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Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 1 Tráfego vesicular entre o Retículo Endoplasmático e o Complexo de Golgi • Depois de correctamente processadas, as proteínas não residentes do RE são despachadas em vesículas para o complexo de Golgi: →Transporte anterógrado ou dianteiro •As proteínas residentes do RE que são erradamente despachadas ou que necessitam de concluir o seu processamento no complexo de Golgi são reenviadas para o RE: →Transporte retrógrado ou de retorno • O transporte retrógrado serve também para reciclar os componentes das vesículas que têm de intervir em novo transporte anterógrado. Biologia Celular Transporte anterógrado Retículo Endoplasmático - Complexo de Golgi • O transporte anterógrado a partir do RE é efectuado por vesículas COPII. Neste transporte, as proteínas cargo apresentam Sinais de Saída (exportação) que são reconhecidos, directa ou indirectamente, por componentes da cobertura COPII. Biologia Celular Lodish et al., 2008 Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 2 Transporte retrógrado Complexo de Golgi-Retículo Endoplasmático • O transporte retrógrado para o RE é feito por vesículas COPI. Neste transporte, as proteínas cargo apresentam Sinais de Retorno no terminal C: Biologia Celular Lodish et al., 2008 • Proteínas solúveis (do lúmen): Sinal KDEL (Lys-Asp-Glu-Leu) • Proteínas transmembranares (Tipo 1) Sinal Dilisina (Lys-X-Lys ou Lys-Lys-X) … ou no terminal N: • Proteínas transmembranares (Tipo 2) Sinal Diarginina (Arg-X-Arg ou Arg-Arg-X) Transporte retrógrado de proteínas solúveis para o Retículo Endoplasmático Biologia Celular Alberts et al., 2008 O reconhecimento e ligação do sinal KDEL ao seu receptor ocorre em ambiente acídico enquanto a dissociação ocorre em ambiente com pH neutro Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 3 Complexo de Golgi Biologia Celular N ív eis d e o rganização estrutu ral Dictiossomas Cisternas e vesículas associadas Cistern Complexo de Golgi Biologia Celular Microfotografia TEM de um dictiossoma (à esquerda) e respectiva interpretação tridimensional (à direita) Polaridade dictiossómica Eixo Cis-Trans (Heterogeneidade estrutural e funcional das cisternas) Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 4 Complexo de Golgi Biologia Celular Alberts et al., 2008 Compartimentação do Complexo de Golgi Rede cis-Golgiana → Centro de chegada e selecção Cisternas Golgianas → Cisternas cis, mediais e trans Rede trans-Golgiana → Centro de distribuição Complexo de Golgi Biologia Celular Exemplos de glicosil-transferases (principais enzimas dos dictiossomas) � Manosidil-transferases � Fucosil-transferases � Sialil-transferases � Galactosil-transferases � N-acetilglucosaminil-transferases O Complexo de Golgi é o principal local de síntese e processamento de hidratos de carbonos: - Pectina e hemicelulose da parede celular - Glucosaminaglicanas da matriz extracelular - Cadeias de oligossacarídeos de muitas proteínas e lípidos … e de processamento de lípidos e proteínas: - Glicosilação, sulfatação e fosforilação Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 5 Processamento de oligossacarídeos N-linked Alberts et al., 2008 Biologia Celular Complexo de Golgi Ao transitarem nos dictiossomas, as moléculas de secreção sofrem uma série ordenada de modificações catalisadas pelas enzimas processadoras presentes nas sucessivas cisternas Alberts et al., 2008 Biologia Celular Complexo de Golgi C o m p a rtim entação fu n cio n al Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 6 Biologia Celular Complexo de Golgi Modelos hipotéticos do tráfego de moléculas através das cisternas golgianas Alberts et al., 2008 - O complexo de Golgi é um componente relativamente estático. - As enzimas encontram-se fixas em cada cisterna. - Os produtos de secreção movem-se de uma cisterna para a seguinte através de vesículas transportadoras. - Um fluxo vesicular retrógrado recicla as membranas e as moléculas necessárias para um novo transporte anterógrado. Modelo do transporte vesicular Biologia Celular Complexo de Golgi Alberts et al., 2008 - O complexo de Golgi é um componente altamente dinâmico. - Cada cisterna amadurece e transforma- se