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Serviços de Farmácia e Saúde Pública Boticários (farmacêuticos). A primeira faculdade de farmácia do Brasil foi criada em 1832. Criação das drogarias. 1930, a legislação possibilitava que as drogarias funcionassem sem profissional habilitado. Lei n. 5.991 de 1973, torna obrigatória a presença de responsável técnico. “Assinar responsabilidade técnica” significa que o farmacêutico apenas empresta seu nome para o estabelecimento, é ilegal, e vai contra o disposto no artigo 14 do Código de Ética Farmacêutica pela Resolução n. 596 de 2014. Aumento da fiscalização dos Conselhos Regionais de Farmácia (CRF). Farmácia Clínica. Resolução n. 586, de 29 de agosto de 2013, permite ao farmacêutico prescrever medicamentos não tarjados que não exijam prescrição médica. ( MIPS) Conferência Internacional de Saúde de Alma-Ata, marco para a evolução da AF (Assistência Farmacêutica) . – preconizou o cuidado e os direitos com os pacientes Central de Medicamentos (Ceme), em 1971- (maior acesso em relação a custo e acessibilidade aos medicamentos)- comprar e distribuir medicamentos/ a população ter mais acesso . A Ceme foi extinta em 1997 1998 , criada a Política Nacional de Medicamentos (PNM), que descentralizou a gestão da AF. Como consequência, as esferas municipais e estaduais passam a ter responsabilidade, por exemplo, na compra e distribuição dos medicamentos. 1998, criação da Política Nacional de Medicamentos (PNM) –( maior acesso a medicação e uso racional de medicamentos). Criação da ANVISA em 1999. Lei dos genéricos. – comercializar os medicamentos com o nome da substancia ativa ,oq gerou u acesso maior da população aos medicamentos Política Nacional da assistência farmacêutica (PNAF) em 2004. – desenvolvimento dos medicamentos , investimento e tecnologia Atenção primária à saúde (APS). – assiste o paciente e previne doenças Na década de 1990, a APS tornou-se responsabilidade dos municípios e, em 1994, foi criado o formato de Unidade de Saúde da Família (USF) O acesso aos medicamentos é um direito de todos os cidadãos brasileiros pela Constituição Federal e pelo SUS. Política Nacional de Medicamentos (PNM), 1998. Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF). Programas de AF, que são uma forma de organizar os medicamentos em diferentes categorias para facilitar a compra e o controle. Cada programa de AF tinha regras próprias de funcionamento e financiamento. Verba oriunda do Ministério da Saúde. Após 2007, financiamento por blocos (componente básico, estratégico e especializado). Portaria n. 3.992/2017 (BRASIL, 2017), alterando o repasse de recursos aos serviços e ações em saúde em dois grupos: o de custeio das ações e serviços de saúde e o de investimento na rede de saúde. O financiamento da AF passou a ficar dentro do grupo “custeio das ações e serviços de saúde”. A verba é repassada da esfera federal às estaduais e municipais. A verba repassada pelo Programa Previne Brasil pode e deve ser usada para a compra de medicamentos do componente básico da AF. Assistência farmacêutica na Atenção Básica à Saúde, tem como base a relação nacional de medicamentos essenciais (Rename). A PNM foi instituída a partir da Portaria n. 3.916/GM de 1998 (BRASIL, 1998), oito anos após a regulamentação do SUS. Essa portaria deve garantir a produção de medicamentos com qualidade, tratamento farmacológico seguro e eficaz, além de incentivar o uso racional e gerar acesso da população aos medicamentos chamados de essenciais. Problemas que motivaram a publicação da Política Nacional de Medicamentos: Brasil, um dos maiores consumidores de medicamentos no mundo; Envelhecimento populacional; Prescrição de medicamentos não padronizados. Serviços de saúde com abastecimento irregular dos produtos farmacêuticos, resultando em ineficácia no tratamento de muitos pacientes. A PNM tem como base as diretrizes e princípios do SUS. Princípios: Universalidade, Integralidade e Equidade. Diretrizes: Descentralização, Hierarquização e Participação comunitária. Universalidade: assegura o direito à saúde a todos os cidadãos, e o acesso sem discriminação ao SUS. Integralidade: ações e serviços de saúde devem visar a recuperação e a proteção da saúde (prevenção). Equidade: Acesso de qualquer pessoa, em igualdade de condições, de acordo com as necessidades de cada um. ( suas necessidades) Descentralização: municipalização das ações e serviços de saúde. Hierarquização: as ações e os serviços de saúde devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente (primário, secundário, terciário e quaternário). Isso significa que o paciente deve entrar no sistema por meio de um posto de saúde (atenção primária) ou de um pronto-socorro (urgência ou emergência) e, se houver necessidade, o paciente deve ser encaminhado a um centro de maior complexidade. Participação comunitária: através de conselhos de saúde. Diretrizes da PNM: Adoção de relação de medicamentos essenciais. Regulamentação sanitária de medicamentos. Reorientação da assistência farmacêutica. Promoção do uso racional de medicamentos. Desenvolvimento científico e tecnológico. Promoção da produção de medicamentos. Garantia da segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos. Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos – de forma a atuar para sempre melhorar o pessoal p/ que desenvolva e acolha melhor o paciente (BRASIL, 1998) Medicamentos genéricos ( nome substancia ativa) : Na PNM deve-se privilegiar o uso de genéricos, e isso envolve o incentivo à produção nacional, à prescrição e à comercialização. Essas ações não ficam sob responsabilidade apenas do governo federal, mas devem ser um esforço de vários setores, entre eles, a sociedade, corporações profissionais e as três esferas de poder. A Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) (BRASIL, 2004) nasce em 2004. Consolida as ações de AF no Brasil, com objetivo de ampliar o acesso da população aos medicamentos. A PNAF é organizada em quatro princípios e 13 eixos estratégicos. Princípio I: PNAF é parte integrante da Política Nacional de Saúde, envolvendo ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, sempre considerando os princípios do SUS. Princípio II: A assistência farmacêutica é uma política pública que fomenta as políticas de medicamentos, de ciência e tecnologia, de desenvolvimento industrial e de formação de recursos humanos. Princípio III: o farmacêutico deve ter uma visão individual e coletiva. Atua no uso racional de medicamentos, pesquisando, selecionando, programando, comprando e distribuindo medicamentos para a população de um município, estado ou país. Princípio IV: integralidade das ações. A AF tem o papel de facilitar o acesso aos serviços farmacêuticos e aos medicamentos na atenção primária ( hospitais) , secundária( ambulatórios de especialidades, clinicas e especializadas) e terciária( unidades básicas e de saúde da família ) . Assistência farmacêutica: ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, individual e coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional. Pesquisa, desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização (BRASIL, 2004). Atenção Farmacêutica: se refere ao atendimento direto do paciente pelo farmacêutico com objetivo de resolver problemas da farmacoterapia. 13 eixos estratégicos da PNAF: A garantia de acesso e equidade às ações de saúdeinclui, necessariamente, a assistência farmacêutica. Manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública de saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias gestoras do SUS. Qualificação dos serviços de assistência farmacêutica existentes, em articulação com os gestores estaduais e municipais nos diferentes níveis de atenção. Descentralização das ações, com definição das responsabilidades das diferentes instâncias gestoras, de forma pactuada e visando à superação da fragmentação em programas desarticulados. Desenvolvimento, valorização, formação, fixação e capacitação de recursos humanos. Modernização e ampliação da capacidade instalada e de produção dos laboratórios farmacêuticos oficiais, visando ao suprimento do SUS e ao cumprimento de seu papel como referências de custo e qualidade da produção de medicamentos, incluindo-se a produção de fitoterápicos. Labs oficiais devem - Produzir medicamentos essenciais (Rename) , Monitorar preços de mercado, Capacitar profissionais Utilização da Rename, atualizada periodicamente, como instrumento racionalizador das ações no âmbito da assistência farmacêutica. Pactuação de ações intersetoriais que visem à internalização e ao desenvolvimento de tecnologias que atendam às necessidades de produtos e serviços do SUS nos diferentes níveis de atenção. Implementação de uma política pública de desenvolvimento científico e tecnológico, envolvendo os centros de pesquisa e as universidades brasileiras, com o objetivo do desenvolvimento de inovações tecnológicas que atendam os interesses nacionais e as necessidades e prioridades do SUS. Definição e pactuação de ações intersetoriais que visem à utilização das plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos no processo de atenção à saúde, com respeito aos conhecimentos tradicionais incorporados, com embasamento científico, com adoção de políticas de geração de emprego e renda, com qualificação e fixação de produtores, envolvimento dos trabalhadores em saúde no processo de incorporação dessa opção terapêutica e baseado no incentivo à produção nacional, com a utilização da biodiversidade existente no país. Construção de uma política de vigilância sanitária que garanta o acesso da população a serviços e produtos seguros, eficazes e com qualidade. Estabelecimento de mecanismos adequados para a regulação e monitoração do mercado de