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QUALIDADE DO PESCADO Aquicultura e pesca de água doce: pouco expressivos Principais espécies: sardinha, atum, cação, corvina, camarão, lagosta · DETERIORAÇÃO DO PESCADO 1) Autólise > amolecimento e desintegração da carne > disseminação de microrganismos contaminantes. 2) Autólise e pH ~ 7,0 > deterioração mais rápida do que outras carnes 3) Teor de carboidratos desprezível, exceto em moluscos. 4) Na falta de carboidratos, microrganismos deteriorantes utilizam substâncias nitrogenadas, principalmente nãoprotéicas > elevação do Ph – Substâncias nitrogenadas não-protéicas utilizadas pelos microrganismos na deterioração do pescado: TMAO; aminoácidos; bases nitrogenadas voláteis; ácido úrico; uréia – Nitrogênio de Bases Voláteis Totais (N-BVT) Valor máximo permitido por lei (Código Sanitário) > 30 mg N-BVT / 100 g de pescado – Microbiota psicrotrófica do pescado: Pseudomonas; Moraxella; Shewanella Flavobacterium; Vibrio; Micrococcus; Halococcus; Halobacterium · CONTAMINAÇAO DO PESCADO Lançamento de esgoto em reservatórios, lagos, rios e no mar. Manipulação do pescado > Staphylococcus · MICROORGANISMOS PATOGENICOS VEICULADOS PELO PESCADO – Relacionados à qualidade da água e do gelo: Salmonella, Shigella, Vibrio cholerae, Clostridium, Klebsiella, Citrobacter, Enterobacter, Yersinia entrerocolitica, Escherichia coli, Pseudomonas, Aeromonas, Alcaligenes, Flavobacterium, enterococos e coliformes fecais. Virus da hepatite infecciosa. Vibrio parahaemolyticus: relacionado com processos infecciosos de peixes, marisco, camarão e ostra (organismos filtradores) - causa gastroenterite aguda Vibrio cholerae: comum em ostras, mariscos e caranguejos (filtradores), mortalidade elevada, dependendo da população afetada – Relacionados à manipulação do pescado: (presentes na pele e nas mucosas humanas): Streptococcus; Staphylococcus aureus Proteus morgagnii: formação de histamina, peixes de carne vermelha - atum, cavalinha, arenque 100 mg histamina / 100 g de peixe estimulação vagal Bacillus cereus: enterite necrótica · ENDOPARASITAS Phagicola longa (trematoda): tainha, parati e parati-pema; sashimi diarréia, dores abdominais e emagrecimento Anisakidae (Contracaecum sp, Phocanema sp, Anisakis sp): peixe-espada, cavala, salmão, atum granulomas eosionfílicos no TGI · CONSERVAÇAO DO PESCADO prolongada: abaixo de -15C até 72 h : entre -5C e 0C – Manipulação culinária descongelar em refrigerador a 4 C durante 24 h cocção de filés com menos de 1 cm de espessura (para permitir temperatura interna de 73C por 3 minutos) · BIOTOXINAS Tetradotoxina e saxitoxina – neurotóxicas paralisantes mariscos, peixe-lua, baiacu Ácido ocadaico e dinofisistoxina – diarréia e predisposição a câncer do TGI Brevetoxinas – neurotóxicos das marés vermelhas dinoflagelados (diatomáceas, rafidofíceas, haptofíceas, cianofíceas) Ácido domóico – vômitos, diarreia, confusão mental, perda de memória Ciguatoxinas – efeitos neurológicos e GI – Outros riscos à saúde: Mercúrio: dificuldade de locomoção, perda do cabelo, cegueira Efeito cumulativo Efluentes industriais Histamina: produto da decomposição do pescado Atum, cavalinha, bonito, camarão, sardinha enlatada · AÇOES DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO ✓ Descarregamento ✓ Procedência: costa, alto-mar, rios, lagos, reservatórios. ✓ Técnica de pesca ✓ Transporte em caminhões frigoríficos até o entreposto Lavagem com água clorada a 10ppm de hipoclorito; uso de pedilúvio; janelas e portas de acesso com cortinas de ar; lâmpadas ultravioletas; lavagem das mãos; uso de máscaras, aventais, botas e gorros · AÇOES DA VIGILANCIA SANITARIA Mercados municipais Supermercados Peixarias Feiras-livres Fornecedores de refeições coletivas · PESCADOS DE BOA QUALIDADE Musculatura resistente Ventre cilíndrico sem alteração ou flacidez Aberturas naturais bem vedadas Coloração brilhante Escamas brilhantes e bem aderidas Guelras úmidas e intactas (tonalidades mais delicadas descoloram com gelo, sem decomposição) Brânquias vermelhas (tonalidade variável conforme a espécie) e brilhantes. Lâminas das brânquias visíveis e diferenciáveis. Olhos brilhantes e vivos, preenchendo toda a órbita. Odor peculiar Corte ao longo do ventre: músculos consistentes, sulcados por vasos sanguíneos que se destacam; vísceras limpas e diferenciadas Corte longitudinal da região dorsal: espinha dorsal branca por igual, com gotas de sangue fresco · LABORATÓRIO DE VIGILANCIA SANITARIA – Análises químicas pH (<6,5 externo – 6,8 interno) Gás sulfídrico (ausente) Bases voláteis totais <30 mg/100 g Trimetilamina < 4 mg/100 g Indol < 4 g/100 g crustáceos – Análises microbiológicas em 25 g de pescado (colheita de amostras de acordo com APPCC) Coliformes fecais (coliformes termotolerantes) Staphylococcus aureus Vibrio parahaemolyticus Salmonella sp – Análises microscópicas Formas parasitárias (fagicolose, anisaquíase) Alterações histo-patológicas REFERENCIAS AMARAL, G. V. do; FREITAS, D. G. C. Método do índice de qualidade na determinação do frescor de peixes. Ciência Rural, Santa Maria, v. 43, n. 11, p. 2093-2100, 2013.
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