na cisterna imediatamente a seguir. - Os produtos de secreção são movidos no interior das cisternas conjuntamente com as enzimas processadoras. - Um fluxo vesicular retrógrado repõe a distribuição característica das enzimas de cada cisterna. Modelo da maturação cisternal Modelos hipotéticos do tráfego de moléculas através das cisternas golgianas Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 7 Cooper & Hausman, 2009 Biologia Celular Transporte da rede Trans-Golgiana para os Lisossomas Lisossomas isolados do fígado de rato por centrifugação diferencial Lisossomas Biologia Celular Organelos ricos em enzimas hidrolíticas (hidrolases) Digestão intracelular Enzima marcadora dos lisossomas Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 8 Lisossomas Biologia Celular Microfotografias TEM de um Lisossoma Primário (em cima) e Lisossomas Secundários (em baixo) Características dos Lisossomas Lisossomas Biologia Celular • As enzimas lisossómicas possuem um sinal específico →M6P ou Man6P (manose-6-fosfato). • Este resíduo de açúcar é adicionado exclusivamente aos oligossacarídeos N-linked das enzimas lisossómicas (proteínas altamente glicosiladas). • O sinal Man6P vai evitar que as enzimas lisossómicas sofram o processamento característico das outras proteínas de secreção quando estas atravessam as cisternas Golgianas. Na rede trans golgiana, proteínas transmembranares receptoras do Man6P reconhecem os grupos Man6P das glicoproteínas lisossómicas e ligam-se a elas inserindo-as em vesículas de clatrina. Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 9 Lisossomas Biologia Celular Alberts et al., 2008 O sinal manose-6-fosfato (M6P) é formado na rede cis-Golgiana através de uma reacção de duas etapas catalisada por duas enzimas: Primeira etapa→ a enzima N-acetil glucosamina fosfotransferase catalisa a transferência de uma N-acetil glucosamina-fosfato para uma manose terminal de um oligossacarídeo N-linked. Lisossomas Biologia Celular O sinal manose-6-fosfato (Man6P) é formado na rede cis-Golgiana através de uma reacção de duas etapas catalisada por duas enzimas: Segunda etapa→ a enzima N-acetil glucosamina fosfodiesterase cliva o resíduo N-acetil glucosamina expondo a manose fosforilada. Lodish et al., 2008 Após a formação do sinal Man6P, as enzimas lisossómicas são transportadas até à rede trans-Golgiana sem sofrerem posteriores alterações. Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 10 Lisossomas Biologia Celular Transporte das enzimas lisossómicas para o Endossoma Tardio (compartimento pré-lisossómico) Alberts et al., 2008 Tráfego das Enzimas Lisossómicas Lodish et al., 2008 Biologia Celular Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 11 Endocitose mediada por receptores Lodish et al., 2008 Biologia Celular Lisossomas e Digestão intracelular Lodish et al., 2008 Biologia Celular Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 12 (Azevedo, 2005) Biologia Celular Lisossomas e Digestão intracelular LISOSSOMAS � Lisossomas primários � Lisossomas secundários - vacúolos autofágicos ou citolisossomas - vacúolos digestivos ou heterolisossomas - corpos residuais Biologia Celular Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 13 Alberts et al., 2008 Biologia Celular SECREÇÃO CONSTITUTIVA E SECREÇÃO REGULADA A via da secreção regulada existe em células secretoras especializadas (p. ex. do pâncreas) e destina-se a exportar grandes quantidades de produtosde secreção quando a célula recebe um estímulo adequado (Ciclo Secretor Descontínuo) A via da secreção constitutiva existe em todas as células eucarióticas e destina-se a integrar moléculas na membrana plasmática, ou na matriz extracelular ou parede celular, à medida que estas vão sendo fabricadas (Ciclo Secretor Contínuo) Alberts et al., 2008 Biologia Celular SECREÇÃO CONSTITUTIVA E SECREÇÃO REGULADA Prof. Augusto Dinis BIOLOGIA CELULAR 14 Formação das vesículas secretoras (grânulos de zimogénio) Biologia Celular SECREÇÃO REGULADA Alberts et al., 2008 Microfotografia TEM da exocitose de grânulos de zimogénio (à esquerda) e respectiva interpretação esquemática (à direita) De Robertis & De Robertis, 1996 Biologia Celular EXOCITOSE
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