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Morfologia - Tecido Ósseo (1)

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MORFOLOGIA - TECIDO ÓSSEO 
O tecido ósseo, sendo um tipo de tecido conjuntivo, é formado por células residentes originadas do mesênquima e por abundante matriz extracelular.
O tecido ósseo possui células residentes maduras -plenamente diferenciadas e funcionantes- e células imaturas, menos diferenciadas. As células imaturas, quando solicitadas, podem entrar em atividade e sofrer diferenciação em células ósseas maduras. Da mesma forma, as células maduras podem, em diferentes momentos de sua vida, estar em maior ou menor atividade funcional, fato que o que pode ser percebido pela sua morfologia. Além disso, há um terceiro tipo de célula óssea, especializada em destruir e reabsorver tecido ósseo.
A matriz extracelular é rígida. Por esta razão as células do tecido ósseo habitam pequenas cavidades da matriz óssea: lacunas
A matriz extracelular do osso é bastante especial, pois é formada de uma porção orgânica e de uma porção mineralizada. Possui duas características principais:
Predomínio de moléculas de colágeno do tipo I organizadas em fibras. Dependendo do tipo de osso e do seu grau de amadurecimento, as fibras podem estar dispostas de maneira pouco organizada ou de maneira altamente organizada. Além de colágeno, a matriz contém muitas outras moléculas, principalmente proteoglicanas e glicoproteínas, algumas delas exclusivas ou características do tecido ósseo. 
 2. A matriz óssea é calcificada devido à deposição de cristais de hidroxiapatita (formados de fosfato de cálcio) sobre as fibras colágenas da matriz.
Observando-se um osso seco pode-se ter a impressão errônea que o tecido ósseo é muito estático. Muito pelo contrário, este tecido é extraordinariamente dinâmico. Partes dos ossos estão o tempo todo sendo reabsorvidas e ao mesmo tempo novas porções de osso são adicionadas. Esta remodelação constante do osso decorre em resposta a vários estímulos, tais como tensão e pressão mecânicas, fatores nutricionais e endócrinos, fraturas. Além disso uma parte do cálcio existente nos ossos é constantemente retirada e transportada para o sangue e vice-versa, para que a concentração de Ca++ no plasma e no organismo como um todo seja mantida em níveis constantes. Para a manutenção dos níveis de cálcio entram em jogo vários mecanismos -entre os quais a absorção de cálcio no intestino, excreção de cálcio nos rins, deposição e reabsorção óssea- sob controle de vários hormônios.
 
Principais funções dos ossos
função estrutural formando um eixo rígido dotado de flexibilidade (a coluna vertebral), suporte para os membros superiores e inferiores e para a cabeça.
movimento, como local de ancoragem e transferência de forças dos músculos esqueléticos por meio de tendões e efetivação do movimento por meio de articulações
proteção de órgãos internos como os da cabeça, tórax e abdomen
reserva de íons importantes para o organismo, principalmente cálcio e fosfato
locais de produção de sangue através do tecido hematopoético alojado em cavidades do osso (medula óssea hematogênica)
na audição as ondas sonoras são transferidas para o ouvido interno por meio de pequenos ossos
na fonação as cavidades dos ossos da face contribuem para o timbre da voz
 
CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO
OSTEOPROGENITORAS são células tronco do tecido ósseo, estas células se dividem para manter a população constante de células tronco, algumas dai se transformam em osteoblasto para repor os osteoblastos que são incorporados ao osso sob forma de osteocito. Estas células estão localizadas na superficie do osso. 
OSTEOBLASTOS são células que produzem matriz óssea que se deposita em torno da própria célula. Depois de serem totalmente envolvidos pela matriz ficam incorporados nela e passam a ser osteócitos. Esta é um dos mecanismos de crescimento do osso. É um crescimento por aposição, semelhante ao que é encontrado nas peças cartilaginosas quando condroblastos secretam matriz cartilaginosa, são envolvidos pela matriz e passam a ser condrócitos. 
Forma dos osteoblastos - os osteoblastos com forma cúbica ou arredondados são células com bastante citoplasma. Este é bastante basófilo, significando que possuem muito RNA no citoplasma. É uma célula bastante ativa em síntese e secreção de macromoléculas (colágeno, outras glicoproteínas, proteoglicanos). Os osteoblastos achatados são considerados inativos. Estão em pouca atividade de síntese e podem reiniciar esta atividade quando solicitados. Acredita-se que alguns dos osteoblastos achatados sejam células osteoprogenitoras.
OSTEÓCITOS são considerados como células adultas do tecido ósseo. Secretam pouca matriz, mas têm a função de manter a matriz em sua volta em níveis adequados de mineralização. Não se dividem e nem haveria espaço para que células-filhas se instalassem em uma matriz mineralizada rígida.
Uma espícula ou trabécula óssea onde se observa:
matriz óssea acidófila
osteoblastos achatados ou cúbicos na superfície da trabécula
osteócitos no interior da trabécula
 
