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Definições da palavra Direito Enfoques dos juristas Legalista: Direito = norma jurídica Idealista: Direito = justiça Sociólogo: Direito fruto da sociedade Historicista: Direito fruto das transformações históricas Definições Nominais: Etimológicas e Semânticas; Reais ou Lógicas; Etimológicas É a explicação da origem da palavra, das suas derivações e transformações em virtude da língua e suas matrizes. Direito etimologia Latim – directus: o que não tem inclinação, não tem curvatura. Qualidade do que é reto. É uma derivação do verbo dirigere que é guiar, conduzir, traçar, alinhar. Esse vocábulo passou a ser usado da Idade Média, século IV. Os romanos usavam o jus. Direito etimologia Jus era usado pelos romanos para enquadrar e nomear a condutas lícitas. As condutas ilícitas eram conhecidas como injúrias. Para alguns estudiosos jus é derivado do latim Jussum (mandado), o que significaria mandar, ordenar etc. Para outros a derivação é do sânscrito Yu, que seria vínculo. Outro ainda dizem que é um vocábulo ligado ao justum (o que é justo). Justiça e Direito Jus derivou para nós os termos: justiça, juiz, juízo, jurista, jurisprudência, jurisdição. Como explica NADER (2014, p. 75): “A preferência dos povos em geral pelo emprego do vocábulo Direito decorre, provavelmente, do fato de possuir significado mais amplo do que jus”. Definição Semântica É parte da gramática que estuda os sentidos que uma palavra pode ter e a transformação desse sentido ao longo do tempo. Nesse sentido, é uma palavra, como já vimos, polissêmica. Conforme a lei; Conjunto de leis; Ciência que estuda as leis; Etc. Cuidados acadêmicos As definições nominais são importantes para o entendimento geral do vocábulo, mas o estudante e pesquisador precisar buscar o conceito da palavra que não se vincula apenas a construção histórica do termo e do seu uso. Isso porque elas são muito rasas. Daí a necessidade de tecnicamente conceituar, ou delimitar, o termo. Definições Reais ou Lógicas Toda definição é limitada; Toda definição é uma disputa; Toda definição demanda conhecimento técnico; Toda definição demanda sistematização; Toda definição depende da experiência científica, por isso, vinculam-se a um método; Direito Características gerais; Características particulares; Nas aulas anteriores nós procuramos aqui que aproximava e diferenciava o Direito da Moral, das Regras do Trato Social e da Religião. Ao conceituar eu preciso ver o que é característica do gênero e, por isso, comum a todos e aquelas que são específicas. Direito Relembrando as conversar anteriores: “Examinando o vocábulo do ponto de vista objetivo, assim o consideramos: Direito é um conjunto de normas de conduta social, imposto coercitivamente pelo Estado, para a realização da segurança, segundo os critérios de justiça” (NADER, 2014, p.76). Concepções mais comuns Direito = Ciência do Direito Em sentido mais amplo, é o conhecimento sistematizado e investigações sobre o fenômeno jurídico; Em sentido mais estrito, tem como objeto de estudo a normatização (norma). Concepções mais comuns Direito Natural e Direito Positivo Direito Natural são valores e princípios fundamentais de proteção do ser humano. Não é escrito, não foi criado pela sociedade ou pelo Estado. É revelado em virtude da vida em sociedade e de mecanismos de vivência e razão. Deve ser positivado para trazer o que chamamos de garantia. (conjunto de princípios, de caráter universal, eterno e imutável). Concepções mais comuns Direito Natural e Positivo Direito Positivo é aquele que foi institucionalizado através de mecanismos que lhe conferem validade e eficácia. É garantido pelo Estado e são a ordem jurídica válida para um determinado tempo/espaço. Pode ser escrito ou não, como é o caso do direito costumeiro. Concepções mais comuns Direito objetivo e Direito subjetivo (como uma moeda, são os dois lados do mesmo objeto). Direito objetivo é a norma de organização social, conhecido como jus norma agendi; Direito subjetivo está vinculado ao poder de agir que a norma jurídica garante à alguém. Ele está projetado no plano concreto. “Quando dizemos que “fulano tem direito à indenização”, afirmamos que ele possui direito subjetivo. É a partir do conhecimento do Direito objetivo que deduzimos os direitos subjetivos de cada parte dentro da relação jurídica” (NADER, 2014, p. 81) Definições históricas do Direito Celso, jurisconsulto do século I: “jus est ars boni et aequi” (Direito é a arte do bom e do justo); Dante Alighieri, escritor italiano do século XIII: “jus est realis ac personalis hominis ad hominem proportio, quae servata societatem servate, corrupta corrumpti” (Direito é a proporção real e pessoal do homem para o homem que, conservada, conserva a sociedade e que, destruída, a destrói). Definições históricas do Direito 3. Hugo Grócio, jurisconsulto holandês do século XVII: “O Direito é o conjunto de normas ditadas pela razão e sugeridas pelo appetitus societatis”. 4. Emmanuel Kant, filósofo alemão do século XVIII: “Direito é o conjunto das condições segundo as quais o arbítrio de cada um pode coexistir como arbítrio dos outros, de acordo com uma lei geral de liberdade”. Definições históricas do Direito Rudolf von Ihering, jurisconsulto alemão do século XIX: “Direito é a soma das condições de existência social, no amplo sentido, assegurada pelo Estado através da coação”. Alguns consensos sobre o Direito “Direito é um conjunto de normas de conduta social, imposto coercitivamente pelo Estado, para a realização da segurança, segundo critérios de justiça” (NADER, 2014, p. 76). 1. Conjunto de normas de conduta social Normas são comandos que: Definem procedimentos; Estabelecem o comportamento social; Fixam os limites de liberdade individual; Proíbem condutas, indicando o que é lícito e o que é ilícito; Impõe obrigações de condutas sociais. 2. Imposto coercitivamente pelo Estado Pressupõe a existência de um aparato organizacional com força intimidadora sobre a sociedade para fazer valer a norma jurídica; Só a norma jurídica é que precisa do Estado para ter eficácia; Dentro dos modelos atuais, o Estado precisa estar estruturado de maneira a dividir os poderes, evitando a concentração, sendo eles: Executivo, Legislativo e Judiciário; O Estado não exerce monopólio das fontes criadoras do Direito, mas estabelece quais serão elas e qual a hierarquia entre elas; 3. Para a realização da segurança segundo os critérios de justiça Todo aparato legal – normas e Estado – devem servir ao bem-estar da sociedade; “A justiça é a causa final do Direito” (NADER, 2014, p. 77); A fórmula para alcançar a justiça (NADER, 2014) Organização; Ordem jurídica bem definida; Garantia de respeito ao patrimônio jurídico dos cidadãos; Segurança jurídica; “No afã de se aperfeiçoarem os fatores de segurança jurídica, não se deve descurar da ideia de que a justiça é a meta, o alvo, o objetivo maior na vida do Direito” (NADER, 2014, p.77).
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