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Questionário 1 
Material de apoio para fixação do conteúdo da disciplina Formação
Econômica do Brasil 
 
1- Caracterize o modelo econômico de colonização adotado por países europeus nos séculos XV e XVI
Consistia em transformar a colônia em produtoras de especiarias que não podiam ser obtidas na Europa, principalmente devido ao clima. Toda a produção colonial estava destinada à metrópole, que comprava a baixos preços e revendia na Europa, acumulando os lucros desta transação.
2- Caracterize a sociedade feudal:
Tinha como bases o poder descentralizado, a economia agropastoril e o trabalho dos servos.
3- O que se entende por mercantilismo?
Política econômica de caráter protecionista que se desenvolveu na Europa ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII. Sua base é o acúmulo de capital, protecionismo alfandegário e balança de comércio favorável
4- Defina Pacto Colonial:
Conjunto de relações econômicas e políticas que subordinavam a colônia à metrópole. No plano político a dominação era exercida por meio da presença de autoridades civis nomeadas pela metrópole e cujo desempenho era assegurado pela ocupação militar. No campo econômico, o Pacto Colonial significava uma série de obrigações de compra e venda da colônia para com a metrópole, sendo os mecanismos desse comércio controlados de forma monopolista pelas companhias de comércio.
5- Diferencie economia de subsistência de economia mercantil:
Economia de subsistência, como o próprio nome sugere, é aquela produzida para autoconsumo, em que o produtor não se distingue do consumidor, sendo desnecessário o uso de dinheiro. Economia mercantil, ao contrário, é aquela em que o produto é direcionado ao mercado; a consequente separação entre produtores e consumidores torna necessária a intermediação monetária.
6- O que foi o movimento conhecido como BANDEIRAS?
Constituíam uma espécie de expedição armada que desbravava os sertões a fim de escravizar indígenas ou descobrir ouro, o que intensificou a ocupação do continente sul-americano.
7- Discorra sobre as missões jesuíticas:
Eram núcleos de povoação indígena que visavam a defender os índios do aprisionamento pelos colonizadores brancos. Tratava-se de empreendimento comerciais, porém seus métodos de cooptação não se baseavam na escravização do nativo, como faziam os colonizadores, e sim na catequese.
8- Comente sobre a crise colonial agrícola:
A crise colonial agrícola decorreu de dois aspectos complementares, um de caráter interno, e outro, externo. O primeiro foi a expansão dos mercados da colônia, resultado direto do aumento da população e do incremento da produção. Surgiram, em consequência, conflitos de interesses entre colonos e metrópole.
9- Pacto Colonial passou a ser um empecilho à expansão dos negócios e consequëntemente aos ganhos dos colonos, V ou F? Justifique.
V, tendo em vista que o monopólio comercial e produtivo formalizado no pacto colonial era uma barreira para o capital industrial e para a produção em grande escala. Funcionava como um entrave à expansão da economia doméstica.
10- Caracterize o período que se seguiu ao processo de independência do país:
No campo externo, crescia o déficit comercial resultante, sobretudo, de dois fatores. Primeiro, a extensão de vantagens comerciais dadas a outros países além da Inglaterra. Segundo, as culturas da cana-de-açúcar e do algodão, principais fontes de recursos externos (moeda estrangeira), sofriam crescente concorrência no mercado internacional.
No plano interno, agravava-se rapidamente o déficit público. Isso ocorreu em função do aumento das despesas militares. Os conflitos regionais multiplicaram-se, e houve também disputas territoriais, como as Guerras Cisplatinas. Além disso, o Brasil se viu obrigado a pagar uma indenização a Portugal para ter sua independência reconhecida.
Durante esse período houve uma queda importante das receitas alfandegárias, resultado direto da adoção de medidas direcionadas à prática do livre cambismo.
11- Quais fatores incentivaram a produção do café para o mercado externo?
11Pelo lado da demanda, o crescimento dos mercados europeu e norte-americano, em função do avanço da indústria e da urbanização, foi fundamental. Ao mesmo tempo, do lado da oferta, o colapso da produção haitiana determinou um importante aumento dos preços internacionais, estimulando a entrada do Brasil nesse mercado. Contava ainda, a favor do produto, uma característica crucial para o momento: a baixa capitalização requerida para o processo produtivo, bem mais reduzida do que na economia açucareira. Concorriam para isso a utilização extensiva da terra, com técnicas rudimentares e de fácil acesso, e as menores necessidades de reposição de maquinário, pois os equipamentos eram bem simples e, em grande parte, de fabricação local.
12- Explique a decadência do café na região do Vale do Paraíba:
A decadência da cultura do café no Vale é explicada diretamente pelas bases assumidas no seu processo de produção, sobretudo no que diz respeito à utilização das terras e à mão-de-obra escrava insistentemente empregada ao longo da segunda metade do século XIX, quando sua oferta tornou se definitivamente escassa. Ao mesmo tempo, a decadência da cafeicultura implicou a inadimplência crescente dos produtores junto aos comissários, levando-os também a uma situação financeira complicada. A quebra de casas comissárias, por sua vez, atingiu também bancos em que os omissários descontavam títulos para obter recursos. Esse processo foi responsável por uma importante redução da disponibilidade de crédito para a produção, o que dificultou ainda mais a continuidade do negócio. Apesar de algumas tentativas de diversificação produtiva com o algodão e o açúcar, no intuito de fugir da grande dependência da 
Plantação de café, a maior parte das fazendas do Vale do Paraíba mais próximas da capital entrou em um processo irreversível de falência. Como resultado, a produção de café passou a se concentrar, definitivamente, na região conhecida como Oeste Paulista.
