou as regras que consideram as condições econômicas, sociais e ambientais para a tomada 
de decisão de utilizar ou não um fungicida. 
O sucesso no controle das doenças está intimamente ligado ao período da interferência realizada, seja ela por meio de 
medidas legislativas e tratos culturais que visam prevenir ou retardar a ocorrência de doenças para a safra seguinte ou 
por meio do controle por intervenções químicas aplicadas de forma preventiva ou curativa durante a safra.
Nas intervenções químicas, independentemente do método de controle ou dos produtos optados, antes do uso é preciso 
diagnosticar a verdadeira causa dos sintomas existentes ou antecipar sua ocorrência, tendo como base alguns procedimentos 
como a sanidade das sementes, o conhecimento das características das variedades optadas, o histórico de ocorrência nas 
lavouras e as condições favoráveis para a evolução das doenças.
Este manual visa, de maneira simples e objetiva, colaborar com os amostradores técnicos de campo, responsáveis pelos 
monitoramentos, ajudando-os a identificar possíveis falhas no processo de amostragens, e com os profissionais responsáveis 
pelas recomendações em identificar os sintomas iniciais ou comparar os vários níveis de infecção, identificando a evolução 
da doença e auxiliando na tomada de decisão quanto à melhor estratégia de controle a ser tomada.
10
DFCs
Viroses
Crestamento
Seca da haste e da vagem
Mancha do mirotécio
Podridão por Phytophthora
Podridão-parda da haste
Mela da folha
Crestamento foliar de cercóspora
Mofo branco
Ferrugem da soja
Mancha-alvo
Antracnose
Oídio da soja
Míldio da soja
Mancha-parda da folhaMancha-parda da folha
Mancha olho de rãTombamento
Períodos de ocorrência 
das doenças da soja
VC V1 V3 VN V9 R1 R2 R3 R4 R5.1 R5.2 R5.3 R5.4 R5.5 R6 R7 R8 R9V2
11
Cultivar de ciclo precoce
Ciclo
50 - 65 dias
Fase reprodutiva
120
N° de dias
Cultivar de ciclo médio 30 - 50 dias 120 a 130
Cultivar de ciclo tardio 25 - 35 dias > 130
Vegetativo Reprodutivo
Variação dos períodos reprodutivos em relação aos ciclos de cultivares de soja
VC V1 V3 VN V9 R1 R2 R3 R4 R5.1 R5.2 R5.3 R5.4 R5.5 R6 R7 R8 R9V2
12
Descrição dos estádios vegetativos da soja
Estádio dEnominação dEsCRição
VE Emergência Cotilédones acima da superfície do solo
VC Cotilédone Cotilédones completamente abertos
V1 Primeiro nó Folhas unifoliadas completamente abertas
V2 Segundo nó Primeira folha trifoliada completamente desenvolvida
V3 Terceiro nó Segunda folha trifoliada completamente desenvolvida
V4 Quarto nó Terceira folha trifoliada completamente desenvolvida
V5 Quinto nó Quarta folha trifoliada completamente desenvolvida
V6 Sexto nó Quinta folha trifoliada completamente desenvolvida
Vn Enésimo nó Enésima folha trifoliada completamente desenvolvida
13
Descriçãodos estádios reprodutivos da soja
Estádio dEnominação dEsCRição
R1 Início do florescimento Uma flor aberta em qualquer nó da haste principal
R2 Florescimento pleno Uma flor aberta num dos dois últimos nós da haste principal, com folha completamente desenvolvida
R3 Início da formação de vagens Vagem com 5 mm de comprimento num dos quatro últimos nós da haste principal, com folha completamente desenvolvida
R4 Vagem completamente desenvolvida
Vagem com 2 cm de comprimento num dos quatro últimos nós da 
haste principal, com folha completamente desenvolvida
R5 Início do enchimento de grãos Grão com 3 mm de comprimento em vagem num dos quatro últimos nós da haste principal, com folha completamente desenvolvida
R6 Grão verde ou vagem cheia
Uma vagem contendo grãos verdes preenchendo as cavidades da 
vagem de um dos quatro últimos nós da haste principal, com folha 
completamente desenvolvida
R7 Início da maturidade Uma vagem normal na haste principal com coloração de madura
R8 Desfolha natural Plantas com vagens amarelas e 50% de desfolha
R9 Maturidade plena 95% das vagens com coloração de madura
14
Estádio dEsCRição
R5.1 Grãos perceptíveis ao tato (o equivalente a 10% da granação)
R5.2 Granação de 11% a 25%
R5.3 Granação de 26% a 50%
R5.4 Granação de 51% a 75%
R5.5 Granação de 76% a 100%
Descrição das subdivisões da fase R5 em cinco subestádios
15
Observações
 
