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Ebook - Primeiros Socorros

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Primeiros Socorros 
Eraldo de Jesus Argôlo 
Fabiana Roberta Alves de Matos 
Batista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiros Socorros 
Eraldo de Jesus Argôlo 
Fabiana Roberta Alves de Matos 
Batista 
 
 
 
Guia normativo para o Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e 
Adultos (EJA) articulado à Educação Profissional a Distância. 
 
 
 
Gerência de Educação a Distância 
Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional de Pernambuco 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor 
Eraldo de Jesus Argôlo 
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista 
 
Revisão 
Eraldo de Jesus Argôlo 
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista 
 
Coordenação Design Educacional (ETEPAC) 
Deisiane Gomes Bazante 
 
Design Educacional 
(ETEPAC) 
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
Izabela Pereira Cavalcanti 
Jailson Miranda 
Roberto de Freitas Morais Sobrinho 
 
Diagramação 
Jailson Miranda 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Renata Marques de Otero 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação Geral 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques 
 
Secretaria Executiva de Educação 
Integral e Profissional de 
Pernambuco 
 
Gerência de Educação a Distância 
Abril, 2021 
 
 
Sumário 
Introdução .............................................................................................................................................. 6 
1.Competência 01 | Conhecer e Selecionar Adequadamente os Procedimentos de Atendimento Pré-
Hospitalar nos Casos De Acidentes ........................................................................................................ 8 
1.1 Condutas gerais em primeiros socorros ..................................................................................................... 9 
1.2 Reconhecimento imediato da Parada Cardiorrespiratória (PCR) ............................................................. 15 
1.3 Desmaio .................................................................................................................................................... 22 
1.4 Convulsão .................................................................................................................................................. 24 
1.5 Ataque cardíaco ........................................................................................................................................ 25 
1.6 Derrame: Acidente vascular cerebral (AVC) ............................................................................................. 26 
1.7 Fratura óssea............................................................................................................................................. 26 
1.8 Picada de animais peçonhentos ............................................................................................................... 29 
1.8.1 Insetos .................................................................................................................................................... 29 
1.8.2 Aranhas, escorpiões, lacraias e lagartas ................................................................................................ 30 
1.8.3 Cobra ...................................................................................................................................................... 32 
2.Competência 02 | Utilizar os Acessórios e Técnicas para o Atendimento Pré-Hospitalar de 
Emergência ........................................................................................................................................... 35 
2.1 Hemorragia ............................................................................................................................................... 35 
2.2 Queimadura .............................................................................................................................................. 39 
2.3 Corpo estranho e asfixia ........................................................................................................................... 45 
2.3.1 No olho ................................................................................................................................................... 46 
2.3.2 No ouvido ............................................................................................................................................... 48 
2.3.3 No nariz .................................................................................................................................................. 48 
2.3.4 Objetos engolidos .................................................................................................................................. 48 
2.4 Choque elétrico ......................................................................................................................................... 51 
2.5 Intoxicação e lesões provocada por substâncias químicas ...................................................................... 53 
2.6 Doenças infectocontagiosas ..................................................................................................................... 56 
 
 
2.6.1. Dengue, Zica, Chikungunya e Mayaro: doenças febris que te faz se contorcer (FIOCRUZ.BR, 2020; 
MÉDICOS SEM FRONTERIAS; 2020). ............................................................................................................... 57 
2.5.3 Infecções transmitidas pelo sangue ...................................................................................................... 59 
2.5.4. Novo Coronavírus - Covid-19, gripes e resfriados ................................................................................ 60 
Resumo de onze medidas de primeiros socorros. ............................................................................... 70 
Conclusão ............................................................................................................................................. 71 
Referências ........................................................................................................................................... 72 
Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 76 
Eraldo de Jesus Argôlo .................................................................................................................................... 76 
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista ........................................................................................................ 76 
 
 
6 
C
 
 
Introdução 
Estimado Estudante (a), 
Bem-vindo à disciplina de primeiros socorros do curso Técnico em Segurança do Trabalho! 
Neste material, você irá estudar como Conhecer e Selecionar Adequadamente os 
Procedimentos de Atendimento Pré-Hospitalar nos Casos De Acidentes, assim como Utilizar os 
Acessórios e Técnicas para o Atendimento Pré-Hospitalar de Emergência. Primeiramente, é 
importante salientar, para o fato de que o e-book sozinho não é capaz de contemplar todos os tipos 
de acidentes possíveis, nos locais de trabalho ou no dia a dia, e este está sujeito a frequentes 
atualizações e revisões. Entretanto no cotidiano de trabalho laboral, você pode evitar a maioria dos 
acidentes, os quais se caracterizam por serem qualquer acontecimento, desagradável ou infeliz, que 
envolva dano, perda, sofrimento ou morte, pois é de vital importância que todo profissional tenha 
conhecimento de como agir e aplicar medidas de primeiros socorros, ou o Suporte Básico de Vida 
(SBV) em situações de acidentesde urgência e emergência. Sendo assim, para cada tipo de situação 
de acidentes de urgência e emergência deve-se sempre utilizar de forma adequada os conhecimentos 
das técnicas de salvamento de vítima de acidentes ou de mal súbito. 
Nesta disciplina de primeiros socorros, você estudante terá a oportunidade de estudar e 
se capacitar, para pôr em prática o uso adequado das diversas técnicas de primeiros socorros, através 
dos conhecimentos teóricos das técnicas de salvamento. Esta disciplina contempla duas 
competências, onde, na 1ª semana (Competência 1), você irá estudar quais os atributos e 
responsabilidades de um prestador de socorro e como atuar em situações de Reconhecimento 
imediato da Parada Cardiorrespiratória (PCR), desmaio, convulsão, fratura e picada de animais 
peçonhentos. 
 Na 2ª semana (Competência 2), será abordado sobre as sintomatologias (estudo e 
interpretação do conjunto de sinais e sintomas observados no exame de um paciente) e as condutas 
em casos de vítima acometida por hemorragia, queimadura, corpo estranho e asfixia, choque elétrico, 
intoxicação e lesões provocada por substâncias químicas e doenças infectocontagiosas (Dengue, Zica, 
Chikungunya e Mayaro, Infecções transmitidas pelo sangue – HIV e pandemia do Novo Coronavírus - 
Covid-19, gripes e resfriados). A proveito para chamar atenção para as doenças infectocontagiosas 
que apesar de não serem considerados como casos comum de acidentes, nos tempos atuais estão 
acometendo muitas vítimas na sociedade. 
 Para que isso seja possível, você futuro Técnico de Segurança do Trabalho, deverá se 
empenhar ao seu máximo durante os seus estudos, para que os mesmos possibilitem a você ser um 
7 
C
 
 
profissional capaz na hora de agir sem medo para diminuir o sofrimento de uma vítima, evitar 
complicações futuras e até mesmo salvar vidas. Recomendo a você estudante conhecer como 
funciona na íntegra todo o curso e sempre, realizar as atividades semanais das competências, 
avaliação da disciplina, participação nos fóruns de dúvidas e discussões, participação nos debates dos 
destaques, participação no chat, etc. 
Mãos à obra. Em busca de realizar seus sonhos? 
Desejo a todos bons estudos e sucesso! 
 
 
 
 
 
 
8 
C
 
 
1.Competência 01 | Conhecer e Selecionar Adequadamente os 
Procedimentos de Atendimento Pré-Hospitalar nos Casos De Acidentes 
Caro(a) estudante seja bem-vindo à primeira semana da disciplina de primeiros socorros! 
Nesta 1ª semana (Competência 1), você irá estudar às medidas gerais que possibilitam 
um técnico de segurança do trabalho atuar como socorrista (aquele que prestará os primeiros 
socorros à vítima), quais os atributos e responsabilidades de um prestador de socorro e como atuar 
em situações de desmaio, convulsão, fratura e picada de animais peçonhentos. Para isto o mesmo 
deverá sempre está em alerta, diante de um cenário de acidente, onde deverá tomar, decisões e 
cuidados apropriados de como agir e aplicar medidas de primeiros socorros, ou o Suporte Básico de 
Vida (SBV) em situações de acidentes de urgência e emergência. Lembrando que, sempre que estiver 
diante destes tipos de cenários de acidentes, você deverá atentar aos detalhes do fato ocorrido, e, 
por fim, tomar decisões e cuidados, tendo como princípio inicial a sua própria saúde, integridade 
física e mental como socorrista e depois assistência prestada à vítima de acidentes ou de mal súbito. 
Os procedimentos de primeiros socorros, ou o Suporte Básico de Vida (SBV) é um 
conjunto de medidas e procedimentos técnicos, cujo o objetivo é de manter o atendimento de vida 
à vítima de acidentes, mal súbito ou uma situação que possa levar à vítima a uma morte súbita, que 
provoca dor no peito e falta de ar devido a uma parada cardíaca; é essencial o socorro da vítima até 
a chegada da equipe de emergência hospitalar, que deve ser rápido (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 
2018; FERREIRA; GARCIA, 2001). Estes procedimentos de primeiros socorros permitem reconhecer os 
primeiros sinais vitais da vítima de acidentes ou de mal súbito, assim como os sintomas de síndrome 
coronariana aguda (SCA) que pode ser causado por um infarto agudo no coração, acidente vascular 
cerebral (AVC) que é o rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia e outro caso 
citamos o (OVACE) obstrução de vias áreas por corpo estranho, provocada por engasgamento. Deve-
se incluir as manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP) ou reanimação cardiorrespiratória (RCR) 
nas vítimas de parada cardiorrespiratória e manobras de desobstrução de vias aéreas por corpo 
estranho (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; GIGLIO-JACQUEMOT, 2005). 
Os procedimentos de emergências têm como objetivos manter as funções dos sinais vitais 
(pressão arterial e batimentos cardíaco) e evitar o agravamento dos hematomas (machucados) ou 
sintomas (perda da memória, contrações musculares intensas e tontura) da vítima ferida, 
inconsciente ou em perigo de "risco de morte" ou, melhor ainda, "correr o risco de morrer", até que 
ela receba assistência qualificada de um profissional da área da saúde. Este atendimento de 
9 
C
 
