Buscar

ASSEPSIA, ANTISSEPSIA, LAVAGEM DAS MÃOS, PARAMENTAÇÃO, TEMPOS CIRÚRGICOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HABILIDADES CIRÚGICAS I
assepsia
· Conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microorganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.
· Desinfecção = reduz o número de microorganismos potencialmente patogênicos em objetos e superfícies, sem ocorrer, necessariamente, a destruição de certos vírus e esporos.
· Esterilização = Através da ação de procedimentos químicos e físicos, há a eliminação de TODOS os microorganismos, inclusive vírus e esporos de bactérias.
antissepsia
· Conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microorganismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes.
· É a destruição de micro-organismos existentes nas camadas superficiais (microbiota transitória) ou profundas da pele, mediante a aplicação de um agente germicida de baixa causticidade, hipoalergenico e passível de ser aplicado em tecido vivo.
· A descontaminação de tecidos vivos depende da coordenação de dois processos: degermação e antissepsia.
Degermação - É a remoção de detritos e impurezas depositados sobre a pele. Utiliza-se sabão e detergente neutro.
· Existem vários tipos de antissépticos com diferentes princípios ativos e diferentes veículos de diluição como degermante sólido(sabão) ou cremoso; aquoso ou alcoólico. Variam também na sua ação, concentração e tempo de efeito residual.
paramentação cirúrgica
· Todos os profissionais da saúde, antes de entrarem na área limpa ou restrita do CC, devem trocar de roupa no vestiário localizado na sua área semirrestrita pelo uniforme privativo ou veste cirúrgica (calça e blusa), propés, gorro, máscara buconasal ou facial e luvas de procedimentos. 
· O avental cirúrgico e luvas cirúrgicas esterilizados serão colocados na área restrita do CC antes do início dos procedimentos.
· A paramentação adequada deve seguir as especificações e normas técnicas de biossegurança do hospital, tanto em sua confecção como em suas formas, tamanhos, tipos de tecidos, se reprocessadas ou descartáveis. Seu uso inicia-se pela correta sequência de sua colocação, até sua retirada adequada.
· Os tipos de paramentação são aqueles de tecido de algodão ou descartáveis. O tipo que você vai utilizar vai depender das especificações e normas técnicas do hospital.
· Tecido de algodão:
· É reutilizável;
· Deve ser confeccionado com 100% algodão e textura de aproximadamente 40 a 56 fios por cm²;
· Tecido sempre pode “encolher” ou “desbotar”;
· Não aquece muito como vestimenta cirúrgica (o ambiente cirúrgico deve manter uma temperatura entre 21ºC a 25ºC);
· Não é impermeável (um de seus maiores problemas);
· Necessário uso de lavanderia e posteriormente esterilização;
· A durabilidade do tecido é de aproximadamente 03 meses (65 vezes entre lavagens e autoclavagens);
· No Brasil não há uma normativa com o prazo de validade do tecido;
· ANVISA não exige o registro do tecido;
· Proibido utilização do tecido cerzido, remendado, com furos e/ou rasgos.
· Descartável:
· Confeccionado com apenas uma matéria-prima SMS;
· Descartável;
· Possui normativa;
· Possui Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos (FISPQ);
· Possui registro na ANVISA;
· Impermeável;
· Encontrado no mercado: capote avulso com compressa e kits cirúrgicos....
· UNIFORMES PRIVATIVOS OU VESTES CIRÚRGICAS = São constituídos de jaleco e calça, geralmente confeccionados com tecido de algodão, não esterilizados e reprocessáveis. Seu uso é restrito ao interior do CC e devem ser trocados pelos profissionais em operações com tempo prolongado. O jaleco deve cobrir totalmente a pele do tronco, axilas e parte superior de braços, começando na parte final do pescoço até o início da pelve, com o intuito de fornecer uma barreira de penetração ou saída de microrganismos ao profissional. Devem ter diferentes tamanhos, para atender aos diversos usuários. A calça, da cintura aos tornozelos, deve cobrir totalmente os membros inferiores e nesse nível deve ter um fechamento com elástico. Não podem tocar superfícies estéreis, porque não são esterilizados. Devem ser trocados no vestiário adequado antes de entrar na área restrita do CC.
· PROPÉS = São colocados antes da área restrita do CC e têm como finalidade a prevenção de contaminação do chão dessas áreas por microrganismos localizados nas solas dos calçados dos profissionais. Sua eficácia no controle de infecções hospitalares ainda é questionada, mesmo após o pisoteamento de secreções orgânicas. 
· GORROS OU TOUCAS = Há vários tamanhos e tipos de tecidos, com o intuito de evitar a contaminação do campo cirúrgico por cabelos ou de sua microbiota, mesmo que a maioria dessas espécies não seja patogênica. São colocados antes da área restrita do CC. Não há necessidade de serem esterilizados e não devem tocar superfícies estéreis. São considerados mais adequados aqueles com elástico em toda a sua abertura, de tecido ou descartáveis, seguindo rigorosamente os controles de seus reprocessamentos.