Durante o processo de vistoria das lavouras, alguns encontros podem induzir ao erro de interpretação de sintomas ou de ocorrências 
que poderão provocar a demora na intervenção, ou o controle do inóculo primário de uma infecção, ou o uso desnecessário de 
ações ou produtos.
Além de conhecer os sintomas das doenças nocivas à cultura nos seus vários níveis de infecção, os amostradores técnicos de 
campo devem conhecer também as situações que podem provocar injúrias ou lesões semelhantes a essas infecções.
Embora seja aconselhável o controle preventivo ou, no máximo, nos sintomas iniciais das infecções para um maior sucesso no 
controle das doenças, é necessário ter a certeza da origem da lesão para a rápida tomada de decisão. É bastante comum a presença 
de injúrias nas lavouras que, quando confundidas com sintomas de doenças, provocam erros de interpretação e acabam onerando 
ainda mais os custos das mesmas.
As condições do ambiente podem favorecer ou dificultar as identificações de lesões nas plantas. Embora, geralmente, as piores 
condições para as vistorias sejam as melhores condições para a evolução da maioria das doenças, as vistorias deverão ser realizadas 
mesmo em condições desfavoráveis, principalmente quando essas forem persistentes por longos períodos. A demora no intervalo 
entre as vistorias poderá provocar uma identificação tardia dos primeiros sintomas na lavoura, elevando os custos para o tratamento, 
diminuindo a eficiência no resultado das aplicações e diminuindo o período de controle esperado, além de possíveis perdas já 
ocorrerem. Sendo assim, mesmo as condições do ambiente não sendo propícias para as amostragens, elas deverão obedecer a um 
intervalo frequente (respeitando os intervalos de carência ou períodos de reentrada de pessoas na área tratada).
As condições consideradas boas para as vistorias são aquelas em que se permite visualizar com clareza a panorâmica da lavoura, 
a superfície das folhas (faces superiores e inferiores) e o terço inferior da lavoura.
Os sintomas iniciais das doenças foliares podem ser mais bem identificados quando a folha é posicionada contra a luz solar.
Como condições desfavoráveis para as vistorias, consideram-se basicamente aquelas que apresentam molhamento foliar (por 
chuva, orvalho ou irrigação) ou pouca luminosidade
Alguns sintomas que ocorrem nas plantas ou eventos que ocorrem no ambiente das lavouras podem ser citados como erros de 
interpretação comuns pelos amostradores técnicos de campo menos experientes.
Os atritos entre plantas, os sintomas e danos de pragas, as injúrias de óleo mineral, as injúrias provocadas por herbicidas e os 
“falsos” apotécios estão entre os erros mais comuns de interpretação.
Outros sintomas identificados a campo, como folhas carijós ou “soja louca”, poderão ter causas variadas e, algumas vezes, orientam 
a necessidade de coletas para análise ou de investigação para identificar a real origem dos sintomas.
16
Observação (Fig. 1). Exemplo de condição desfavorável para avaliação foliar (baixa luminosidade).
17
Observação (Fig. 2). Exemplo de condição desfavorável para avaliação foliar (molhamento foliar).
18
Observação (Fig. 3). Exemplo de avaliação foliar (procurando por sintomas iniciais).
19
Observação (Fig. 4). Sintoma de atrito nos ramos.
20
Observação (Fig. 5). Sintoma de ataque de ácaro rajado (confundido com pústulas de ferrugem da soja).
21
Observação (Fig. 6). Sintoma de injúria por óleo mineral (em folha).
 
22
Observação (Fig. 7.) Sintoma de injúria por óleo mineral (efeito lupa na página superior).
 
23
Observação (Fig. 8). Sintoma de injúria por óleo mineral (efeito lupa na página superior).
 
24
Observação (Fig. 9). Sintoma de injúria por herbicida latifolicida pós-emergente (confundido com mancha-parda da folha). 
25
Observação (Fig. 10). Alguns exemplos de “falsos apotécios”.
26
Observação (Fig. 11). Sintoma “carijó” evoluindo de clorose a necrose.
27
Observação (Fig. 12). Soja louca.
28
Tombamento (damping-off, morte em reboleira) 
AgeNte CAusAl
Rhizoctonia solani Kühn.
DissemiNAção
O fungo ocorre pelo solo contaminado por escleródios e por restos de cultura.
A disseminação ocorre pela semente, e a distribuição na lavoura é observada na forma de reboleiras ou manchas ao acaso.
 
CoNDições FAVoRáVeis
Ocorre sob condições de temperatura e umidade elevadas.
 
DesCRição
O sintoma se inicia com uma podridão castanha e de aspecto aquoso na haste, próximo ao solo. Com a evolução dos sintomas, 
as lesões evoluem para cima e para baixo da lesão inicial.
Posteriormente, as raízes se escurecem e o tecido cortical fica mole e solta-se com facilidade.
É bastante frequente a ocorrência de estrangulamento do colo no nível do solo, o que resulta na murcha, tombamento ou 
sobrevivência temporária das plântulas que emitem raízes adventícias acima da região afetada, mas tombam antes do 
florescimento. 
29
TB (Rs) (Fig. 1). Plântula morta. 
30
TB (Rs) (Fig. 2). Plântula morta (detalhe do “anelamento” no coleto).
31
TB (Rs) (Fig. 3). Plântula com “anelamento” no coleto.
 
32
TB (Rs) (Fig. 4). Morte em reboleira.
33
Mancha olho de rã (cercosporiose) 
AgeNte CAusAl
Cercospora sojina Hara.
DissemiNAção
O inóculo primário e importante agente de disseminação é a semente, mas os restos culturais e o vento associado à chuva 
também contribuem para a disseminação da doença.
 
CoNDições FAVoRáVeis
Períodos chuvosos e quentes favorecem a produção de esporos.
 
DesCRição
O agente causal da mancha olho de rã é a Cercospora sojina Hara.
Pode ocorrer em praticamente qualquer estádio da cultura; porém, geralmente são observadas as maiores incidências a partir 
do estádio R1.
São observados sintomas em praticamente toda a parte aérea da planta, como hastes, vagens, sementes e principalmente folhas.
Inicialmente, as lesões aparecem na forma de pequenas manchas encharcadas na face superior, que evoluem para lesões de 
formato arredondado.
As lesões, quando evoluídas e na face superior, apresentam o centro castanho-claro, com as bordas castanho-avermelhadas.
Na face inferior, as lesões apresentam uma coloração cinza e a presença de estruturas reprodutivas do fungo.
O sintoma das lesões nas folhas são manchas circulares, com halo escuro e o centro marrom-claro.
34
MOR (Cs) (Fig. 1). Folhas com lesões isoladas.
35
MOR (Cs) (Fig. 2). Folhacom múltiplas lesões.
36
MOR (Cs) (Fig. 3). Folha com múltiplas lesões.
37
MOR (Cs) (Fig. 4). Folhas com múltiplas lesões.
38
MOR (Cs) (Fig. 5). Detalhe de lesão na folha.
39
Mancha-parda da folha (septoriose) 
AgeNte CAusAl
Septoria glycines Hemmi.
DissemiNAção
A primeira ocorrência se origina de sementes infectadas.
A disseminação é favorecida por períodos secos, pelo vento e pela chuva.
Sob alta umidade, conídios são liberados por meio da ação da chuva, que os suspende em gotículas que são levadas pelo 
vento até a deposição sobre o hospedeiro.
 