 
emergência, deve ser imediato e realizado por uma pessoa preferencialmente habilitada, isto é o 
socorrista (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; FERREIRA; GARCIA, 2001). 
De acordo com o dicionário Aurélio (2010), Urgência é a “qualidade do que é urgente; 
necessidade imediata; aperto”. Em termos médicos (clínicos) uma emergência médica ocorre quando 
há uma situação que não pode ser adiada, como machucado grave ou doença, que necessita ser 
resolvida rapidamente por atendimento médico imediato, pois se houver demora, põe em risco a 
sobrevivência da vítima ferida (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; GIGLIO-JACQUEMOT, 2005). 
Emergência é a circunstância que se faz necessária a intervenção imediata. Em situações 
de emergência médica, a avaliação do machucado ou doença, deve ser realizada com um 
atendimento médico imediato, objetivo e eficaz, pois é uma situação ou problema que põe em causa 
a sobrevivência da vítima ferida (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; GIGLIO-JACQUEMOT, 2005). 
Logo em breve, será abordado a respeito de como atuar em situações de acidentes de 
urgência e emergência de algumas afecções como convulsão, desmaio, fratura e picadas de animais 
peçonhentos. Principalmente, como elas atuam no corpo humano, quais os sinais e sintomas que a 
vítima pode vir a apresentar e a conduta correta de primeiros socorros que se deve aplicar no 
atendimento imediato prestado a uma pessoa vítima de um acidente ou de um mal súbito, visando 
sempre a “recuperação rápida” e “diminuição do sofrimento da vítima”. 
 
Agora você irá estudar nessa 1ª semana (Competência 1) esses conhecimentos de 
medidas gerais de primeiros socorros e em casos específicos de Reconhecimento imediato da Parada 
Cardiorrespiratória (PCR), desmaio, convulsão, fratura e picada de animais peçonhentos como os 
insetos, aranhas, escorpiões, abelhas, lacraias, lagartas, taturanas e cobras entre outros. 
 
1.1 Condutas gerais em primeiros socorros 
Nesta primeira semana (Competência 1) da disciplina de primeiros socorros, é de 
fundamental importância compreender que às medidas gerais de primeiros socorros em situações de 
acidentes de urgência e emergência, são procedimentos que devem ser aplicados a uma pessoa em 
 
Caro (a) estudante imagine que você esteja agora diante de uma situação de 
acidente de uma vítima que foi picada por um animal peçonhento como cobra, 
aranha, escorpião entre outros e que apresentou uma convulsão ou um desmaio. 
Você saberia tomar às decisões corretas de primeiros socorros, visando a 
“recuperação rápida” e “diminuição do sofrimento da vítima” de acidentes ou de 
mal súbito? 
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C
 
 
perigo ou risco de vida, visando manter, controlar, mitigar e monitorar seus sinais vitais, evitando 
assim o agravamento, a “hospitalização longa“ ou “morte“ da vítima acidentada, até queela receba 
assistência definitiva de profissionais especialistas da área da saúde como os médicos e enfermeiros 
(SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). A eficiência das aplicações 
dos primeiros socorros é fundamental para a “recuperação rápida” e a diferença entre “vida e morte” 
da vítima. 
 
É recomendado que sempre após as condutas de primeiros socorros terem sido 
realizadas, independentemente da condição da vítima acidentada, ou seja, por mais que ela aparente 
estar bem, é necessário orientá-la a procurar um serviço especializado hospitalar ou clínica de 
atendimento de emergência como as Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs), para que sejam 
realizados por profissionais especializados da área da saúde como os médicos e enfermeiros, 
avaliações e exames mais aprofundados dos sinais vitais de todos os processos que ocorrem dentro 
do organismo da vítima acidentada (SAUDE.GOV.BR,2020; MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 
2018). 
Você não deve temer ou entrar em pânico diante de uma situação de acidente de urgência 
e emergência. Todo socorrista deve atender com serenidade, compreensão e confiança, pois como 
primeiro passo, é fundamental passar uma sensação de calma e de controle da situação, visando 
tranquilizar a vítima de acidentes ou de mal súbito. Você deve ter sempre em mente que, às medidas 
gerais de primeiros socorros, são realizadas para salvar vidas, através da diminuição do sofrimento e 
complicações futuras, como a “hospitalização longa “ou “morte “da vítima de acidentes ou de mal 
súbito. 
Caro(a) estudante chamo atenção para o fato de que os acidentes comuns do dia a dia ou 
no ambiente de trabalho, não deveriam ocorrer com muita frequência, mas de uma forma geral estes 
são um dos mais sérios problemas de saúde pública. Para você que irá atuar como profissional em 
Segurança do Trabalho, tem como prioridade, tornar os ambientes insalubres (alto grau de perigos e 
riscos) em ambiente salutar (baixo grau de perigos e riscos), através da aplicação e fiscalização das 
Normas Regulamentadoras de segurança às (NR`S) podendo mitigar ou controlar as situações de 
 
Os sinais vitais como a pressão arterial, pulso, temperatura, respiração e dor, 
são sinais vitais que devem ser mantidos, controlados e monitorados, pois sua 
ausência ou alteração pode indicar grave irregularidade temporária ou 
permanente no funcionamento do organismo (SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ, 
2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
11 
C
 
 
perigo ou riscos de acidentes, tornando os ambientes de trabalho mais salutar possível (MUNIZ, 
2019). Lembrando que caso venha a ocorrer uma situação de acidente de urgência e emergência, a 
empresa deverá ter um profissional ou uma equipe de socorristas capacitados, para agirem em 
socorro às vítimas acidentadas. Estes procedimentos básicos para casos de emergências de primeiros 
socorros, é bastante eficaz, pois evita gerar angústia, questionamentos sobre a capacidade individual 
ou coletiva de conseguir mitigar o problema (sinistro ou acidente) e o medo na hora de atuar e 
resolver uma situação de acidente de urgência e emergência (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; 
MOREIRA, 2018). 
De acordo com os Aspectos Legais dos Primeiros Socorros, é sua obrigação moral, atuar 
como socorrista, pois preexiste uma responsabilidade intrínseca com a função de Técnico de 
Segurança do Trabalho e não pode deixar ou parar de socorrer, após iniciar o atendimento de socorro 
(MUNIZ, 2019). 
Apenas com a atitude de ligar para o Serviço de Atendimento de Médico de Urgência - 
SAMU (192) solicitando o socorro, se manter calmo, bem como, acalmar a vítima e procurar ajuda, já 
é uma forma de estar prestando atendimento à vítima acidentada. É como já foi falado, você com os 
conhecimentos das condutas de primeiros socorros, pode salvar vidas (MUNIZ, 2019; SOUSA; 
SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
 
Visando um atendimento de emergência eficaz, que não venha a agravar ainda mais a 
saúde da vítima acidentada e nem do próprio sinistro (acidente), o socorrista deverá ter um 
conhecimento teórico e treinamento prático das técnicas de salvamento, inteirar-se do ocorrido com 
tranquilidade e rapidez, verificar os riscos para si próprio e para a vítima acidentada, e por fim nunca 
se arriscar pessoalmente diante do sinistro (acidente) (BRASIL.GOV, 2020; MUNIZ, 2019; SOUSA; 
SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
 
Infelizmente, a omissão de socorro e a falta de atendimento básico de primeiros 
socorros eficaz, são os principais motivos do sofrimento e complicações futuras, 
como a “hospitalização longa“ ou “morte“ da vítima de acidentes ou de mal 
súbito. ( SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ, 2019, SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
12 
C
 
 
 
Durante um atendimento de primeiros socorros e análise do quadro da gravidade da 
vítima acidentada, deve-se sempre procura checar com bastante atenção tudo que se nota ao 
examinar uma vítima, como os sinais vitais da pressão arterial, pulsação, alteração de temperatura 
do corpo (frio ou quente), respiração e dor, além de outros aspectos visíveis que a pele ou as 
pálpebras dos olhos pode a vim apresentar, como hematomas, palidez, suor frio e turvação visual, 
além do mais todos os sintomas ou às anomalias do organismo da vítima, como pôr exemplos 
náuseas, vômitos e tonturas, também deve ser observado (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 
2018). 
Observe as condutas gerais de primeiros socorros (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; 
MOREIRA, 2018): 
• Quando se aproximar da vítima, verifique se há condições seguras para a prestação 
do socorro, e se o local não apresenta mais riscos de acidentes, como por exemplo: 
Fios elétricos soltos e desencapados; vazamento de gás; máquinas funcionando 
(JANDAIADOSUL, 2015). É fundamental ter muita atenção nesta etapa, pois a 
segurança do socorrista ou prestador de socorro precisa estar em primeiro lugar, 
para não haver o risco de que ele venha a ser mais uma vítima acidentada; 
• Avaliar o local do acidente; 
• Manter a calma e usar bom senso para organizar as ideias e conseguir atuar; 
• Proteger a vítima do perigo. 
• É importante transmitir para a vítima acidentada tranquilidade, confiança e 
segurança, sempre mantê-lo informado que o serviço especializado está a caminho; 
• Ligar para um atendimento especializado, como o SAMU que visualizamos a 
ambulância na imagem a seguir (Na maioria das regiões do Brasil, os telefones de 
emergência: SAMU – 192; Bombeiros – 193 e Polícia Militar – 190); 
• Usar os conhecimentos e técnicas adquiridos sobre primeiros socorros; 
• Agir rapidamente, porém dentro de seus limites e sem “pular” etapas; 
 
Prestador de socorro: Pessoa leiga (não habilitada), mas com o mínimo de 
conhecimento capaz de prestar atendimento à uma vítima até a chegada do 
socorro especializado. 
Socorrista: Titulação utilizada dentro de algumas instituições, sendo de caráter 
funcional ou operacional, tais como: Corpo de Bombeiros, Cruz Vermelha 
Brasileira, Brigadas de Incêndio, etc. (SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ, 2019; 
SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
 
13 
C
 
 
• Não tentar fazer sozinho mais do que é possível, aceitar e até mesmo solicitar a 
colaboração de outras pessoas. Em muitas situações será complicado agir sozinho; 
• Saber improvisar, com os recursos disponíveis; procurar usar Equipamentos de 
proteção individual – EPI como luvas de PVC ou borracha, óculos, viseiras de 
segurança, máscaras, calçados de couro (botas ou sapatos) com ou sem biqueira de 
aço, botas de PVC, vestimentas ou fardamentos (calça, camisa, batas ou jaleco do 
tipo hospitalares), entre outros, para evitar contato direto com sangue ou outras 
secreções. 
• Afastar os curiosos. 
 
