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Projeto Integrador II Empreendedorismo na Prática Professora Drª Ariane Maria Machado de Oliveira Professor Esp. Heider Jeferson Gonçalves SUMÁRIO TÓPICO I ......................................................................................................... 5 Fundamentos do Empreendedorismo TÓPICO II ........................................................................................................ 9 Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo TÓPICO III ..................................................................................................... 14 Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo Para Empreender TÓPICO IV .................................................................................................... 23 Empreendedorismo Social e Ambiental (Cases de Sucesso) 4 Plano de Estudo: ● Fundamentos do Empreendedorismo; ● Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo; ● Empreendedorismo na Prática: Passo a passo para empreender; ● Empreendedorismo Social e Ambiental (Cases de Sucesso). Objetivos da Aprendizagem: ● Conceituar e contextualizar o empreendedorismo enquanto prática; ● Compreender o conceito de intraempreendedorismo; ● Estabelecer o passo a passo para o empreendedorismo; ● Apresentar o empreendedorismo social e ambiental, com destaque para alguns cases de sucesso. Projeto Integrador Empreendedorismo na Prática Professora Drª Ariane Maria Machado de Oliveira Professor Esp. Heider Jeferson Gonçalves 5 INTRODUÇÃO UNIDADE I Projeto Integrador: Empreendedorismo na Prática Os empreendedores são importantes para as economias de mercado porque podem agir como as rodas do crescimento econômico do país. Ao criar novos produtos e serviços, estimulam novos empregos, o que acaba por resultar na aceleração do desenvolvimento econômico. Portanto, políticas públicas que incentivem e apoiem o empreendedorismo devem ser consideradas importantes para o crescimento econômico. Um grande número de novos empregos e oportunidades são criados pelo empreen- dedorismo. O empreendedorismo cria uma enorme quantidade de empregos de nível básico que são muito importantes para transformar trabalhadores não qualificados em qualificados. Também prepara e fornece trabalhadores experientes para grandes indústrias. O aumento do emprego total de um país depende em grande parte da ascensão do empreendedorismo. Por- tanto, o papel do empreendedorismo na criação de novas oportunidades de trabalho é enorme. Ao trazer inovação para todos os aspectos dos negócios, os empreendimentos au- mentam a produção utilizando os recursos existentes da maneira mais eficaz. Os empreen- dedores desenvolvem novos mercados introduzindo produtos, serviços e tecnologia novos e aprimorados. Assim, ajudam a gerar novas riquezas e agregam mais à renda nacional. Assim, o governo pode oferecer aos cidadãos mais benefícios nacionais. É nesse sentido que o Projeto Integrador – Empreendedorismo na prática, busca abordar conceitos e tópicos especiais relacionados aos fundamentos do empreendedorismo, partindo para uma abordagem acerca do Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo corporativo. Na segunda parte, falaremos sobre o empreendedorismo na prática, e sobre o passo a passo para o empreendimento. Por fim, abordaremos o Empreendedorismo Social e suas interfaces, com foco principalmente em apresentar Cases de sucesso, nesta área tão importante e de destaque no atual mundo dos negócios. 6TÓPICO I Fundamentos do Empreendedorismo 1. FUNDAMENTOS DO EMPREENDEDORISMO Para começarmos a falar sobre os fundamentos do empreendedorismo, convido você aluno (a) a refletir sobre algumas questões apresentadas abaixo. FIGURA 1 – QUESTÕES REFLEXIVAS SOBRE EMPREENDEDORISMO Fonte: A autora (2022). 7TÓPICO I Fundamentos do Empreendedorismo O empreendedorismo pode ser considerado uma engrenagem que ajuda a economia a rodar. É indiscutível seu papel para a geração de emprego, renda e consequentemente do crescimento econômico. Neste sentido, podemos dizer que no centro de qualquer atividade econômica está um empresário. Qualquer produto novo ou serviço é sem dúvida motivado pelas necessidades do consumidor, mas iniciado, projetado, desenvolvido, promovido e co- locado apenas por um empreendedor. Ou seja, é da vontade do empreendedor que surgem novos produtos e serviços. Em termos simples, pode-se dizer que uma pessoa que realiza atividades de negó- cios é denominada empreendedor. Mas os