· MÁSCARAS CIRÚRGICAS OU PROTETORES RESPIRATÓRIOS = As máscaras devem apresentar capacidade mínima de filtração por certo período de tempo, o que tem dificultado achar o material mais adequado. Elas devem cobrir totalmente desde a base nasal, passando pela boca e fixando-se no mento, aderindo à pele nessas regiões e nas laterais do rosto. Devem ser trocadas quando molhadas ou sujas ou após quatro horas de uso, quando diminuem sua eficácia de proteção, e nunca devem ficar dependuradas no pescoço ou guardadas em bolsos para reutilização.
· PROTETORES OCULARES OU ÓCULOS OU MÁSCARAS PROTETORAS DOS OLHOS = São recomendados especialmente para a proteção do profissional contra o contato com sangue, secreções e fluidos dos pacientes. Não são estéreis. 
· AVENTAIS CIRÚRGICOS = Colocados por cima do uniforme cirúrgico na área restrita do CC, evitam a disseminação dos microrganismos do corpo do profissional aos locais cirúrgicos, assim como protege o profissional da exposição ao sangue, secreções e fluidos advindos dos pacientes e que possam contaminá-lo. Devem começar na área do final do pescoço, cobrir completamente o tronco, membros superiores até o punho e membros inferiores até abaixo dos joelhos, com livre movimentação. São esterilizados e devem vir em pacotes estéreis. Desdobrados, serão vestidos, tocando-se somente o seu lado interno, que ficará em contato com o corpo do profissional. Seu fechamento será por meio de amarraduras nas costas, feitas pela enfermagem. Seus punhos devem ser de tecido elástico, de maneira a comprimir suavemente toda a circunferência do punho do usuário e ainda conter pequena argola de tecido de maneira que o polegar aí colocado fique retido no avental, impossibilitando a subida da manga e exposição do antebraço. Não devem tocar superfícies não estéreis e sua retirada se fará também pelo seu lado interno, com ajuda de desamarração pela enfermagem. Embora existam os aventais descartáveis, eles ainda não são indicados para uso em procedimentos cirúrgicos prolongados, em função da porosidade do seu tecido. Preferem-se os de brim ou algodão, por dificultarem a passagem de sangue, secreções e/ou fluidos, embora ocorra desconforto em cirurgias maiores, pelo aumento da transpiração e a liberação da microbiota do usuário, e ainda com a diminuição da evaporação do corpo. 
· LUVAS = Os modelos não esterilizados, ou de procedimentos, nos tamanhos pequeno, médio e grande, devem ser usados por quem fica em contato com material contaminado ou sangue, secreções e fluidos durante todo o tempo. As esterilizadas devem ser usadas pela equipe cirúrgica para sua proteção contra sangue e fluidos contaminados e do paciente contra microrganismos liberados pela equipe cirúrgica. Pode ser recomendado o uso de luvas sobrepostas, uma sobre a outra, em operações com duração prolongada, para diminuir o risco de perda de continuidade, ou trocá-las nos procedimentos com mais de duas horas. Essas luvas são feitas de látex ou silicone e podem variarde tamanho (entre 6 e 8).
ETAPAS
· 1ª etapa: o profissional veste o uniforme privativo, propés, touca, máscara e óculos. 
· 2ª etapa: é feita a lavagem das mãos, superficial e escovação.
· 3ª etapa: o profissional veste o avental cirúrgico e as luvas estéreis.
OBJETIVOS
· Controle da infecção de sítio cirúrgico (ISC);
· Controle da infecção hospitalar (IH);
· Segurança do paciente;
· Segurança da equipe cirúrgica (Risco Ocupacional);
· Qualidade da assistência prestada ao paciente no ambiente cirúrgico. 
retirada
1. Retirada das Luvas; 
2. Higienização das mãos; 
3. Retirada do avental/capote e do gorro; 
4. Higienização das mãos; 
5. Retirada do protetor facial ou óculos; 
6. Higienização do protetor facial e/ou dos óculos; 
7. Higienização das mãos; 
8. Retirada da máscara; 
9. Higienização das mãos.
LUVAS = Com as duas mãos enluvadas, segure a parte externa de uma luva na parte superior do pulso. Retire esta primeira luva, afastando-se do corpo e do pulso até as pontas dos dedos, virando a luva de dentro para fora. Segure a luva que você acabou de remover em sua mão enluvada. Com a mão sem luva, retire a segunda luva inserindo os dedos dentro da luva na parte superior do pulso. Vire a segunda luva do avesso enquanto a inclina para longe do corpo, deixando a primeira luva dentro da segunda. Descarte as luvas na lixeira.
AVENTAL = Durante a retirada do avental ou capote, evite tocar o lado externo, pois estará contaminado. Abra as tiras e solte as amarras. Empurre pelo pescoço e pelos ombros, tocando apenas a parte interna do avental/capote. Retire o avental/capote pelo avesso. Dobre ou enrole em uma trouxa e descarte em recipiente apropriado. Lave as mãos com água e sabão ou higienize com solução alcoólica a 70%.