Figura 01 - Ambulância do SAMU. 
Fonte: https://www.e-farsas.com/samu-informa-acrescente-aa-emergencia-no-seu-celular.html 
Descrição: A imagem mostra uma ambulância do SAMU, nas cores vermelho e branco e com sirene, parada em um 
estacionamento.Caro(a) estudante, ao discar para o Serviço de Atendimento de Médico de Urgência - 
SAMU (192) solicitando o socorro, você está ligando para uma central de regulação, onde se 
encontram os profissionais treinados para realizar o atendimento e médicos que darão as orientações 
de primeiros socorros por telefone. Estes profissionais definem o tipo de atendimento, o tipo de 
ambulância e equipe adequada a cada caso de urgência (BRASIL.GOV, 2020; SOUSA; SIMÕES; 
MOREIRA, 2018). Nos casos graves, será enviada uma USA (Unidade de Suporte Avançado), com 
Médico e Enfermeiro, que avisa ao hospital público mais próximo, da urgência da continuidade do 
atendimento (SAUDE.GOV.BR, 2020; WEBDICIONARIO, 2020). 
Chamamos atenção, que durante o atendimento de primeiros socorros e análise do 
quadro da gravidade da vítima, não deverá ser fornecido medicamentos de forma alguma e as 
condutas invasivas ou imprudentes não devem ser realizadas. A finalidade do atendimento de 
primeiros socorros é preservar a vida, restringir os efeitos da lesão e promover a recuperação da 
vítima! 
14 
C
 
 
Observe as condutas gerais para a remoção e resgate de vítima de acidentes ou de mal 
súbito: 
Pode-se adotar como regra básica, a não remoção da vítima do local do acidente (sinistro) 
até que todo o processo de remoção tenha sido devidamente organizado, isto é, se tenha acesso a 
um veículo do Serviço de Atendimento de Médico de Urgência - SAMU (192). No entanto a remoção 
de emergência e urgência deverá ser feita se: Houver perigo de incêndio ou incêndio (fogo intenso); 
Presença de materiais perigosos ou explosivos; O local do acidente oferecer perigo a vítima ou ao 
socorrista; A ambulância não puder chegar ao local (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
A Norma Regulamentadora de segurança – NR 07, estabelece a obrigatoriedade de 
elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam 
trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, 
com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores 
(GUIATRABALHISTA, 2020). A Norma Regulamentadora de segurança – NR 07, em seu item 7.5.1 
preconiza que todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos 
primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida, isto é, o grau e tipo 
de risco que atividade de produção industrial está classificada. O material deve ser guardado ou 
mantido em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para utilizá-lo (GUIATRABALHISTA, 
2020). 
A Norma Regulamentadora de segurança – NR 32, estabelece que Serviço de Saúde seja 
“qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população como às unidades 
de atendimentos (centro de saúde, ambulatório de convênio, etc) ou Unidade de Pronto Atendimento 
(UPA)” (TRABALHO.GOV, 2020). As UPAs funcionam 24h e são integrantes do componente hospitalar 
fixo (SAUDE.GOV.BR, 2020). 
 
Na Caixa de primeiros socorros podem ter vários itens (materiais ou utensílios) mantidos 
limpos e secos, mas alguns devido a sua importância não podem faltar, pois são considerados 
fundamentais para realizar um atendimento a vítima de acidente, como por exemplos: sabão neutro, 
açúcar, saco plástico, algodão, gaze, esparadrapo, compressa de gaze, curativos adesivos, tesoura, 
atadura, soro fisiológico, luvas de látex, pinça, lente de aumento (lupa), lanterna pequena e pilhas 
 
Caro(a) estudante, gostaria que neste momento respondesse. Quais são os 
materiais ou utensílios de primeiros socorros? Caso você precisasse realizar um 
atendimento a uma vítima de acidente, quais são os materiais ou utensílios que 
você acharia que seria necessário conter em uma caixa de primeiros socorros? 
15 
C
 
 
reservas, fósforos, manta térmica, pacote de gelo químico, termômetro oral e retal e talas para 
imobilização, de tamanhos variados (MUNIZ, 2019; UNICAMP, 2013; UNIFENAS, 2007). 
 
Figura 02 - Caixa de primeiros socorros. 
Fonte: https://www.americanas.com.br/produto/34840358/maleta-caixa-primeiros-socorros-de-medicamentos 
Descrição: A imagem mostra uma maleta branca com gaze, esparadrapo, algodão e outros materiais para prestação de 
primeiros socorros. 
 
 
1.2 Reconhecimento imediato da Parada Cardiorrespiratória (PCR) 
 
O Reconhecimento imediato da Parada Cardiorrespiratória (PCR), ocorre quando o 
coração não consegue bombear sangue suficiente para manter o cérebro e demais órgãos 
funcionando. A pessoa fica inconsciente e sem respiração (falta de ar ou oxigênio), faz-se necessária 
a reanimação cardiopulmonar precoce, com ênfase na combinação da ventilação artificial com 
compressões torácicas externas sobre o peito da vítima e rápida desfibrilação com uso do 
desfibrilador externo automático (DEA) (EXTRA.GLOBO, 2020; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
As condutas gerais de primeiros socorros a vítima de parada cardiorrespiratória – (PCR), 
(MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018): 
 
• Diagnóstico inicial da vítima: 
Verifique se: 
A vítima está consciente? 
A vítima apresenta pulso? 
A vítima está respirando? 
 
Caro(a) estudante, você sabe fazer um reconhecimento imediato da parada 
cardiorrespiratória (PCR)? Alguma vez na vida você já apresentou ou presenciou 
alguém se sentindo mal, devido à falta de ar (oxigênio) nos pulmões? 
16 
C
 
 
A via aérea da vítima está desobstruída? 
 
• As novas diretrizes da Associação Americana do Coração (American Heart Association 
– AHS; 2015) sugere a sequência: 
 
1. Massagem cardíaca; 2. Desobstrução de vias aérea; 3. Boa ventilação. 
 
PASO A PASO DA MASSAGEM CARDÍACA 
 
Figura 03 - Passo a passo para a realização de compressões torácicas (Massagem cardíaca). 
Fonte: (EXTRA.GLOBO, 2020). 
Descrição: A imagem mostra o passo a passo para a realização de compressões torácicas (Massagem cardíaca), onde 
temos no item 2, uma socorrista telefonando para o SAMU (192) e verificando se a vítima não respira e não reage. 
 
17 
C
 
 
 
Figura 04 – Continuação do passo a passo para a realização de compressões torácicas (Massagem cardíaca). 
Fonte: (EXTRA.GLOBO, 2020). 
Descrição: A imagem mostra a continuação do passo a passo para a realização de compressões torácicas (Massagem 
cardíaca), onde temos no item 4, uma socorrista com os braços, palmas das mãos e dedos estendidos e posicionados na 
linha mamilar (sobre o peito) da vítima, para realizar a compressões torácicas. 
 
Segundo o novo protocolo de salvamento de vítimas de parada cardíaca da Associação 
Americana do Coração (American Heart Association – AHS; 2015), inclui só apenas a compressão 
torácica e não mais a respiração boca a boca (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
 
• Abra as vias aéreas, só em casos de urgência e emergência clínica (SOUSA; SIMÕES; 
MOREIRA, 2018). 
 
Em caso de vítima de PCR clínica, fazer a hiperextensão do pescoço (Inclinação da Cabeça 
e Elevação do Queixo) da vítima; em caso de vítima de PCR pós trauma (depois do PCR), NUNCA fazer 
a hiperextensão do pescoço da vítima; colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e a outra com 
as pontas dos dedos na mandíbula; a mão que estiver espalmada na testa será a responsável pela 
maior parte da força, apenas para apoio e direção (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
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C
 
 
 
Figura 05 – Situação de primeiros socorros de abertura das vias aéreas. 
Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-
HOSPITALAR.pdf 
Descrição: A imagem representa duas situações (A e B), primeira (A) mostra um manequim representando uma vítima 
com dificuldade de respirar, a segunda (B) mostra as mãos de um socorrista realizando uma abertura das vias aéreas, 
onde um manequim (vítima) está deitado de frente do socorrista, que coloca as mãos sobre a cabeça da vítima, para 
realizar a “manobra da mandíbula”. 
 
• Abertura de via aéreaem casos de trauma 
 
Para abertura de via aérea em casos de trauma, o socorrista deverá se colocar atrás da 
cabeça da vítima, apoiando os cotovelos sobre a superfície na qual ela está deitada. Se a boca da 
vítima permanecer fechada, o queixo e o lábio inferior dever ser retraídos com o auxílio dos 
polegares. A “manobra da mandíbula” é indicada só quando há SUSPEITA DE TRAUMA da coluna 
cervical (músculos do pescoço) com a base do crânio (cabeça). Deve-se realizar sem dorso (flexão ou 
movimentação excessiva do tronco e cabeça). Se após fazer estas medidas a respiração não voltar 
espontaneamente, deve-se continuar a sequência do atendimento (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; 
SZPILMAN, 2010). 
 
