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histórico endodontia- microbiologia endodontica os experimentos de Miller ajudaram na evidenciação da doença cárie, uma vez que foi demonstrado que a presença de bactérias na cavidade bucal era determinante para o agravamento de patologias como para desencadear um processo. surgimento do principio da exodontia como terapia. Atualmente, é considerada iatrogênica. traz à luz a possibilidade de disseminação de bactérias e vírus pelo corpo, ou seja, faz correlação com a possibilidade da disseminação da infecção local. demonstrou que a presença microbiana foi determinante para a capacidade de resposta pulpar. Uma coisa é a polpa responder frente à uma agressão mecânica, já a presença bacteriana interfere negativamente na resposta pulpar, diminuindo-a individualização da espécie. Há bactérias específicas que podem interferir no percurso da doença endodôntica. → 1890- Miller: microorganismos da boca humana → 1910- Hunter: teoria da infecção focal → 1941- Robinson e Boiling: anacorese → 1965- Kakehashi ef at. al: alterações pulpares por bactérias. → 1976- Sundgvist: bactérias anaeróbicas e aeróbicas AULA 02 microbiologia endodontica mecânicos- agressão física direta; térmicos- esmalte e dentina possuem alta capacidade de resistência térmica em relação à polpa. elétricos- ao usar ligas metálicas, gera DDP, esse estímulo elétrico gera sensibilidade. energia radiante- quadro atípico de radiação em que há condição de dano à estrutura pulpar. A radiologia de imaginologia é protegida pela estrutura pulpar, mas a radiação da radioterapia tem implicação na possibilidade de comprometimento pulpar. aguentes químicos- agentes químicos odontológicos, como selantes e ataque ácido. A química do cotidiano não é agressiva, exceto por casos atípicos, como dietas extremamente ácidas. microrganismos não existe quadro de virose pulpar, ele pode estar presente para diagnóstico e transmissão de infecções. fungos- em algumas situações, fungos entram como coadjuvantes na infecção endodônticas, principalmente perto periápice. Os fungos comuns são o aspergillus(presente nas vias aéreas) e candida. Geralmente é difícial associar o fungo como causa principal. → Fatores etiológicos das alterações pulpares: → Microrganismos (bactérias, fungos, vírus.) como fatores etiológicos das alterações pulpares: dinâmica hospedeiro x microbiota oral distúrbio ecológico: formação de microbiota patogênica capaz de produzir doença. → A microbiota é inerente aos sítios dos organismo, pois não se elimina microrganismos, mas sim controla-os em quantidade e qualidade de saúde (homeostase). ex: dieta e higiene oral. →Uma vez que se perde o equilíbrio, há a formação do biofilme comprometendo estruturas (dente- doença cáries; periodonto- doença periodontal). as bactérias são o principal objeto de estudo, pois, uma vez presente no ambiente pulpar, podem provocar irritação tecidual, resposta inflamatória e evolução para necrose. Podem chegar ao ambiente pulpar através da lesão de doença cárie e doença periodontal. bactéria: célula procarionte, onde sua membrana citoplasmática é responsável pela respiração. envoltório- cápsula (polissacarídeos organizados que fazem correlação com o ambiente, facilitando a fixação sob superfície e entrada de nutrientes. parede celular: gram + ( possui parece mais simples, peptideoglicanos e ácido tecoico. Libera exotoxinas), gram - (tem membrana externa, espaço periplasmático ou entre membranas. Libera exotoxinas e endotoxinas - LPS, por isso tem maior capidade de resposta celular). → Fatores etiológicos das alterações pulpares: Microrganismos- bactérias → Estruturas: → Virulência- capacidade de resistir à agressão do meio. → Patogenicidade- capacidade de produzir doença. microbiologia endodontica- bactérias doença pulpar e microrganismos divisão de 2 grupos: um com ratos convencionais e outro com gnotobióticos (eram isolados da microbiota), onde ambos passarm por exposição pulpar. observou-se, nos convencionais, uma inflamação intensa e necrose das polpas e periápices. Já os gnotobióticos tiveram tentativa de resposta pulpar e formação de pontes dentinárias, a polpa manteve a capacidade de resposta. conclusão: a presença microbiona foi determinante na capacidade de resposta e proteção pulpar. → O estudo de Kakehashi demonstrou a influência da bactéria sobre a estrutura pulpar: Tipos de infecção endodôntica endodontia- microbiologia endodontica Bactéria aeróbica e facultivamente anaeróbica. → Infecção intra-radicular primária: causada por MO que colonizam o tecido pulpar necrosado. Também é chamada de infecção inicial. É restrita à estrutura dentária e pode apresentar dor ou ausência de sensibilidade. → Infecção intra-radicualr secundária: causada por MO que não estavam presentes na infecção primária, ou seja, que não são comuns a cavidade oral, e que penetraram no canal durante o tratamento endodontico. É restrita a estrutura dentária. → Infecção intra-radicular persistente: causada por MO que resistiram a terapia endodontica convencional. →Infecção extra-radicular: carcateriza-se como extensão das infecções intra-radiculares atingindo os tecidos perirradiculares, é uma infecção que está além da raiz. AULA 02 vias de contaminação pulpar comum a incisivos inferiores. → Lifáticas ou retrógrada: existe a possibilidade dessa via, mas a comprovação é difícil. É uma contaminação de dentro para fora. → Via por contiguidade: a lesão progride ao ponto de