OSTEOCLASTO é uma célula multinucleada e se forma pela fusão de macrófagos. .
Ela se situa sempre na superfície do osso e tem a função de destruir a matriz do tecido ósseo e promover sua reabsorção. Desta maneira, o tecido ósseo tem células que produzem matriz (osteoblastos), células que mantém a matriz (osteócitos) e células que reabsorvem o tecido ósseo (osteoclastos), de modo que em situação de normalidade há um equilíbrio que mantém em condições adequadas a quantidade e a organização do tecido ósseo. Modificações de forças que agem sobre o osso provocam reabsorção e neoformação de trabéculas ósseas em diferentes posições, visando obter sempre uma situação em que o osso atenda às necessidades do organismo.
PERIOSTEO E ENDÓSTEO
A superfície interna e externa do osso é contituido por células osteogênicas e tecido conjuntivo. A camada mais externa de periosteo contem fibras colágenas e fibroblasto. 
Na sua porção profunda, o periósteo é mais celular e apresenta celulas osteoprogenitoras, morfologicamente parecidas com os fibroblastos. As células osteoprogenitoras se multiplicam por mitose e se diferenciam em osteoblastos, desempenhando papel importante no crescimento dos ossos e na reparação das fraturas. O endosteo é geralmente constituído por uma camada de células osteogênicas achatadas, que reveste as cavidades do osso esponjoso, o canal medular, os canais de Havers e os de Vollkmann. As principais funções do endósteo e do periósteo são a nutrição do tecido ósseo e o fornecimento de novos osteoblastos para o crescimento e a recuperação do osso.
O Periósteo é constituído por tecido conjuntivo denso modelado que possui fibroblastos e fibras colágenas dispostas paralelamente entre si e paralelamente à superfície do osso.
Além disto, possui células capazes de se transformarem em osteoblastos, caso o osso seja sujeitos a solicitações para formação de osso, tais como: modificação de força ou direção de pressão ou tensão sobre o osso, trauma mecânico, fratura, condições metabólicas que estimulem formação de osso.
O periósteo é a região do osso por onde correm vasos sanguíneos e nervos que penetram nos ossos por pequenos orifícios. Os orifícios maiores e são constantes nos vários indivíduos possuem nomes anatômicos.
 
Toda a superfície interna dos ossos é revestida por células que em conjunto constituem uma camada denominada endósteo. O endósteo é geralmente uma camada muito delgada, frequentemente formada pela camada de osteoblastos e osteoclastos colocados sobre o tecido ósseo.
O endósteo reveste, portanto, não somente a parede do canal medular, mas todas traves e porções de tecido ósseo esponjoso que há no interior do osso.
 
TIPOS DE TECIDO ÓSSEO
Geralmente a epifise é constituida por osso esponjoso e uma delgada camada de osso compacto. A diáfise é quase totalmente compacta. 
O osso compacto é formado por um conjunto de canais de Havers dispostos concetricamentes formando assim o Sistema de Havers (formado por lamelas osseas concentricas). Cada sistema esta conectado a outro pormeio dos canais de Volkmann,
O osso esponjoso é formado por numerosas trabéculas na qual os osteócitos encontram-se aprisionados, Há uma matriz óssea sintetizada pelos osteoblastos e mantida pelos osteócitos.
DIFERENÇA ENTRE TECIDO OSSEO LAMELAR E NÃO LAMELAR
A diferença principal entre tecido ósseo lamelar e não-lamelar está na disposição de suas fibras colágenas.
 
A figura A representa um tecido ósseo primário, imaturo ou não-lamelar. As fibras colágenas estão dispostas em todas direções, sem nenhuma organização.
 
 
 
 
 
 
 
 
 A figura B representa um trecho de uma camada -uma lamela- de osso secundário, maduro ou lamelar. As fibras colágenas desta lamela são organizadas e paralelas entre si.
 