Figura 06 – Situação de primeiros socorros de abertura das vias aéreas em casos de trauma. 
Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-
HOSPITALAR.pdf 
Descrição: A imagem representa uma situação de abertura das vias aéreas em casos de trauma, onde mostra um 
manequim (vítima) com dificuldade de respirar e dois socorristas com as mãos realizando uma abertura das vias aéreas 
em casos de trauma, o manequim (vítima) está deitado de frente dos socorristas, que coloca as mãos sobre a cabeça da 
vítima, para realizar a “manobra da mandíbula com elevação do queixo e com estabilização de coluna”. 
 
• Verifique se há respiração (espere 3-5 segundos) 
19 
C
 
 
• Ventilação artificial: É a técnica de ventilação de emergência que pode salvar vidas. 
Você pode realizar a ventilação artificial utilizando às máscaras de Bolso, Ambu e 
Ressucitation face Shield. 
 
Figura 07 – Modelos de máscara utilizadas para realizar ventilação artificial. 
Fonte: (ESCOLAELECTRA, 2010). 
Descrição: A foto mostra três modelos de máscara utilizadas para realizar ventilação artificial, a primeira é uma Máscara 
de bolso, a segunda é uma Máscara de Ambu e a terceira máscara de Resuscitation face shield. 
 
 
• Técnica de ventilação com Ambu 
Escolher a máscara facial compatível com o rosto da pessoa, evitando produzir 
vazamento, mesmo se aplicadas de forma correta; conectar o Ambu à fonte de oxigênio; estabilizar 
a coluna cervical com joelhos; aplicar pressão na máscara em direção à face do indivíduo, com o 
polegar e o dedo indicador; apreender a mandíbula com o restante dos dedos e tracioná-la 
anteriormente de forma a abrir a via respiratória; realizar a extensão da cabeça, se não houver 
contraindicação; aplicar pressão no reservatório com a outra mão, de modo a oferecer o volume do 
reservatório em um segundo; e após permitir a expiração, manter a frequência respiratória indicada 
para o caso (MANUAL OPERACIONAL DE BOMBEIROS, 2016). 
 
Figura 08 – Técnica para ventilação com respirador manual, utilizando reservatório e máscara facial. 
Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-
HOSPITALAR.pdf 
Descrição: A imagem representa uma situação demonstração da Técnica para ventilação com respirador manual, 
utilizando reservatório e máscara facial, onde mostra um manequim (vítima) com dificuldade de respirar, posicionado 
na frente de um socorrista ajoelhado, que está com a mão direita sobre a face da vítima e a esquerda sobre uma 
Máscara de Ambu, realizando uma ventilação artificial. 
 
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O Desfibrilador Externo Automático – DEA, é um equipamento eletrônico portátil, cujo a 
função é identificar o ritmo cardíaco (pulsação), realiza a leitura automática por pás adesivas que são 
fixadas no tórax da vítima. É recomendado que o socorrista faça um curso de Suporte Básico em 
parada cardíaca. Após ligado, ele dá instruções verbais para serem executadas. Identifica 
automaticamente o ritmo cardíaco normal e as arritmias (anormais) potencialmente letais (de morte) 
(Fibrilação Ventricular- FV e Taquicardia Ventricular- TV) (ANVISA, 2020; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 
2018). O DEA é bastante usado nos PCRs de adultos, com ritmo inicial de Fibrilação Ventricular (FV) 
ou Taquicardia Ventricular (TV) com ausência de pulsação, portador de desfibrilação precoce e 
necessidade da compressão torácica. Nesta situação, se você for habilitado e tiver à sua disposição o 
DEA, recomendo utilizá-lo (ANVISA, 2020; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). A seguir as etapas 
recomendadas durante atualização do aparelho DEA. 
 
1. Posicionar as placas no tórax do paciente, conforme a indicação nelas existente; 2. Ligar 
o aparelho, ele fará uma análise da situação da vítima e dará as instruções como: a) continue as 
compressões ou; b) compressões ineficientes (isso quer dizer que precisa de mais vigor e velocidade) 
ou; c) afaste-se, para que o equipamento efetue o choque (ANVISA, 2020; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 
2018). 
 
Figura 09 – Foto de manequim (Boneco adulto) com o Desfibrilador Externo Automático fixadas no tórax – DEA. 
Fonte: (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
Descrição: Boneco adulto com o Desfibrilador Externo Automático fixadas no tórax – DEA usados nos treinamentos 
práticos de Parada Cardiorrespiratória - (PCR). 
 
 
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Figura 10 – Imagem anatômica do coração. 
Fonte: (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
Descrição: Imagem anatômica do coração, mostrando uma condução sanguínea normal. 
 
 
Figura 11 – Imagem do resultado da análise de Taquicardia Ventricular (TV) normal. 
Fonte: (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
Descrição: Imagem do resultado da análise de Taquicardia Ventricular (TV) normal, mostrando os sinais de ritmo 
normal. 
 
 
Figura 12 – Imagem do resultado da análise de Taquicardia Ventricular (TV) anormal. 
Fonte: (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
Descrição: Imagem do resultado da análise de Taquicardia Ventricular (TV) anormal, mostrando os sinais de ritmo 
anormal. 
 
 
Figura 13 – Imagem do resultado da análise de Fibrilação Ventricular- FV (anormal). 
Fonte: (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
Descrição: Imagem do resultado da análise de Fibrilação Ventricular- FV (anormal), mostrando os sinais de ritmo 
anormal. 
 
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1.3 Desmaio 
 
A maior parte das pessoas ou já apresentou ou presenciou alguém com as sintomatologias 
de desmaio propriamente dito ou pelo menos uma sensação de que estaria prestes a desmaiar. 
O desmaio pode ocorrer repentinamente ou precedido de sinais de avisos como a perda 
dos sentidos, tontura, ver pontos escuros, náuseas, palidez e sudorese; o desfalecimento que em 
geral não ultrapassa uns cinco minutos. Um indivíduo pode vim a desmaiar devido a fatores 
emocionais, quando o fluxo sanguíneo ou oxigênio para o cérebro é interrompido e falta de glicose. 
Dentre as muitas causas que geram estes fenômenos sintomatológicos de desmaio, pode-se citar o 
excesso de calor, a fadiga e o jejum prolongado (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018 
UNICAMP, 2013). 
Observe as condutas gerais de primeiros socorros a vítima de desmaio (MUNIZ, 2019; 
SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013): 
• Afaste a vítima de local que proporcione perigo, como escadas e janelas; 
• Sente-a, abaixe a cabeça e faça leve pressão na nuca para baixo ou deite-a de barriga 
para cima e eleve as pernas acima do tórax, para que a cabeça fique mais baixa em 
relação ao restante do corpo e o cérebro receba um aporte sanguíneo maior, como 
se observa na imagem a seguir; 
• Vire a cabeça da vítima de lado para facilitar a respiração e evitar que a aspiração de 
secreções que possam sufocar. 
• Afrouxe as roupas da vítima para melhorar a circulação e mantenha o local arejado; 
 
ATENÇÃO: O DEA NÃO FUNCIONARÁ EM CASO DE PARADA 
CARDIORRESPIRATÓRIA - PCR, ele só funciona em casos de fibrilação ventricular 
- FV e taquicardia ventricular - TV. Portanto, após a análise do ritmo cardíaco, se 
ele não comandar um choque, inicie e mantenha a massagem cardiaca, até a 
chegada de uma equipe de emergência (Sousa; Simões; Moreira, 2018). 
 
Caro(a) estudante, alguma vez na vida você já apresentou ou presenciou alguém 
com asseguintes sintomatologias de desmaio como: escurecimento da visão, 
suor abundante, palidez, falta de forças, relaxamento muscular, pulso fraco, 
respiração superficial e perda da consciência? 
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• Quando a vítima retomar a consciência, não permita que se levante sozinha por, pelo 
menos por 10 minutos, oriente a vítima a permanecer sentada, antes de ficar em pé, 
para evitar um novo desmaio; 
• Não é recomendado sacudir a vítima para despertá-la de forma brusca e nem jogar 
água no rosto sobre ela, pois pode causar afogamento por falta de reflexos. 
• Caso ela demore para despertar, chame por ajuda e ligue para o serviço de 
emergência de saúde (SAMU – 192) e siga corretamente as recomendações. 
 
 
Figura 14 - Conduta em situação de desmaio. 
Fonte: https://md.uninta.edu.br/geral/primeirossocorros/#/frequencia-respiratoria 
Descrição: A imagem mostra uma vítima de desmaio sentada em uma cadeira com a cabeça baixa, realizando uma leve 
pressão na nuca. 
 
 
 
 
Figura 15 - Conduta em situação de desmaio. 
Fonte: https://firstaid2015.wordpress.com/2015/10/29/perda-subita-de-consciencia-lipotimia/ 
Descrição: A imagem mostra uma prestadora de socorro colocando as pernas de uma vítima de desmaio, que está 
deitada no chão de barriga para cima, em cima de uma cadeira. 
 
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1.4 Convulsão 
Caro(a) estudante, você já presenciou, assistiu em vídeos de internet ou televisão, e até 
mesmo ter ouvido relatos de pessoa em crises de convulsão. Esta pessoa pode apresentar durante 
uma crise inúmeras contrações involuntárias de vários músculos do corpo, causadas por alterações 
nas funções cerebrais. Em geral as crises de convulsão não duram mais do que cinco minutos e têm 
início súbito, baixo índice de mortalidade (SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ, 2019). 
As crises de convulsão nas crianças, pode esta relacionadas na maioria das vezes a 
epilepsia (afecção que se manifesta por crises de perda da consciência) e altas temperaturas. Mas 
também pode ser provocada por outros fatores como a desidratação grave, tumores cerebrais, 
intoxicação ou reação a medicamentos e a hipoglicemia severa que é um distúrbio provocado pela 
baixa concentração de glicose no sangue, esta substância glicose (é um carboidrato (açúcar) do tipo 
monossacarídeo de fórmula molecular: C6H12O6) é a principal fonte de energia para os organismos 
vivos, encontrada em plantas e nos seus frutos (SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ, 2019). 
Os sinais e sintomas da convulsão geralmente estão relacionados a → sensação de “dejà 
vu”, inconsciência, perda da memória, contrações musculares intensas, dentes cerrando, grande 
produção de saliva. A vítima de convulsão, também poderá vir a ter vômito, urina e defecação 
(SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ, 2019). 
 