complicar estruturas vizinhas, ou seja, é caracterizada por disseminação e progressão. mecanismo de agressão à polpa pelos mo há toxinas sinérgicas ou inibidores da resposta inflamatória. resposta inflamatória é tão alta que há agressão entre as células. → Competitivo: a polpa e células bacterianas competem pelo aporte nutricional → Mecânico: como há muitos componentes restrito ao mesmo lugar, não há uma extensa mobilidade das células, impossibilitando-as de interagir com o ambiente. → Químico: modificação do ph e quantidade de oxigenio= aumento do metabolismo, o que é benéfico às bactérias, mas é prejudicial à polpa. →Há produção de toxinas e enzimas ( toxina é aquilo que irrita, enzima degrada). o MO precisa ter fator de virulência, e ter capacidade de viver naquele ambiente, para isso, o ambiente precisa ser satisfatório. ambiente satisfatório: alta concentração ácida, alto grau de umidade, baixo oxigênio. → MO inibidores devem estar ausentes ou presentes em baixos números no microambiente endodôntico; → O hospedeiro deve montar uma estratégia de defesa perirradicualares, a qual o protege da disseminação da infecção mas ao mesmo tempo é a principal responsável pelo dano tecidual associado a uma lesão perirradicular. Definição de um patógeno endodontico → Requisitos para se definir um patógeno endodôntico: → O MO deve estar em um número suficiente para induzir e manter uma lesão perirradicular. → O MO deve possuir um conjunto de fatores de virulência que devem ser expressos durante a infecção do canal radicular. → O MO deve possui um conjunto de fatores de virulência que devem ser expressos durante a infecção do canal radicular. → O MO deve estar especialmente localizado no sistema de canais radiculares de forma que seus fatores de virulência possam ter acesso aos tecidos perirradiculares. → O microambiente endodôntico deve permitir a sobrevivência e o crescimento do MO e prover sinais que estimulem a expressão de genes de virulência. Definição de um patógeno endodontico → Para atingir uma reversão da infecção endodôntica, é necessário compreender: composição e estrutura dentinária; complexidade anatômica, biofilme bacterial, fatores influencing disinfectant Definição de um patógeno endodontico identificação- microrganismos insucesso da terapia convencional; antibioticoterapia ineficiente; doença pulpo/periapical recorrente; doenças agressivas (geralmente associadas à condição imunológica do paciente). →Indicações: controle antimicrobiano do canal radicular preparo de coroa- retira-se todalesão de cárie e limpa-se a porção interna da câmara. instrumentação: trabalhar o canal para que ele receba a obturação, ou seja, amplia e da forma. irrigação: retira-se o volume inicial, ação química sobre MO e limpeza. medicação intracanal: inserção de fármacos dentro dos canais para potencialização, obturação: vedamento hermético- isola dente das estruturas de suporte cirurgia: caso nenhuma das opções sejam suficientes, a próxima intervenção é cirúrgica. → O biofilme apical se forma à medida que as bactérias progridem sobre o dente e se deposita sobre o mesmo. → O controle microbiano é determinante para o êxito terapêutico. Entretanto, obter um grau de limpeza, principalmente na região apical e médio, é complexa, senso crítico nos acidentes anatômicos e, principalmente, no periápice. → O controle microbiano deve ser controlado gradativamente, seguindo o princípio coroa-ápice: 1. 2. 3. 4. 5. 6. → O alargamento foraminal (interferir na interface do canal radicular e cementária) produz uma remoção de MO mais eficientes. Entretanto, é indicado não alargar, a menos que seja numa intervenção infecciosa devida infecção extradentária. O indicado é trabalhar a patência (limpar canal cementário sem alterar anatomia). após instrumentação endodontia- microbiologia endodontica todas as técnicas removeram de maneira eficiente bactéria da luz do canal; nos acidentes anatômicos, o sistema SAF foi o mais eficiente; nenhum sistema eliminou completamente as bactérias do sistema de canais, sempre há um resíduo de bactérias. → Biofilme no sistema de canais após instrumentação: AULA 02 migração bacteriana bacteremia; septicemia (capacidade de multiplicação microbiana na corrente sanguínea) endocardite bacteriana (há bactérias que tem a "tendência", a predileção a fixar-se em válvulas cardíacas. Isso gera uma modificação do refluxo cardíaco. infecção focal (quando há a possibilidade de disseminação de uma infecção a partir de um foco primário ou ponto original, local onde inicia infecção com potencial de se disseminas sistemicamente). → Migração bacteriana a partir do dente: complicações trombose de seio cavernoso-quando há formação de trombos na maxila, os mesmos impedem o refluxo nervoso, originando infecção no seio cavernoso. argina de Ludwing: quadro de ocupação infecciosa da região submandibular e parte do pescoço. A porção cervical posterior e anterior tende a ter obsturaçãi das vias superiores e gerar sepse por contaminação das vias principais. teoria da infecção focal: possibilidade de disseminação para outras regiões do corpo. a descompensação diabética e o quadro hipertensivo sem controle exercem forte influência na complicação do caso clínico. a historia familiar do paciente deve ser cuidadosamente verificada antes do procedimento endodontico. → Complicação de infecções odontogênicas: → Complicações sitemicas secundárias à terapia endodôntica:
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