CoNDições FAVoRáVeis
A esporulação é favorecida por períodos de alta umidade e temperaturas amenas, desenvolvendo os sintomas entre 15 ºC e 
30 °C, sendo ótima a 25 °C. A incidência da doença aumenta quando o período de molhamento é de 6 a 36 horas.
 
DesCRição
Os primeiros sintomas são lesões pequenas na forma de pontuações ou manchas angulares de cor parda, podem aparecer aos 
15 dias após o surgimento das folhas unifolioladas e são provenientes de infecções nas sementes.
Nas folhas verdes, surgem pequenas pontuações, menores que 1 mm, de cor parda que, ao se desenvolverem, formam manchas 
maiores que apresentam halos amarelados e centro de contornos angulares de coloração parda na face superior e rosada na 
face inferior da folha.
Quando ocorrem infecções severas, as manchas podem apresentar tamanho suficiente para cobrir as superfícies superior e 
inferior das folhas, provocando desfolha e maturação prematura e consequente redução da produtividade.
40
MPF (Sg) (Fig. 1). Detalhe de lesões na folha.
41
MPF (Sg) (Fig. 2). Lesões iniciais na folha.
42
MPF (Sg) (Fig. 3). Lesões iniciais na folha.
43
MPF (Sg) (Fig. 4). Evolução das lesões na folha.
44
MPF (Sg) (Fig. 5). Evolução das lesões na folha.
45
MPF (Sg) (Fig. 6). Evolução das lesões na folha.
46
MPF (Sg) (Fig. 7). Evolução das lesões na folha.
47
MPF (Sg) (Fig. 8). Evolução das lesões na folha.
48
MPF (Sg) (Fig. 9). Evolução das lesões na folha.
49
MPF (Sg) (Fig. 10). Evolução das lesões nas folhas.
50
MPF (Sg) (Fig. 11). Sintomas evoluídos (desfolha).
51
Míldio da soja 
AgeNte CAusAl
Peronospora manshurica (Naum.) Syd. Ex Gäum.
DissemiNAção
O fungo é introduzido na lavoura por meio de sementes infectadas e disseminado pela ação dos ventos.
 
CoNDições FAVoRáVeis
A esporulação é favorecida por períodos de alta umidade e temperaturas amenas, entre 10 ºC e 25 °C. A infecção sistêmica 
é favorecida entre 20 ºC e 22 °C na fase vegetativa, paralisando seu desenvolvimento na fase reprodutiva do hospedeiro. A 
esporulação é inibida quando a temperatura é inferior a 10 °C e superior a 30 °C. 
 
DesCRição
O início do desenvolvimento da doença ocorre nas folhas unifolioladas e pode atingir toda a parte aérea das plantas.
Os primeiros sintomas ocorrem na forma de pontuações amarelas, que se desenvolvem até atingirem um diâmetro aproximado 
de 5 mm, posteriormente necrosam, ficando similares às manchas da doença “mancha olho de rã”.
Na página superior das folhas, os sintomas evoluem de manchas claras para amarelo-brilhantes com o centro necrosado, 
e na página inferior são observadas estruturas reprodutivas de aspecto cotonoso, de coloração levemente rosada ou cinza 
(esporangióforo e esporângio).
Em ataques severos, as folhas tornam-se amarelas e marrons, e as bordas ficam enroladas, o que provoca a desfolha prematura.
Nas vagens atacadas, as sementes apresentam deterioração ou infecção parcial. No tegumento, desenvolve uma crosta 
pulverulenta de coloração bege ou castanho-clara, formada de micélio e esporos.
52
MS (Pm) (Fig. 1). Detalhe de lesões na folha (página superior).
53
MS (Pm) (Fig. 2). Detalhe de lesões na folha (página inferior).
54
MS (Pm) (Fig. 3). Lesão inicial na folha.
55
MS (Pm) (Fig. 4). Evolução das lesões na folha.
56
MS (Pm) (Fig. 5). Evolução das lesões na folha.
57
MS (Pm) (Fig. 6). Evolução das lesões na folha.
58
MS (Pm) (Fig. 7). Evolução das lesões na folha.
59
MS (Pm) (Fig. 8). Sintomas evoluídos na folha.
60
MS (Pm) (Fig. 9). Sintomas evoluídos na folha.
61
Oídio da soja 
AgeNte CAusAl
Microsphaera diffusa Cke. & Pk. (sin. Erysiphe poligoni DC., E. glycines).
DissemiNAção
O fungo é disseminado pelo vento a longas distâncias e se espalha por toda a lavoura de forma generalizada.
 
CoNDições FAVoRáVeis
A ocorrência do oídio é mais favorecida em condições de temperaturas entre 18 ºC e 24 °C. Temperaturas superiores a 30 °C 
inibem o desenvolvimento da doença.
Precipitações intensas e frequentes podem constituir um fator inibidor ao desenvolvimento do oídio. 
 
