Buscar

Ordenamento Jurídico

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Ordenamento Jurídico e Legislação
Ordem Jurídica
Qualidade do Direito Positivo
“[...] é agrupar normas que se ajustam entre si e formam um todo harmônico e coerente de preceitos” (NADER, 2014, p.81).
 - É um sistema;
Legalizado pelo Estado;
Composto de normas vigentes;
As normas estão em várias fontes, mas partem da CF;
Ordem Jurídica
“É falsa a ideia de que o legislador entrega à sociedade uma ordem jurídica pronta e aperfeiçoada. Ele elabora as leis, mas a ordem fundamental – ordem jurídica – é obra do beneficiamento a cargo dos juristas, definida em tratados e em acórdãos dos tribunais” (NADER, 2014, p. 82).
Fontes do Direito
Designa a origem do Direito;
É o Direito revelado.
“A fonte é reveladora do oculto, daquilo que ainda não havia surgido, uma vez que é exatamente o ponto de passagem do oculto ao visível” (NUNES, 2006, p. 85).
Fontes do Direito
A ideia de fontes do Direito depende da filiação doutrinária de cada um:
Estado; (Positivistas)
Sociedade; (Empiristas)
Valores sociais; (Racionalistas)
Justiça; (Idealistas)
Fontes do Direito
Direito Positivo
As fontes são Estatais e Não-Estatais:
Estatais: As leis e a jurisprudência.
Não-Estatais: o costume jurídico e a doutrina
Fontes do Direito
Podem ser também classificadas com:
A) Primárias: Emanadas pelo poder Estatal
B) Secundárias: Não-Estatais 
As Fontes Estatais
1. A legislação;
2. Os tratados internacionais;
3. A jurisprudência.
As Fontes Não Estatais
1. O costume jurídico
2. A doutrina
Fontes Estatais - Jurisprudência
A palavra jurisprudência também pode ser usada com sinônimo para “Ciência do Direito”;
Mas esse não é o sentido que se relaciona às Fontes Estatais;
Nesse caso, a jurisprudência se refere “[...] ao conjunto de decisões dos tribunais a respeito de um determinado assunto” (NUNES, 2006, p. 101).
Fontes Estatais - Jurisprudência
Uniforme x ou não uniforme
Argumento para defesa
Precedente – caso isolado
Juízes de esferas superiores não estão vinculados às decisões dos tribunais superiores.
IMPORTANTE: essa ideia é que dá validade ao que chamamos de: DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO.
Fontes Estatais - Jurisprudência
“Sob o aspecto lógico, o costume e a jurisprudência se equiparam, porquanto ambos são produzidos por indução: casos particulares que podem chegar a um resultado generalizado, aplicável a todos os outros da mesma espécie. Contudo, não se pode dizer que a jurisprudência é espécie de costume, pois ela é resultado do trabalho de interpretação dos juízes, no julgamento de conflitos instaurados com base em normas jurídicas, dentre as quais se encontra o próprio costume jurídico” (NUNES, 2006, p. 103).
Fontes Estatais - Jurisprudência
Segurança jurídica e uniformização da jurisprudência;
Estabelecida a uniformização, a matéria pode ser fixada em uma Súmula;
As Súmulas não são fixas, elas podem mudar em virtude da norma e do entendimento dos Tribunais – tendência de pensamento;
A mudança não traz insegurança jurídica, o que traz insegurança jurídica é o uso político da súmula.
Curiosidade
Diferença entre Súmula e Súmula Vinculante.
A Súmula Vinculante só pode ser produzida (expedida) pelo STF – Supremo Tribunal Federal;
A Súmula é um parâmetro a ser seguido, não é impositiva. Já a Súmula Vinculante precisa ser seguida por todos, ou seja, ela é imperativa e coercitiva. “Erga omnes”.
Curiosidades
Precisa atender aos requisitos do art. 103 da CF e a Emenda Constitucional nº 45/04.
Exercício – Leia o artigo 103 da CF e EC nº 45/04, escreva o que você entendeu sobre a Súmula Vinculante (suas características).
Fontes Estatais - Tratados
O que é um tratado?
A Convenção de Viena define tratado internacional como “um acordo internacional concluído entre Estados em forma escrita e regulado pelo Direito Internacional consubstanciado em um único instrumento ou em dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja a sua designação especifica”.
Fontes Estatais - Tratados
É regido pelos seguintes princípios:
Pacta sunt servanda (respeito ao acordado);
Livre consentimento;
Boa-fé das partes.
Para ter validade em solo nacional precisa passar pelas seguintes fases, depois da elaboração: 
negociação + assinatura + ratificação + promulgação + publicação
Fontes Estatais - Legislação
“Legislação é o conjunto de normas jurídicas emanadas do Estado, através de seus vários órgãos, dentre os quais realça-se, com relevo, nesse tema, o Poder Legislativo” (NUNES, 2006, p.87).
Norma Jurídica
Escrita
Não-Escrita
Constituição Federal
Leis complementares
Leisordinárias
Medidas provisórias
Leis delegadas
Decretos Legislativos
Resoluções
Decretos regulamentares
Outras normas: portarias, circulares, ordens de serviço etc.