Observe as condutas gerais de primeiros socorros em vítima de convulsão (MUNIZ, 2019; 
SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018): 
• Primeiramente deve-se deitar a vítima para evitar quedas e traumas; 
• Remova os objetos da vítima e do ambiente para evitar que ela se machuque; 
• Proteja a cabeça da vítima com as mãos, travesseiros ou panos; 
 
Caso a vítima de desmaio não esteja como os seus sentidos recuperados em 
torno de 5 minutos, pegue um copo e faça uma mistura, com um pouco de água 
e muito açúcar e depois coloque abaixo da língua da vítima. O açúcar contém 
glicose, que deverá fornecer energia para o organismo da vítima acidentada. 
 
A vítima de convulsão pode ter sensação de dejà vu antes de convulsionar. A 
sensação de dejà vu pode leva a vítima de convulsão, ter a sensação de ver locais 
estranhos, se tornarem familiares ou quando a vítima sempre que sente um 
gosto ou cheiro estranho (MUNIZ, 2019). Quando essa sensação de dejà vu 
ocorre, ela já sabe que pode sofrer uma convulsão. 
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C
 
 
• Vire a cabeça da vítima com o objetivo de drenar secreções e promover melhor 
abertura das vias aéreas; 
• Afrouxe as roupas da vítima, arejar o ambiente e afastar curiosos; 
• Reduza a estimulação sensória, como luzes e barulhos; 
• Permita que a pessoa descanse após a crise; 
• Não colocar a mão (dedos) e sal na boca da vítima; 
• Não imobilize os membros da vítima. 
• Não ofereça água e alimentos logo após a crise. 
 
1.5 Ataque cardíaco 
Um ataque cardíaco ocorre quando há uma redução drástica ou interrupção do sangue a 
uma parte do músculo estriado cardíaco que é o tipo de tecido muscular que forma as camadas 
musculares do coração, conhecida por miocárdio, essa redução é provocada pela obstrução e 
espasmos (contração muscular involuntária) em uma das artérias coronarianas que fornecem sangue 
ao coração. As razões da obstrução são os depósitos de gordura ao longo da parede interna da artéria 
coronariana, onde ocorre a circulação do sangue nos vasos sanguíneos do músculo cardíaco 
miocárdio (SAUDE.GOV.BR, 2020; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013). 
Os sinais e sintomas de ataque cardíaco são: Pressão desconfortável, sensação de estar 
cheio, aperto, ou dor no centro do peito com duração de 2 minutos ou mais, podendo iniciar e parar; 
A dor pode espalhar-se para um dos ombros, pescoço, mandíbula inferior ou braços; fraqueza, 
tontura, suor, náusea, respiração curta (SAUDE.GOV.BR, 2020; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; 
UNICAMP, 2013). 
Caro(a) estudante, o reconhecimento precoce dos sinais e sintomas de ataque cardíaco 
não é muito fácil de reconhecer, mas se você suspeitar que estar diante de uma vítima que 
apresentam os sinais e sintomas de ataque cardíaco, é recomendado procurar ajuda médica 
imediatamente (SAMU – 192) ao invés de esperar. A remoção da vítima de um ataque cardíaco, não 
 
Caro(a) estudante, espero que tenha gostado e entendido às condutas gerais 
que o prestador de primeiros socorros deve proceder diante de vítima em 
estado de convulsão? Agora você pode ampliar um pouco mais o conhecimento 
acessando os links destes vídeos abaixo: 
https://www.youtube.com/watch?v=c6INfcHX6-E 
https://www.youtube.com/watch?v=AMTPs_-NXyg 
 
https://www.youtube.com/watch?v=c6INfcHX6-E
https://www.youtube.com/watch?v=AMTPs_-NXyg
26 
C
 
 
se faz necessária, a menos que seja para posicioná-la no chão ou assoalho, visto que o atendimento 
de primeiros socorros deve ser realizado sobre uma superfície sólida (SAUDE.GOV.BR, 2020; SOUSA; 
SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013). 
 
 1.6 Derrame: Acidente vascular cerebral (AVC) 
O Derrame ou Acidente vascular cerebral (AVC) ocorre por causa de obstrução nas 
artérias cerebrais, levando à sintomas que dependem da área do cérebro atingida, mas em geral são: 
cefaleias intensas, caracterizada por crises de dor intensa, latejante, que geralmente acomete apenas 
um lado da cabeça (mas pode acometer os dois lados); fraqueza ou torpor súbitos na face, braço e 
perna de um lado do corpo; perda da consciência; dificuldade para falar ou para entender palavras; 
diminuição ou perda da visão, em um só olho; pupilas desiguais; tontura, falta de firmeza nas pernas 
ou quedas; dor de cabeça repentina muito forte, e muitas vezes, a pessoa pode desmaiar (TUASAUDE, 
2020; SAUDE.GOV.BR, 2020). 
Caro(a) estudante, o reconhecimento precoce dos sinais e sintomas de derrame não é 
muito fácil de reconhecer, mas, se você suspeitar que está diante de uma vítima que apresenta alguns 
desses sinais falados anteriormente, é recomendado procurar ajuda médica imediatamente (SAMU 
– 192) ao invés de esperar, para evitar sequelas graves, como ficar paralisado ou não falar e, em 
alguns casos, podem permanecer para toda a vida, diminuindo a qualidade de vida da pessoa. 
 
1.7 Fratura óssea 
A fratura óssea ocorre quando há uma ruptura total ou parcial de qualquer osso, que em 
geral pode ser provocado devido à queda, impacto ou movimento violento com esforço maior que o 
osso suporta. O primeiro socorro às vítimas de acidente com fraturas óssea, consiste em impedir o 
deslocamento das partes quebradas, evitando assim o aumento da gravidade dalesão (MUNIZ, 2019; 
UNICAMP, 2013). 
A fratura óssea pode ser classificada em: 
• Fechada ou interna – sem exposição óssea, a pele fica intacta. 
• Aberta ou exposta – o osso está ou esteve exposto, atravessou a pele. 
Uma vítima de acidente com fratura óssea pode apresentar em geral a seguinte 
sintomatologia → deformações, edema, espasmo da musculatura, feridas, dor à manipulação, 
crepitação óssea, incapacidade de movimentação, diminuição da sensibilidade e dormência ou 
27 
C
 
 
formigamento, palidez e redução da temperatura no membro afetado (MUNIZ, 2019; UNICAMP, 
2013). 
 
Observe as condutas gerais de primeiros socorros em vítima apresentado fratura óssea 
(MUNIZ, 2019; UNICAMP, 2013): 
• Avaliar a segurança do local; 
• Evitar movimentar a área fraturada; 
• Expor a zona da lesão (desapertar ou se necessário o caso retirar ou cortar a roupa); 
• Preocupar-se sempre em checar a presença de pulso e sensibilidade próximos ao 
local; 
• Aplicar compressa fria (reduz o edema, a dor e a progressão do hematoma); 
• No caso das entorses e luxações, caso possua bolsa de gelo, colocá-la sobre o local 
lesionado; 
• No caso das fraturas abertas, controlar eventual hemorragia antes de iniciar a 
imobilização; 
• Imobilizar a região (fraturas, entorses e luxações) com tala moldável e atadura. O 
aparelho de imobilização deve atingir as duas articulações próximas à fratura (acima 
e abaixo), visando estabilizar o local lesionado, evitando qualquer movimento da 
parte atingida. Amarre as talas com ataduras de forma firme, mas sem apertar; 
• Observar a pulsação nas extremidades dos membros, para verificar se a tala não ficou 
muito apertada impedindo a circulação; 
• Não tentar colocar o osso no lugar; 
• Não oferecer alimento ou água à vítima, pela possibilidade de cirurgia; 
• Transportar imediatamente a vítima ao atendimento hospitalar. 
 
Abaixo observa-se as imagens que demonstram como realizar algumas imobilizações. 
 
 
Edema: acúmulo anormal de líquido nos tecidos do corpo, popularmente 
chamado de inchaço (MUNIZ, 2019; UNICAMP, 2013). 
Espasmo da musculatura: contração involuntária e súbita de um músculo 
(MUNIZ, 2019; UNICAMP, 2013). 
Crepitação óssea: estalido provocado por ossos fraturados (MUNIZ, 2019; 
UNICAMP, 2013). 
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C
 
 
 
Figura 16 - Imobilização do braço. 
Fonte: https://www.prociv.azores.gov.pt/fotos/documentos/1490290633.pdf 
Descrição: A imagem mostra um adulto em três momentos. No primeiro demonstrando ele com um pano na cor 
vermelha, passado pelo pescoço e envolvendo o braço lecionado e no segundo com uma tala gessada e um pano para 
realizar uma imobilização de braço, no terceiro a imobilização feita tendo o segundo pano na cor laranja, passado pelas 
costas e envolvendo o braço sustentando a tala. 
 
 
 
Figura 17 - Imobilização da mão e do antebraço. 
Fonte: https://www.prociv.azores.gov.pt/fotos/documentos/1490290633.pdf 
Descrição: A imagem mostra a imobilização da mão e do antebraço de um adulto em quatro momentos. No primeiro o 
braço está apoiado sobre um suporte rígido, no segundo panos na cor azul, envolvem o braço em duas voltas, no 
terceiro momento é dado a terceira volta e o suporte em três pontos e no quarto a imobilização está pronta com o 
braço devidamente fixado no suporte rígido pôr panos amarrados em três alturas diferentes. 
 