DesCRição
Os sintomas observados são uma massa de micélios e esporos (conídios) na forma de fina camada de cor esbranquiçada e de 
aspecto cotonoso, formados na superfície das folhas, dos ramos e das vagens. 
62
OS (Md) (Fig. 1). Detalhe de lesões na folha (página inferior).
63
OS (Md) (Fig. 2). Lesões iniciais na folha.
64
OS (Md) (Fig. 3). Sintomas evoluídos nas folhas do terço inferior das plantas.
65
OS (Md) (Fig. 4). Sintomas evoluídos na folha.
66
OS (Md) (Fig. 5). Sintomas evoluídos nas folhas do terço inferior das plantas.
67
OS (Md) (Fig. 6). Sintomas evoluídos nas folhas do terço médio das plantas.
68
OS (Md) (Fig. 7). Sintomas evoluídos nas folhas do terço superior das plantas.
69
Antracnose 
AgeNte CAusAl
Colletotrichum truncatum (Schwein) Andrus & W. D. Moore.
DissemiNAção
Ocorre por meio de sementes infectadas, restos de cultura, pelo vento e pela chuva.
 
CoNDições FAVoRáVeis
Altas densidades populacionais, associadas ao molhamento foliar por orvalho prolongado, precipitações frequentes ou alta 
umidade relativa (mínimo de 12 horas) e temperaturas entre 18 ºC e 25 °C favorecem a ocorrência do fungo.
 
DesCRição
Os sintomas podem ser observados em praticamente todos os estádios de desenvolvimento da cultura, desde o estádio 
vegetativo até o estádio reprodutivo, em toda a parte aérea das plantas, como cotilédones, pecíolos, folhas, hastes e vagens.
Quando semeadas em condições de alta umidade, as sementes infectadas podem causar tombamento tanto em pré-emergência 
quanto em pós-emergência das plântulas.
Nas plântulas, os sintomas são observados na forma de necrose nos cotilédones.
Em lavouras desenvolvidas e na fase de “fechamento”, ocorre o estrangulamento dos pecíolos e ramos tenros sombreados, 
necrose de pecíolos, cancro nas nervuras e pedúnculo das folhas, cancro nas hastes, cancro nas vagens e desfolha precoce.
Quando a infecção ocorre em vagens na fase R3-R4, estas adquirem uma coloração castanho-escura ou negra, ficando retorcidas 
e sem formação de grãos.
Nas vagens, as lesões inicialmente apresentam estrias ou manchas claras de formato arredondado, que evoluem para manchas 
negras. As vagens infectadas podem cair.
70
AT (Ct) (Fig. 1). Sintomas no cotilédone.
71
AT (Ct) (Fig. 2). Sintoma no pecíolo.
72
AT (Ct) (Fig. 3). Sintoma no pecíolo.
73
AT (Ct) (Fig. 4). Sintoma em ramo tenro.
74
AT (Ct) (Fig. 5). Sintoma e morte do pecíolo.
75
AT (Ct) (Fig. 6). Sintoma na haste.
76
AT (Ct) (Fig. 7). Sintoma no canivete.
77
AT (Ct) (Fig. 8). Sintomas de estrias nas vagens.
78
AT (Ct) (Fig. 9). Sintoma inicial na vagem (lesão clara).
79
AT (Ct) (Fig. 10). Sintoma em evolução na vagem.
80
AT (Ct) (Fig. 11). Sintoma no grão.
81
AT (Ct) (Fig. 12). Sintomas evoluídos nas vagens (mancha negra).
82
AT (Ct) (Fig. 13). Sintomas evoluídos nas vagens.
83
AT (Ct) (Fig. 14). Sintoma de abertura da vagem.
84
AT (Ct) (Fig. 15). Sintoma de abertura das vagens.85
Mancha-alvo (podridão radicular de Corynespora) 
AgeNte CAusAl
Corynespora cassiicola (Berk. & Curt.) Wei.
DissemiNAção
Ocorre por meio do solo contaminado, pelo vento e pela chuva.
 
CoNDições FAVoRáVeis
Altas densidades populacionais, associadas a alta umidade e altas temperaturas. As infecções foliares ocorrem quando a 
umidade atinge índices superiores a 80%. Períodos secos inibem as infecções foliares e radiculares. No solo, a temperatura 
ótima situa-se entre 15 ºC e 18 °C, e as plântulas que se desenvolvem à temperatura de 15 °C apresentam lesões nas raízes 
primárias e crescimento retardado das raízes secundárias.
 
DesCRição
Embora a doença possa ocorrer em qualquer fase da cultura, é na fase R1 em que a ocorrência é mais frequente.
Os sintomas da mancha-alvo são observados em folhas, ramos, vagens, sementes, hipocótilo e raízes.
Nas folhas, os sintomas se iniciam na forma de pequenas lesões circulares, rodeadas por halos cloróticos de cor esverdeada 
que, à medida que evoluem, tornam-se pequenas pontuações de cor castanho-avermelhada, com halos amarelos; quando 
evoluídas, tornam-se grandes lesões de forma arredondada de cor castanho-clara, que podem medir até 2 cm de diâmetro, e 
apresentam anéis concêntricos.
Em casos de alta severidade e períodos de intensa precipitação ou umidade, as lesões podem coalescer.
No final do ciclo da cultura, são observadas lesões nas folhas do terço inferior.
86
MA (Cc) (Fig. 1). Detalhe de lesões na folha (página superior).
87
MA (Cc) (Fig. 2). Lesão inicial na folha.
88
MA (Cc) (Fig. 3). Evolução das lesões na folha.
89
MA (Cc) (Fig. 4). Sintomas evoluídos na folha.
90
MA (Cc) (Fig. 5). Sintomas evoluídos na folha.
91
MA (Cc) (Fig. 6). Sintomas evoluídos na folha.
92
MA (Cc) (Fig. 7). Sintomas evoluídos na folha.
93
MA (Cc) (Fig. 8). Sintomas evoluídos nas folhas.
94
MA (Cc) (Fig. 9). Sintomas evoluídos nas folhas.
95
MA (Cc) (Fig. 10). Sintomas evoluídos nas folhas.
96
MA (Cc) (Fig. 11). Sintomas no terço inferior das plantas.
97
MA (Cc) (Fig. 12). Sintomas nos terços médio e superior das plantas.
98
MA (Cc) (Fig. 13). Sintomas nas plantas.
99
Ferrugem da soja
AgeNte CAusAl
Phakopsora pachyrhizi Sydow.
DissemiNAção
A disseminação ocorre pela ação dos ventos e pela chuva. Não ocorre por meio das sementes.
 
CoNDições FAVoRáVeis
As maiores severidades da ferrugem são observadas nos períodos de molhamento foliar prolongado, associado a temperatura 
média diária menor do que 28 °C.
Para a formação da urédia, é necessário um período de incubação de nove a dez dias, e a formação dos uredósporos ocorre 
após três semanas.
 
DesCRição
Os sintomas da ferrugem são mais visíveis a partir da fase de florescimento pleno (fase R2) até o final de ciclo da cultura ou 
de desfolha natural (fase R8), devido ao longo período de molhamento foliar e temperaturas amenas, que são necessárias à 
infecção e esporulação do fungo.
Inicialmente, as lesões apresentam uma cor verde-acinzentada, que evolui para uma cor marrom-escura ou marrom-
avermelhada. A variação da cor das lesões está relacionada com a sua idade e a interação entre o genótipo da soja e a raça 
do patógeno.
No início de desenvolvimento da esporulação, as lesões podem ser confundidas com pústulas bacterianas.
As pústulas ocorrem principalmente na face inferior dos folíolos e são visíveis.
As lesões são angulares, delimitadas pelas nervuras foliares.
O estádio de télia ocorre subepidermicamente e próximo às urédias, apresentando cor marrom-escura ou preta, mostrando 
maturidade.
100
FS (Pp) (Fig. 1). Detalhe de lesões na folha (página superior).
101
FS (Pp) (Fig. 2). Detalhe de lesões na folha (página inferior).
102
FS (Pp) (Fig. 3). Sintomas em evolução na folha (página superior).
103
FS (Pp) (Fig. 4). Sintomas em evolução na folha (página inferior).
104
FS (Pp) (Fig. 5). Sintomas evoluídos na folha (página superior).
105
FS (Pp) (Fig. 6). Sintomas evoluídos na folha (página inferior).
106
FS (Pp) (Fig. 7). Sintomas evoluídos nas folhas.
107
FS (Pp) (Fig. 8). Sintomas nas plantas.
108
FS (Pp) (Fig. 9). Sintomas nas plantas.
109
FS (Pp) (Fig. 10). Sintomas nas plantas.
110
Mofo branco (podridão-branca da haste)
AgeNte CAusAl
Sclerotinia sclerotiorum.
DissemiNAção
Ocorre por meio das sementes, por escleródios aderidos ou misturados, por restos culturais infectados por escleródios, que 
produzirão apotécios. Localmente, a disseminação ocorre pela ação de ascósporos e a dispersão, pela ação dos ventos e pela 
chuva.
 
CoNDições FAVoRáVeis
A Sclerotinia sclerotiorum pode sobreviver por vários anos na forma de escleródios no solo.
Tanto a liberação dos ascósporos pelos apotécios quanto a infecção da planta são estimuladas com o fechamento do dossel 
da cultura.
Os ascósporos originados dos apotécios são ejetados sob condições ambientais favoráveis, como abundância de luz e 
temperaturas entre 10 ºC e 25 °C, e disseminados pelo vento.
As temperaturas amenas, em torno de 20 °C, associadas a condições de alta umidade relativa do ar são favoráveis ao 
desenvolvimento da doença.
 
DesCRição
A podridão-branca da haste pode ocorrer tanto no estádio vegetativo quanto no estádio reprodutivo das plantas, principalmente 
após a polinização das flores. 
Os sintomas iniciais são observados na forma de podridão úmida de cor parda e consistência mole, com micélio branco de 
aspecto cotonoso cobrindo o tecido infectado.
Com a evolução dos sintomas, as folhas ou caules infectados tornam-se marrons, permanecendo eretos, mesmo com a morte 
das plantas.
Durante a fase vegetativa (VE e VC), as plantas infectadas apresentam folhas amarelas e posteriormente morrem.
Nas infecções em plantas adultas, os sintomas são observados na forma de murchamento das plantas, crestamento e 
amarelamento das folhas.
111
MB (Ss) (Fig. 1). Escleródios no solo.
112
MB (Ss) (Fig. 2). Apotécios.
113
MB (Ss) (Fig. 3). Apotécio.
114
MB (Ss) (Fig. 4). Apotécio e escleródio.
115
MB (Ss) (Fig. 5). Flor em senescência.
116
MB (Ss) (Fig. 6). Planta em pleno florescimento.
117
MB (Ss) (Fig. 7). Micélio cotonoso na haste.
118
MB (Ss) (Fig. 8). Micélio cotonoso na planta.
119
MB (Ss) (Fig. 9). Escleródios na haste.
120
MB (Ss) (Fig. 10). Escleródios nas hastes das plantas.
121
MB (Ss) (Fig. 11). Reboleira de plantas infectadas.
122
MB (Ss) (Fig. 12). Planta morta pelo mofo branco. 
123
MB (Ss) (Fig. 13). Escleródios no interior da haste de planta morta.
124
MB (Ss) (Fig. 14). Sintoma na vagem.
125
MB (Ss) (Fig. 15). Micélio cotonoso na vagem.
126
MB (Ss) (Fig. 16). Escleródios aderidos às sementes.
127
MB (Ss) (Fig. 17). Sintoma avermelhado na haste.
128
MB (Ss) (Fig. 18). Planta com sintoma carijó indicando infecção na haste.
129
MB (Ss) (Fig. 19). Planta murcha indicando infecção na haste.
130
MB (Ss) (Fig. 20). Planta foco indicando infecção.
131
MB (Ss) (Fig. 21). Reboleira de plantas foco indicando infecção.
132
MB (Ss) (Fig. 22). Planta com e planta sem infecção na haste (observar número de vagens).
133
Crestamento foliar de cercóspora (mancha-púrpura)
AgeNte CAusAl
Cercospora kikuchii (Matsu & Tomoyasu) Gardner.
DissemiNAção
Ocorre por meio das sementes infectadas, por restos culturais infectados e pela chuva associada ao vento.
 
CoNDições FAVoRáVeis
Temperaturas variando de 22 ºC a 30 °C são favoráveis à evolução da doença.
A esporulação ocorre de três a cinco dias após a penetração do fungo na planta.
Períodos longos de molhamento foliar aumentam a severidade da doença.
 
DesCRição
O fungoataca todas as partes da planta, pode ser responsável por severa redução no rendimento e qualidade das sementes.
No início, os sintomas são pontuações castanho-avermelhadas. As folhas infectadas apresentam uma cor púrpura escura que 
pode se estender por toda a superfície da folha.
Nas infecções severas, ocorre um desfolhamento prematuro, confundido com senescência precoce.
134
CF (Ck) (Fig. 1). Sintoma de manchas avermelhadas nos ramos.
135
CF (Ck) (Fig. 2). Sintoma de manchas avermelhadas nas vagens.
136
CF (Ck) (Fig. 3). Sintoma de manchas avermelhadas nas vagens.
137
CF (Ck) (Fig. 4). Sintoma de mancha-púrpura no grão.
138
CF (Ck) (Fig. 5). Sintoma de mancha-púrpura nos grãos.
139
Mela da folha (murcha da teia micélica)
AgeNte CAusAl
Rhizoctonia solani Kühn.
DissemiNAção
O fungo ocorre pelo solo contaminado por escleródios e por restos de cultura.
A disseminação ocorre a partir do inóculo primário, pela água, por meio de respingos de chuva, carregando fragmentos de 
micélio ou escleródios para as folhas e pecíolos das plantas jovens, antes do fechamento entre linhas na lavoura.
O inóculo secundário é formado pelo crescimento micelial e formação de microescleródios, com disseminação por contato 
de folha ou planta para planta, que ocorre pela ação do vento, respingos de água (chuva ou irrigação e movimentação de 
pessoas e máquinas).
 
CoNDições FAVoRáVeis
Temperaturas variando de 25 °C a 30 °C e alta umidade relativa do ar (acima de 80%).
 
DesCRição
Pode ocorrer afetando toda a parte aérea da planta, principalmente as folhas do baixeiro.
Inicialmente, surgem lesões com aspecto de encharcamento, de cor pardo-avermelhada, que evoluem para lesões maiores de 
cor marrom-escura ou preta.
As lesões, quando evoluídas, apresentam aspecto de podridão mole e poderão tomar todo o limbo foliar.
As folhas infectadas aderem-se a outras partes da planta, disseminando a doença para os tecidos sadios.
140
MF (Rs) (Fig. 1). Detalhe de lesões na folha (página superior).
141
MF (Rs) (Fig. 2). Detalhe de lesões na folha (página inferior).
142
MF (Rs) (Fig. 3). Evolução das lesões na folha.
143
MF (Rs) (Fig. 4). Evolução das lesões na folha.
144
MF (Rs) (Fig. 5). Evolução das lesões nas folhas.
145
MF (Rs) (Fig. 6). Folhas infectadas e podridão mole.
146
MF (Rs) (Fig. 7). Evolução das lesões nas folhas.
147
MF (Rs) (Fig. 8). Evolução das lesões nas folhas.
148
MF (Rs) (Fig. 9). Evolução das lesões nas folhas.
149
MF (Rs) (Fig. 10). Detalhe do micélio e formação de teia entre as hastes.
150
MF (Rs) (Fig. 11). Detalhe do micélio e escleródio nas vagens.
151
MF (Rs) (Fig. 12). Detalhe de escleródio nas vagens.
152
MF (Rs) (Fig. 13). Detalhe de lesão avermelhada na haste.
153
MF (Rs) (Fig. 14). Detalhe da teia e escleródio na haste.
154
Podridão-parda da haste
AgeNte CAusAl
Phialophora gregata. 
DissemiNAção
O fungo ocorre pelo solo contaminado e por restos de cultura.
Existem vários hospedeiros do fungo; a disseminação ocorre pela ação dos ventos e a distribuição na lavoura é observada na 
forma de reboleiras ou manchas ao acaso.
 
CoNDições FAVoRáVeis
Alta umidade e frio durante o período de enchimento de vagens, seguidos de condições de temperaturas elevadas e baixa 
umidade.
Temperaturas entre 15 ºC e 27 °C promovem o maior desenvolvimento da doença.
Temperaturas superiores a 27 °C reduzem a descoloração vascular e superiores a 32 °C cessam.
 
DesCRição
Os sintomas são uma descoloração de cor marrom-escura do tecido vascular a partir das raízes ou do colo da planta.
Nas folhas, as plantas infectadas manifestam uma necrose internerval ou “folha carijó”.
 
155
PPH (Pg) (Fig. 1). Planta com folhas amareladas indicando infecção na haste.
156
PPH (Pg) (Fig. 2). Planta com folhas amareladas indicando infecção na haste.
157
PPH (Pg) (Fig. 3). Haste de planta infectada.
158
PPH (Pg) (Fig. 4). Detalhe de haste de planta infectada.
159
Podridão por Phytophthora (podridão da raiz e da haste)
AgeNte CAusAl
Phytophthora megasperma f.sp. glycinea.
DissemiNAção
O fungo ocorre pelo solo contaminado e por restos de cultura.
 
CoNDições FAVoRáVeis
Temperaturas iguais ou superiores a 25 °C e água livre disponível no solo, provocada por compactação ou períodos prolongados 
de saturação de umidade, pelo excesso de chuvas.
 
DesCRição
Os sintomas podem ser observados desde a emergência, em que provocam a morte das plântulas, até em plantas adultas, na 
forma de uma podridão aquosa que se inicia na base do caule, evoluindo para os ramos que se encontram até o terço médio 
da haste principal.
160
PP (Pm) (Fig. 1). Haste de planta infectada.
161
PP (Pm) (Fig. 2). Haste de planta infectada.
162
Mancha de mirotécio
AgeNte CAusAl
Myrothecium roridum.
DissemiNAção
A disseminação do fungo ocorre a curta e a longa distâncias, e pela ação do vento e de respingos de água (chuva, irrigação 
e orvalho).
 
CoNDições FAVoRáVeis
As condições favoráveis à ocorrência e evolução são as altas temperaturas, entre 21 °C e 27 °C, a alta umidade do ar (acima 
de 90% de UR) e a alta pluviometria. 
 
DesCRição
O fungo pode infectar toda a parte aérea da planta, mas os sintomas são mais observados nas folhas. Inicialmente, as lesões 
apresentam-se na forma de manchas verde-claras, que evoluem para manchas arredondadas de cor castanho-clara, e margem 
castanho-escura, tornando-se irregulares e medindo de 3 a 5 mm de diâmetro. Geralmente, no centro da lesão, observam-se 
pequenos pontos brancos, como pequenos tufos de algodão, que são o micélio do fungo, onde se formam massas negras.
163
MM (Mr) (Fig. 1). Detalhe de lesão na folha (página inferior).
164
MM (Mr) (Fig. 2). Detalhe da presença de massa negra e micélio na folha.
165
MM (Mr) (Fig. 3). Detalhe da presença de massa negra e micélio na vagem.
166
Seca da haste e da vagem
AgeNte CAusAl
Diaporthe phaseolorum var. sojae. 
DissemiNAção
Ocorre pelas sementes infectadas. Os respingos de chuva carregam o inóculo a partir dos restos culturais e dão início à 
infecção, que evolui de forma sistêmica.
É disseminado pelo vento a longas distâncias e ocorre em reboleiras ou manchas ao acaso nas lavouras.
 
CoNDições FAVoRáVeis
As condições favoráveis para o estabelecimento e a ocorrência da doença são a alta umidade e altas temperaturas durante a 
maturação das sementes.
Períodos de intensa precipitação, altas densidades populacionais e acamamentos favorecem o surgimento precoce e severo 
da doença, mas normalmente os sintomas e danos só são visualizados na senescência das plantas.
 
DesCRição
Os sintomas são vagens que ficam chochas ou apodrecem. As vagens infectadas adquirem uma cor esbranquiçada a castanho-
clara. Quando o fungo se desenvolve, ocorre a frutificação negra, disposta de forma linear.
As sementes apresentam enrugamento e rachaduras no tegumento, ficam sem brilho e cobertas com micélio de coloração 
esbranquiçada a bege.
167
SHV (Dp) (Fig. 1). Planta infectada.
168
SHV (Dp) (Fig. 2). Detalhe da haste infectada.
169
SHV (Dp) (Fig. 3). Detalhe da vagem infectada.
170
SHV (Dp) (Fig. 4). Detalhe da vagem infectada.
171
SHV (Dp) (Fig. 5). Detalhe da vagem infectada.
172
Crestamento bacteriano
AgeNte CAusAl
Pseudomonas savastanoi p.v. glycinea. 
DissemiNAção
Ocorre sob condições de alta umidade e temperaturas amenas.
 
CoNDições FAVoRáVeis
O patógeno se dissemina a partir dos restos culturais, das sementes infectadas e pela chuva.
 
DesCRição
Os sintomas podem ocorrer de forma menos evidente nos pecíolos, hastes e vagens, mas são mais observados nas folhas, 
iniciando-se com pequenas lesões de aspecto encharcado,circundadas por um halo amarelado e de aparência translúcida.
Ao evoluírem, tornam-se necróticas e de contorno angular limitado pelas nervuras secundárias. 
As lesões próximas coalescem e formam grandes manchas, que podem sofrer rasgaduras.
173
CB (Ps) (Fig. 1). Lesões iniciais na folha (face superior).
174
CB (Ps) (Fig. 2). Lesões iniciais na folha (face inferior).
175
CB (Ps) (Fig. 3). Coalescência de lesões (face superior).
176
CB (Ps) (Fig. 4). Coalescência de lesões (face inferior).
177
Virose (mosqueado do feijão)
AgeNte CAusAl
Bean Pod Mottle Virus – BPMV.
DissemiNAção
A disseminação ocorre pelas sementes infectadas, sendo transmitida por besouros da espécie Cerotoma facialis maculata. 
CoNDições FAVoRáVeis
Temperaturas iguais ou superiores a 25 °C e água livre disponível no solo, provocada por compactação ou períodos prolongados 
de saturação de umidade, pelo excesso de chuvas.
 
DesCRição
Os sintomas são caracterizados por um mosqueado clorótico e bolhas em folhas jovens. Os sintomas diminuem de intensidade 
à medida que as folhas envelhecem e, em associação com o vírus do mosaico comum da soja, causa severa distorção foliar, 
nanismo e necrose do topo das plantas.
178
VMF (BPMV) (Fig. 1). Detalhe da virose na folha (sintoma inicial).
179
VMF (BPMV) (Fig. 2). Detalhe da virose na folha (sintoma evoluído).
180
VMF (BPMV) (Fig. 3). Detalhe da virose na planta (sintoma evoluído).
181
Virose (mosaico comum da soja)
AgeNte CAusAl
Soybean Mosaic Virus – SMV.
DissemiNAção
A disseminação ocorre pelas sementes infectadas e diversas espécies de pulgões podem transmitir o vírus de forma não 
persistente.
CoNDições FAVoRáVeis
As condições favoráveis para o estabelecimento e a ocorrência da doença são a alta umidade e altas temperaturas durante a 
maturação das sementes.
Períodos de intensa precipitação, altas densidades populacionais e acamamentos favorecem o surgimento precoce e severo 
da doença, mas normalmente os sintomas e danos só são visualizados na senescência das plantas.
 
DesCRição
Alguns genótipos suscetíveis produzem sementes com manchas de cor marrom ou preta, de acordo com a cor do hilo, e podem 
originar plântulas infectadas; entretanto, alguns genótipos suscetíveis não produzem sementes manchadas. Essas sementes 
sem mancha podem transmitir o vírus, originando plântula infectada.
182
VMCS (SMV) (Fig. 1). Detalhe da virose na planta (sintoma evoluído).
183
VMCS (SMV) (Fig. 2). Detalhe da virose na planta (sintoma evoluído).
184
VMCS (SMV) (Fig. 3). Planta com virose (sintoma evoluído).
185
VMCS (SMV) (Fig. 4). Sementes com manchas no tegumento.
186
Doenças de final de ciclo (DFCs)
AgeNte CAusAl
Cercospora kikuchii ....................... Crestamento foliar de cercóspora
Septoria glycines ........................... Mancha-parda da folha
Colletotrichum truncatum ............ Antracnose
Cercospora sojina .......................... Mancha olho de rã
DissemiNAção
Ocorrem por meio das sementes infectadas, por restos culturais infectados e pela chuva, associada ao vento.
 
CoNDições FAVoRáVeis
Cercospora kikuchii – temperaturas entre 22 °C e 30 °C e longos períodos de molhamento foliar.
Septoria glycines – alta umidade, temperaturas amenas e molhamento foliar de 6 a 36 horas.
 
DesCRição
A ocorrência simultânea dos patógenos de Cercospora kikuchii (crestamento foliar de cercóspora) e Septoria glycines (mancha-
parda da folha) e a semelhança dos sintomas dificultam a identificação isolada e são denominadas DFCs (doenças de final 
de ciclo). Outras doenças podem ter a ocorrência associada ao complexo de doenças de final de ciclo, como o Colletotrichum 
truncatum (antracnose) e a Cercospora sojina (mancha olho de rã).
Cercospora kikuchii
No início, os sintomas são pontuações castanho-avermelhadas. As folhas infectadas apresentam uma cor púrpura-escura, 
que pode se estender por toda a superfície da folha.
Nas infecções severas, ocorre um desfolhamento prematuro, confundido com senescência precoce.
Septoria glycines
Nas folhas verdes, surgem pequenas pontuações, menores de 1 mm, de cor parda, que, ao se desenvolverem, formam 
manchas maiores, que apresentam halos amarelados e centro de contornos angulares, de coloração parda na face superior 
e rosada na face inferior da folha.
Quando ocorrem infecções severas, as manchas podem apresentar tamanho suficiente para cobrir as superfícies superior 
e inferior das folhas, provocando desfolha e maturação prematura e consequente redução da produtividade.
187
DFCs (Fig. 1). Sintoma inicial.
188
DFCs (Fig. 2). Sintomas em evolução.
189
DFCs (Fig. 3). Sintomas em evolução (página superior).
190
DFCs (Fig. 4). Sintomas em evolução (página inferior).
191
DFCs (Fig. 5). Sintomas evoluídos.
192
DFCs (Fig. 6). Sintomas evoluídos (folha em senescência).
193
DFCs (Fig. 7). Sintomas evoluídos (plantas em senescência).
194
DFCs (Fig. 8). Sintomas evoluídos (lavoura em senescência).
195
196
Bibliografia
Manual de identificação de doenças de soja /Ademir Assis Henning (...) [et al.] – 4ª ed., Londrina: Embrapa Soja, 2010. 74 p.: 
il. color.; 18 cm. (Documentos / Embrapa Soja, ISSN 1516-781X; n. 256).
Alves, R. C., Del Ponte, E. M. Requeima da batata. In: Del Ponte, E. M. (Ed.) Fitopatologia.net – herbário virtual. Departamento 
de Fitossanidade. Agronomia, UFRGS. Disponível em: http://www.ufrgs.br/agronomia/fitossan/herbariovirtual/ficha.
php?id=101. Acesso em: 2/ago/2007.
Balardin, Ricardo Silveiro. Doenças da soja / Ricardo Silveiro Balardin – Santa Maria: Ed. Autor, 2002. 100 p.: il., tabs. 1. Soja 
2. Doenças da soja 3. Fitossanidade 4. Controle de doenças 5. Fitopatologia l. Título CDU: 635.655 632.3/.4 632.3/.4:635.655 
635.655.632.3/.4 ISBN 85-902885-1X.
Manual de fitopatologia / editado por Hiroshi Kimati (...) [et al.]. – 3ª ed. – São Paulo: Agronômica Ceres, 1995 – 1997. 2 v.: 
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