GORRO = Para retirar a touca/gorro, puxe pela parte superior central, sem tocar nos cabelos. Descarte a touca/gorro em recipiente apropriado. Lave as mãos com água e sabão ou higienize com solução alcoólica 70% em seguida.´
ÓCULOS DE PROTEÇÃO = Remova pela lateral ou pelas hastes, considerando que a parte frontal está contaminada. Fazer desinfecção com álcool líquido a 70%, hipoclorito de sódio ou outro desinfetante recomendado pela CCIH do serviço; caso exista sujidade visível, lavar antes com água e sabão e, somente depois, fazer a desinfecção como citado.
LAVAGEM E ESCOVAÇÃO DAS MÃOS
· Instalações físicas: - pia; - escova c/ cerdas macias desinfetada e de uso individual ou descartável; - dispensador com sabão neutro ou antisséptico degermante; - dispensador com antisséptico alcoólico (obrigatório se não for usado antisséptico degermante); - compressas esterilizadas;
· Todo o processo deve durar cinco minutos para a primeira cirurgia e três minutos entre dois procedimentos.
TEMPOS DA CIRURGIA
DIÉRESE
· A diérese significa dividir, cortar ou separar. Separação dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar a abordagem de um órgão ou região (cavitária ou superfície), é o rompimento da continuidade dos tecidos. 
· Mecânica (instrumentos cortantes) X Física (recursos especiais)
· Mecânica: 
· Punção – Drenar coleções de líquidos ou coletar fragmentos de tecidos, (agulhas, trocaters). 
· Secção – Dividir ou cortar tecidos com uso de material cortante (bisturi, tesouras, lâminas). 
· Divulsão – Afastamento dos tecidos nos planos anatômicos sem cortá-los (afastadores, tesouras com ponta romba).
· Curetagem – Raspagem da superfície do órgão (cureta).
· Dilatação – Processo para se aumentar o diâmetro de estruturas físicas anatômicas (dilatadores específicos).
· Descolamento – Separação dos tecidos de um espaço anatômico (pinças descoladoras, descoladores específicos)
· Física: 
· Térmica – Realizada com uso do calor, cuja fonte é a energia elétrica (bisturi elétrico). 
· Crioterapia – Resfriamento brusco e intenso da área a ser realizada a cirurgia (nitrogênio líquido).
HEMOSTASIA
· Processo pelo qual se previne, detém ou impede o sangramento. 
· Pode ser feito por meio de: 
· Pinçamento de vasos 
· Ligadura de vasos 
· Eletrocoagulação 
· Compressão
· Hemostasia prévia, preventiva ou pré-operatória: 
· Medicamentosa = baseada nos exames laboratoriais 
· Cirúrgica = interromper em caráter provisório o fluxo de sangue para a ferida cirúrgica para prevenir ou diminuir a perda sanguínea (garrote pneumático, faixa de smarch). 
· Hemostasia temporária – Feita durante a intervenção cirúrgica para deter ou impedir temporariamente o fluxo de sangue no local da cirurgia (compressão por instrumentais – pinças, aplicação de medicações, uso de hemostáticos). 
· Hemostasia definitiva – Obliteração do vaso sanguíneo em caráter permanente (sutura, bisturi – eletrocoagulação, laqueadura, uso de hemostáticos). 
EXÉRESE
· É realizado o tratamento cirúrgico.
· Tempo cirúrgico em que é realizada a remoção de uma parte ou totalidade de um órgão ou tecido, visando o diagnóstico, o controle ou a resolução da intercorrência.
SÍNTESE
· Refere-se ao momento da junção/união das bordas de uma lesão, com a finalidade de estabelecer a contiguidade do processo de cicatrização, é a união dos tecidos. O resultado da síntese será mais fisiológico quanto mais anatômica for a diérese (separação). 
· Pode ser classificada em:
· Cruenta: sutura permanente ou removível. 
· Incruenta: gesso, adesivo ou atadura.
· Imediata : imediatamente após o término da cirurgia. 
· Mediata : feita após algum tempo de incisão ( algum tempo depois da lesão). 
· Completa : feita em toda a dimensão/extensão da incisão cirúrgica. 
· Incompleta : não ocorre em toda a extensão da lesão, mantem-se uma pequena abertura para a colocação de um dreno.
instrumental cirúrgico
http://www.conhecer.org.br/download/NOCOES%20INSTRUMENTACAO%20CIRURGICA/leitura%20anexa%201.pdf 
file:///C:/Users/Juliana%20Paiva/Downloads/amedeiros1,+Vol+9+N+02+2018+Artigo+3+-+Di%C3%A9rese+e+hemostasia+-+Revis%C3%A3o+-+DOI.pdf 
https://aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php/256020/mod_resource/content/1/Aula%20Biosseguran%C3%A7a%20-%20Limpeza%20e%20Esteriliza%C3%A7%C3%A3o%20de%20material.pdf 
https://tecnicaoperatoria.files.wordpress.com/2017/06/assepsia-e-anti-sepsia.pdf

Outros materiais