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Bibliografia • Lodish H., Baltimore D., Berk A., Zipursky S.L., Matsudaira P., and Darnell J., Molecular Cell Biology (4ª Ed.), Freeman W.H. and Company (USA), Cap 15 (2000). • Campbell N.A., Reece J.B., and Mitchell L.G., BIOLOGY (5ª Ed.), Addison-Wesley, 1999. • Nelson D.L., and Cox M.M., Lehninger – Principles of Biochemistry (4ª Ed.), Freeman W.H. and Company (USA), pp 406-408 (2005). • Ionóforos: valinomicina, gramicidina, nigericina, monensina, A23187, ionomicina, dinitrofenol, FCCP. Atributos e utilidade em investigação básica. • Ionóforos formadores de canais: anfotericina B, cecropina, melitina e magainina. 3. COLESTEROL reduz a fluidez da bicamada • Através do aumento do nível do colesterol reduz-se a fluidez e neutraliza-se o efeito das temperaturas elevadas na homeostase membranar. – O COLESTEROL associa-se às cadeias acil dos ácidos gordos reduzindo o seu movimento rotacional; a fluidez membranar é reduzida. Regulação da fluidez membranar • Quando a temperatura aumenta: A MEMBRANA PLASMÁTICA contém um elevado conteúdo em colesterol Colesterol aumenta a fluidez da bicamada quando as temperaturas baixam Por outro lado... Transições de fase membranares A ”fusão” dos lípidos membranares • Abaixo de uma certa temperatura de transição, os lípidos membranares são rígidos e fortemente empacados • Acima da temperatura de transição, os lípidos são mais flexiveis e móveis • A temperatura de transição é característica dos lípidos na membranares Controlo da Fluidez • A fluidez das membranas é rigorosamente regulada – Muito elevada ou muito baixa – perda da função das proteínas membranares, (e.g. transporters) • Temperatura afecta a fluidez – Os lípidos sofrem altreações de fase em resposta às alterações de temperatura • Alterações de fase causam a perda da selectividade da permeabilidade membranar Importância da natureza fluida da bicamada • É uma característica que é crítica para a vida da célula • Razão: – Atua como um solvente 2-dimensional para as proteínas membranares • Protéinas membranares desempenham funções vitais e.g., transportadores, enzimas, moléculas sinalizadoras – citosol actua como um solvente 3-dimensional para as proteínas solúveis As membranas biológicas são excelentes matrizes para a actividade metabólica Animais hibernantes A fluidez membranar esta sujeita a regulação metabólica Aumentam o nível dos ácidos gordos insaturados e de cadeia curta Composição membranar e adaptação a baixas temperaturas – micro-organismos psicrófilos – Amostra de gelo – mar Antártico Alga da neve Chlamydomonas nivalis Elevado conteúdo em ácidos gordos insaturados (poli- e mono-insaturados) e de cadeia curta Elevado conteúdo em ácidos gordos saturados e de cadeia longa Composição membranar e adaptação a altas temperaturas – micro-organismos termófilos – As células regulam a sua composição lipídica para conseguirem uma fluidez membranar constante Voltando aos IONÓFOROS 4 resíduos repetidos 3x TRANSPORTADOR MÓVEL Valinomicina Um transportador móvel clássico • Molécula com ligações peptidicas e ester alternadas • Vários oxigénios de grupos carbonilo no centro da estrutura em anel • Potásssio e outros iões coordenam os oxigénios • O complexo Valinomicina-K+ difunde livremente e rapidamente através das membranas Rb+ > K+ > Cs+ > NH4+ > Na+ ≈ Li+ Energia livre de hidratação: Na+ — - 72 Kcal/mol K+ — - 52 Kcal/mol É energeticamente mais dispendioso retirar H2O do Na+! Selectividade Ajuste a K+ mais perfeito Raio Iónico Na+ 0.95 A° K+ 1.33 A° Valinomicina — Escolhe K+ preferencialmente a Na+. Pq? Carbonyl Oxygen Atom Selectivity of Valinomycin • K + bind tightly, but affinities for Na + is about a thousand-fold lower • Radius of the ions is one consideration • Hydration is another • It "costs more" energetically to desolvate Na+ than K+ K+ Na+ • Peptídeo linear de 15-resíduos - alterna D & L • Dímero organizado em hélice end-to-end • Iões migram através do poro central (4 A°) Gramicidina Ionóforo formador de