economistas clássicos como Adam Smith, Alfred Marshall não usavam a palavra empreendedor, em vez disso, eles usaram as palavras como empregador, empresário ou comerciante. Um conceito interessante sobre empreendedorismo vem de Jean Baptiste Say, o famoso economista criador da “Lei de Say”, que diz que toda oferta cria sua própria deman- da. Segundo sua visão, empreendedor é aquele que combina a terra de um, o trabalho de outro e capital de outro e, assim, produz um produto. Ao vender os produtos no mercado, ele paga juros sobre o capital, aluguel sobre a terra, salário aos trabalhadores e o que resta são seus lucros. Para Joseph Schumpeter, um economista e cientista político austríaco considerado um dos mais importantes economistas da primeira metade do século XX, e um dos primeiros a considerar as inovações como motor do desenvolvimento capitalista, uma pessoa que introduz mudanças inovadoras é um empreendedor e é parte integrante do crescimento econômico. Já Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, destaca que empreendedor é aquele que sempre busca a mudança, responde a ela e explora como uma oportunidade. Independente da linha de pensamento que se deseje explorar, o tema empreendedo- rismo sempre estará relacionado com inovações, com a oferta de novos produtos e serviços e como um importante motor do crescimento e desenvolvimento econômico. Ou seja, a inovação é considerada uma ferramenta fundamental dos empreendedores e um meio pelo qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para diferentes negócios ou serviços. 8TÓPICO I Fundamentos do Empreendedorismo O papel da inovação A inovação é um fator significativo para que a organização alcance a vantagem competitiva. A organização que traz inovação em seus processos consegue se manter viva no longo prazo. Elementos de inovação como recursos, habilidades, motivação, capacita- ção dos funcionários e treinamento adequado ajudam a trazer produtos inovadores e de qualidade. A inovação é então um dos aspectos fundamentais da política organizacional para seu desenvolvimento e crescimento, e a capacidade de inovar é considerada como um fator chave de sucesso para a sobrevivência e desempenho da organização. De fato, é reconhecida como um dos principais pilares e um importante motor da competitividade da organização. FIGURA 2 – MAPA CONCEITUAL SOBRE INOVAÇÃO Fonte: A autora (2022). A inovação é considerada a força motriz da competitividade, do crescimento, da rentabilidade e da criação de valores duradouros na organização. O ato de inovar ajuda a organização a moldar o mercado, renovando as necessidades dos clientes, os canais de comunicação e as regras pelas quais eles atuam. Além disso, a renovação do mercado não pode ocorrer apenas no nível estratégico, mas também no nível tático, criando o contexto, as atitudes, a infraestrutura e o apetite adequados para garantir o sucesso competitivo e comercial das melhores ideias. 9TÓPICO I Fundamentos do Empreendedorismo 9TÓPICO II Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo 2. INTRAEMPREENDEDORISMO OU EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO Enquanto empreendedorismo é considerado o processo de projetar, lançar e admi- nistrar um novo negócio e fazer tudo o que é necessário para isso, os intraempreendedores, são semelhantes aos empreendedores, pois se comportam como tal, mas se diferenciam pois não iniciam seu próprio negócio, mas sim trabalham para outra pessoa. Ou seja,um intraempreendedor é um funcionário que assume a responsabilidade direta de transformar uma ideia em um novo produto ou serviço. Ele traz pensamentos e habilidades empreen- dedoras para serem construídos dentro da estrutura de uma organização existente. Este indivíduo deve agir como um empreendedor dentro de uma empresa estabelecida. REFLITA Os intraempreendedores são pessoas automotivadas, proativas e orientadas para a ação, que têm habilidades de liderança e pensam fora da caixa. Fonte: A autora (2022). 