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PR É-E CLÂMPSIA E SUA PREVEN ÇÃ O Ligantes: Mariana Sena Neyla Araujo - É uma doença caracterizada pela liberação, por parte do feto, de proteínas na circulação materna; - Provoca uma resposta imunológica da gestante, agredindo as paredes dos vasos sanguíneos e causando vasoconstrição; - Está presente em 50 a 60% dos casos de morte materna por hipertensão; - Ocorrência de convulsões motoras generalizadas (tipo grande mal) em gestante com PE. ECLÂMPSIA PRÉ-ECLÂMPSIA O que é? - Doença multifatorial e multissistêmica (metabólica). Característica: - Presença de hipertensão (PAD ≥ 110 mmHg e/ou PAS ≥ 160 mmHg); - Proteinúria ou não (com disfunção de orgãos-alvo); - Após 20ª semana de gestação; - Altas taxas de morbidade materna. FATORES DE RISCO PRÉ-ECLÂMPSIA Sintomas Riscos - Hipótese teórica de disfunção placentária; - Insuficiência na circulação uterina; - Hipóxia; - Lesão do endotélio; - Diminuição do calibre arterial; - HAS PE FISIOPATOLOGIA CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO - Rastrear precocimente a PE; - Doppler das artérias uterinas realizado no primeiro ou segundo trimestre; - Marcadores plasmáticos relacionados ao desequilíbrio angiogenico. PREDIÇÃO DE PRÉ-ECLÂMPSIA Evitar o surgimento da pré-eclâmpsia Detecção pré-clínica da pré-eclâmpsia Redução de desfechos adversos (eclâmpsia, UTI, morte) PREVENÇÃO DA PRÉ-ECLÂMPSIAPREVENÇÃO DA PRÉ-ECLÂMPSIA PREVENÇÃO PRIMÁRIA Todas as gestantes com: 1 fator de risco alto ou 2 fatores de risco moderados devem receber profilaxia para pré- eclâmpsia! Uso de aspirina (AAS) na dose de 100mg/dia PREVENÇÃO PRIMÁRIA Suplementação de Cálcio = 500mg de carbonato de cálcio, 2–3x/dia Detectar a doença precocemente, enquanto o tratamento pode impedi-la de progredir Identificar pacientes com fatores de risco PREVENÇÃO SECUNDÁRIA Prevenção das formas mais graves e convulsões; Controle adequado da pressão arterial; Controle do crescimento e vitalidade fetal; ↓morbimortalidade materna; Resolução da gestação: controle da doença e vitalidade fetal; Parto após estabilização materna. PREVENÇÃO TERCIÁRIA OBSERVAÇÃO Vitaminas C, D e E, óleo de peixe, alho, ácido fólico e restrição de sódio para redução de risco de pré-eclâmpsia? Exercícios físicos devem ser pausados? COMPLICAÇÕES PREDIÇÃO DE RESULTADOSPREDIÇÃO DE RESULTADOS DESFAVORÁVEISDESFAVORÁVEIS A decisão por adiar o parto por interesses fetais pode provocar a piora da situação materna, o que é desafiador pelo caráter subjetivo de alguns parâmetros balizadores das condutas. Nesse contexto, com o intuito em contribuir com maior objetividade, desenvolveu-se um modelo de cálculo, o PIERS (Pre-Eclampsia Integrated Estimate of Risk), possivelmente capaz de estimar a evolução para eventos adversos em até 48 horas após a aferição. PIERS Essa “calculadora de risco” PIERS é disponível on-line (https://pre- empt.obgyn.ubc.ca/evidence/fullpiers) e como aplicativos para telefones celulares. A proposta é monitorar a sequência de resultados calculados, não estabelecer um valor fixo que indique intervenção. Os serviços que atendem gestantes hipertensas podem se beneficiar do uso dessa ferramenta, como mais um indicador para a tomada de decisões. CONDUTAS 1. Prescrição do sulfato de magnésio Pressão arterial sistólica ≥ 160mmHg e/ou PA diastólica ≥ 110mmHg, mesmo na ausência de sintomas, indica a profilaxia de convulsão com sulfato de magnésio. Qual o benefício do sulfato de magnésio? - Reduz em 58% as convulsões; - Reduz em 45% a mortalidade materna; - Reduz em 33% o descolamento prematuro de placenta. CONDUTAS 2. Uso de anti-hipertensivos: evitar crise hipertensiva e o nascimento de fetos imaturos Início de anti-hipertensivos: PAS ≥ 150 ou PAD ≥ 100mmHg PAS ≥ 140 ou PAD ≥ 90mmHg persistentemente ou com sintomas Alvo PAD 85mmHg CONDUTAS CONDUTAS 3. Indicações de interrupção da gravidez • Síndrome HELLP; • Eclâmpsia; • Edema pulmonar/descompensação cardíaca; • Alterações laboratoriais progressivas; • Insuficiência renal; • Descolamento prematuro de placenta; • Hipertensão refratária ao tratamento com três drogas anti-hipertensivas; • Alterações na vitalidade fetal. Todos os casos de PE com sinais de gravidade merecem internação hospitalar para acompanhamento e redução de danos. A condução conservadora só deve ser considerada quando estão presentes as seguintes premissas: clínica estável, êxito no controle farmacológico de hipertensão arterial, exames laboratoriais adequados e vitalidade fetal preservada. 4. Intervenções obstétricas na pré-eclâmpsia com sinais de gravidade - Idade gestacional inferior ao limite de viabilidade (antes de 24 a 26 semanas, dependendo da infraestrutura do serviço); - Idade gestacional entre 24 a 26 e 34 semanas; - Idade gestacional entre 34 e 37 semanas. CONDUTAS CONDUTAS Deve-se proporcionar a via mais segura; A parturição via vaginal é preferível, com a intenção de não agregar potenciais riscos cirúrgicos. 4.1 Via de parto nos casos de PE com sinais de gravidade Medida da PA Ausculta intermitente de batimentos cardíacos fetais 4.2 Assistência ao parto na Pré-Eclâmpsia - Pré-eclâmpsia "leve": 1/1 hora - Pré-eclâmpsia "grave": contínua - Fase ativa trabalho parto: 15/15 minutos - Fase expulsiva trabalho parto: 5/5 minutos Monitorização da PA; Nos casos de uso de sulfato de magnésio, manter a medicação por 24 horas. Recomenda-se a utilização de anti-hipertensivos já no puerpério imediato, principalmente nos casos de maior gravidade; Atentar para a deterioração clínica e/ou laboratorial; Recomenda-se monitoramento hospitalar pelo menos até o terceiro dia pós-parto; Todas as pacientes que apresentaram pré-eclâmpsia devem ser orientadas quanto aos riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, metabólicas e renais. 5. O puerpério CONDUTAS R E S U M Ã O D A O M S R E S U M Ã O D A O M S REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico]; Brasília: Ministério da Saúde, 2022. I Congresso Brasileiro sobre Hipertensão na Gravidez - Maio de 2021 Portal de Boas Práticas - Fio Cruz. ATENÇÃO ÀS MULHERES: Profilaxia da Pré-Eclâmpsia no pré-natal. Rio de Janeiro; Fio Cruz; Fev 2018; Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Peraçoli JC, Ramos JGL, Sass N, Martins-Costa SH, de Oliveira LG, Costa ML, Cunha Filho EV, Korkes HA, de Sousa FLP, Mesquita MRS, Borges VTM, Corrêa Jr MD, Araujo ACPF, Zaconeta AM, Freire CHE, Poli-de- Figueiredo CE, Rocha Filho EAP, Cavalli RC. Pré-eclâmpsia/eclâmpsia – Protocolo no. 01 - Rede Brasileira de Estudos sobre Hipertensão e Gravidez (RBEHG), 2020. World Health Organization (WHO). WHO recommendations for prevention and treatment of pre- eclampsia and eclampsia. Geneva: WHO; 2017. Pré-eclâmpsia nos seus diversos aspectos. - São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2017. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. Quais as estratégias de prevenção eficazes para reduzir o risco de pré-eclâmpsia e suas complicações na gravidez? Porto Alegre-RS; UFRGS; Dez 2020. Disponível em: https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/quais-as-estrategias-de-prevencao-eficazes-para-reduzir-o- risco-de-pre-eclampsia-e-suas-complicacoes-na-gravidez/. https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/congresso-rbehg-22maio2021/#:~:text=I%20Congresso%20Brasileiro%20sobre%20Hipertens%C3%A3o%20na%20Gravidez%2C%2022%2F05%2F2021,-30%20abr%202021&text=Evento%20da%20Rede%20Brasileira%20de,do%20Portal%20de%20Boas%20Pr%C3%A1ticas.&text=Clique%20abaixo%20nos%20links%20das%20aulas%20para%20abrir%20a%20apresenta%C3%A7%C3%A3o. https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/quais-as-estrategias-de-prevencao-eficazes-para-reduzir-o-risco-de-pre-eclampsia-e-suas-complicacoes-na-gravidez/
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