insumos e produtos estratégicos para a saúde, incluindo os medicamentos. Promoção do uso racional de medicamentos por intermédio de ações que disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo. AF descentralizada: os medicamentos do programa de componente estratégico são comprados e distribuídos pelo governo federal. Parte dos medicamentos do componente especializado são de responsabilidade dos governos estaduais, e a maioria dos medicamentos do componente básico são de responsabilidade dos municípios. Lei n. 9.787, de 10/02/1999, criação das condições para a implantação de medicamentos genéricos, em consonância com normas adotadas pela Organização Mundial da Saúde, Países da Europa, Estados Unidos e Canadá. Os genéricos devem ser no mínimo 35% mais baratos que o medicamento referência correspondente. RDC n. 47 de 2001 (BRASIL, 2001) aprovou a inserção da tarja amarela com a letra “G” maiúscula, com a inscrição “Medicamento genérico”. Marco na história da farmácia no Brasil, amplia o acesso aos medicamentos e incentiva a inovação tecnológica por parte dos centros de pesquisa e indústria farmacêutica. Medicamento genérico – medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ( denominação comum brasileira) ou, na sua ausência, pela DCI (BRASIL, 1999). Genérico: medicamento similar ao de referência, sendo considerado intercambiável por apresentar a mesma biodisponibilidade (bioequivalentes). Não é uma cópia idêntica ao de referência, pois ele pode diferir quanto à cor, tamanho e excipientes. É desenvolvido a partir de uma molécula já existente. O laboratório não tem gastos no desenvolvimento de uma nova substância e nem com pesquisa clínica. Os laboratórios gastam menos dinheiro com propaganda, pois não há um nome comercial para justificar grandes campanhas publicitárias. Os medicamentos similares, genéricos e de referência são considerados equivalentes farmacêuticos, pois têm o mesmo princípio ativo, na mesma concentração e forma farmacêutica. Para produzir genérico, a empresa deve acessar as listas de medicamentos referência no portal da Anvisa para saber se há um medicamento de marca com a mesma substância ativa, dosagem e indicação, que servirá como comparação para o registro do genérico que se pretende registrar. A empresa deve solicitar licença de importação dos medicamentos referência para poder fazer os testes in vitro e in vivo. Normas e procedimentos técnicos para registro de medicamento genérico no Brasil: Definições utilizadas para registro de medicamentos genéricos, Medidas antecedentes ao registro, Documentação para registro, Medicamentos que não serão aceitos como genéricos, Medidas pós registro. Documentos que devem ser apresentados para o registro dos genéricos: Recolhimento da taxa de fiscalização de vigilância sanitária; Licença de funcionamento da empresa; Autorização de funcionamento da empresa; Certificado de boas práticas de fabricação e controle; Notificação da produção de lote piloto; Certificado de responsabilidade técnica; Formulários de petição (FP1 e FP2) e modelo de bula, rótulo e cartucho; Somente centros autorizados pela Anvisa podem fazer os testes de equivalência e bioequivalência; Há medicamentos que não podem ser registrados como genéricos; Alguns medicamentos não são absorvidos, então não há como se provar a bioequivalência como os contrastes. Documentos técnicos exigidos pela Anvisa no registro de medicamentos genéricos: Testes de estabilidade- Estudo de estabilidade acelerada de um lote desenhado para determinar o prazo de validade dos medicamentos. Dissolução: Estudo comparativo entre o genérico e o medicamento de referência. Compara-se a velocidade na qual o fármaco se dissolve no meio de dissolução. Equivalência farmacêutica- Comparação feita entre o medicamento genérico e o de referência para provar que possuem o mesmo fármaco, com mesma dosagem, através dos seguintes testes: determinação de peso, dureza, friabilidade, desintegração, dissolução, pH e uniformidade de conteúdo Biofarmacotécnicos- Estudo de biodisponibilidade que prova a bioequivalência entre genérico e referência Alguns medicamentos, por características próprias, dificilmente terão a bioequivalência provada. Os fitoterápicos, por exemplo, são produzidos com uma parte da planta ou extrato, tintura etc. Como as plantas são diferentes entre si, existe considerável variação de teor de princípios ativos e biodisponibilidade, dificultando a determinação de bioequivalência. No SUS, os prescritores devem adotar a DCB, sinônimo de nome genérico. Os prescritores de serviços particulares podem adotar a DCB ou nome comercial. Na dispensação, o farmacêutico pode substituir o medicamento referência pelo genérico quando não houver nenhuma restrição expressa (manuscrito) por parte do prescritor. Quando o farmacêutico fizer a substituição, ele deve indicar na prescrição que fez a substituição, carimbar, assinar e datar. Sea prescrição contiver o nome genérico, o farmacêutico pode somente dispensar o medicamento referência ou o genérico. Nesse caso, não pode ser dispensado o medicamento similar. Entre os anos de 1999 e 2014, a única possibilidade de troca (intercambialidade) entre medicamentos era do genérico para medicamento de referência e vice- versa. Com a publicação da RDC n. 58 de 2014 (ANVISA, 2014b), as empresas que detinham registros de medicamentos similares foram autorizadas a registrar esses produtos como similares intercambiáveis aos medicamentos de referência, desde que feitos os testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência nos mesmos moldes de como já era realizado com os medicamentos genéricos. Registrado como intercambiável, entra na lista de medicamentos similares e seus respectivos medicamentos de referência (ANVISA, 2014a). Essa lista deve ser consultada pelo farmacêutico no ato da dispensação, para que ele saiba se pode fazer a troca entre o medicamento referência e o similar intercambiável e vice-versa. A troca não pode ser feita caso o médico faça alguma restrição por escrito na receita. Bioequivalência e biodisponibilidade. Esses testes devem ser feitos em centros cadastrados na Rede Brasileira de Laboratórios em Saúde. O teste deve demonstrar que a biodisponibilidade do medicamento genérico/similar (medicamento teste) com a biodisponibilidade do medicamento de referência, de acordo com critérios estatísticos Medidas pós-registro: a empresa deve entregar à Anvisa: Comprovação da distribuição dos três primeiros lotes de fabricação (Anvisa recolhe amostras para controle de qualidade); Resultados e avaliação final do estudo de estabilidade de longa duração dos três primeiros lotes; Relatório de incidência de reações adversas e ineficácia terapêutica, entre outros. Judicialização: ocorre quando o paciente não encontra seu medicamento, insumo ou tratamento e busca seu direito por meio do poder judiciário. É a última alternativa que o paciente tem para que o seu direito à saúde seja garantido, por meio do artigo n. 196 da nossa Constituição Federal: “a saúde é direito de todos e dever do Estado”. Crescimento exponencial nas últimas décadas, aumentando os gastos das três esferas de governo. Esse grande impacto no orçamento causa problemas para a saúde pública, pois fazer a gestão da saúde em um ambiente com muitos gastos extras, não programados, é complexo Muitas das ordens judiciais chegam ao poder público em caráter emergencial. Nessas condições, a compra deve ser feita de forma apressada, não havendo tempo de se fazer, por exemplo, tomada de preços, que é uma modalidade de licitação regida pela lei n. 14.133 de 2021 (BRASIL, 2021). Muitos dos medicamentos são de custo elevado e, com essa compra de forma emergencial, a tendência é que não se consiga bons preços. O Ministério da Saúde tem uma verba anual programada para todos os gastos em saúde e, durante esse período, ocorre um aumento nas demandas judiciais, o resultado é que boa parte do dinheiro é direcionado às demandas judiciais. Portanto a pequena parcela da população com acesso a advogados e com maior renda acaba sendo atendida, porém, esse dinheiro faz falta à outra parcela da população mais carente. Uma maneira de se tentar diminuir a judicialização, foi a instituição da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que existe desde 2011. Essa comissão assessora o Ministério da Saúde ao recomendar ou não a inclusão de medicamentos, tratamentos etc. ao SUS, em prazo máximo de 180 dias. A decisão da incorporação das tecnologias é feita com base em critérios técnicos, como eficácia, segurança e farmacoeconomia (relação entre custos e eficácia). A Conitec, por meio de seus relatórios, pode qualificar as decisões judiciais e reduzir os impactos da judicialização. O município pode ter que comprar medicamentos de responsabilidade do estado ou do governo federal e vice-versa. Esse é um outro ponto que pode dificultar a gestão dos recursos financeiros. A via judicial acaba se tornando uma alternativa para medicamentos indisponíveis no SUS, mas também para medicamentos que faltam nas unidades de saúde por vários motivos, e que têm relação com algum problema no ciclo da AF: Seleção; Programação; Aquisição; Armazenamento; Distribuição; Dispensação. A União vem aumentando o investimento na compra de medicamentos ao longo dos anos. Em 2008, foram gastos R$ 9,1 bilhões, em 2013, R$ 14,9 bilhões, e, em 2019, R$ 19,8 bilhões. Como consequência, a porcentagem correspondente ao orçamento do Ministério da Saúde também aumentou de 9,9% em 2008 para 14,6% em 2019. Há um aumento no investimento na compra de medicamentos, e um crescimento exponencial de gastos com as demandas judiciais. No início do SUS, década de 1990, as primeiras demandas estavam mais relacionadas à medicamentos para tratamento de HIV/aids. Com o passar dos anos, as demandas foram se modificando e outros medicamentos passaram a ser muito solicitados Em relação às patologias, o maior número de ordens judiciais é para hemofilias (26,6%), câncer (24,9%) e doenças metabólicas (17,5%). Além dos custos diretos da judicialização com a compra de medicamentos, existem os custos indiretos com a estrutura que deve ser montada para atender as ordens judiciais. Há necessidade de farmacêuticos e profissionais administrativos para realizar as compras. A judicialização pode desestruturar a organização e o orçamento público. Os farmacêuticos podem contribuir nessa área, na análise dos pedidos judiciais. Os farmacêuticos podem atuar nas fases pré- processuais, produzindo pareceres técnicos, com o objetivo de sanar o conflito antes da instalação do processo judicial. As áreas de atuação podem ser núcleos de conciliação, secretarias de saúde, CIM e defensoria pública. Também há possibilidade de os farmacêuticos trabalharem no Núcleo de Apoio Técnico (NAT-JUS), na fase processual. O NAT-JUS é uma equipe multidisciplinar ligada ao Poder Judiciário estadual, em que o farmacêutico fornece pareceres técnico-científicos (PTC) para ajudar o juiz de direito a tomar as decisões. Ações dos farmacêuticos na área de judicialização: Busca evidências científicas em fontes confiáveis; Identifica os medicamentos durante o atendimento; Orienta o paciente a acessar o medicamento na rede SUS; Orienta pacientes e prescritores sobre as justificativas que devem ser dadas para medicamentos prescritos fora de protocolos clínicos; Informa o paciente sobre modo de uso, reações adversas e interações medicamentosas; Faz pareceres técnico-científicos (PTC). O farmacêutico, com seu conhecimento técnico, atuando principalmente na fase préprocessual, pode diminuir ou qualificar as demandas. O problema pode ser resolvido apenas com a orientação de onde o paciente pode conseguir o medicamento. Solicitações de medicamentos em que o farmacêutico que trabalha na judicialização atua: Medicamentos integrantes da lista do componente especializado da assistência farmacêutica (Ceaf);Medicamentos pertencentes à Remume; Medicamentos experimentais, off label (uso que não consta em bula), sem registro na Anvisa. O ciclo da assistência farmacêutica compreende as atividades de gerenciamento de medicamentos com os processos de: seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e utilização, o que inclui a dispensação. Atividades assistenciais estão presentes dentro do processo de dispensação. Dispensação: ocorre a atenção farmacêutica, também denominada de cuidado farmacêutico, o que inclui, além da entrega dos medicamentos, as ações de orientação farmacêutica e acompanhamento farmacoterapêuticopara garantir o uso seguro desses produtos (BRASIL, 2005).- acompanhamento farmacoterapêutico, dispensação , orientação farmacêutica , acoes educativas A escolha dos medicamentos necessários para atender ao sistema de saúde é realizada com base em critérios epidemiológicos, técnicos e econômicos. A seleção e a padronização dos medicamentos tornam possível definir os protocolos clínicos a serem adotados pelos serviços de saúde, objetivando racionalizar os medicamentos. Rename: relação nacional de medicamentos essenciais. Resme: relação estadual de medicamentos essenciais. Remume: relação municipal de medicamentos essenciais. Algumas unidades de saúde podem ter a relação de medicamentos essenciais própria e específica para a sua necessidade, é o que acontece em alguns hospitais. A seleção de medicamentos é realizada por uma equipe multidisciplinar, conhecida como Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT), que é composta por profissionais de saúde de diferentes áreas. O farmacêutico justifica os medicamentos a serem padronizados através dos estudos científicos. Comissão de Farmácia e Terapêutica, Padronização de Medicamentos do Município: Benefícios da padronização de medicamentos. Uso racional dos medicamentos disponíveis. Aquisição de medicamentos com valor terapêutico para o sistema de saúde. Redução do número de produtos em estoque. Otimização dos espaços de armazenamento. Devem ser excluídos medicamentos cuja comercialização esteja proibida ou descontinuada pela agência reguladora; especialidades farmacêuticas que possam ser substituídas por outras que apresentem mais vantagens terapêuticas, e o baixo consumo por período considerável que não justifique a padronização do produto. Estudos de farmacoeconomia e farmacoepidemiologia aplicada estão envolvidos no processo de seleção de medicamentos e são usados pela CFT para a padronização de medicamentos. Farmacoeconomia: avaliação econômica de medicamento e descrição e análise dos custos e das consequências da farmacoterapia para o paciente. Análise de custo-efetividade: correlaciona os custos com os resultados clínicos obtidos. É possível comparar o impacto de diferentes opções terapêuticas, visando à escolha da melhor intervenção quanto aos efeitos do tratamento e à aplicação dos recursos disponíveis.Análise de custo- utilidade: relaciona os custos com a percepção do paciente quanto à qualidade de vida proporcionada pelo tratamento. A farmacoepidemiologia ou epidemiologia do medicamento: estuda o uso e os efeitos benéficos e adversos dos medicamentos em grandes populações. É subdividida em dois grupos de estudos: de farmacovigilância e de utilização de medicamentos. Farmacovigilância: se dedica a determinar as propriedades terapêuticas e toxicológicas dos fármacos nas diferentes condições em que eles são utilizados. É a vigilância do fármaco quando esse produto chega no mercado e é utilizado por diferentes indivíduos, detectando-se efeitos adversos, permitindo a descoberta de reações adversas raras, que não foram detectadas durante a realização dos ensaios clínicos. A segurança do medicamento é continuamente monitorada, mesmo após a aprovação pela agência reguladora. Permite a detecção de novas indicações terapêuticas. O farmacêutico é primordial na identificação e notificação de reações adversas ao medicamento. Os medicamentos disponíveis no SUS são financiados pelas três esferas de governo (União, estados e municípios). Os recursos federais são repassados na forma de blocos de financiamento da assistência farmacêutica e possuem três componentes: básico, estratégico e especializado. Componente básico: medicamentos destinados ao atendimento das necessidades prioritárias da atenção primária à saúde. Medicamentos que pertencem à Rename, alguns medicamentos fitoterápicos e homeopáticos. Medicamentos do componente básico:Anti- hipertensivos. Antidiabéticos. Antiasmáticos e fármacos para tratar rinite.Fármacos para saúde mental. Insulina NPH e regular humana. Contraceptivos e insumos do programa de saúde da mulher. Medicamentos fitoterápicos. Medicamentos homeopáticos. Componente estratégico: medicamentos utilizados em doenças consideradas grandes problemas de saúde pública, enfermidades que atingem ou colocam em risco a coletividade. Endemias (doença de Chagas, esquistossomose, hanseníase, leishmaniose, malária, tuberculose). Influenza (oseltamivir e zanamivir). HIV e Programa de DST/aids. Sangue e seus derivados. Imunobiológicos. Tabagismo (adesivos de nicotina, goma de mascar, bupropiona etc.).Alimentação e nutrição. O componente especializado: medicamentos comumente conhecidos como de “alto custo”, aqueles utilizados para doenças raras. Financiamento tripartite e são divididos em três grupos (1, 2 e 3).Grupo 1: responsabilidade da União.Grupo 2: financiado pelos estados e Distrito Federal.Grupo 3: financiamento tripartite com a aquisição e distribuição sob responsabilidade dos municípios. Tratamento das doenças: Toxoplasmose aguda na gestação. Imunoglobulina anti-D. Doença pulmonar obstrutiva crônica. Fibrose cística. Alergia à proteína do leite de vaca. Reposição de ferro. Central de abastecimento farmacêutico (CAF). Características compatíveis com o tipo e a quantidade de produtos armazenados. Boa localização para recebimento e expedição dos medicamentos.Tamanho adequado para a quantidade de produtos a ser estocada. Identificação e sinalização das diferentes áreas da CAF. Controle de temperatura e umidade. Higienização constante. Atividades envolvidas no processo de armazenamento. Recebimento: avalia a conformidade entre os produtos requisitados com os entregues. Considera as especificações administrativas, como nota fiscal, quantidade, prazo de entrega e preços, e também os aspectos técnicos, como laudo de controle de qualidade com os respectivos resultados, embalagem, lote e validade (BRASIL, 2006). Estocagem e guarda: produtos organizados e ordenados nos locais apropriados de acordo com as condições adequadas para a sua conservação. Controle de estoque: registra todas as entradas e saídas de forma precisa com os dados do lote para o rastreamento dos produtos. Fornece informações para a programação e aquisição de medicamentos com a quantidade a ser comprada e o intervalo de tempo necessário para assegurar a regularidade do abastecimento, evitando perdas ou faltas de produtos. Curva ABC: classifica os produtos em três agrupamentos, conforme a demanda. Grupo A → 20% dos produtos correspondem a 80% dos medicamentos consumidos. Grupo B → 30% dos produtos correspondem a 15% dos medicamentos consumidos. Grupo C → 50% dos produtos correspondem a 5% dos medicamentos consumidos Farmacêutico: responsável técnico pela CAF. Assegura que o medicamento mantenha todas as suas características físico-químicas, microbiológicas, além da eficácia e segurança desses produtos. Estabelece todos os procedimentos realizados na CAF por meio da elaboração dos procedimentos operacionais padrão (POP). Elabora o manual de boas práticas de armazenagem com informações e procedimentos sobre normas de armazenamento, limpeza/higienização, controles de temperatura e umidade, controle de qualidade, controle de pragas, área de produtos em quarentena, interditados e de produtos sujeitos a controle especial. Treina a equipe para que ela execute os procedimentos estabelecidos sob a sua supervisão (NEVES; PINA, 2015). Controle de estoque eficiente que gere relatórios consistentes do que há em estoque. Devem ser armazenados, em sua maioria, em locais secos e frescos, com temperatura variando entre 15 °C e 25 °C e com umidade relativa do ar entre 40%- 70%. Monitorar osprazos de validade. Garantir a proteção quanto a medicamentos falsificados, reprovados, ilegalmente importados, roubados ou avariados/adulterados. Quantidade de funcionários adequada à demanda e devidamente treinados. Registrar os treinamentos com o nome do colaborador, objetivos e a data da realização e carga horária. Medicamentos avariados devem ser armazenados separadamente. Proteger da luz para evitar reações de degradação. Manter a distância entre os produtos, paredes, tetos e chão (BRASIL, 2006). Estantes com prateleiras usadas para estocagem geral dos medicamentos; para produtos empilhados ou grandes volumes são usados estrados e pallets, que devem ser de material de fácil higienização e que não sejam fonte de contaminação, como alumínio ou plástico Resíduos de serviços de saúde (RSS): são todos os resíduos resultantes das ações realizadas em unidades de saúde e são considerados geradores todos os serviços que tenham atividades relativas à saúde humana ou animal (ANVISA, 2018). Gerenciamento de resíduos: é o grupo de ações de gestão realizadas de acordo com evidências científicas, técnicas, normativas e legais, que visam minimizar a geração dos resíduos e garantir o processamento seguro e eficiente para proteção da saúde e do meio ambiente. A fiscalização do gerenciamento é realizada de forma descentralizada, sendo dever das vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, com o auxílio de órgãos ambientais regionais. Os geradores são responsáveis pela correta destinação do RSS gerado e devem elaborar, implementar e monitorar o Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS), sendo que essa atividade pode ser terceirizada a uma empresa ou profissional autônomo, desde que cumpram-se as exigências legais. O PGRSS deve descrever as atividades desenvolvidas, recursos físicos, materiais e humanos requeridos, reportando ainda as características e riscos dos resíduos gerados. Em relação às ações, o PGRSS precisa apresentar as seguintes atividades: geração, identificação, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, destinação e disposição final ambientalmente adequada para proteção da saúde pública, dos trabalhadores e do meio ambiente. O PGRSS deve estimar a quantidade de RSS gerado por grupos (A, B, C, D e E). A- Resíduos biológicos com risco de infecção- Resíduo que requer tratamento deve ser acondicionado em saco vermelho. Resíduo já tratado ou que não precisa ser tratado deve ser acondicionado em saco branco leitoso. Resíduos biológicos: uso do símbolo de substância de risco infectante, fundo branco e contornos pretos, além de conter o dizer “resíduo infectante”. B- Resíduos químicos com risco à saúde pública ou ao meio ambiente (agentes inflamáveis, corrosivos, reativos e tóxicos. Resíduos químicos: identificação com a expressão e o símbolo do risco que o resíduo é capaz de provocar. C Rejeitos radioativos O manejo dos rejeitos radioativos deve estar de acordo com a Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Para tal, deve-se ter um plano de proteção radiológica, que é definido e coordenado pelo supervisor de proteção radiológica devidamente qualificado pela CNEN.- Resíduos radioativos: uso do símbolo de presença de radiação ionizante, fundo amarelo e contornos pretos, além de conter o dizer “resíduo radioativo”. D Resíduos sem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, considerados similares aos resíduos domésticos Os sacos de acondicionamento não requerem identificação. Assim, podem ser utilizados sacos de lixo comum.- – Resíduos comuns. E Material perfurocortante ou escarificante- Resíduos perfurocortantes: uso do símbolo de risco biológico, fundo branco, desenho e contornos pretos, além de conter o dizer “resíduo perfurocortante” Solicitação da unidade de saúde para a CAF. Separação, expedição dos medicamentos e transporte até o serviço de saúde. Rastreabilidade dos medicamentos.No transporte de medicamentos, o veículo deve ter isolamento térmico, especialmente para longas distâncias e produtos como vacinas, soros e insulina. Na distribuição, o farmacêutico é responsável pela supervisão do processo, pela elaboração dos POPs e normas e deve treinar a equipe envolvida nessa atividade. Prescrição: documento com valor legal em que todos os profissionais de saúde envolvidos, como os que prescrevem, dispensam e administram, assumem as suas respectivas responsabilidades relativas ao tratamento. No processo de dispensação de medicamentos, são atribuições do farmacêutico: Avaliação e interpretação das prescrições quanto aos aspectos técnicos e legais. Receituário prescrito por profissional habilitado. Medicamentos sujeitos a controle especial, se seguem as exigências da Portaria n. 344/1998. Exigências legais para a dispensação de medicamentos constantes na Portaria n. 344/1998 e na RDC n. 20/201. Dispensação de medicamentos: entrega ou disponibilização de medicamentos ao usuário como resposta à prescrição de um profissional habilitado, assegurando o medicamento certo, na dose correta, em quantidade adequada e com as devidas orientações quanto à utilização desse agente terapêutico (BRASIL, 2011). Não pode ser realizada em receituários ilegíveis, com rasuras ou emendas. Analisar toda a prescrição antes da dispensação e, se houver alguma dúvida ou problema no receituário, entrar em contato com o prescritor. Dispensação ativa com as orientações necessárias para assegurar o uso correto dos medicamentos. Em casos de não atendimento do receituário, deve- se esclarecer os motivos da negativa do atendimento por escrito, com nome legível, número de registro no Conselho Regional de Farmácia (CRF) e assinatura do farmacêutico, em duas vias, uma entregue ao paciente e outra arquivada na farmácia com a assinatura do paciente. Orientações para transmitir ao paciente durante a dispensação: Por que usar o medicamento.Modo de usar. Principais interações com alimentos e outros medicamentos que possam prejudicar o efeito terapêutico. Condições de armazenamento domiciliar. Dentro da dispensação que se realiza a atenção farmacêutica, atuação do farmacêutico voltada diretamente para o paciente com o intuito de potencializar a eficácia terapêutica. Informações para conferir no receituário de medicamentos: Identificação do estabelecimento ou consultório do prescritor, com dados como telefone e endereço. Nome completo do paciente.Descrição do medicamento prescrito conforme a DCB. Dosagem. Forma farmacêutica. Posologia. Quantidade a ser dispensada. Duração do tratamento. Identificação do prescritor com número de registro no conselho de classe. Assinatura e carimbo.Informações adicionais, local e data Indicadores de desempenho permitirão a identificação dos problemas em caso de resultados insatisfatórios e a elaboração de um plano de ação para alcançar os resultados almejados. Os indicadores de desempenho estão muito relacionados à garantia da qualidade e excelência do serviço de saúde. Os indicadores podem ser de estrutura, processos ou resultados. Os indicadores devem ser medidos com o intuito de monitorar o desempenho e aprimorar o processo. Deve-se considerar para a seleção de um indicador se a atividade a ser medida é relevante para o que se pretende avaliar, se os dados podem ser coletados e se são confiáveis, e se o indicador pode ser usado em todas as situações a serem avaliadas DataSUS é o sistema unificado do SUS, que coleta, processa e dissemina as informações sobre o sistema de saúde brasileiro. Plataforma única e integrada que proporciona a informatização do SUS e mantém atualizadas as bases de dados estatísticos sobre vários indicadores de saúde no País, como os indicadorese dados básicos para a saúde (IDB), dados de morbidade e incapacidade. As informações disponibilizadas pelo DataSUS subsidiam a elaboração de políticas públicas por meio da análise da situação sanitária e tomadas de decisão baseadas em evidências, além de serem importantes para orientar os profissionais de saúde. Para os profissionais de saúde, é possível determinar o perfil de consumo de medicamentos pela população, bem como os problemas de saúde e o rastreamento dos medicamentos dispensados. Quanto aos usuários, o sistema permite o agendamento da dispensação e informações sobre os medicamentos dispensados A consulta farmacêutica é uma das atribuições clínicas do farmacêutico relacionada ao cuidado da saúde individual ou coletiva. A consulta farmacêutica deve ser realizada em consultório farmacêutico ou ambiente isolado adequado. A prescrição farmacêutica poderá ocorrer em diferentes estabelecimentos farmacêuticos, como consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde. Ao farmacêutico é permitida a prescrição de medicamentos e produtos com fins terapêuticos que não exijam prescrição médica. Os medicamentos isentos de prescrição (MIP) podem ser prescritos por farmacêutico legalmente habilitado e registrado no CRF de sua jurisdição. Os MIP são utilizados para o tratamento de doenças de alta morbidade e baixa gravidade, como resfriados, diarreias, desidratação leve, dor de cabeça, azia e má digestão
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