10TÓPICO I Fundamentos do Empreendedorismo 10TÓPICO II Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo Os intraempreendedores são capazes de resolver questões específicas, como aumentar a produtividade ou cortar custos. Isso requer um alto nível de habilidade – ou seja, habilidades de liderança e pensamento fora da caixa – diretamente aplicável à tarefa. Um intraempreendedor também assume riscos e impulsiona a inovação dentro de uma empresa para melhor atender o mercado por meio do aumento de bens e serviços. Um intraempreendedor de sucesso sente-se à vontade para testar suas ideias até alcançar os resultados desejados. Eles também são capazes de interpretar as tendências do mercado e visualizar como a empresa precisa evoluir para ficar à frente da concorrência. O intraempreendedor é parte da espinha dorsal de uma empresa e a força motriz que mapeia o futuro da organização. FIGURA 3 – COMO ESTIMULAR O INTRAEMPREENDEDORISMO Fonte: A autora, adaptado de: Simon (2018). Nassif et al. (2011), no artigo intitulado Competências empreendedoras: Há diferenças entre empreendedores e intraempreendedores?, os autores descrevem que competências empreendedoras são vistas como importantes para o crescimento e sucesso do negócio. O objetivo do artigo é identificar se há competências que distinguem empreendedores de intraempreendedores. Embora a literatura diferencie empreendedo- res de intraempreendedores sob diferentes perspectivas, neste artigo o empreendedor é considerado aquele que abre e gerencia seu negócio, enquanto o intraempreendedor é considerado uma pessoa dentro da organização que persegue oportunidades independen- tes dos recursos que controlam. Vejamos o resumo deste artigo logo abaixo: 11TÓPICO I Fundamentos do Empreendedorismo 11TÓPICO II Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo RESUMO Competências empreendedoras são vistas como importantes para o crescimento e sucesso do negócio. O objetivo desta pesquisa é, portanto, identificar se há competências que distinguem empreendedores de intraempreendedores. Embora a literatura diferencie empreendedores de intraempreendedores sob diferentes perspectivas, neste artigo o em- preendedor é considerado aquele que abre e gerencia seu negócio, enquanto o intraem- preendedor será discutido à luz de Steverson e Jarillo (1990) como pessoas dentro das organizações que perseguem oportunidades independentes dos recursos que controlam. A pesquisa é qualitativa básica, de natureza exploratória, cujo instrumento de coleta de dados é a entrevista apoiada em um roteiro semiestruturado, elaborado para os dois grupos de respondentes. Participaram da pesquisa 13 pessoas, sete homens e seis mulheres, identificados como empreendedores e intraempreendedores. Os dados foram tratados por meio da análise de conteúdo, conforme abordagem de Bardin (1977), organizado em seis categorias de respostas. As categorias foram analisadas e discutidas a partir dos construc- tos desenvolvidos por diferentes modelos de competências empreendedoras. Os resultados apontam diferenças e similaridades entre os grupos, identificando que os empreendedores possuem competências distintas dos intraempreendedores e são focadas em diferentes va- riáveis que influenciaram a vida deles, tais como motivações pessoais, diferentes maneiras de dirigirem seus negócios, apoio da família e a construção de suas carreiras profissionais. Palavras-chave: Empreendedor; Intraempreendedor; Competências empreendedoras. Acesse o artigo completo em: https://www.revistas.usp.br/rai/article/view/79225/83297 Trazemos também em nossos estudos, mais dois artigos muito relevantes sobre a questão do intraempreendedorismo e sua aplicação prática nas organizações, como segue. https://www.revistas.usp.br/rai/article/view/79225/83297 12TÓPICO I Fundamentos do Empreendedorismo 12TÓPICO II Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo ARTIGO 1 O INTRAEMPREENDEDORISMO COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO COM AS EMPRESAS JUNIORES BRASILEIRAS RESUMO Este artigo teve como objetivo analisar os conceitos do intraempreendedorismo e suas ferramentas, demonstrando sua relevância no contexto organizacional atual. Para isso, foram realizados uma pesquisa bibliográfica e um estudo de casos junto a Empresas Juniores brasileiras. O estudo de caso buscou identificar se os conceitos ligados ao in- traempreendedorismo são utilizados pelas empresas juniores, caracterizando as relações dos membros com seus pares e superiores, sua receptividade e quais ferramentas são usadas para a manutenção desse mecanismo, bem como os resultados obtidos. Após a análise dos dados, é apresentada a relevância dessa ferramenta para as empresas juniores e também para o contexto organizacional atual. Com isso, destaca-se a importância dos fatores pessoais como a criatividade, alinhados a fatores organizacionais, como a autono- mia, que promovem uma cultura organizacional favorável, criam processos e pessoas mais inovadoras em suas atividades, que têm, assim, mais facilidade para