13- Diferencie o sistema de parcerias do sistema de colonato:
A produção do café no oeste paulista apresentou duas formas bem marcadas de utilização da mão-de-obra imigrante. Primeiro aconteceu o sistema de parceria, marcando o chamado oeste velho paulista, momento inicial de inserção dos imigrantes. A segunda forma, o sistema de colonato, no oeste novo paulista, inaugurou a formação das bases de relações capitalistas de produção, de acordo com a interpretação de importantes autores na historiografia brasileira.
O sistema consistia de uma proposta divulgada na Europa agentes contratados por Vergueiro visando contratar trabalha dispostos ao serviço na lavoura, recebendo em troca lotes de p café adultos – preparados, portanto, para a produção. Metade do
Da colheita (cotas de pagamento) seria dos imigrantes, logicamente após a dedução dos custos de transporte, impostos e comissões – daí a definição de parceria. Ao trabalhador caberia ainda a exploração de subsistência – e, se houvesse excedentes, seriam também repartidos com o proprietário. Apesar do conceito de parceria, todo o processo
Comercialização e contabilidade ficava a cargo do proprietário.
No entorno de 1870, o colonato aparecia como o novo formato encontrado para garantir os fluxos de imigração para a cafeicultura, trazendo mudanças significativas em relação ao sistema de parceria. Além da criação de uma forma de pagamento direto ao colono, pelo menos em parte do total que era devido pelo seu trabalho na lavoura, o 
Fazendeiro foi obrigado a arcar com despesas de viagens e do primeiro ano de trabalho. Também era concedida ao imigrante uma fatia de terra para o plantio de artigos para subsistência.
14- Comente sobre as conseqüências da desvalorização cambial:
A desvalorização cambial era uma realidade decorrente de dois fatores: (1) redução da entrada de moeda estrangeira no país, devido à queda do preço internacional do café, e (2) pressão política exercida pelos cafeicultores,visando preservar seus ganhos em moeda nacional.
A desvalorização da taxa de câmbio, era o que garantia aos cafeicultores a manutenção de sua renda em moeda nacional.
Esse quadro implicava a continuidade da expansão das lavouras e, consequentemente, da oferta de café no mercado internacional, determinando uma grande queda dos preços do produto.
15- Descreva as principais mudanças da política econômica, ocorridas a partir do governo Campos Sales.
Quando a República foi proclamada, instaurou-se um governo provisório, comandado pelo marechal Deodoro da Fonseca. Deodoro se manteve no poder até novembro de 1891, quando tentou dar um golpe de Estado e dissolver o Congresso. A campanha legalista de Floriano Peixoto, outro militar, derrotou as pretensões de Deodoro colocando Floriano Peixoto no poder, o que prolongou até 1894 a República da Espada.
O presidente seguinte foi Prudente de Moraes, civil e paulista, que foi eleito pelo povo. Prudente de Moraes deu início ao período que ficou conhecido como República do Café-com-Leite e consolida a presença dos civis no governo do país. Foi substituído, ao final de seu mandato, por Campos Sales, também representante da oligarquia cafeeira paulista.
Apoiada em um discurso de base liberal, que valorizava o papel do mercado e os efeitos negativos da intervenção governamental, a política econômica do governo Campos Sales citava a ineficiência produtiva no Brasil (tanto no campo quanto na indústria nascente) como justificativa para uma mudança radical nos rumos do país. O principal mentor desse governo era o ministro da Fazenda, Joaquim Murtinho.
Na verdade, a meta primordial do presidente era a obtenção de novos recursos externos para resolver o problema de solvência das finanças públicas. Logo ao tomar posse, o novo presidente foi à Europa em busca desses recursos. Campos Sales assinou o II FUNDING LOAN, negociando uma consolidação da dívida externa brasileira com novas condições (mais favoráveis) de pagamento. Em contrapartida, firmou uma série de compromissos para a condução da política econômica do país.
O objetivo principal da nova política econômica era bastante claro: definir uma trajetória de saneamento monetário capaz de impor uma inversão dos movimentos da taxa cambial, permitindo a valorização da moeda nacional. Por trás disso estava o firme propósito de garantir condições para o pagamento da dívida externa consolidada no início do governo.
16- Disserte de forma resumida sobre o Convênio de Taubaté. 
Havia a ameaça de mais uma crise de superprodução. Exercendo sua enorme capacidade de interferência no poder, especialmente através do governo da província de São Paulo, os cafeicultores conseguiram negociar uma vantajosa solução para o problema. Conhecida como Convênio de Taubaté, esta solução foi firmada em 1906 pelos presidentes das províncias de São Paulo (Jorge Tibiriçá), Minas Gerais (Francisco Salles) e Rio de Janeiro (Nilo Peçanha), – os três maiores produtores de café –, mesmo contando com a oposição de Rodrigues Alves, o então presidente da República.
O Convênio estabeleceu que:
(a) haveria a compra de excedentes de produção pelos governos estaduais envolvidos;
(b) a compra seria viabilizada por meio de um financiamento de 15 milhões de libras esterlinas;
(c) o gasto com a compra do excedente de café seria coberto pela criação de um imposto em ouro aplicado a cada saca exportada de café;
(d) um fundo seria criado para estabilizar a taxa de câmbio, impedindo sua constante valorização – que funcionaria na forma de uma CAIXA DE CONVERSÃO;
(e) seriam tomadas medidas para desencorajar a expansão das lavouras no longo prazo, como a definição de taxas proibitivas.
Essas medidas mudariam significativamente a orientação da política econômica do país no que diz respeito às exportações de café. O Convênio de Taubaté determinou, nesse sentido, a institucionalização da prática de controle de estoques para regular o preço internacional, artifício permitido pela enorme parcela do mercado internacional ocupada pela produção brasileira.

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