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Cartas - CPC 2022

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Caderno de Resumos – Direito Processual Civil II - 2022
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Direito Processual Civil II 
Da Comunicação Dos Atos Processuais
Da Comunicação Dos Atos Processuais 
Esse estudo é dividido em dois grupos:
• Citação e intimação;
• Cartas.
CARTAS
São meios de comunicação de atos processuais que se estabelecem entre os órgãos do Judiciário.
Podem ser de quatro espécies, conforme o órgão para a qual for dirigida a solicitação: carta precatória, carta de ordem, carta arbitral e carta rogatória.
Carta Precatória
A carta precatória se faz presente quando um juízo requer a outro juízo de igual hierarquia que seja cumprida uma decisão. Isso ocorre pelo fato de que o primeiro juízo (deprecante) não tem competência territorial para atuar naquela localidade (deprecado). É uma forma de cooperação nacional, dentre diversas outras formas.
A comunicação via carta precatória se dará por meio físico ou por meio eletrônico, sendo
imprescindível que esteja instruída com as peças processuais necessárias para o atendimento da diligência requerida.
As questões decididas pelo juízo deprecado serão bem limitadas, visto que a competência é do juízo deprecante. No entanto, apesar da limitação, o juízo deprecado poderá decidir certas questões relativas ao cumprimento da carta precatória.
Se o objeto da carta precatória for a produção de prova e esta for imprescindível à resolução do mérito, o juízo deprecante não poderá julgar a causa sem que o instrumento tenha retornado, devendo, nesse caso, determinar o sobrestamento do processo até a sua devolução.
Este sobrestamento poderá se dar pelo prazo de até 1 (um) ano, a fim de que seja cumprida a carta precatória no juízo deprecado.
Atente-se que há uma suspensão imprópria do processo, pois ele continua em trâmite. Isto é, a carta precatória faz parte do processo e ela está sendo cumprida, ou seja, parte dos autos continua em andamento.
A carta precatória poderá ser dispensada, quando se tratar de um ato que será praticado numa localidade contígua ou naquelas que compõem a mesma região metropolitana.
Carta De Ordem
A carta de ordem decorre da hierarquia entre o órgão que determina a prática do ato e aquele que vai cumpri-la. O juízo deprecado não poderá recusar cumprimento à carta. Isso porque a carta é de ordem, propriamente. Ex.: tribunal expede carta para juízo a ele vinculado, caso o ato deva ser realizado para além dos limites territoriais do local de sua sede.
Carta Arbitral
A carta arbitral tem por objetivo conferir cumprimento à decisão proferida pelo árbitro, pois este não possui poder de efetivação de suas decisões, podendo buscar o Poder Judiciário para adoção dos meios executivos, com o objetivo de satisfazer determinada obrigação.
Pedido De Cooperação Internacional: Auxílio Direto E Carta Rogatória
O pedido de cooperação internacional pode ser realizado de duas formas:
• Auxílio direto: modalidade adequada para atos que não necessitam de prestação jurisdicional.
Assim, quando a decisão estrangeira depender de uma homologação nacional (como ocorre
com a homologação de sentença estrangeira), ou mesmo da análise de suas formalidades
(como se dá com a carta rogatória), não haverá que se falar em auxílio direto.
• Carta rogatória: é o pedido de cooperação jurídica internacional formulado para que órgão
jurisdicional estrangeiro pratique determinado ato processual relativo a processo em curso
perante órgão jurisdicional brasileiro. Seria uma espécie de carta precatória entre países
diferentes.
O art. 27 do CPC irá enumerar de forma exemplificativa as medidas que podem ser objeto de
cooperação jurídica internacional:
• Citação;
• Intimação;
• Notificação (judicial ou extrajudicial);
• Colheita de provas;
• Obtenção de informações;
• Homologação de decisão;
• Cumprimento de decisão;
• Concessão de medida judicial de urgência;
• Assistência jurídica internacional;
• Qualquer ato judicial ou extrajudicial, desde que não vedado pela legislação brasileira.
A) Auxílio Direto - Auxílio direto ocorre quando o pedido de cooperação não tenha por objeto uma decisão judicial estrangeira que esteja sujeita a um juízo de delibação feita pela autoridade brasileira. 
O auxílio direto é típico de medidas de cunho administrativo/extrajudicial.
O art. 29 do CPC diz que a solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido. A autoridade central é o Ministério da Justiça.
Caso não esteja claro, poderá a autoridade central pedir esclarecimentos antes de decidir.
O art. 30 da lei processual traz um rol das hipóteses que poderão ser materializadas através de auxílio direto, para além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faça parte:
• Auxílio direto para obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso;
• Auxílio direto para colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira;
• Qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
B) Carta Rogatória - A carta rogatória necessita passar por um filtro feito pelo Superior Tribunal de Justiça, situação em que se concede o exequatur. Aqui será necessário um juízo de delibação. Trata-se de procedimento de jurisdição contenciosa que deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal.
Neste caso, um juiz federal dará cumprimento a esta carta rogatória na primeira instância. Após, encaminhará ao STJ, que emitirá o envio à autoridade central (Ministério da Justiça).

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