canais típico Dois monómeros ligados pelos terminais formil formam espontaneamente um canal. A formação do canal é um processo reversível. Bacillus brevis formil etanolamina Poro = 4 A° Valinomicina vs Gramicidina K+ K+ Monensina — Ionóforo para Na+ Sistema Antiporta (ELECTRONEUTRO) Streptomyces (fungo) Na+ H+ Na+ Utilização da Monensina na pesquisa experimental Qual o efeito da monensina? Na+ NT Ionóforos para Ca++: A23187 e Ionomicina A utilização dos ionóforos de Ca++ contribuiu decisivamente para a compreensão do papel do Ca++ nos processos celulares. Estes ionóforos podem ser utilizados quando se pretende introduzir o Ca++ em células ou organitos. Muitas respostas fisiológicas normalmente accionadas pela ligação de hormonas a receptores membranares superficiais podem ser deduzidas através da utilização de ionóforos de Ca++, utilizados para elevar o nível do Ca++ citosólico. A23187 -ionóforo de Ca++ Permuta electroneutra 2 A23187 / 1 Ca++ (2 H+ / 1 Ca++) 2 H+ 1Ca+ Ionóforos carboxílicos (antiporta) Mecanismo de Acção dos Protonóforos – Hipótese Quimiosmótica – Fosforilação Oxidativa Mitocondrial – molécula c/ baixa densidade de carga – carga deslocalizada – lipossolúvel Desacopladores da fosforilação oxidativa AH = A- + H+ Fosforilação Oxidativa Mitocondrial – Hipótese Quimiosmótica – Transportadores de eletrões da cadeia respiratória Dinitrofenol (DNP) dissipa o gradiente de H+ transportando os H+ através da membrana mitocondrial interna por difusão simples a favor do gradiente de concentração. Ionóforos H+ ESTRUTURA E MECANISMOS DE ACÇÃO DE ALGUNS IONÓFOROS Nigericina (Ionóforo para K+) sistema electroneutral Gramicidina — ionóforo formador de canias Outros ionóforos formadores de canais ! Ionóforos formadores de canais! Ionóforos formadores de canais! Passagem a aniões hidratados 10 A° Anfotericina B Nistatina Natureza anfipática da molécula Outros ionóforos formadores de canais! Hélices Anfifílicas formam Canais Iónicos transmembranares • Muitos peptídeos naturais formam canais oligoméricos transmembranares • Os peptídeos formam α-helices anfifílicas. • Agregados destas hélices formam canais que têm uma superfície hidrofóbica e um centro polar • Melitina (veveno de abelha), magainina (sapos) and cecropina (mariposa de cecropia), são exemplos • Melittin - bee venom toxin - 26 residues • Cecropin A - cecropia moths - 37 residues • Magainin 2 amide - frogs - 23 residues • helical wheel presentation of the amphipathic helix Os Peptídeos de Magainina • Descobertos por Michael Zasloff • Zasloff notou que feridas no Xenopus laevis (sapo de garras africano) saravam sem ocorrer infecção, mesmo em aquários de água repletos de bactérias. • Zasloff deduziu que os sapos produziam uma substância protectora que evitava a infecção! Cecropinas! • Produzidas pela Hyalophora cecropia (a mariposa da cecropia) • Induzida quando a mariposa está sujeita a infecções bacterians • Estes peptídeos formam agregados de α-helices nas membranas, formando um canal iónico no centro do agregado Ao contrário dos humanos os insectos não têm um sistema imunitário funcional.Por isso, dependem da produçãodestes peptídeos que actuam como antibióticos. Melitina – mecanismo de acção Melitina (50%) Fosfolipase A2 Hialuronidase Fosfatase ácida Proteínas ácidas Apamina Melitina– mecanismo de acção Nociceptores terminais nervosos que detetam estímulos nocivos A formação de poros pela melitina depende do ∆Ψm dos nociceptores (∆Ψm= -70mV). Quando a membrana está polarizada formam-se tetrâmeros de melitina (oligomerização); a membrana fica permeável a Cl-; o efluxo de Cl- da célula despolariza a membrana. A despolarização da membrana estimula o terminal nervoso a accionar uma resposta de dor e, simultaneamente, induz a dissociação dos tetrâmeros de melitina. Quando o ∆Ψm é restabelecido, os tetrâmeros de melitina reformam-se e o ciclo vai-se repetindo A melitina na membrana despolarizada é monomérica; não forma poros FREQUÊNCIA– 18 NOVEMBRO
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