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Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP) Caracterização Clínica É caracterizado pela ingestão de grande quantidade de alimentos em um período de tempo delimitado (até duas horas), acompanhado da sensação de perda de controle sobre o quê ou o quanto se come. ➔ Os episódios devem ocorrer pelo menos 2 vezes na semana ➔ Caracteristicas de perda do controle que não esteja acompanhado de comportamentos compensatórios dirigidos pela perda de peso Os critérios clínicos para o diagnóstico do transtorno de compulsão alimentar requerem que ➔ A compulsão alimentar ocorre, em média, pelo menos 1 vez/semana por 3 meses ➔ Os pacientes têm sensação de falta de controle em relação à alimentação ➔ Além disso, ≥ 3 dos seguintes deve estar presente: ➔ Comer muito mais rápido do que o normal ➔ Comer até se sentir desconfortavelmente cheio ➔ Comer grandes quantidades de alimento quando não se sentindo fisicamente com fome ➔ Comer sozinho por vergonha ➔ Sentir-se nauseado, deprimido ou culpado depois de comer excessivamente • Baixo relato de dieta restritivas, quando comparado com pacientes de BN (alteram entre episódios de compulsões e restrições alimentares); • Acompanhada de sentimentos de angústia subjetiva: Vergonha, nojo e/ou culpa; • O estresse é um fator que pode levar ao aumento da compulsão, pois durante situações estressantes ocorre a liberação de cortisol, estimulando a ingesta de mais alimentos. Prevalência • 15% a 22% em paciente que procuram tratamento para emagrecer; • 27% a 47% entre pacientes que realizaram a bariátrica. Tratamento • Terapia cognitivo-comportamental • Algumas vezes psicoterapia interpessoal • Considerar tratamento farmacológico, normalmente inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) ou lisdexanfetamina A terapia cognitivo-comportamental é o tratamento mais pesquisado e que tem melhor suporte para o transtorno de compulsão alimentar. Contudo, a psicoterapia interpessoal parece igualmente eficaz; ambos resultam em taxas de remissão ≥ 60% e a melhora geralmente se mantém bem a longo prazo. Esses tratamentos não produzem perda ponderal significativa em pacientes obesos. O tratamento comportamental convencional para perda ponderal apresenta eficácia a curto prazo na redução da compulsão alimentar, mas os pacientes tendem a recair. Antidepressivos (p. ex., ISRSs) também têm eficácia a curto prazo na eliminação da compulsão alimentar, mas a eficácia a longo prazo é desconhecida. A lisdexanfetamina está aprovada para o tratamento do transtorno de alimentação compulsiva moderado a grave. Ela pode reduzir o número de dias dos episódios compulsivos e parece causar uma ligeira perda ponderal, mas sua eficácia a longo prazo é desconhecida. Fármacos supressoras do apetite (p. ex., topiramato) ou fármacos para perda ponderal (p. ex., orlistat) podem ser úteis.
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