Buscar

Sociedade e Direito_TGD

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Sociedade e Direito
O ser humano é um ser social
Santo Tomás de Aquino e as alienações
Mala fortuna (infortúnio);
Corruptio naturae (alienação mental);
Excellentia naturae (alto grau de espiritualidade).
O ser humano é um ser social
“Estado de Natureza” (In to the wild)
O Direito atua com base nas forma de interação social, pois as pessoas se relacionam em busca de objetivos coletivos e individuais, motivadas por vários interesses.
A interação social se apresenta dentro das seguintes formas: cooperação, competição ou conflito.
Competição e Conflito
Exclusão do outro (competição);
Impasse, falta de diálogo, eliminação do outro (conflito);
“O Direito só irá disciplinar as formas de cooperação e competição onde houver relação potencialmente conflituosa”(NADER, 2014, p.25).
Conflito
É característico da sociedade;
Aumente com a complexidade das relações;
Sua resolução é a chave para convivência em sociedade.
Poderemos viver Juntos? Iguais e Diferentes (Alain Tourraine)
Entre quatro paredes/O inferno são os outros (Jean Paul Satre) – Alteridade / intersubjetividade
Solidarismo
Toda vida social baseia-se em certos graus de solidariedade.
Mecânica/Orgânica; (Emile Durkheim)
Por semelhança / por divisão do trabalho; (Léon Duguit)
Emile Durkheim
Solidariedade mecânica 
Cultural tradicionais;
Baixa divisão do trabalho;
União pelas crenças comum;
União pelas experiências partilhadas;
Emile Durkheim
Solidariedade orgânica
Especialização das tarefas;
Interdependência econômica;
Dependência mútua.
“A medida que a divisão do trabalho se amplia, as pessoas se tornam cada vez mais dependentes uma das outras, pois cada pessoa precisa de bens de serviços, fornecidos por indivíduos entre outras ocupações. As relações de reciprocidade econômica e dependência mútua passam a substituir as crenças compartilhadas para criar o consenso social” (GIDDENS, 2012, p. 25).
Léon Duguit
Solidariedade por semelhança
Membros de um mesmo grupo social;
Coordenação de esforços;
Meta em comum.
	
Léon Duguit
Solidariedade por divisão de trabalho
Divisão das tarefas por natureza do serviço;
Seleção do grupo com base em critérios de especialização;
“O Direito se revelaria como o agente capaz de garantir a solidariedade social, seu fundamento, e a lei seria legítima enquanto promovesse tal tipo de interação social” (NADER, 2014, p. 27).
 Solidariedade ou entrosamento social?
A ação do Direito
Em função da vida social;
Com a finalidade de ajudar o relacionamento entre as pessoas e o grupos sociais;
Tem o objetivo de dar bases para o progresso da sociedade;
Disciplina as relações de cooperação, competição e conflito.
A ação do Direito
“Ao separar o lícito do ilícito, segundo valores de convivência que a própria sociedade elege, o ordenamento jurídico torna possível os nexos de cooperação e disciplina a competição, estabelecendo as limitações necessárias ao equilíbrio e à justiça nas relações. Em relação ao conflito, a ação do Direito se opera em duplo sentido. De um lado, preventivamente, ao evitar desinteligências quanto aos direitos que cada parte julga ser portadora. (...) De outro lado, diante do conflito concreto, o Direito apresenta solução de acordo com a natureza do caso, seja para definir titular do direito, determinar a restauração da situação anterior ou aplicar penalidades de diferentes tipos” (NADER, 2014, p. 27)
Direito e Sociedade
Toda sociedade experimente uma submissão as regras e essa servidão é voluntária;
O Direito não existe por si próprio, ele existe para a sociedade;
A sociedade, o fato social, é fonte do direito;
Papel do legislador
Direito é escrito, majoritariamente, transformado em leis e ordenamentos repousados no papel e em outras formas de fixação da escrita;
Existe um grupo que é investido no papel de criar leis, expressão máxima do Direito. E ele é o poder legislativo. 
Papel do legislador
Ele deve captar a vontade coletiva;
Deve ter como meta a promoção do bem comum;
Da justiça;
Da segurança;
Do bem-estar social;
Do Progresso coletivo;
Deve conciliar o respeito a liberdade individual e a vida em sociedade;
Direito
Mecanismo de controle social;
Promove a cooperação
Previne competições;
Evita e decide conflitos de interesses;
Tem como base o fato social e as interações sociais;
É próprio da vida em Sociedade.
E qual o papel dos outros mecanismo de controle social na produção da lei e do Direito?
Mecanismos de Controle Social
Direito;
Moral;
Religião;
Regras de trato social.
Territórios pro indivisos
Normas Éticas e Normas Técnias
Normas éticas: 
Determinam o agir social;
Estão preocupadas com o fim;
Normas técnicas:
São fórmulas de como fazer;
São os meios que serão empregados;
É uma imposição para obter um determinado fim: “faça isso que o resultado será aquele”.
São neutras em valores, podem ser usadas para o bem ou mal.
Direito
É preciso ter técnica jurídica
É preciso ter ética jurídica
Direito e Religião
Ausência de conhecimento científico leva ao pensamento mágico;
Nos primórdios, o Direito era visto como expressão do desejo divino;
A laicização do Direito ganha força a partir do século XVII e se consolida nos períodos posteriores;
Em 1979, o Irã passa a usar o Alcorão como código disciplinador da vida social e política.
Direito e Religião
Forte mecanismo de controle social; (convergente)
Busca da vivência do bem; (convergente)
Obrigações e deveres para com o Divino (divergente);
Alteridade, o direito é uma obrigação com o outro (divergente);
Segurança. Uma depende da vivência/experiência e outra é fruto da razão/mente (divergente);
Direito e Moral
Influência recíproca (mudança da moral/mudança do direito – mudança do direito/mudança da moral);
Podem ser distinguíveis, mas não separáveis;
Palavra-chave: bem
Algumas noções sobre a teoria da moral
E o que é o bem? Ser bom? Fazer o bem?
Para os estoicos o bem era a resignação, é aceitar a dor e sofrimento serenamente;
Para os epicuristas o bem era a realização do prazer;
Bem: promoção dos seres humanos de uma forma integral e integrada. Tendo como fonte a experiência e a reflexão sistemática, racional.
Algumas noções sobre a teoria da moral
Setores da Moral, de acordo com Heinrich Henkel:
Moral autônoma;
Ética superior dos sistema religiosos;
Moral social
Moral autônoma
Consciência individual do que é o bem. De certa maneira, todos nós criamos regras para a nossa conduta.
Ética superior dos sistemas religiosos
Noções sobre o bem que são transmitidas pelos líderes religiosos e que ensejam a obediência em virtude da punição ou premiação por uma força superior. 
Moral social
Conjunto de princípios e valores de uma sociedade em uma determinada época e lugar. 
Relação entre Direito e Moral
“Viver honestamente, não lesar outrem, dar a cada um o que é seu” – Justiniano/ Roma
Aspecto moral em relação ao Direito;
Na Idade Média, a relação entre Moral e Religião sem fundem a expressão do Direito, causando uma série de repercussões na vida em sociedade.
Concepções Modernas
Alessandro Gropalli faz uma separação entre Moral e Direito pensando nos seguintes aspectos:
Forma;
Conteúdo.
Distinção da Forma
O Direito é determinado a Moral é difusa – no direito as regras definem as condutas, a moral é mais geral;
Bilateralidade do Direito e Unilateralidade da Moral – Cada Direito corresponde algum dever (O trabalhador tem direitos e o empregador tem deveres). Na Moral, a expectativa é de que o outro corresponda com uma conduta desejada.
Distinção da Forma
Autonomia e Heteronomia – A adesão à Moral é autônoma, já ao Direito, há uma sujeição compulsória.
A Moral social é heterônoma;
Coercibilidade do Direito e Incoercibilidade da Moral – A moral social é intimidadora, mas não é coercível. 
Distinção de conteúdo
O Direito está preocupado com a ordem, enquanto que a Moral se preocupa com o aperfeiçoamento (relação consigo mesmo, com os outros e com Deus).
Direito e Moral estão
sempre em relação, como demonstram algumas teorias.
Teoria dos círculos concêntricos
A ordem jurídica está inclusa dentro da ordem moral:
							