 
 
Figura 18 - Imobilização da perna. 
Fonte: https://www.prociv.azores.gov.pt/fotos/documentos/1490290633.pdf 
Descrição: A imagem mostra uma vítima com uma imobilização completa do pé e da perna, abordando toda a extensão 
dos membros. 
 
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1.8 Picada de animais peçonhentos 
Muitas espécies de animais peçonhentos estão presentes na flora brasileira, entre estes 
serão destacados no estudo, as espécies de animais peçonhentos como os insetos: aranhas, 
escorpiões, abelhas, lacraias, lagartas taturanas e cobras, entre outros. Essas espécies de animais 
possuem mecanismos de defesa que contém peçonhas ou venenos, as quais pode causar dor, 
intoxicação e, se não houver uma ação imediata de primeiros socorros, a situação pode se agravar 
até a morte da vítima infectada (MUNIZ, 2019; FIOCRUZ, 2003). 
 
1.8.1 Insetos 
A vítima de picada de insetos peçonhentos como por exemplo às abelhas e formigas, em 
geral pode apresentar no local da picada dor, coceira, edema e pápulas. Em casos de maior gravidade, 
a vítima pode apresentar reações de caráter sistêmico com a presença de edema das vias 
respiratórias e consequente insuficiência respiratória aguda, caracterizada pelo aparecimento de 
disfunção súbita do sistema respiratório, comandado pelos pulmões, que é responsável por fazer a 
troca de gás carbônico por oxigênio no organismo humano (MUNIZ, 2019; FIOCRUZ, 2003). 
As condutas indicadas que o prestador de primeiros socorros pode realizar em casos de 
vítima de picada de insetos peçonhentos são, a retirada do ferrão com uma pinça e aplicação de gelo 
no local. Deve-se tomar uma atenção especial para os casos de picadas múltiplas, pessoas alérgicas e 
picadas na boca ou garganta (devido ao risco de asfixia), que necessitam de cuidados especiais e 
encaminhamento a serviços especializados do Serviço de Atendimento de Médico de Urgência - 
SAMU (192) e hospitais de pronto atendimento de emergência. 
 
Caro(a) estudante, espero que tenha gostado e entendido às condutas gerais 
que o prestador de primeiros socorros deve proceder diante de vítima 
apresentado fratura óssea. Agora você pode conhecer um pouco da realidade 
de situações de fraturas ósseas em um ambiente de trabalho? Acesse o link 
abaixo e faça a leitura do artigo científico “Acidentes e agravos à saúde dos 
idosos nos ambientes de trabalho”. 
https://www.researchgate.net/profile/Maria_Marziale/publication/242165751
_ACCIDENTES_Y_AGRAVIOS_A_LA_SALUD_DE_LOS_ANCIANOS_EN_LOS_AMBIE
NTES_DE_TRABAJO/links/0c96053888eb83ba13000000.pdf?inViewer=0&pdfJs
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1.8.2 Aranhas, escorpiões, lacraias e lagartas 
Animais peçonhentos são aqueles que produzem peçonha (veneno) e têm condições 
naturais para injetá-la em presas ou predadores. Essa condição é dada naturalmente por meio de 
dentes modificados, aguilhão, ferrão, quelíceras, cerdas urticantes, nematocistos entre outros 
(SAUDE.GOV.BR, 2020). A vítima de picada de aranha, lacraias, lagartas e escorpião pode apresentar 
náusea, vômito, dor, dormência local, edema e suor abundante. Nos casos que envolva vítima de 
picada de aranhas, escorpiões, lacraias e lagartas, é fundamental que a vítima seja mantida em 
repouso e seja imediatamente transportado para uma unidade de serviços especializados do Serviço 
de Atendimento de Médico de Urgência - SAMU (192) ou hospitais de pronto atendimento de 
emergência para aplicação do soro específico de cada espécie de animal peçonhento, caso seja 
necessário. A gravidade do acidente está diretamente relacionada à proporção entre a quantidade 
de veneno injetado e a massa corporalda vítima picada (MUNIZ, 2019; FIOCRUZ, 2003). 
Se possível, levar ao Serviço de Atendimento de Médico de Urgência - SAMU (192) ou 
hospitais o animal peçonhento que provocou o acidente para identificação adequada da espécie. 
Os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil são algumas espécies de 
(SAUDE.GOV.BR, 2020; MANUAL OPERACIONAL DE BOMBEIROS, 2016): 
• Serpentes; 
• Escorpiões; 
• Aranhas; 
• Lepidópteros (mariposas e suas larvas); 
• Himenópteros (abelhas, formigas e vespas); 
• Coleópteros (besouros); 
• Quilópodes (lacraias); 
• Peixes peçonhentos e venenosos; (baiacu, bagres, arraias e tubarões) 
• Cnidários ou celenterados (filo Cnidaria) (águas-vivas e caravelas). 
 
 
Pápulas: pequenas elevações ou lesão sólidas e limitadas na pele, com menos 
de 1 cm de diâmetro. 
Asfixia: dificuldade ou incapacidade de respirar. 
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Esses animais possuem presas, ferrões, cerdas, espinhos entre outros, capazes de 
envenenar as vítimas. 
 
Figura 19 – Aranha Viúva negra. 
Fonte: https://www.hipercultura.com/conheca-as-5-aranhas-mais-venenosas-do-brasil/ 
Descrição: A imagem mostra uma Aranha Viúva negra de cor marrom com manchas vermelhas sobre um galho de 
árvore. 
 
Figura 20 – Escorpião. 
Fonte: https://www.meusonhar.com.br/sonhar-escorpiao/ 
Descrição: A imagem mostra um escorpião marrom em um terreno arenoso. 
 
 
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Figura 21 – Lacraia. 
Fonte: http://www.vitalbrazil.rj.gov.br/lacraias.html 
Descrição: A imagem mostra uma lacraia marrom sobre um tronco de árvore. 
 
 
Figura 22 – Lagarta taturana. 
Fonte: http://www.ambientelegal.com.br/perigo-no-tronco-das-arvores/ 
Descrição: A imagem mostra uma lagarta taturana verde sobre uma folha de árvore. 
 
1.8.3 Cobra 
As picadas de cobras em geral são reconhecidas pela marca dos dentes na pele, pela dor 
e pelo edema (lesão) que é formado no local afetado. Toda picada de cobra, mesmo sem qualquer 
sintoma, merece atendimento médico em unidades de serviços de saúdes, visando sempre a 
identificação da espécie, e caso necessário para uma espécie peçonhenta, o soro de tratamento 
antiofídico específico (MUNIZ, 2019; FIOCRUZ, 2003). 
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Figura 23 – Cobra coral. 
Fonte: https://radiofraiburgo.fm.br/crianca-e-picada-por-cobra-coral-enquanto-brincava-com-amigos-em-concordia/ 
Descrição: A imagem mostra uma cobra coral com as cores vermelho, branco e preto em um terreno arenoso. 
 
 
Observe as condutas gerais de primeiros socorros em vítima de picada de cobras (MUNIZ, 
2019; FIOCRUZ, 2003): 
• Manter a vítima calma e em repouso (para dificultar a circulação e absorção do 
veneno); 
• Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear, em caso de edema 
do membro afetado; 
• Localizar a marca da mordedura e limpar o local com água e sabão; 
• Realizar um curativo ou cobrir o local com um pano limpo; 
• Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o soro 
antiofídico; 
• Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o 
soro específico. Não se arrisque ou perca tempo caçando o animal. 
• Não remover o veneno por meios mecânicos, nem cortar o local da ferida, para fazer 
sangria; 
 
Caro(a) estudante, agora você pode conhecer um pouco mais sobre acidentes 
por animais peçonhentos. Acesse o link abaixo e faça a leitura da reportagem 
“Goiás registra mais de 6 mil acidentes por animais peçonhentos em 2018; Saúde 
faz alerta”. Fonte: Dia online; Acesso em: 04 de abril de 2019. 
Disponível em: https://diaonline.ig.com.br/2019/01/18/goias-registra-mais-de-6-
mil-acidentes-por-animais-peconhentos-em-2018-saude-faz-alerta/ 
 
https://diaonline.ig.com.br/2019/01/18/goias-registra-mais-de-6-mil-acidentes-por-animais-peconhentos-em-2018-saude-faz-alerta/
https://diaonline.ig.com.br/2019/01/18/goias-registra-mais-de-6-mil-acidentes-por-animais-peconhentos-em-2018-saude-faz-alerta/
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• Não fazer torniquete, impedindo a circulação do sangue, isso pode causar morte do 
tecido local e não é eficaz; 
• Não aplicar folhas, pó de café ou terra sobre a ferida, pois pode provocar infecção. 
 
Por fim caros(as) estudantes, agora será finalizado a primeira semana (Competência 1) da 
disciplina de primeiros socorros. Agora vocês já possuem conhecimentos e estão aptos para prestar 
atendimento de primeiros socorros às vítimas de parada cardiorrespiratória (PCR), desmaio, 
convulsão, fraturas e picadas de animais peçonhentos. Nesta primeira semana (Competência 1) foi 
possível demonstrar de forma simples que com os conhecimentos das condutas de primeiros 
socorros, vocês podem ajudar a modificar a cena de um acidente, mitigar ou minimizar as sequelas 
negativas temporárias ou permanentes e promover melhoras na qualidade de vida das vítimas de 
acidentes. 
 
 
Caro(a) estudante, agora vá ao AVA e assista a vídeo aula desta primeira 
semana (Competência 1)! Nesta será mostrado e ensinado cada passo de um 
socorrista no atendimento de primeiros socorros a uma vítima aparentemente 
desacordada. Também será falado, a respeito de parada cardiorrespiratória e 
todos os seus procedimentos e atualizações. 
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2.Competência 02 | Utilizar os Acessórios e Técnicas para o Atendimento 
Pré-Hospitalar de Emergência 
Nesta segunda semana (Competência 2) da disciplina de primeiros socorros, você irá 
estudar mais algumas situações de acidente de urgência e emergência que podem acometer qualquer 
pessoa diariamente durante sua jornada de trabalho ou não. Agora você pode estudar as 
sintomatologias e as condutas de primeiros socorros em casos de vítima acometida por hemorragia, 
queimadura, corpo estranho no olho, no ouvido, no nariz, objetos engolidos que provocam asfixia, 
choque elétrico, intoxicação e lesões provocada por substâncias químicas e doenças 
infectocontagiosas (Dengue, Zica, Chikungunya e Mayaro, Infecções transmitidas pelo sangue – HIV 
e pandemia do Novo Coronavírus - Covid-19, gripes e resfriados). Você vai poder abordar, entender 
e aprender quais as causas, os sinais e sintomas dessas afecções e as condutas de primeiros socorros 
que se deve aplicar em cada caso. 
 
2.1 Hemorragia 
A hemorragia é a perda de sangue intenso e rápido, é ocasionado pelo rompimento de 
um vaso sanguíneo, podendo ela ser venosa, arterial ou de órgãos (ELIANE et al., 2019; SOUSA, 2018; 
FONSECA, 2010). Em um adulto, o volume sanguíneo é de 7% do seu peso corporal (FONSECA, 2010). 
Durante a perda de sangue pode ocorrer coagulação do sangue, que é um processo extremamente 
importante para a saúde da vítima acidentada, uma vez que evita a perda excessiva de sangue por 
hemorragias. No processo de coagulação do sangue, são liberados plaquetas, hemácias e fibrinas para 
pausar ou cessar a hemorragia. As plaquetas se modificam tornando pontiagudas para se juntar as 
fibrinas e formar um tampão (ELIANE et al., 2019; SOUSA, 2018). 
Em situação de acidentes de urgência e emergência de vítima apresentando hemorragia, 
é de fundamental importância, que se procure imediatamente controlar ou estancar a hemorragia, 
devido ao fato de que uma hemorragia abundante e não controlada pode provocar a morte em 3 a 5 
minutos da vítima acidentada (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013). 
 
Caro(a) estudante, certamente você já sofreu ou presenciou alguma vítima de 
queimadura ou hemorragia. Como deve-se agir diante desses casos? Quais as 
atitudes adequadas de primeiros socorros nessas situações de acidentes de 
vítima de Queimadura ou Hemorragia? O que pode-se fazer para socorrer à 
vítima acidentada? 
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A maioria das hemorragias pode envolver mais de um tipo de vaso sanguíneo, que contém 
sangue com diferentes tonalidades de vermelho (ELIANE et al., 2019; MUNIZ, 2019). 
A hemorragia pode ser classificada quanto ao tipo de vaso sanguíneo que foi acometido 
em: 
• Arterial – Sangramento esguicha de artérias emjato de coloração vermelho vivo, pois 
é rico em oxigênio e a perda de sangue é rápida pela ação do coração e a pressão nas 
artérias, dificultando a formação de um coágulo devido a velocidade do fluxo, por 
isso as hemorragias arteriais são consideradas as mais perigosas e difíceis de 
controlar, a coagulação pode requerer 10 minutos ou mais para coagular (MUNIZ, 
2019; ELIANE et al., 2019; SOUSA, 2018). 
• Venosa – Sangramento flui das veias lento e contínuo de coloração vermelho escuro, 
devido ser pobre em oxigênio. As veias quando lesadas, têm tendência de contrair-
se (MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019; SOUSA, 2018). 
• Capilar – Sangramento flui dos capilares sanguíneos de forma contínua e discreta). 
Pode ser identificado em cortes ou arranhões superficiais. O sangue flui de uma rede 
de capilares e quanto maior a área lesada, maior o risco de infecções (MUNIZ, 2019; 
ELIANE et al., 2019; TOLDO, 2016; BERGERON, BIZJAK, KRAUSE, 2007). 
 
A hemorragia também pode ser classificada em: 
• Hemorragia Externa – O sangramento é evidente (SOUSA, 2018). O local do 
sangramento pode ser visto, através de solução de continuidade da pele e tecidos 
(MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019). 
• Hemorragia Interna - É um extravasamento de sangue internamente, provocado por 
um rompimento de um vaso sanguíneo dentro do corpo, sem solução de 
continuidade da pele e tecidos (MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019; BERGERON, BIZJAK, 
KRAUSE, 2007). Sendo assim não visível, podendo ser provocada por diversos 
motivos, que em geral é precedido de um trauma fechado, que causou uma 
compressão forte sem que exista uma lesão externa, como a compressão do tórax 
em acidentes automobilísticos e fraturas na pelve (ELIANE et al., 2019; BERGERON, 
BIZJAK, KRAUSE, 2007; SILVA; VIANA, 2007; BRENT Q. HAFEN, 2002). Na hemorragia 
interna o sangue poderá não sair do corpo, provocando uma situação de risco que 
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compromete a circulação, porém é difícil de se identificar imediatamente (ELIANE et 
al., 2019; SILVA; VIANA, 2007). 
 
Vítima de hemorragia pode apresentar os sinais e sintomas de → dor, pulsação acelerada 
e fina, diminuição da temperatura, nível de consciência variável, palidez de pele e mucosas, pele fria 
e úmida, extremidade arroxeadas, sede, náuseas, tontura, pupilas dilatadas, costelas fraturadas ou 
afundamento no peito e sangue pela boca (junto com o vômito ou saliva), nas fezes e na urina 
(MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013). 
Observe as condutas gerais de primeiros socorros em vítima apresentado hemorragia 
externa (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013): 
• Proteja suas mãos com luvas látex descartável; 
• Se possível, mantenha o local do ferimento em posição mais elevada, acima do nível 
do coração e faça compressão, com um pano limpo, como se observa na imagem a 
seguir; 
 
Figura 24 - Compressão em hemorragia. 
Fonte: http://jetografia.blogspot.com/2014/04/bombeiro-civil-em-acao-hemorragias-e.html 
Descrição: A imagem mostra apenas os braços e as mãos de uma vítima de hemorragia e de um prestador de socorro. 
Este está com luvas e eleva o braço da vítima ao mesmo tempo que comprime um ferimento na altura do punho. 
 
• Se o primeiro pano encharcar rapidamente, coloque outro por cima, facilitando assim 
a coagulação e diminuindo o risco de infecção; 
• Quando a vítima parar de sangrar, faça um curativo compressivo (cubra o ferimento 
com gaze e enrole firmemente com atadura, permitindo a circulação do sangue); 
• Se a compressão não for suficiente para estancar sangramentos intensos nos 
membros, comprima a artéria ou a veia responsável pelo sangramento contra o osso, 
impedindo a passagem de sangue para a região afetada; 
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• Corpos estranhos não devem ser retirados dos ferimentos; 
• Nunca aplique substâncias da medicina caseira. 
 
Observe as condutas gerais de primeiros socorros em vítima apresentado hemorragias 
internas (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013): 
 
• Manter a vítima aquecida e deitada, acompanhando os sinais vitais da pressão 
arterial, pulsação, alteração de temperatura do corpo (frio ou quente), respiração e 
dor; 
• Coloque compressas frias no local da hemorragia (onde a vítima indicar que sente dor 
ou onde foi o trauma); 
• Agilize o encaminhamento para o Atendimento de Médico de Urgência - SAMU (192) 
ou hospitais de pronto atendimento de emergência; 
• Não ofereça alimentos, nem líquidos à vítima acidentada. 
A hemorragia na pele é caracterizada pelo vazamento de sangue na pele ou tecido 
subcutâneo, podendo ser classificada pelo tamanho das lesões em petéquias que são pequenos 
pontos vermelhos (menores que 2 mm), purpúricas (2 mm a 1 cm) e as equimoses (maiores que um 
centímetro) (RIZZATTI; FRANCO, 2001). As equimoses podem ser causadas por uma contusão, área 
lesada por uma compressão ou pancada, o que resulta em manchas roxas no corpo. Essas manchas 
indicam que houve uma hemorragia na pele. É indicado aplicar compressas de gelo nestes casos para 
reduzir o edema e a evolução do hematoma (ELIANE et al., 2019; MARTINS; LUIZA; RODRIGUES, 
2009). 
 
Epistaxe é o extravasamento de sangue pelo nariz e é relativamente comum, pode se dar 
por lesão, altas temperaturas, diminuição da pressão atmosférica, corpo estranho, fratura da base do 
crânio e também pode ser sinal de uma crise hipertensiva (ELIANE et al., 2019; CARDOSO, 2003). Se 
a epistaxe não foi causada por fratura no crânio, coloque a vítima sentada, inclinada para frente, de 
forma que o sangue não seja aspirado. Se for descartada a possibilidade de fratura no nariz é indicado 
que faça uma pressão nas narinas e coloque compressas frias na face. Caso o sangramento persista, 
encaminhe a vítima para o Atendimento de Médico de Urgência - SAMU (192) ou hospitais de pronto 
atendimento de emergência (MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019; BRENT Q. HAFEN, 2002). Caso o 
sangramento seja causado por uma fratura no crânio, não se deve interromper o fluxo porque isso 
aumentaria a pressão intracraniana. Use somente gaze para absorver o sangramento e ligar 
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imediatamente para o Atendimento de Médico de Urgência - SAMU (192) ou hospitais de pronto 
atendimento de emergência (MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019; BRENT Q. HAFEN, 2002). 
Em relação a realização de torniquetes, estes deverão ser utilizados como um último 
recurso e, somente, para controlar os sangramentos provocados por ferimentos graves nas 
extremidades, quando todos os outros métodos de controle falharem. Lembre-se também que não 
se deve aplicar torniquetes sobre áreas de articulação (cotovelos e joelhos). Para aplicar o torniquete 
deve-se elevar o membro lesado a nível superior do coração. É utilizado faixas para dar duas voltas 
no local acima do ferimento e dar meio nó. Em seguida, posiciona uma vareta, caneta ou um bastão 
pequeno no meio do nó e fazer um nó sobre ele e torcer o bastão para aplicar o torniquete. É 
importante afrouxar o torniquete a cada 5 a 10 minutos e girar em sentido contrário. Depois de feito 
o torniquete, deve ser anotado na testa da vítima ou no membro ferido a hora em que foi feito 
seguido da sigla ‘’T’’ ou ‘’TQ’’ (MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019; CARDOSO, 2003; TOLDO, 2016). 
 