sugerir novas ideias, promovendo a gestão colaborativa na qual se cria o espírito de donos em todos os mem- bros, o que facilita a implementação da gestão do conhecimento e garante a manutenção do intraempreendedorismo e suas práticas. Palavras-Chave: Empreendedorismo corporativo. Gestão colaborativa. Gestão do conhecimento. Empoderamento. Acesse o artigo completo em: https://seer.uniacademia.edu.br/index.php/cesRevista/article/view/1466 https://seer.uniacademia.edu.br/index.php/cesRevista/article/view/1466 13TÓPICO I Fundamentos do Empreendedorismo 13TÓPICO II Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo ARTIGO 2 INTRAEMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA: UM ESTUDO DE CASO EM UMA COOPERATIVA DE CRÉDITO RESUMO Ante a crise instalada pandemia da COVID-19, a inovação tornou-se elemento es- sencial para que as empresas superem os desafios e se mantenham competitivas no novo cenário. Diante desse contexto, em que as organizações buscam adotar estratégias de inovação e de empreendedorismo para sobreviver em tempos desta pandemia, o objetivo deste artigo é, além de analisar o cenário atual dos estudos publicados em relação a esta temática, também analisar por meio de um estudo de caso o comportamento intraempreen- dedor de uma cooperativa de crédito localizada na região da Grande Florianópolis, em Santa Catarina, durante a pandemia da COVID-19. Para atingir esses objetivos, a metodo- logia adotada está fundamentada na abordagem de pesquisa qualitativa, do tipo pesquisa bibliográfica, contemplando o levantamento e análise dos trabalhos recentes sobre o tema para fundamentar esta pesquisa. Já para a abordagem quantitativa, que é apresentada por meio da amostragem por acessibilidade, houve a construção de um questionário para o estudo de caso, através da análise descritiva. Os resultados do estudo de caso mostram que, durante o começo da pandemia, a prioridade para os gestores foi manter a qualidade do atendimento ao associado, frente as mudanças e a velocidade de circulação das infor- mações. Os resultados ainda apontam a dificuldade no acompanhamento dos decretos estabelecidos, o que está intrínseco à velocidade de circulação das informações. Questões como o impacto da transformação digital no modelo de negócios das agências por parte dos gestorese colaboradores também foram apontados. Palavras-chave: Inovação. Em- preendedorismo. Intraempreendedorismo. COVID-19. Acesse o artigo completo em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/17343/1/Artigo%20Eduardo%20 TCC%202_.pdf https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/17343/1/Artigo%20Eduardo%20TCC%202_.pdf https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/17343/1/Artigo%20Eduardo%20TCC%202_.pdf 14TÓPICO III Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo para Empreender 3. EMPREENDEDORISMO NA PRÁTICA: PASSO A PASSO PARA EMPREENDER É claro que há muitas maneiras de organizar o esforço de planejamento, lançamen- to e construção de um empreendimento. Mas há um conjunto de fundamentos que devem ser considerados em qualquer abordagem. É útil dividir o processo empreendedor em cinco fases: geração de ideias, avaliação de oportunidades, planejamento, formação/lançamento da empresa e crescimento. Essas fases estão resumidas no quadro abaixo, e as etapas de Avaliação e Planejamento de Oportunidades são expandidas com mais detalhes abaixo. QUADRO 1 – ETAPAS DE AVALIAÇÃO E PLANEJAMENTO 1. Geração de Ideias: todo novo empreendimento começa com uma ideia. Em nos- so contexto, tomamos uma ideia como sendo a descrição de uma necessidade ou problema de algum público juntamente com um conceito de uma possível solução. 2. Avaliação de Oportunidade: esta é a etapa em que você pergunta se existe uma oportunidade em que vale a pena investir. O investimento é principalmente capital, seja de indivíduos da empresa ou de investidores externos, e o tempo e a energia de um conjunto de pessoas . Mas você também deve considerar outros ativos, como propriedade intelectual, relacionamentos pessoais, propriedade fí- sica etc. 15TÓPICO III Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo para Empreender 3. Planejamento: Depois de ter identificado a oportunidade, você precisa de um plano de como capitalizar essa oportunidade. Um plano começa como um con- junto bastante simples de ideias e depois se torna mais complexo à medida que o negócio toma forma. Na fase de planejamento, você precisará criar duas coisas: estratégia e plano operacional. 