Teoria dos círculos secantes
Direito e Moral tem uma faixa de competência em comum e uma área própria.
Visão kelseniana
São sistemas independentes. A norma é o único elemento essencial para o Direito.
Teoria do mínimo ético
“O Direito representa o mínimo de preceitos morais necessários ao bem-estar da coletividade. [...] A prevalecer essa concepção, o Direito estaria implantado, por inteiro, nos domínios da Moral, configurando, assim, a hipótese de círculos concêntricos” (NADER, 2014, p. 43). 
Distinção da Forma
Exterioridade do Direito e Interioridade da Moral – A Moral é questão de consciência, do julgamento, se espraia pelo campo subjetivo. O Direito – as vezes pretende entender o animus do agente – mas se preocupa com a conduta, a exteriorização.
Normas do trato social
Para além do Direito ou da Moral, existem regras de convívio cotidiano que todos nós respeitamos.
 
“[...] São padrões de conduta social, elaboradas pela sociedade e que, não resguardando os interesses de segurança do homem, visam a tornar o ambiente social mais ameno, sob pressão da própria sociedade. São regras de cortesia, etiqueta, protocolo, cerimonial, moda, linguagem, educação, decoro, companheirismo, amizade etc.” (NADER, 2014, p. 44).
Normas do trato social
Características: 
Aspecto social; Exterioridade; Unilateralidade; Heteronomia; Incoercibilidade; Sanção difusa; Isonomia por classes ou níveis de cultura.
Para alguns autores (Corrente Negativista), essas normas pertencem ao campo do Direito ou da Moral;
Para corrente Positiva, as normas do trato social não pertencem ao Direito pois a única pressão (sanção) e de natureza psicológica e não coercitiva.
Quadro sinótico das características dos mecanismos de controle social
Direito
Moral
Regras do Trato Social
PreceitosReligiosos
Bilateral
Unilateral
Unilateral
Unilateral
Heterônomo
Autônoma
Heterônoma
Prevalentemente autônoma
Exterior
Interior
Exterior
Interior
Coercível
Incoercível
Incoercível
Incoercível
Sanção Prefixada
Sanção Difusa
Sanção difusa
Sançãogeralmente é prefixada
“[...] Se todo e qualquer comportamento ou atitude tivesse que seguir os parâmetros da lei, o homem seria um robot , sua vida estaria integralmente programada e não teria qualquer poder de criação” (NADER, 2014, p. 32)

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais