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Paralisia cerebral

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PARALISIA CEREBRAL 
Caracterizada como um déficit 
motor não progressivo iniciado antes 
dos 3 anos de idade. 
As agressões ao cérebro em 
desenvolvimento acarretam distúrbios 
de motricidade, tônus e postura. A 
capacidade cognitiva pode estar 
preservada ou ocorrer déficit associado. 
ETIOLOGIA 
CAUSAS PRÉ-NATAIS 
Corioamnionite: infecção da 
membrana corioamniótica. 
Infecções intrauterinas (TORCHS). 
Distúrbios do desenvolvimento 
cortical. 
CAUSAS PERINATAIS 
30% dos casos de paralisia 
cerebral – correspondem a 
complicações durante o parto 
(tocotraumatismo, sangramento e 
hipóxia), prematuridade e icterícia. 
As asfixias neonatais provocam 
um quadro de hipóxia e isquemia com 
lesões graves no sistema nervoso central 
(SNC) denominado encefalomalacia 
multicística. A manifestação clínica 
depende da extensão e da área afetada. 
CAUSAS PÓS-NATAIS 
Eventos que ocorrem após o 
nascimento e antes de 3 anos de vida. 
Representam 10% das causas de 
paralisia cerebral: infecções do SNC, 
traumatismo cranioencefálico, neoplasia 
do SNC, doenças cerebrovasculares, 
como acidente vascular encefálico 
(AVE), aneurisma e malformações 
arteriovenosas. 
CLASSIFICAÇÃO 
As paralisias cerebrais 
classificam-se de acordo com a 
localização e o comprometimento motor 
decorrente da lesão encefálica. 
EPÁSTICA 
Forma mais frequente de paralisia 
cerebral. 
Pode ser paralisia cerebral 
quadriplégica, hemiplégica e diplégica, 
de acordo com os achados no exame 
físico. 
É decorrente da lesão no neurônio 
motor superior do trato piramidal, 
produzindo um quadro clínico 
caracterizado por espasticidade, 
hiperreflexia, clônus, reflexo cutâneo 
plantar em extensão, lentificação de 
movimentos, atrofia muscular, 
contratura e dor. 
DISCINÉTICA 
Caracteriza-se por um déficit na 
coordenação motora e alteração na 
regulação do tônus muscular. Os 
indivíduos apresentam movimentos 
involuntários e posturas anormais. 
ATÁXICA 
Ataxia de tronco, dismetria e 
incoordenação de tronco são as 
manifestações mais precoces. 
Hipotonia, nistagmo, reflexos 
tendinosos diminuídos, marcha atáxica, 
base alargada e quedas frequentes. 
HIPOTÔNICA 
Caracteriza-se por hipotonia que 
persiste após o 2º ano de vida, não 
associada à lesão primária muscular ou 
lesão do neurônio motor inferior. 
Marcada por atraso importante do 
desenvolvimento e da motricidade. A 
maioria não fica na posição ortostática e 
não deambula. 
MANIFESTAÇÕES 
EPILÉTICAS 
As manifestações epilépticas 
ocorrem em 48,9% das crianças 
portadoras de paralisia cerebral. As 
manifestações epilépticas geralmente 
começam no 1º ano de vida e 
apresentam íntima correlação com a 
região cerebral lesada. 
TRATAMENTO 
Dieta cetogênica: é baseada em 
grande quantidade de gordura e pequena 
quantidade de carboidratos e proteínas. 
Essa dieta é individual, calculada de 
acordo com peso, estatura e idade; 90 a 
95% das calorias provêm de lipídios. É 
relatada melhora das crises convulsivas, 
da atenção, cognição e sono. 
Terapia medicamentosa para a 
espasticidade: 
• Benzodiazepínicos: utilizados 
como droga antispástica com 
boa resposta na prática clínica. 
Todavia, deve-se estar atento à 
possibilidade de um efeito 
sedativo importante. 
• Baclofeno: é utilizado na dose 
de 20 a 80 mg/dia, divididos em 
3 ou 4 doses/dia. Após 8 
semanas do início da medicação, 
devem-se avaliar a resposta ao 
tratamento e a continuidade dele 
(0,5 a 2 mg kg/dia). 
• Toxina botulínica 
Ortopedia: investigar o aparelho 
locomotor e procurar por alterações 
que interfiram na sua qualidade de 
vida. A gravidade das deformidades 
é inversamente proporcional à 
capacidade restante e ao potencial 
de reabilitação. O tratamento pode 
ser conservador ou cirúrgico. 
Reabilitação: 
• Fisioterapia: tem o objetivo 
de otimizar o estado de 
saúde e a satisfação da 
criança, melhorando sua 
funcionalidade a partir de 
trabalhos que melhoram a 
motricidade. Além disso, 
estimula o desenvolvimento 
neuropsicomotor e melhora a 
qualidade da postura e do 
movimento. 
• Fonoaudiologia: trabalha 
com a criança portadora de 
paralisia cerebral desde seu 
nascimento, pois age no 
processo de sucção nutritiva, 
que é um dos primeiros 
sinais de organização do 
SNC. Além de facilitar a 
fala, tem por objetivo inibir 
padrões anormais de 
emissão, estabelecer uma 
melhor coordenação no 
processo da fala, favorecer a 
percepção da relação entre o 
ar e som e melhorar a 
projeção vocal.

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