4. Formação/lançamento da empresa: Uma vez que haja uma oportunidade sufi- cientemente atraente e um plano, a equipe empreendedora passará pelo proces- so de escolha da forma correta de entidade corporativa e de fato criar o empreen- dimento como uma entidade legal. 5. Crescimento: Após o lançamento, a empresa trabalha para criar seu produto ou serviço, gerando receita e caminhando para um desempenho sustentável. A ên- fase muda do planejamento para a execução. Nesse ponto, você continua a fazer perguntas, mas passa mais tempo realizando seus planos. Fonte: Elaborado pela autora (2022) adaptado de: The Duke Entrepreneurship Manual Embora seja natural pensar nos primeiros passos como ocorrendo sequencial- mente, na verdade eles estão ocorrendo em paralelo. Mesmo quando você começa sua avaliação, você está formando pelo menos uma hipótese de uma estratégia de negócios. Ao testar a hipótese, você está começando a executar os primeiros passos do seu plano de marketing (e possivelmente também do seu plano de vendas). Separamos essas ideias por conveniência na descrição, mas vale a pena ter em mente que esses são aspectos contínuos de sua gestão do negócio. Nas fases de crescimento, você continua refinando sua ideia básica, reavaliando a oportunidade e revisando seu plano. QUADRO 2 - ESTRUTURA PARA ENTENDER E ANALISAR O PROCESSO Avaliação da oportunidade Planejamento Execução ● Necessidade / problema ● Solução ● Posição competitiva ● Equipe ● Perfil de risco/recompensa Estratégia ● Cliente alvo ● Modelo de negócio ● Posição ● Objetivos da empresa Plano operacional ● Cronograma da empresa ● Plano de pessoal ● Orçamento ● Plano de financiamento ● Pesquisa de mercado ● Marketing ● Desenvolvimento de negócios ● Previsão ● Planejamento de vendas ● Gestão de P&D ● Gerenciamento de operações ● Gestão de Pessoas ● Processo e infraestrutura ● Orçamento ● Financiamento Fonte: A autora (2022). 16TÓPICO III Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo para Empreender Avaliação da oportunidade É útil pensar na etapa de avaliação como uma pergunta contínua sobre se vale a pena investir na oportunidade. Na verdade, você está construindo e revisando continua- mente um “prospecto de investimento”. Há cinco perguntas básicas que você deve fazer ao avaliar uma oportunidade. 9 Existe uma oportunidade de mercado suficientemente atraente? 9 A solução proposta é viável, tanto do ponto de vista do mercado quanto do ponto de vista da tecnologia? 9 Podemos competir (em um horizonte de tempo suficientemente interessante): há vantagem competitiva sustentável? 9 Temos uma equipe que pode efetivamente capitalizar essa oportunidade? 9 Qual é o perfil de risco/recompensa desta oportunidade, e justifica o investimento de tempo e dinheiro? Se você puder responder a todas essas perguntas afirmativamente, então você se convenceu de que vale a pena investir nessa oportunidade. Esse é o primeiro passo para conseguir convencer os outros, sejam eles potenciais clientes, funcionários, parceiros ou fornecedores de capital. Planejamento Estratégia Existem quatro áreas principais de estratégia: determinação do conjunto de clien- tes-alvo, modelo de negócio, posição e objetivos. Estes são descritos brevemente abaixo: 9 Clientes alvo - O cliente-alvo é o conjunto de compradores em potencial que são seu foco ao projetar a solução da sua empresa. Quanto mais você souber sobre eles, melhor para você. Sua caracterização deve ser qualitativa e quan- titativa. Você deve investigar quaisquer alternativas que o cliente tenha para resolver ou contornar o problema ou necessidade que você está direcionando. Você deve entender o processo de compra em detalhes, incluindo quem são os tomadores de decisão e quem influencia a decisão. 17TÓPICO III Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo para Empreender 9 Modelo de Negócio - O modelo de negócio é a sua teoria sobre como você vai ganhar dinheiro. Envolve uma definição de uma solução para a necessi- dade do cliente, uma hipótese sobre como e quanto o cliente pagará por essa solução. Se houver quaisquer suposições necessárias para que sua teoria seja verdadeira (como a existência de produtos ou serviços complementares ou a disposição do cliente de mudar os processos de negócios), elas também devem ser articuladas. 