Costume Jurídico
Fontes Estatais - Legislação
Essas normas escritas é que compõem o ordenamento jurídico;
Para Nunes (2006), o costume é uma fonte Não-Estatal;
As normas jurídicas fruto da legislação são organizadas hierarquicamente;
Superiores ou inferiores;
Conteúdo formal ou conteúdo material.
Estrutura piramidal do Direito
Fontes Estatais - Legislação
A Constituição é o topo da pirâmide, seus princípios e valores se espalham por todo o ordenamento jurídico.
Constituição Federal
É o texto basilar do ordenamento jurídico;
São os comandos mais básicos e gerais para a conduta em sociedade;
As demais normatizações (leis, decretos, costumes) precisam estar adequadas e ajustadas à CF;
Fontes Estatais - Legislação
Leis complementares: tratam de certas matérias que precisam de uma regulação mais rígida; 
São aprovadas por maioria absoluta.
A CF indica os casos de sua aplicação.
CF Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
CF Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
Fontes Estatais - Legislação
Leis ordinárias: são atividade típica do Poder Legislativo;
Exemplos: Código Civil, Código de Processo Civil, Código Penal, Código de defesa do consumidor etc.
Fontes Estatais - Legislação
Leis delegadas: são leis elaboradas pelo Presidente da República com a autorização (por delegação) do Congresso Nacional.
CF Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
Fontes Estatais - Legislação
Decretos Legislativo:
Competência exclusiva do Congresso Nacional;
Regula matérias, tais como: tratados internacionais, apreciar a concessão de emissoras de rádio e televisão...
CF art. 49 
https://www.youtube.com/watch?v=SR64eTIUMCw 
Fontes Estatais - Legislação
Medida Provisória: 
"Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
II – que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;
III – reservada a lei complementar;
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
Fontes Estatais - Legislação
Resoluções: Servem para regular as atividades do Congresso Nacional, geralmente tem efeitos internos;
Decretos regulamentares: Compete ao Presidente da República – Chefe do Executivo – Explicita o cumprimento das leis.
Portaria, circulares
etc.: Normas baixadas pelos órgãos da Administração Pública
Fontes Não Estatais – 
O costume jurídico
Norma jurídica obrigatória;
Imposta pelo poder público e pelo Judiciário;
Não-escrita;
Surge da prática reiterada e longa;
Surge no seio da sociedade, não é imposto pelo Estado;
De difícil reconhecimento nas sociedades complexas;
Torna-se mais claro quando há reconhecimento pelo Poder Judiciário, mas não transforma-o em norma;
Deve ser provado pela parte que o alega (ônus da prova);
Fontes Não Estatais – 
O costume jurídico 
“[...] a prática reiterada, para ter característica de costume, deve ser aceita pela comunidade como cunho obrigatório. Desse modo costume jurídico distingue-se dos usos e costumes sociais – tais como andar na moda, ir a solenidades, frequentar a igreja etc. [...]” (NUNES, 2006, p. 108).
Fontes Não-Estatais – 
O costume jurídico
Sanção
No caso do costume, a sanção não é algo objetivo e nem claro;
O mais importante é o cumprimento da prescrição, não a sanção;
O não cumprimento do costume jurídico pode provocar ação judicial.
Fontes Não-Estatais –
O costume jurídico
1) segundo a lei (secundum legem);
2) na falta da lei (praeter legem);
3) contra a lei (contra legem):
3.1. DESUETUDO: um lei deixa de ser aplicada, pois não se encaixa mais ao momento, e surge um costume em seu lugar;
3.2. AB-ROGATÓRIO: cria uma nova regra, apesar da lei vigente.
OS COSTUMES CONTRA LEI NÃO SÃO ACEITOS, EXCEÇÃO, EM ALGUNS CASOS, PARA O DESUSO.
Fontes Não-Estatais –
Doutrina
Estudos sobre o Direito;
Análises feitas por juristas e filósofos do Direito;
Tem importância na elaboração da norma jurídica;
Influência na interpretação e aplicação das leis pelos tribunais;
É fundamental para o entendimento do sistema jurídico.
Fontes Não-Estatais –
Doutrina
“A questão da doutrina como fonte do direito não é pacífica. Há aqueles que entendem que ela não pode ser fonte, porque apenas descreve a autêntica fonte do direito, que são as normas jurídicas [...] Apesar das objeções, e especialmente tendo em vista o que já dissemos a respeito da formação do pensamento jurídico dogmático pela e na escola de Direito, não temos dúvida em afirmar que doutrina é fonte do direito. Aliás, a fundamentação para aceitação da doutrina como fonte surge da própria definição que unanimemente se dá a doutrina: é o conjunto das investigações científicas e dos ensinamentos dos juristas – dos pensadores do Direito (NUNES, 2006, p.118).
Conflitos - Antinomias
O ordenamento jurídico segue certa lógica e precisa manter-se estruturalmente coerente;
Os conflitos devem ser resolvidos através da interpretação. 
O recurso para resolver é a hermenêutica jurídica, afim de garantir a segurança e justiça;
Leis mal elaboradas atrapalham o serviço de distribuição da justiça;
A lei não é o esgotamento da expressão da justiça, é preciso interpretá-la e aplicá-la, papel do operadores do Direito – juristas – e do Estado.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais