Buscar

Serviços de Farmácia e Saúde Pública

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Serviços de Farmácia e Saúde Pública 
 Boticários (farmacêuticos). 
 A primeira faculdade de farmácia do Brasil foi 
criada em 1832. 
 Criação das drogarias. 
 1930, a legislação possibilitava que as drogarias 
funcionassem sem profissional habilitado. 
 Lei n. 5.991 de 1973, torna obrigatória a presença 
de responsável técnico. “Assinar responsabilidade 
técnica” significa que o farmacêutico apenas 
empresta seu nome para o estabelecimento, é 
ilegal, e vai contra o disposto no artigo 14 do Código 
de Ética Farmacêutica pela Resolução n. 596 de 
2014. 
 Aumento da fiscalização dos Conselhos Regionais 
de Farmácia (CRF). 
 Farmácia Clínica. 
 Resolução n. 586, de 29 de agosto de 2013, permite 
ao farmacêutico prescrever medicamentos não 
tarjados que não exijam prescrição médica. ( MIPS) 
 Conferência Internacional de Saúde de Alma-Ata, 
marco para a evolução da AF (Assistência 
Farmacêutica) . – preconizou o cuidado e os 
direitos com os pacientes 
 Central de Medicamentos (Ceme), em 1971- 
(maior acesso em relação a custo e acessibilidade 
aos medicamentos)- comprar e distribuir 
medicamentos/ a população ter mais acesso . A 
Ceme foi extinta em 1997 
 1998 , criada a Política Nacional de Medicamentos 
(PNM), que descentralizou a gestão da AF. Como 
consequência, as esferas municipais e estaduais 
passam a ter responsabilidade, por exemplo, na 
compra e distribuição dos medicamentos. 
 1998, criação da Política Nacional de 
Medicamentos (PNM) –( maior acesso a medicação 
e uso racional de medicamentos). 
 Criação da ANVISA em 1999. 
 Lei dos genéricos. – comercializar os 
medicamentos com o nome da substancia ativa ,oq 
gerou u acesso maior da população aos 
medicamentos 
 Política Nacional da assistência farmacêutica 
(PNAF) em 2004. – desenvolvimento dos 
medicamentos , investimento e tecnologia 
 Atenção primária à saúde (APS). – assiste o 
paciente e previne doenças 
 Na década de 1990, a APS tornou-se 
responsabilidade dos municípios e, em 1994, foi 
criado o formato de Unidade de Saúde da Família 
(USF) 
 O acesso aos medicamentos é um direito de todos 
os cidadãos brasileiros pela Constituição Federal e 
pelo SUS. 
 Política Nacional de Medicamentos (PNM), 1998. 
 Política Nacional de Assistência Farmacêutica 
(PNAF). 
 Programas de AF, que são uma forma de organizar 
os medicamentos em diferentes categorias para 
facilitar a compra e o controle. 
 Cada programa de AF tinha regras próprias de 
funcionamento e financiamento. Verba oriunda do 
Ministério da Saúde. 
 Após 2007, financiamento por blocos (componente 
básico, estratégico e especializado). 
 Portaria n. 3.992/2017 (BRASIL, 2017), alterando o 
repasse de recursos aos serviços e ações em saúde 
em dois grupos: o de custeio das ações e serviços 
de saúde e o de investimento na rede de saúde. O 
financiamento da AF passou a ficar dentro do grupo 
“custeio das ações e serviços de saúde”. 
 A verba é repassada da esfera federal às estaduais 
e municipais. A verba repassada pelo Programa 
Previne Brasil pode e deve ser usada para a compra 
de medicamentos do componente básico da AF. 
 Assistência farmacêutica na Atenção Básica à 
Saúde, tem como base a relação nacional de 
medicamentos essenciais (Rename). 
 A PNM foi instituída a partir da Portaria n. 
3.916/GM de 1998 (BRASIL, 1998), oito anos após a 
regulamentação do SUS. Essa portaria deve 
garantir a produção de medicamentos com 
qualidade, tratamento farmacológico seguro e 
eficaz, além de incentivar o uso racional e gerar 
acesso da população aos medicamentos chamados 
de essenciais. 
 Problemas que motivaram a publicação da Política 
Nacional de Medicamentos: Brasil, um dos maiores 
consumidores de medicamentos no mundo; 
Envelhecimento populacional; Prescrição de 
medicamentos não padronizados. Serviços de 
saúde com abastecimento irregular dos produtos 
farmacêuticos, resultando em ineficácia no 
tratamento de muitos pacientes. 
 A PNM tem como base as diretrizes e princípios do 
SUS. Princípios: Universalidade, Integralidade e 
Equidade. 
 Diretrizes: Descentralização, Hierarquização e 
Participação comunitária. Universalidade: assegura 
o direito à saúde a todos os cidadãos, e o acesso 
sem discriminação ao SUS. Integralidade: ações e 
serviços de saúde devem visar a recuperação e a 
proteção da saúde (prevenção). 
 Equidade: Acesso de qualquer pessoa, em 
igualdade de condições, de acordo com as 
necessidades de cada um. ( suas necessidades) 
 Descentralização: municipalização das ações e 
serviços de saúde. 
 Hierarquização: as ações e os serviços de saúde 
devem ser organizados em níveis de complexidade 
tecnológica crescente (primário, secundário, 
terciário e quaternário). Isso significa que o 
paciente deve entrar no sistema por meio de um 
posto de saúde (atenção primária) ou de um 
pronto-socorro (urgência ou emergência) e, se 
houver necessidade, o paciente deve ser 
encaminhado a um centro de maior complexidade. 
 Participação comunitária: através de conselhos de 
saúde. 
 Diretrizes da PNM: Adoção de relação de 
medicamentos essenciais. Regulamentação 
sanitária de medicamentos. Reorientação da 
assistência farmacêutica. Promoção do uso racional 
de medicamentos. Desenvolvimento científico e 
tecnológico. Promoção da produção de 
medicamentos. Garantia da segurança, eficácia e 
qualidade dos medicamentos. 
 Desenvolvimento e capacitação de recursos 
humanos – de forma a atuar para sempre melhorar 
o pessoal p/ que desenvolva e acolha melhor o 
paciente (BRASIL, 1998) 
 Medicamentos genéricos ( nome substancia ativa) : 
Na PNM deve-se privilegiar o uso de genéricos, e 
isso envolve o incentivo à produção nacional, à 
prescrição e à comercialização. 
 Essas ações não ficam sob responsabilidade apenas 
do governo federal, mas devem ser um esforço de 
vários setores, entre eles, a sociedade, corporações 
profissionais e as três esferas de poder. 
 A Política Nacional de Assistência Farmacêutica 
(PNAF) (BRASIL, 2004) nasce em 2004. Consolida as 
ações de AF no Brasil, com objetivo de ampliar o 
acesso da população aos medicamentos. 
 A PNAF é organizada em quatro princípios e 13 
eixos estratégicos. 
 Princípio I: PNAF é parte integrante da Política 
Nacional de Saúde, envolvendo ações voltadas à 
promoção, proteção e recuperação da saúde, 
sempre considerando os princípios do SUS. 
 Princípio II: A assistência farmacêutica é uma 
política pública que fomenta as políticas de 
medicamentos, de ciência e tecnologia, de 
desenvolvimento industrial e de formação de 
recursos humanos. 
 Princípio III: o farmacêutico deve ter uma visão 
individual e coletiva. Atua no uso racional de 
medicamentos, pesquisando, selecionando, 
programando, comprando e distribuindo 
medicamentos para a população de um município, 
estado ou país. 
 Princípio IV: integralidade das ações. A AF tem o 
papel de facilitar o acesso aos serviços 
farmacêuticos e aos medicamentos na atenção 
primária ( hospitais) , secundária( ambulatórios de 
especialidades, clinicas e especializadas) e 
terciária( unidades básicas e de saúde da família ) . 
 Assistência farmacêutica: ações voltadas à 
promoção, proteção e recuperação da saúde, 
individual e coletiva, tendo o medicamento como 
insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso 
racional. 
 Pesquisa, desenvolvimento e a produção de 
medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, 
programação, aquisição, distribuição, dispensação, 
garantia da qualidade dos produtos e serviços, 
acompanhamento e avaliação de sua utilização 
(BRASIL, 2004). 
 Atenção Farmacêutica: se refere ao atendimento 
direto do paciente pelo farmacêutico com objetivo 
de resolver problemas da farmacoterapia. 
 13 eixos estratégicos da PNAF: 
 A garantia de acesso e equidade às ações de saúdeinclui, necessariamente, a assistência farmacêutica. 
 Manutenção de serviços de assistência 
farmacêutica na rede pública de saúde, nos 
diferentes níveis de atenção, considerando a 
necessária articulação e a observância das 
prioridades regionais definidas nas instâncias 
gestoras do SUS. 
 Qualificação dos serviços de assistência 
farmacêutica existentes, em articulação com os 
gestores estaduais e municipais nos diferentes 
níveis de atenção. 
 Descentralização das ações, com definição das 
responsabilidades das diferentes instâncias 
gestoras, de forma pactuada e visando à superação 
da fragmentação em programas desarticulados. 
 Desenvolvimento, valorização, formação, fixação e 
capacitação de recursos humanos. 
 Modernização e ampliação da capacidade 
instalada e de produção dos laboratórios 
farmacêuticos oficiais, visando ao suprimento do 
SUS e ao cumprimento de seu papel como 
referências de custo e qualidade da produção de 
medicamentos, incluindo-se a produção de 
fitoterápicos. Labs oficiais devem - Produzir 
medicamentos essenciais (Rename) , Monitorar 
preços de mercado, Capacitar profissionais 
 Utilização da Rename, atualizada periodicamente, 
como instrumento racionalizador das ações no 
âmbito da assistência farmacêutica. 
 Pactuação de ações intersetoriais que visem à 
internalização e ao desenvolvimento de tecnologias 
que atendam às necessidades de produtos e 
serviços do SUS nos diferentes níveis de atenção. 
 Implementação de uma política pública de 
desenvolvimento científico e tecnológico, 
envolvendo os centros de pesquisa e as 
universidades brasileiras, com o objetivo do 
desenvolvimento de inovações tecnológicas que 
atendam os interesses nacionais e as necessidades 
e prioridades do SUS. 
 Definição e pactuação de ações intersetoriais que 
visem à utilização das plantas medicinais e 
medicamentos fitoterápicos no processo de 
atenção à saúde, com respeito aos conhecimentos 
tradicionais incorporados, com embasamento 
científico, com adoção de políticas de geração de 
emprego e renda, com qualificação e fixação de 
produtores, envolvimento dos trabalhadores em 
saúde no processo de incorporação dessa opção 
terapêutica e baseado no incentivo à produção 
nacional, com a utilização da biodiversidade 
existente no país. 
 Construção de uma política de vigilância sanitária 
que garanta o acesso da população a serviços e 
produtos seguros, eficazes e com qualidade. 
 Estabelecimento de mecanismos adequados para a 
regulação e monitoração do mercado de insumos e 
produtos estratégicos para a saúde, incluindo os 
medicamentos. 
 Promoção do uso racional de medicamentos por 
intermédio de ações que disciplinem a prescrição, a 
dispensação e o consumo. 
 AF descentralizada: os medicamentos do programa 
de componente estratégico são comprados e 
distribuídos pelo governo federal. Parte dos 
medicamentos do componente especializado são 
de responsabilidade dos governos estaduais, e a 
maioria dos medicamentos do componente básico 
são de responsabilidade dos municípios. 
 Lei n. 9.787, de 10/02/1999, criação das condições 
para a implantação de medicamentos genéricos, 
em consonância com normas adotadas pela 
Organização Mundial da Saúde, Países da Europa, 
Estados Unidos e Canadá. 
 Os genéricos devem ser no mínimo 35% mais 
baratos que o medicamento referência 
correspondente. 
 RDC n. 47 de 2001 (BRASIL, 2001) aprovou a 
inserção da tarja amarela com a letra “G” 
maiúscula, com a inscrição “Medicamento 
genérico”. Marco na história da farmácia no Brasil, 
amplia o acesso aos medicamentos e incentiva a 
inovação tecnológica por parte dos centros de 
pesquisa e indústria farmacêutica. 
 Medicamento genérico – medicamento similar a 
um produto de referência ou inovador, que se 
pretende ser com este intercambiável, geralmente 
produzido após a expiração ou renúncia da 
proteção patentária ou de outros direitos de 
exclusividade, comprovada a sua eficácia, 
segurança e qualidade, e designado pela DCB ( 
denominação comum brasileira) ou, na sua 
ausência, pela DCI (BRASIL, 1999). 
 Genérico: medicamento similar ao de referência, 
sendo considerado intercambiável por apresentar a 
mesma biodisponibilidade (bioequivalentes). Não é 
uma cópia idêntica ao de referência, pois ele pode 
diferir quanto à cor, tamanho e excipientes. 
 É desenvolvido a partir de uma molécula já 
existente. O laboratório não tem gastos no 
desenvolvimento de uma nova substância e nem 
com pesquisa clínica. Os laboratórios gastam 
menos dinheiro com propaganda, pois não há um 
nome comercial para justificar grandes campanhas 
publicitárias. 
 Os medicamentos similares, genéricos e de 
referência são considerados equivalentes 
farmacêuticos, pois têm o mesmo princípio ativo, 
na mesma concentração e forma farmacêutica. 
 Para produzir genérico, a empresa deve acessar as 
listas de medicamentos referência no portal da 
Anvisa para saber se há um medicamento de marca 
com a mesma substância ativa, dosagem e 
indicação, que servirá como comparação para o 
registro do genérico que se pretende registrar. 
 A empresa deve solicitar licença de importação dos 
medicamentos referência para poder fazer os 
testes in vitro e in vivo. 
 Normas e procedimentos técnicos para registro de 
medicamento genérico no Brasil: Definições 
utilizadas para registro de medicamentos 
genéricos, Medidas antecedentes ao registro, 
Documentação para registro, Medicamentos que 
não serão aceitos como genéricos, Medidas pós 
registro. 
 Documentos que devem ser apresentados para o 
registro dos genéricos: Recolhimento da taxa de 
fiscalização de vigilância sanitária; Licença de 
funcionamento da empresa; Autorização de 
funcionamento da empresa; Certificado de boas 
práticas de fabricação e controle; Notificação da 
produção de lote piloto; Certificado de 
responsabilidade técnica; Formulários de petição 
(FP1 e FP2) e modelo de bula, rótulo e cartucho; 
Somente centros autorizados pela Anvisa podem 
fazer os testes de equivalência e bioequivalência; 
Há medicamentos que não podem ser registrados 
como genéricos; Alguns medicamentos não são 
absorvidos, então não há como se provar a 
bioequivalência como os contrastes. 
 Documentos técnicos exigidos pela Anvisa no 
registro de medicamentos genéricos: 
 Testes de estabilidade- Estudo de estabilidade 
acelerada de um lote desenhado para determinar o 
prazo de validade dos medicamentos. 
 Dissolução: Estudo comparativo entre o genérico e 
o medicamento de referência. Compara-se a 
velocidade na qual o fármaco se dissolve no meio 
de dissolução. 
 Equivalência farmacêutica- Comparação feita entre 
o medicamento genérico e o de referência para 
provar que possuem o mesmo fármaco, com 
mesma dosagem, através dos seguintes testes: 
determinação de peso, dureza, friabilidade, 
desintegração, dissolução, pH e uniformidade de 
conteúdo 
 Biofarmacotécnicos- Estudo de biodisponibilidade 
que prova a bioequivalência entre genérico e 
referência 
 Alguns medicamentos, por características próprias, 
dificilmente terão a bioequivalência provada. Os 
fitoterápicos, por exemplo, são produzidos com 
uma parte da planta ou extrato, tintura etc. Como 
as plantas são diferentes entre si, existe 
considerável variação de teor de princípios ativos e 
biodisponibilidade, dificultando a determinação de 
bioequivalência. 
 No SUS, os prescritores devem adotar a DCB, 
sinônimo de nome genérico. Os prescritores de 
serviços particulares podem adotar a DCB ou nome 
comercial. Na dispensação, o farmacêutico pode 
substituir o medicamento referência pelo genérico 
quando não houver nenhuma restrição expressa 
(manuscrito) por parte do prescritor. 
 Quando o farmacêutico fizer a substituição, ele 
deve indicar na prescrição que fez a substituição, 
carimbar, assinar e datar. Sea prescrição contiver o 
nome genérico, o farmacêutico pode somente 
dispensar o medicamento referência ou o genérico. 
Nesse caso, não pode ser dispensado o 
medicamento similar. Entre os anos de 1999 e 
2014, a única possibilidade de troca 
(intercambialidade) entre medicamentos era do 
genérico para medicamento de referência e vice-
versa. 
 Com a publicação da RDC n. 58 de 2014 (ANVISA, 
2014b), as empresas que detinham registros de 
medicamentos similares foram autorizadas a 
registrar esses produtos como similares 
intercambiáveis aos medicamentos de referência, 
desde que feitos os testes de equivalência 
farmacêutica e bioequivalência nos mesmos 
moldes de como já era realizado com os 
medicamentos genéricos. 
 Registrado como intercambiável, entra na lista de 
medicamentos similares e seus respectivos 
medicamentos de referência (ANVISA, 2014a). Essa 
lista deve ser consultada pelo farmacêutico no ato 
da dispensação, para que ele saiba se pode fazer a 
troca entre o medicamento referência e o similar 
intercambiável e vice-versa. A troca não pode ser 
feita caso o médico faça alguma restrição por 
escrito na receita. 
 Bioequivalência e biodisponibilidade. 
 Esses testes devem ser feitos em centros 
cadastrados na Rede Brasileira de Laboratórios em 
Saúde. 
 O teste deve demonstrar que a biodisponibilidade 
do medicamento genérico/similar (medicamento 
teste) com a biodisponibilidade do medicamento de 
referência, de acordo com critérios estatísticos 
 Medidas pós-registro: a empresa deve entregar à 
Anvisa: Comprovação da distribuição dos três 
primeiros lotes de fabricação (Anvisa recolhe 
amostras para controle de qualidade); Resultados 
e avaliação final do estudo de estabilidade de longa 
duração dos três primeiros lotes; Relatório de 
incidência de reações adversas e ineficácia 
terapêutica, entre outros. 
 Judicialização: ocorre quando o paciente não 
encontra seu medicamento, insumo ou tratamento 
e busca seu direito por meio do poder judiciário. É 
a última alternativa que o paciente tem para que o 
seu direito à saúde seja garantido, por meio do 
artigo n. 196 da nossa Constituição Federal: “a 
saúde é direito de todos e dever do Estado”. 
 Crescimento exponencial nas últimas décadas, 
aumentando os gastos das três esferas de governo. 
Esse grande impacto no orçamento causa 
problemas para a saúde pública, pois fazer a gestão 
da saúde em um ambiente com muitos gastos 
extras, não programados, é complexo 
 Muitas das ordens judiciais chegam ao poder 
público em caráter emergencial. Nessas condições, 
a compra deve ser feita de forma apressada, não 
havendo tempo de se fazer, por exemplo, tomada 
de preços, que é uma modalidade de licitação 
regida pela lei n. 14.133 de 2021 (BRASIL, 2021). 
Muitos dos medicamentos são de custo elevado e, 
com essa compra de forma emergencial, a 
tendência é que não se consiga bons preços. 
 O Ministério da Saúde tem uma verba anual 
programada para todos os gastos em saúde e, 
durante esse período, ocorre um aumento nas 
demandas judiciais, o resultado é que boa parte do 
dinheiro é direcionado às demandas judiciais. 
Portanto a pequena parcela da população com 
acesso a advogados e com maior renda acaba sendo 
atendida, porém, esse dinheiro faz falta à outra 
parcela da população mais carente. 
 Uma maneira de se tentar diminuir a judicialização, 
foi a instituição da Comissão Nacional de 
Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de 
Saúde (Conitec), que existe desde 2011. Essa 
comissão assessora o Ministério da Saúde ao 
recomendar ou não a inclusão de medicamentos, 
tratamentos etc. ao SUS, em prazo máximo de 180 
dias. 
 A decisão da incorporação das tecnologias é feita 
com base em critérios técnicos, como eficácia, 
segurança e farmacoeconomia (relação entre 
custos e eficácia). A Conitec, por meio de seus 
relatórios, pode qualificar as decisões judiciais e 
reduzir os impactos da judicialização. 
 O município pode ter que comprar medicamentos 
de responsabilidade do estado ou do governo 
federal e vice-versa. Esse é um outro ponto que 
pode dificultar a gestão dos recursos financeiros. 
 A via judicial acaba se tornando uma alternativa 
para medicamentos indisponíveis no SUS, mas 
também para medicamentos que faltam nas 
unidades de saúde por vários motivos, e que têm 
relação com algum problema no ciclo da AF: 
Seleção; Programação; Aquisição; 
Armazenamento; Distribuição; Dispensação. 
 A União vem aumentando o investimento na 
compra de medicamentos ao longo dos anos. Em 
2008, foram gastos R$ 9,1 bilhões, em 2013, R$ 14,9 
bilhões, e, em 2019, R$ 19,8 bilhões. Como 
consequência, a porcentagem correspondente ao 
orçamento do Ministério da Saúde também 
aumentou de 9,9% em 2008 para 14,6% em 2019. 
 Há um aumento no investimento na compra de 
medicamentos, e um crescimento exponencial de 
gastos com as demandas judiciais. No início do SUS, 
década de 1990, as primeiras demandas estavam 
mais relacionadas à medicamentos para 
tratamento de HIV/aids. Com o passar dos anos, as 
demandas foram se modificando e outros 
medicamentos passaram a ser muito solicitados 
 Em relação às patologias, o maior número de 
ordens judiciais é para hemofilias (26,6%), câncer 
(24,9%) e doenças metabólicas (17,5%). 
 Além dos custos diretos da judicialização com a 
compra de medicamentos, existem os custos 
indiretos com a estrutura que deve ser montada 
para atender as ordens judiciais. Há necessidade de 
farmacêuticos e profissionais administrativos para 
realizar as compras. 
 A judicialização pode desestruturar a organização e 
o orçamento público. Os farmacêuticos podem 
contribuir nessa área, na análise dos pedidos 
judiciais. 
 Os farmacêuticos podem atuar nas fases pré-
processuais, produzindo pareceres técnicos, com o 
objetivo de sanar o conflito antes da instalação do 
processo judicial. As áreas de atuação podem ser 
núcleos de conciliação, secretarias de saúde, CIM e 
defensoria pública. Também há possibilidade de os 
farmacêuticos trabalharem no Núcleo de Apoio 
Técnico (NAT-JUS), na fase processual. 
 O NAT-JUS é uma equipe multidisciplinar ligada ao 
Poder Judiciário estadual, em que o farmacêutico 
fornece pareceres técnico-científicos (PTC) para 
ajudar o juiz de direito a tomar as decisões. 
 Ações dos farmacêuticos na área de judicialização: 
Busca evidências científicas em fontes confiáveis; 
Identifica os medicamentos durante o 
atendimento; Orienta o paciente a acessar o 
medicamento na rede SUS; Orienta pacientes e 
prescritores sobre as justificativas que devem ser 
dadas para medicamentos prescritos fora de 
protocolos clínicos; Informa o paciente sobre modo 
de uso, reações adversas e interações 
medicamentosas; Faz pareceres técnico-científicos 
(PTC). 
 O farmacêutico, com seu conhecimento técnico, 
atuando principalmente na fase préprocessual, 
pode diminuir ou qualificar as demandas. O 
problema pode ser resolvido apenas com a 
orientação de onde o paciente pode conseguir o 
medicamento. 
 Solicitações de medicamentos em que o 
farmacêutico que trabalha na judicialização atua: 
Medicamentos integrantes da lista do componente 
especializado da assistência farmacêutica 
(Ceaf);Medicamentos pertencentes à Remume; 
Medicamentos experimentais, off label (uso que 
não consta em bula), sem registro na Anvisa. 
 O ciclo da assistência farmacêutica compreende as 
atividades de gerenciamento de medicamentos 
com os processos de: seleção, programação, 
aquisição, armazenamento, distribuição e 
utilização, o que inclui a dispensação. Atividades 
assistenciais estão presentes dentro do processo de 
dispensação. 
 Dispensação: ocorre a atenção farmacêutica, 
também denominada de cuidado farmacêutico, o 
que inclui, além da entrega dos medicamentos, as 
ações de orientação farmacêutica e 
acompanhamento farmacoterapêuticopara 
garantir o uso seguro desses produtos (BRASIL, 
2005).- acompanhamento farmacoterapêutico, 
dispensação , orientação farmacêutica , acoes 
educativas 
 A escolha dos medicamentos necessários para 
atender ao sistema de saúde é realizada com base 
em critérios epidemiológicos, técnicos e 
econômicos. A seleção e a padronização dos 
medicamentos tornam possível definir os 
protocolos clínicos a serem adotados pelos serviços 
de saúde, objetivando racionalizar os 
medicamentos. 
 Rename: relação nacional de medicamentos 
essenciais. Resme: relação estadual de 
medicamentos essenciais. Remume: relação 
municipal de medicamentos essenciais. Algumas 
unidades de saúde podem ter a relação de 
medicamentos essenciais própria e específica para 
a sua necessidade, é o que acontece em alguns 
hospitais. A seleção de medicamentos é realizada 
por uma equipe multidisciplinar, conhecida como 
Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT), que é 
composta por profissionais de saúde de diferentes 
áreas. O farmacêutico justifica os medicamentos a 
serem padronizados através dos estudos 
científicos. 
 Comissão de Farmácia e Terapêutica, Padronização 
de Medicamentos do Município: Benefícios da 
padronização de medicamentos. Uso racional dos 
medicamentos disponíveis. Aquisição de 
medicamentos com valor terapêutico para o 
sistema de saúde. Redução do número de produtos 
em estoque. Otimização dos espaços de 
armazenamento. 
 Devem ser excluídos medicamentos cuja 
comercialização esteja proibida ou descontinuada 
pela agência reguladora; especialidades 
farmacêuticas que possam ser substituídas por 
outras que apresentem mais vantagens 
terapêuticas, e o baixo consumo por período 
considerável que não justifique a padronização do 
produto. 
 Estudos de farmacoeconomia e 
farmacoepidemiologia aplicada estão envolvidos 
no processo de seleção de medicamentos e são 
usados pela CFT para a padronização de 
medicamentos. 
 Farmacoeconomia: avaliação econômica de 
medicamento e descrição e análise dos custos e das 
consequências da farmacoterapia para o paciente. 
Análise de custo-efetividade: correlaciona os custos 
com os resultados clínicos obtidos. É possível 
comparar o impacto de diferentes opções 
terapêuticas, visando à escolha da melhor 
intervenção quanto aos efeitos do tratamento e à 
aplicação dos recursos disponíveis.Análise de custo-
utilidade: relaciona os custos com a percepção do 
paciente quanto à qualidade de vida proporcionada 
pelo tratamento. 
 A farmacoepidemiologia ou epidemiologia do 
medicamento: estuda o uso e os efeitos benéficos e 
adversos dos medicamentos em grandes 
populações. É subdividida em dois grupos de 
estudos: de farmacovigilância e de utilização de 
medicamentos. 
 Farmacovigilância: se dedica a determinar as 
propriedades terapêuticas e toxicológicas dos 
fármacos nas diferentes condições em que eles são 
utilizados. É a vigilância do fármaco quando esse 
produto chega no mercado e é utilizado por 
diferentes indivíduos, detectando-se efeitos 
adversos, permitindo a descoberta de reações 
adversas raras, que não foram detectadas durante 
a realização dos ensaios clínicos. 
 A segurança do medicamento é continuamente 
monitorada, mesmo após a aprovação pela agência 
reguladora. Permite a detecção de novas 
indicações terapêuticas. O farmacêutico é 
primordial na identificação e notificação de reações 
adversas ao medicamento. 
 Os medicamentos disponíveis no SUS são 
financiados pelas três esferas de governo (União, 
estados e municípios). Os recursos federais são 
repassados na forma de blocos de financiamento da 
assistência farmacêutica e possuem três 
componentes: básico, estratégico e especializado. 
 Componente básico: medicamentos destinados ao 
atendimento das necessidades prioritárias da 
atenção primária à saúde. Medicamentos que 
pertencem à Rename, alguns medicamentos 
fitoterápicos e homeopáticos. 
 Medicamentos do componente básico:Anti-
hipertensivos. Antidiabéticos. Antiasmáticos e 
fármacos para tratar rinite.Fármacos para saúde 
mental. Insulina NPH e regular humana. 
Contraceptivos e insumos do programa de saúde da 
mulher. Medicamentos fitoterápicos. 
Medicamentos homeopáticos. 
 Componente estratégico: medicamentos utilizados 
em doenças consideradas grandes problemas de 
saúde pública, enfermidades que atingem ou 
colocam em risco a coletividade. Endemias (doença 
de Chagas, esquistossomose, hanseníase, 
leishmaniose, malária, tuberculose). Influenza 
(oseltamivir e zanamivir). HIV e Programa de 
DST/aids. Sangue e seus derivados. 
Imunobiológicos. Tabagismo (adesivos de nicotina, 
goma de mascar, bupropiona etc.).Alimentação e 
nutrição. 
 O componente especializado: medicamentos 
comumente conhecidos como de “alto custo”, 
aqueles utilizados para doenças raras. 
Financiamento tripartite e são divididos em três 
grupos (1, 2 e 3).Grupo 1: responsabilidade da 
União.Grupo 2: financiado pelos estados e Distrito 
Federal.Grupo 3: financiamento tripartite com a 
aquisição e distribuição sob responsabilidade dos 
municípios. Tratamento das doenças: 
Toxoplasmose aguda na gestação. Imunoglobulina 
anti-D. Doença pulmonar obstrutiva crônica. 
Fibrose cística. Alergia à proteína do leite de vaca. 
Reposição de ferro. 
 Central de abastecimento farmacêutico (CAF). 
Características compatíveis com o tipo e a 
quantidade de produtos armazenados. Boa 
localização para recebimento e expedição dos 
medicamentos.Tamanho adequado para a 
quantidade de produtos a ser estocada. 
Identificação e sinalização das diferentes áreas da 
CAF. Controle de temperatura e umidade. 
Higienização constante. Atividades envolvidas no 
processo de armazenamento. 
 Recebimento: avalia a conformidade entre os 
produtos requisitados com os entregues. Considera 
as especificações administrativas, como nota fiscal, 
quantidade, prazo de entrega e preços, e também 
os aspectos técnicos, como laudo de controle de 
qualidade com os respectivos resultados, 
embalagem, lote e validade (BRASIL, 2006). 
 Estocagem e guarda: produtos organizados e 
ordenados nos locais apropriados de acordo com as 
condições adequadas para a sua conservação. 
 Controle de estoque: registra todas as entradas e 
saídas de forma precisa com os dados do lote para 
o rastreamento dos produtos. Fornece informações 
para a programação e aquisição de medicamentos 
com a quantidade a ser comprada e o intervalo de 
tempo necessário para assegurar a regularidade do 
abastecimento, evitando perdas ou faltas de 
produtos. 
 Curva ABC: classifica os produtos em três 
agrupamentos, conforme a demanda. Grupo A → 
20% dos produtos correspondem a 80% dos 
medicamentos consumidos. Grupo B → 30% dos 
produtos correspondem a 15% dos medicamentos 
consumidos. Grupo C → 50% dos produtos 
correspondem a 5% dos medicamentos 
consumidos 
 Farmacêutico: responsável técnico pela CAF. 
 Assegura que o medicamento mantenha todas as 
suas características físico-químicas, 
microbiológicas, além da eficácia e segurança 
desses produtos. Estabelece todos os 
procedimentos realizados na CAF por meio da 
elaboração dos procedimentos operacionais 
padrão (POP). Elabora o manual de boas práticas de 
armazenagem com informações e procedimentos 
sobre normas de armazenamento, 
limpeza/higienização, controles de temperatura e 
umidade, controle de qualidade, controle de 
pragas, área de produtos em quarentena, 
interditados e de produtos sujeitos a controle 
especial. Treina a equipe para que ela execute os 
procedimentos estabelecidos sob a sua supervisão 
(NEVES; PINA, 2015). Controle de estoque eficiente 
que gere relatórios consistentes do que há em 
estoque. 
 Devem ser armazenados, em sua maioria, em locais 
secos e frescos, com temperatura variando entre 15 
°C e 25 °C e com umidade relativa do ar entre 40%-
70%. Monitorar osprazos de validade. Garantir a 
proteção quanto a medicamentos falsificados, 
reprovados, ilegalmente importados, roubados ou 
avariados/adulterados. Quantidade de funcionários 
adequada à demanda e devidamente treinados. 
Registrar os treinamentos com o nome do 
colaborador, objetivos e a data da realização e 
carga horária. Medicamentos avariados devem ser 
armazenados separadamente. Proteger da luz para 
evitar reações de degradação. Manter a distância 
entre os produtos, paredes, tetos e chão (BRASIL, 
2006). 
 Estantes com prateleiras usadas para estocagem 
geral dos medicamentos; para produtos 
empilhados ou grandes volumes são usados 
estrados e pallets, que devem ser de material de 
fácil higienização e que não sejam fonte de 
contaminação, como alumínio ou plástico 
 Resíduos de serviços de saúde (RSS): são todos os 
resíduos resultantes das ações realizadas em 
unidades de saúde e são considerados geradores 
todos os serviços que tenham atividades relativas à 
saúde humana ou animal (ANVISA, 2018). 
Gerenciamento de resíduos: é o grupo de ações de 
gestão realizadas de acordo com evidências 
científicas, técnicas, normativas e legais, que visam 
minimizar a geração dos resíduos e garantir o 
processamento seguro e eficiente para proteção da 
saúde e do meio ambiente. A fiscalização do 
gerenciamento é realizada de forma 
descentralizada, sendo dever das vigilâncias 
sanitárias estaduais e municipais, com o auxílio de 
órgãos ambientais regionais. 
 Os geradores são responsáveis pela correta 
destinação do RSS gerado e devem elaborar, 
implementar e monitorar o Plano de 
Gerenciamento de RSS (PGRSS), sendo que essa 
atividade pode ser terceirizada a uma empresa ou 
profissional autônomo, desde que cumpram-se as 
exigências legais. 
 O PGRSS deve descrever as atividades 
desenvolvidas, recursos físicos, materiais e 
humanos requeridos, reportando ainda as 
características e riscos dos resíduos gerados. Em 
relação às ações, o PGRSS precisa apresentar as 
seguintes atividades: geração, identificação, 
segregação, acondicionamento, coleta, 
armazenamento, transporte, destinação e 
disposição final ambientalmente adequada para 
proteção da saúde pública, dos trabalhadores e do 
meio ambiente. O PGRSS deve estimar a 
quantidade de RSS gerado por grupos (A, B, C, D e 
E). 
 A- Resíduos biológicos com risco de infecção- 
Resíduo que requer tratamento deve ser 
acondicionado em saco vermelho. Resíduo já 
tratado ou que não precisa ser tratado deve ser 
acondicionado em saco branco leitoso. Resíduos 
biológicos: uso do símbolo de substância de risco 
infectante, fundo branco e contornos pretos, além 
de conter o dizer “resíduo infectante”. 
 B- Resíduos químicos com risco à saúde pública ou 
ao meio ambiente (agentes inflamáveis, corrosivos, 
reativos e tóxicos. Resíduos químicos: identificação 
com a expressão e o símbolo do risco que o resíduo 
é capaz de provocar. 
 C Rejeitos radioativos O manejo dos rejeitos 
radioativos deve estar de acordo com a Resolução 
da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). 
Para tal, deve-se ter um plano de proteção 
radiológica, que é definido e coordenado pelo 
supervisor de proteção radiológica devidamente 
qualificado pela CNEN.- Resíduos radioativos: uso 
do símbolo de presença de radiação ionizante, 
fundo amarelo e contornos pretos, além de conter 
o dizer “resíduo radioativo”. 
 D Resíduos sem risco biológico, químico ou 
radiológico à saúde ou ao meio ambiente, 
considerados similares aos resíduos domésticos Os 
sacos de acondicionamento não requerem 
identificação. Assim, podem ser utilizados sacos de 
lixo comum.- – Resíduos comuns. 
 E Material perfurocortante ou escarificante- 
Resíduos perfurocortantes: uso do símbolo de risco 
biológico, fundo branco, desenho e contornos 
pretos, além de conter o dizer “resíduo 
perfurocortante” 
 Solicitação da unidade de saúde para a CAF. 
Separação, expedição dos medicamentos e 
transporte até o serviço de saúde. Rastreabilidade 
dos medicamentos.No transporte de 
medicamentos, o veículo deve ter isolamento 
térmico, especialmente para longas distâncias e 
produtos como vacinas, soros e insulina. Na 
distribuição, o farmacêutico é responsável pela 
supervisão do processo, pela elaboração dos POPs 
e normas e deve treinar a equipe envolvida nessa 
atividade. 
 Prescrição: documento com valor legal em que 
todos os profissionais de saúde envolvidos, como os 
que prescrevem, dispensam e administram, 
assumem as suas respectivas responsabilidades 
relativas ao tratamento. No processo de 
dispensação de medicamentos, são atribuições do 
farmacêutico: Avaliação e interpretação das 
prescrições quanto aos aspectos técnicos e legais. 
Receituário prescrito por profissional habilitado. 
Medicamentos sujeitos a controle especial, se 
seguem as exigências da Portaria n. 344/1998. 
Exigências legais para a dispensação de 
medicamentos constantes na Portaria n. 344/1998 
e na RDC n. 20/201. 
 Dispensação de medicamentos: entrega ou 
disponibilização de medicamentos ao usuário como 
resposta à prescrição de um profissional habilitado, 
assegurando o medicamento certo, na dose 
correta, em quantidade adequada e com as devidas 
orientações quanto à utilização desse agente 
terapêutico (BRASIL, 2011). Não pode ser realizada 
em receituários ilegíveis, com rasuras ou emendas. 
Analisar toda a prescrição antes da dispensação e, 
se houver alguma dúvida ou problema no 
receituário, entrar em contato com o prescritor. 
Dispensação ativa com as orientações necessárias 
para assegurar o uso correto dos medicamentos. 
 Em casos de não atendimento do receituário, deve-
se esclarecer os motivos da negativa do 
atendimento por escrito, com nome legível, 
número de registro no Conselho Regional de 
Farmácia (CRF) e assinatura do farmacêutico, em 
duas vias, uma entregue ao paciente e outra 
arquivada na farmácia com a assinatura do 
paciente. 
 Orientações para transmitir ao paciente durante a 
dispensação: Por que usar o medicamento.Modo 
de usar. Principais interações com alimentos e 
outros medicamentos que possam prejudicar o 
efeito terapêutico. Condições de armazenamento 
domiciliar. Dentro da dispensação que se realiza a 
atenção farmacêutica, atuação do farmacêutico 
voltada diretamente para o paciente com o intuito 
de potencializar a eficácia terapêutica. 
 Informações para conferir no receituário de 
medicamentos: Identificação do estabelecimento 
ou consultório do prescritor, com dados como 
telefone e endereço. Nome completo do 
paciente.Descrição do medicamento prescrito 
conforme a DCB. Dosagem. Forma farmacêutica. 
Posologia. Quantidade a ser dispensada. Duração 
do tratamento. Identificação do prescritor com 
número de registro no conselho de classe. 
Assinatura e carimbo.Informações adicionais, local 
e data 
 Indicadores de desempenho permitirão a 
identificação dos problemas em caso de resultados 
insatisfatórios e a elaboração de um plano de ação 
para alcançar os resultados almejados. Os 
indicadores de desempenho estão muito 
relacionados à garantia da qualidade e excelência 
do serviço de saúde. Os indicadores podem ser de 
estrutura, processos ou resultados. Os indicadores 
devem ser medidos com o intuito de monitorar o 
desempenho e aprimorar o processo. 
 Deve-se considerar para a seleção de um indicador 
se a atividade a ser medida é relevante para o que 
se pretende avaliar, se os dados podem ser 
coletados e se são confiáveis, e se o indicador pode 
ser usado em todas as situações a serem avaliadas 
 DataSUS é o sistema unificado do SUS, que coleta, 
processa e dissemina as informações sobre o 
sistema de saúde brasileiro. Plataforma única e 
integrada que proporciona a informatização do SUS 
e mantém atualizadas as bases de dados 
estatísticos sobre vários indicadores de saúde no 
País, como os indicadorese dados básicos para a 
saúde (IDB), dados de morbidade e incapacidade. 
 As informações disponibilizadas pelo DataSUS 
subsidiam a elaboração de políticas públicas por 
meio da análise da situação sanitária e tomadas de 
decisão baseadas em evidências, além de serem 
importantes para orientar os profissionais de 
saúde. 
 Para os profissionais de saúde, é possível 
determinar o perfil de consumo de medicamentos 
pela população, bem como os problemas de saúde 
e o rastreamento dos medicamentos dispensados. 
Quanto aos usuários, o sistema permite o 
agendamento da dispensação e informações sobre 
os medicamentos dispensados 
 A consulta farmacêutica é uma das atribuições 
clínicas do farmacêutico relacionada ao cuidado da 
saúde individual ou coletiva. A consulta 
farmacêutica deve ser realizada em consultório 
farmacêutico ou ambiente isolado adequado. A 
prescrição farmacêutica poderá ocorrer em 
diferentes estabelecimentos farmacêuticos, como 
consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde. 
 Ao farmacêutico é permitida a prescrição de 
medicamentos e produtos com fins terapêuticos 
que não exijam prescrição médica. Os 
medicamentos isentos de prescrição (MIP) podem 
ser prescritos por farmacêutico legalmente 
habilitado e registrado no CRF de sua jurisdição. Os 
MIP são utilizados para o tratamento de doenças de 
alta morbidade e baixa gravidade, como resfriados, 
diarreias, desidratação leve, dor de cabeça, azia e 
má digestão

Outros materiais