9 Posição - “Posição” refere-se tanto a como sua empresa se diferencia de quais- quer concorrentes quanto a como ela se relaciona com outras empresas da cadeia de valor. Esta é uma oportunidade para definir, em um nível fundamental, o que sua empresa fará e o que não fará. Um elemento de posição é a visão da sua empresa: como ela quer ser conhecida ou pensada. Uma visão convincente é necessária para inspirar investidores, recrutar e motivar funcionários e animar clientes e parceiros. 9 Objetivos - Como primeiro passo para criar seu plano operacional, você deve criar um conjunto de objetivos de alto nível para o seu negócio. Isso deve incluir principais marcos (protótipo, produto, cliente, parcerias, etc.) e a penetração em seu mercado escolhido. Uma articulação clara de objetivos permitirá que você estabeleça prioridades para seu empreendimento, o que será fundamental ao enfrentar as muitas decisões difíceis que qualquer empreendedor deve enfrentar. Plano operacional Seu plano operacional é onde você explica todas as coisas que planeja fazer e o que elas renderão para o seu negócio. As atividades abrangerão todas as áreas do negó- cio: marketing, vendas, engenharia, etc. Essas atividades devem render produtos até uma determinada data, possivelmente parceiros, clientes, etc. Essas atividades direcionarão o desempenho financeiro da empresa. Seu plano operacional será uma combinação de planos,ou seja, essas pessoas trabalhando nesse tópico por esse período de tempo produzirão o resultado X, e previsões ou projeções, ou seja, previsões sobre quais resultados ocorrerão. A previsão principal e 18TÓPICO III Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo para Empreender mais importante diz respeito à receita, mas as previsões sobre custos de materiais e outras coisas também podem ser importantes. O plano operacional é o núcleo do seu negócio e você deve torná-lo o melhor possível – seus planos devem ser o mais completos possível e suas previsões devem ser baseadas nas melhores e mais completas evidências que você pode compilar. Comece com sua estratégia e divida o que precisa ser realizado para atingir seus objetivos – essa é a base do seu plano. Quanto mais detalhada e refinada você puder desenvolver uma análise, mais preciso e confiável será seu plano 9 Cronograma da empresa - Esta é uma representação de todas as principais realizações ou entregas que são necessárias para você alcançar sua estratégia. 9 Plano de pessoal - Este é o documento em que você captura todas as contrata- ções que sua empresa fará (habilidades, experiência e tempo). 9 Orçamento - O orçamento é onde todas as peças do plano operacional se reú- nem e são expressas em termos financeiros. Este é um documento crítico para a gestão do seu negócio. 9 Plano de financiamento - Isso inclui as necessidades de capital da empresa, o momento dessas necessidades e as fontes desejadas/esperadas desse capital. Execução A execução é organizada pelas principais áreas funcionais da empresa. 19TÓPICO III Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo para Empreender SAIBA MAIS Embarcar na carreira empreendedora para “ser seu próprio chefe” é emocionante. Mas junto com toda a sua pesquisa, certifique-se de fazer sua lição de casa sobre você e sua situação. Quer empreender? Algumas perguntas para se fazer: a) Tenho a personalidade, o temperamento e a mentalidade de enfrentar o mundo em meus próprios termos? b) Tenho o ambiente e os recursos necessários para dedicar todo o meu tempo ao meu empreendimento? c) Tenho um plano de saída pronto com um cronograma claramente definido caso meu empreendimento não funcione? d) Tenho um plano concreto para os próximos “x” meses ou enfrentarei desafios no meio do caminho devido a compromissos familiares, financeiros ou outros? Tenho um plano de mitigação para esses desafios? e) Tenho a rede necessária para procurar ajuda e aconselhamento conforme necessário? f) Identifiquei e construí pontes com mentores experientes para aprender com seus conhecimentos? g) Preparei o rascunho de uma avaliação de risco completa, incluindo dependências de fatores externos? h) Avaliei de forma realista o potencial da minha oferta e como ela aparecerá no mer- cado existente? i) Se minha oferta for substituir um produto existente no mercado, como meus concor- rentes reagirão? j) Para manter minha oferta segura, fará sentido obter uma patente? Tenho capacidade para esperar tanto? k) Identifiquei minha base de clientes-alvo para a fase inicial? Tenho planos de escala- bilidade prontos para mercados maiores? l) Identifiquei canais de vendas e distribuição? 