 
 
2.2 Queimadura 
 
Se a sua resposta foi a pele, você a certou! 
A pesar da maioria das pessoas não considerar que a pele possa ser um órgão e que ela 
desempenhe funções importantíssimas para o funcionamento do organismo como por exemplo: 
proteção contra infecções, percepção da sensibilidade, excreção de resíduos, metabolismo da 
vitamina D, manutenção da temperatura corporal e da imagem corporal (MUNIZ, 2019; SOUSA; 
SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013). 
Agora caro(a) estudante, depois de abordar esses conhecimentos, pode-se de forma fácil 
entender que uma lesão, como a queimadura, neste tecido de revestimento (pele), pode gerarCaro(a) estudante, agora que você já ouviu falar em epistaxe (Sangramento 
Nasal), e em torniquete. Ainda possui alguma dúvida? Agora você pode assistir 
a primeira vídeo aula desta segunda semana (competência 2) para conhecer, 
aprender e discutir mais a respeito da prática desses termos! 
 Caro(a) estudante, você já parou para pensar qual é o maior e mais sensível 
órgão do nosso corpo humano? 
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sequelas negativas temporárias ou permanentes bem graves no funcionamento do nosso corpo 
humano, como intensa dor local, que pode causar choque anafilático (dificuldade para respirar) e 
levar a vítima à morte, dependendo do estado e da extensão da área atingida. 
A queimadura é a lesão provocada por ação de calor ou de outras radiações sobre o 
organismo. Pode ser classificada quanto ao seu agente causal como sendo: físico (temperatura → 
líquidos ferventes, contato direto com chama, sólidos superaquecidos ou incandescentes, vapores 
quentes), (radiação infravermelhas e ultravioletas naturais, emanações radiativas e eletricidade), 
químico (Produtos químicos de alta concentração de pureza (PA) como: os ácidos fortes e seus 
derivados (ácido sulfúrico (H2SO4) com 98% de pureza (presente nas baterias automotivas), ácido 
clorídrico (HCl - 100% puro), ácido fluorídrico (HF - 100% puro), usado em removedores de ferrugem 
e ácido nítrico (HNO3 - 100% puro), entre outros, bases fortes (hidróxido de sódio ou soda cáustica 
(NaOH - 100% puro) e hidróxido de potássio (KOH - 100% puro) presente nos detergentes, sabões e 
cosméticos, entre outros), hipoclorito de sódio (NaClO - água sanitária com alta concentração), álcool 
automotivos (etanol e metanol), acetonas, éteres (solventes e tintas), amônia (NH3) e gasolina 
(benzeno, tolueno e xileno), querosene, etc.) e biológico (Animais: lagarta-de-fogo do tipo taturana, 
água-viva, medusa, etc.; Vegetais: O látex de certas plantas, urtiga, etc.) (MUNIZ, 2019; SOUSA; 
SIMÕES; MOREIRA, 2018). 
 
A subdivisão das camadas da pele são três, como pode ser observado na imagem a seguir, 
são elas: epiderme, derme e subcutâneo ou hipoderme (MANUAL OPERACIONAL DE BOMBEIROS, 
2016). As queimaduras externas podem ser superficiais, quando há lesão apenas nas camadas da 
superfície da pele, ou profundas, quando ocorre a destruição da pele na área atingida. A mesma 
vítima acidentada, pode apresentar todos os graus de queimadura na área de destruição (1º grau, 2º 
grau, 3º grau e 4º grau). A classificação em graus das queimaduras é uma prática, que pode indica 
apenas a profundidade da lesão da pele (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 
2013). 
 
Caro(a) estudante, em geral a gravidade de uma queimadura, vai estar 
relacionada ao agente causador, a área do corpo atingida, a extensão e a 
profundidade alcançadas. 
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Figura 25 - Camadas da pele e a classificação em graus das queimaduras. 
Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-
HOSPITALAR.pdf 
Descrição: A imagem mostra a estrutura microscópica da pele através de um corte transversal, onde indica que a 
camada mais superficial é a epiderme, a camada intermediária é a derme e a camada mais profunda a hipoderme, 
também é mostrado a classificação em graus das queimaduras (1º grau, 2º grau, 3º grau e 4º grau) sobre estas 
camadas. 
 
Pode-se classificar as queimaduras quanto ao seu grau em: 
 
1º grau – Atinge somente a epiderme. 
Caracteriza-se como uma lesão superficial da pele, que pode apresenta dor local, eritema 
(vermelhidão) e edema da área atingida, não há formação de bolhas. Muitas vezes este tipo de 
queimadura ocorre devido a exposição aos raios solares e por radioatividade (MUNIZ, 2019). 
 
Figura 26 - Queimadura de 1º grau. 
Fonte: https://www.mdsaude.com/dermatologia/queimaduras/ 
Descrição: A imagem mostra a perna de homem adulto com eritema (vermelhidão) de queimadura de 1º grau. 
 
 
2º grau – Atinge a epiderme e a derme. 
Caracteriza-se pela lesão e desprendimento das camadas superficiais mais profundas da 
pele, que pode apresenta dor local, eritema (vermelhidão) e flictenas (bolhas). É uma lesão úmida e 
às vezes extensas (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013). 
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Figura 27 - Queimadura de 2º grau. 
Fonte: https://alunosonline.uol.com.br/biologia/queimadura.html 
Descrição: A imagem mostra dedos de uma mão posicionando outra mão com queimadura de 2º grau apresentando 
bolhas e áreas de lesão úmida onde as bolhas já se romperam. 
 
3º grau – Atinge epiderme, derme e hipoderme. 
Caracteriza-se por apresenta aspecto duro, esbranquiçado, amarelado ou marrom e perda da 
sensibilidade local (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013). 
 
Figura 28 - Queimadura de 3º grau. 
Fonte: https://alunosonline.uol.com.br/biologia/queimadura.html 
Descrição: A imagem mostra parte de uma perna de um adulto com lesões de queimaduras de 3º grau amareladas e 
esbranquiçadas. 
 
4º grau – Atinge ossos e músculos. 
Caracteriza-se pela perda da sensibilidade local, podendo atingir todas as camadas da 
pele, tecido celular subcutâneos, em certos casos, os músculos profundos, no osso e até chegar à 
carbonização da área atingida (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013). 
 
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Figura 29 – Classificação em graus das queimaduras (1º grau, 2º grau, 3º grau e 4º grau). 
Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-
HOSPITALAR.pdf 
Descrição: A imagem mostra um braço de uma vítima com queimaduras múltiplas que apresenta sinais que vão da 
vermelhidão do (1º grau), eritema (vermelhidão) e flictenas (bolhas) do (2º grau), aspecto duro na cor marrom do (3º 
grau), até a exposição óssea carbonizada (4º grau) nas cores rosas e cinzas. 
 
Pode-se classificar as queimaduras quanto a sua extensão superficiais em (MUNIZ, 2019): 
• Baixa – menos de 15% da superfície corporal atingida. 
• Média – entre 15 e 40% da superfície corporal atingida. 
• Alta – mais de 40% da superfície corporal atingida. 
 
Para se determinar a superfície corporal queimada, pode ser utilizada o cálculo da 
extensão corporal atingida conforme o método Wallace (Regra dos nove), na qual se divide o corpo 
da vítima acidentada em segmentos que valem nove ou múltiplos de nove, no final a superfície 
corporal totalizará 100%. Através desse método pode-se contabilizar e ter uma melhor noção da 
extensão do corpo que foi atingida ou queimada. A imagem anexa, mostra de acordo com a regra dos 
9, como ficaria a divisão do corpo humano (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; 
ESCOLAELECTRA,2010). 
 
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C
 
 
 
 
Figura 30 - Cálculo da extensão corporal atingida conforme o método Wallace (Regra dos nove). 
Fonte: http://colegiodomfeliciano.com.br/professores/monica/files/2015/03/queimados.pdf 
Descrição: A imagem mostra o corpo humano adulto de frente e depois de costas e o subdivide em múltiplos de 9 até 
totalizar 100%. O rosto equivale a 9%, cada face de um braço 4,5% (ou seja, um braço inteiro vale 9%), o tórax 9%, o 
abdome 9%, metade das costas 9%, a outra metade das costas com o glúteo mais 9%, a região da genitália 1% e cada 
face de uma perna 9% (ou seja, uma perna inteira vale 18%). 
 
 
 
Observe as condutas gerais de primeiros socorros em situações de queimaduras (MUNIZ, 
2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; ESCOLAELECTRA, 2010): 
• Afaste a vítima da origem da queimadura; 
• Resfrie a lesão com água em temperatura ambiente (limita o edema e a lesão 
tecidual). Apenas em pequenas queimaduras, pois o frio pode provocar quedas de 
temperatura; 
 
Caro(a) estudante, você já entendeu a regra dos nove? Ainda tem alguma 
dúvida a respeito da regra dos nove? Agora assista a segunda vídeo aula desta 
segunda semana (competência 2) para entender de forma mais detalhada e 
prática a colocação dessa regra. 
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• Proteja o paciente

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