As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são ocupados pela medula óssea.
Histologicamente há dois tipos de tecido ósseo: o imaturo ou primário; e o maduro, secundário ou lamelar. Os dois tipos contêm as mesmas células e os mesmos constituintes da matriz. O tecido primário é o que aparece primeiro, tanto no desenvolvimento embrionário como na reparação das fraturas, sendo temporário e substituído por tecido secundário. No tecido ósseo primário, as fibras colágenas se dispõem irregularmente, sem orientação definida, porém no tecido ósseo secundário ou lamelar essas fibras se organizam em lamelas, que adquirem uma disposição muito peculiar. 
O tecido ósseo primário apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções sem organização definida, tem menor quantidade de minerais (mais facilmente penetrado pelos raios X) e maior proporção de osteócitos do que o tecido ósseo secundário. 
O tecido ósseo secundário (lamelar) é a variedade geralmente encontrada no adulto. Sua principal característica é conter fibras colágenas organizadas em lamelas , que ficam paralelas umas às outras ou se dispõem em camadas concêntricas em torno de canais com vasos, formando os sistemas de Havers ou ósteons. As lacunas que contêm osteócitos estão em geral situadas entre as lamelas ósseas, porém algumas vezes estão dentro delas. Em cada lamela, as fibras colágenas são paralelas umas às outras. Separando grupos de lamelas, ocorre frequentemente o acúmulo de uma substância cimentante que consiste em matriz mineralizada, porém, com pouquíssimo colágeno. Na diáfise dos ossos, as lamelas ósseas se organizam em arranjo típico, constituindo os sistemas de Havers, os circunferenciais interno e externo e os intermediários. Esses quatro sistemas são facilmente identificáveis nos cortes transversais à diáfise. O tecido ósseo secundário que contém sistemas de Havers é característico da diáfise dos ossos longos, embora sistemas de Havers pequenos sejam encontrados no osso compacto de outros locais. Cada sistema de Havers ou ósteon é um cilindro longo, às vezes bifurcado, paralelo à diáfise e formado por 4 a 20 lamelas ósseas concêntricas. No centro desse cilindro ósseo existe um canal revestido de endósteo, o canal de Havers, que contém vasos e nervos. Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa de osso por meio de canais transversais ou oblíquos, os canais de Volkmann . Estes se distinguem dos de Havers por não apresentarem lamelas ósseas concêntricas. Os canais de Volkmann atravessam aslamelas ósseas. Todos os canais vasculares existentes no tecido ósseo aparecem quando a matriz óssea se forma ao redor dos vasos preexistentes. 
HISTOGÊNESE
Há dois tipos de ossificação, a do tipo endocondral na qual possui um molde de cartilagem hialina e a ossificação do tipo intramembranosa que ocorre no interior de uma membrana conjuntiva.							
Ossificação Endocondral ( principal formação de ossos curtos e longos)
Tem-se um molde de cartilagem hialina, a cartilagem é substituida por osso, ocorre o crescimento longitudinal do osso. Observa-se as cinco zonas no disco epifisário que são:
ZONA DE REPOUSO: existe cartilagem hialina sem qualquer alteração morfologica.
ZONA DE PROLIFERAÇÃO: os condrócitos se multiplicam e formam numerosas colunas paralelas de células achatadas.
ZONA DE CARTILAGEM HIPERTRÓFICA: os condrócitos aumentam de volume, com depósitos citoplasmático de glicogênio e lipídeos, A matriz fica reduzida a tabiques delgados, entre as células hipertróficas. Condrócitos entram em apoptose
ZONA DE CARTILAGEM CALCIFICADA: zona que ocorre a mineralização ( deposição de cálcio) dos numerosos tabiques de matriz cartilaginosa e termina com apoptose dos condrócitos.
ZONA DE OSSIFICAÇÃO: zona que aparece o tecido ósseo. Capilares sanguineos e células osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastastos que sintetizam a matriz extracelular e quando são aprisionados por estas dão origem as osteócitos. Com isso forma-se as espículas 
 
Ossificação Intramembranosa
O local da membrana conjuntiva onde a ossificação começa chama-se centro de ossificação primária. O processo tem início pela diferenciação de células mesenquimatosas que se transformam em grupos de osteoblastos, os quais sintetizam o osteoide (matriz ainda não mineralizada). que logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos que se transformam em osteócitos. Como vários desses grupos surgem quase simultaneamente no centro de ossiíicação, há confluência das traves ósseas formadas, conferindo ao osso um aspecto esponjoso. Entre as traves formam-se cavidades que são penetradas por vasos sanguíneos e células mesenquimatosas indiferenciadas, que darão origem à medula óssea. Os vários centros de ossificação crescem radialmente, acabando por substituir a membrana conjuntiva preexistente. A palpação do crânio dos recém-nascidos revela áreas moles - as fontanelas - onde as membranas conjuntivas ainda não foram substituídas por tecido ósseo. 
PROVA
Descrever as cinco zonas encotradas no disco epifisário
TECIDO CONJUNTIVO
É respnsável pelo estabeleciemento e pela manutenção da forma do corpo. A matriz extra celular conecta as células aos orgãos. 
O Tecido conjuntivo é classificado segundo o tipo e a disposição da matriz extra celular.
TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO é composto por TECIDO CONJUNTIVO FROUXO, DENSO MODELADO, DENSO NÃO MODELADO, ELÁSTICO, RETICULAR E ADIPOSO.
* O tecido conjuntivo propriamente dito é vascularizado e inervado
A matriz extracelular é formada principalmente colágeno, fibras elásticas e reticulares, além de apresentar uma SFA composta principalmente por proteoglicanos, glicosaminoglicanos e glicoproteinas de adesão. 
TECIDO CONJUNTIVO FROUXO
Está sempre associado a um epitélio. Possuem muitos fibroblastos que irão sintetizar uma matriz, os fibrócitos que irão manter a matriz, além de muitos macrófagos (defesa)
Ele é altamente vascularizado. As células mais numerosas são os fibroblastos e macrófagos, mas todos os outros tipos celulares do tecido conjuntivo também estão presentes, além de fibras dos sistemas colágeno e elástico. O tecido conjuntivo frouxo tem uma consistência delicada, é flexivel, bem vascularizado e não muito resistente a trações. 
TECIDO CONJUNTIVO DENSO
Tecido conjuntivo denso é adaptado para oferecer resistência e proteção aos tecidos. É formado pelos mesmos componentes encontrados no tecido conjuntivo frouxo, entretanto, existem menos células e uma clara predominância de fibras colágenas. O tecido conjuntivo denso é menos flexível e mais resistente à tensão que o tecido conjuntivo frouxo. Quando as fibras colágenas são organizadas em feixes sem uma orientação definida, o tecido chama-se denso não modelado. Neste tecido, as fibras formam uma trama tridimensional, o que lhes confere certa resistência às trações exercidas em qualquer direção. Este tipo de tecido é encontrado, por exemplo, na derme profunda da pele. O tecido denso modelado apresenta feixes de colágeno paralelos uns aos outros e alinhados com os fibroblastos. Trata-se de um conjuntivo que formou suas fibras colágenasem resposta às forças de tração exercidas em um determinado sentido. Neste caso, os fibroblastos, em resposta a forças que normalmente atuam sobre os tecidos, orientam as fibras que produzem de modo a oferecer o máximo de resistência a estas forças. Os tendões representam o exemplo típico de conjuntivo denso modelado. São estruturas alongadas e cilíndricas que conectam os músculos estriados aos ossos. Em virtude de sua riqueza em fibras colágenas, os tendões são estruturas brancas e inextensíveis. Eles são formados por feixes densos e paralelos de colágeno separados por muito pouca quantidade de substância fundamental. As células do tendão podem ser morfologicamente classificadas como fibrócitos, uma vez que contêm núcleos alongados paralelos às fibras de colágeno e o citoplasma delgado com poucos prolongamentos, os quais frequentemente envolvem feixes de colágeno. O citoplasma destas células raramente é visto ao microscópio de luz. 
Os feixes de colágeno do tendão (feixes primários) se agregam em feixes maiores (feixes secundários) que são envolvidos por tecido conjuntivo frouxo contendo vasos sanguíneos e nervos. Finalmente, o tendão é envolvido externamente por uma bainha de conjuntivo denso. Em alguns tendões esta bainha é dividida em duas camadas: uma presa ao tendão e a outra ligada a estruturas adjacentes. Entre essas duas camadas forma-se uma cavidade revestida por células achatadas de origem mesenquirnal, que contém um líquido viscoso semelhante ao líquido sinovial das articulações, o qual contém água, proteínas, glicosaminoglicanos, glicoproteínas e íons. Esse líquido atua como um lubrificante que facilita o deslizamento do tendão no interior da bainha.
TECIDO ELÁSTICO ( FIBRILINA E ELASTINA) *PCI
 O tecido elástico é composto por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas. O espaço entre as fibras é ocupado por fibras delgadas de colágeno e fibrócitos. A abundância de fibras elásticas neste tecido lhe confere uma cor amarela típica e grande elasticidade. O tecido elástico não é muito frequente no organismo e está presente nos ligamentos amarelos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis. 
TECIDO RETICULAR
 
O tecido reticular é muito delicado e forma uma rede tridimensional que suporta as células de alguns órgãos. É constituído por fibras reticulares intimamente associadas a 
fibroblastos especializados chamados de células reticulares. O tecido reticular provê uma estrutura arquitetônica tal que cria um ambiente especial para órgãos linfoides e hematopoéticos (medula óssea, linfonodos e nódulos linfáticos e baço). As células reticulares estão dispersas ao longo da matriz e cobrem parcialmente, com seus prolongamentos citoplasmáticos, as fibras reticulares e a substância fundamental. O resultado deste arranjo é a formação de estrutura trabeculada semelhante a uma esponja, dentro da qual as células e fluidos se movem livremente. Ao lado das células reticulares encontram-se células do sistema fagocitário mononuclear que estão estrategicamente dispersas ao longo das trabéculas. Estas células funcionam monitorando o fluxo de materiais que passa lentamente através de espaços semelhantes a seios, removendo organismos invasores por fagocitose.

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