20TÓPICO III Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo para Empreender Perguntas que se aprofundam em fatores externos: a) Meu empreendimento empresarial atende aos regulamentos e leis locais? Se não for viável localmente, posso e devo me mudar para outra região? b) Quanto tempo leva para obter a licença ou as permissões necessárias das autoridades competentes? Posso sobreviver tanto tempo? c) Eu tenho um plano sobre como obter os recursos necessários e funcionários qualificados, e fiz considerações de custo para o mesmo? d) Quais são os cronogramas provisórios para trazer o primeiro protótipo ao mercado ou para que os serviços estejam operacionais? e) Quem são meus principais clientes? f) Quem são as fontes de financiamento que posso precisar abordar para tornar isso grande? Meu empreendimento é bom o suficiente para convencer potenciais interessados? g) De que infraestrutura técnica eu preciso? h) Uma vez que o negócio esteja estabelecido, terei fundos suficientes para obter recursos e levá-lo ao próximo nível? Outras grandes empresas copiarão meu modelo e matarão minha operação? Fonte: https://www.investopedia.com/terms/e/entrepreneur.asp Vejamos a seguir artigos que relatam a aplicação prática dos principais conceitos e estratégias para o empreendedorismo. https://www.investopedia.com/terms/e/entrepreneur.asp 21TÓPICO III Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo para Empreender ARTIGO 3 EMPREENDEDORISMO E PRÁTICA: O QUE OS EMPREENDEDORES FAZEM QUANDO ESTÃO EMPREENDENDO? RESUMO Nesta pesquisa buscou-se verificar quais ações são tomadas pelos empreendedo- res quando estão abrindo um negócio próprio, por meio das categorias práxis, práticas e praticantes do campo da estratégia como prática. Para isso, foram realizadas entrevistas guiadas com quatro empreendedores de Curitiba, Paraná. A análise das respostas foi realizada pela técnica de análise da narrativa e os resultados apontaram, em geral, que o empreender começa na intenção e movimento em ser dono/dona do próprio negócio, numa área com a qual tenha certa afinidade, com a elaboração do plano de negócio, declaração de missão, procura por parcerias, bem como no desenvolvimento de ações básicas das áreas clássicas da Administração - Finanças, Marketing, Produção e Gestão de Pessoas. Nisso, os papéis de empreendedor e gestor se misturam e confundem. Sugere-se que, em pesquisas futuras, outros processos de criação de novas organizações sejam acompanha- dos, de diferentes regiões, setores e idades de empreendimentos. Palavras-chave: empreendedorismo, empreendedor, prática, estratégia como prática, empreendedorismo como prática. Acesse o artigo completo em: http://remipe.fatecosasco.edu.br/index.php/remipe/article/view/310/235 http://remipe.fatecosasco.edu.br/index.php/remipe/article/view/310/235 22TÓPICO III Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo para Empreender ARTIGO 4 O PLANO DE NEGÓCIOS COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA PARA O EMPREENDEDOR: UM ESTUDO DE CASO RESUMO Algumas habilidades são exigidas dos indivíduos que decidem tornar-se empreende- dores, tais como planejar, formar equipes, liderar, negociar, resolver problemas, entre outras. Assim, o presente artigo tem como objetivo identificar as oportunidades geradas pela criação de um plano de negócios como uma ferramenta de auxílio ao processo de planejamento estratégico, no âmbito da gestão de novos empreendimentos. Nesse aspecto, o trabalho mostra um estudo realizado em uma empresa de pequeno porte no setor de alimentos. Dessa forma, pode-se observar que o plano de negócios pode ser usado como um instrumento dinâ- mico de implementação da estratégia da empresa, tornando-se uma ferramenta fundamental de gestão que, certamente, auxiliará o empreendedor a conseguir o sucesso desejado ou então mostrará a esse mesmo empreendedor que o momento não é propício para o negócio desejado, evitando assim decepções futuras. Como resultado, notou-se que a importância do planejamento estratégico de negócio está na captação, elaboração e, principalmente, no bom senso em avaliar o conjunto de fatores de viabilidade financeira e mercadológica, que possibilitarão ao empreendedor coordenar um plano de ação, através do caminho mais adequado para a abertura e/ou manutenção da sua empresa. Palavras-chave: Empreendedorismo; Gestão; Plano de negócios. Acesse o artigo completo em: https://revistas.ufpr.br/relainep/article/view/55161/34401 https://revistas.ufpr.br/relainep/article/view/55161/34401 23TÓPICO IV Empreendedorismo Social e Ambiental (Cases de Sucesso) 4. EMPREENDEDORISMO SOCIAL E AMBIENTAL (CASES DE SUCESSO) Indivíduos que iniciam seu próprio negóciosão motivados por muitas coisas dife- rentes. Algumas pessoas querem a liberdade de ser seu próprio patrão ou querem perseguir sua verdadeira paixão. Outros sonham em ganhar muito dinheiro e construir um império. No entanto, nos últimos anos, surgiu um novo tipo de empreendedor: o empreendedor social. O empreendedorismo social é o processo pelo qual indivíduos, startups e empreen- dedores desenvolvem e financiam soluções que abordam diretamente questões sociais. Um empreendedor social, portanto, é uma pessoa que explora oportunidades de negócios que tenham um impacto positivo em sua comunidade, na sociedade ou no mundo. Embora às vezes confundido com organizações sem fins lucrativos, o empreen- dedorismo social é um empreendimento com fins lucrativos, embora uma ênfase maior seja colocada na criação de mudanças sociais ou ambientais. Neste sentido, o empreen- dedorismo social ocupa um importante papel no cenário macroeconômico, pois assume um propósito na sociedade, o de solucionar problemas de âmbito sociais, através de uma empresa que consiga angariar recursos para se manter. 24TÓPICO IV Empreendedorismo Social e Ambiental (Cases de Sucesso) CASES DE SUCESSO O Instituto Legado de Empreendedorismo Social foi criado em 2013 para impulsionar o Movimento Transformador Massivo por meio do empreendedorismo social. Por Movimento Transformador Massivo, entende-se o movimento de trans- formação da Liberdade, das Novas Economias, dos Empreendedores Sociais e da Consciência da Humanidade. Fonte: Instituto Legado - https://institutolegado.org/quem-somos/ ASID Existem 13 milhões de pessoas com diversos tipos de deficiência no Brasil. Cerca de 486 mil estão no mercado de trabalho. Apenas 340 mil são atendidas por instituições especializadas. A ASID, Associação para Igualdade de Diferenças, surgiu para mudar esse cenário. O objetivo é desenvolver pessoas com deficiência, empoderar famílias e incluí-las no mercado de trabalho. Isso é feito por meio de uma metodologia administrativa, utilizada pelas entidades atendidas pela ASID. Em seu site, prestam contas e mostram resultados, com total transparência. Rede Asta A Rede Asta conecta, desde 2005, grupos de artesãs em todo o Brasil para criar e desenvolver soluções sustentáveis de reaproveitamento de resíduos, seguindo o conceito do upcycling. Upcycling, ou reutilização criativa, consiste em transformar resíduos e mate- riais indesejados em um produto de qualidade e valor ambiental. A produção é inteiramente feita por artesãs de áreas com baixo poder aquisitivo, gerando renda e inclusão econômica. Fonderie 47 Há milhões de rifles AK47 abandonados na África, resultado de conflitos arma- dos que assolaram os países do continente africano. Essas armas militares tiram vidas e prejudicam o desenvolvimento do continente. Em 2009, para resolver esse problema, foi fundada a Fonderie 47, que retira esses rifles de circulação, transformando-os em joias únicas. É um excelente exemplo de como uma empresa pode cumprir sua função social criando produtos de altíssimo valor. 25TÓPICO IV Empreendedorismo Social e Ambiental (Cases de Sucesso) Litro de Luz Litro de Luz é uma organização que opera em mais de 20 países levando luz a po- pulações que não têm acesso à energia elétrica. Além de utilizar uma tecnologia econômica, a organização possui uma metodologia para capacitar moradores e mobilizar voluntários em prol de atender às necessidades dessas populações. No Brasil, impactam diretamente mais de 10 mil pessoas. TOMS Shoes Em uma viagem, Blake Mycoskie percebeu que muitas crianças, de famílias de baixa renda, não tinham sequer um sapato para calçar. Percebendo essa carência, ele idealizou a TOMS Shoes, que, a cada par de calçados vendido, doaria um para uma criança de baixa renda. Desde 2006, a organização causa impacto social positivo de diferentes formas, mantendo a rentabilidade para que o negócio impacte cada vez mais pessoas. Instituto Idas O Instituto Idas recebe e capacita profissionalmente homens em situação de vulnerabilidade social, reinserindo-os na sociedade. Os acolhidos trabalham na horta, na marcenaria e na separação de materiais eletrônicos. O Idas é uma organização sem fins lucrativos. Mas, além dos investimentos recebidos por diferentes entidades, há formas de monetização, através da venda de produtos. Um bazar vende roupas e os produtos desen- volvidos pela organização, contribuindo para manter a casa. Instituto Legado O Instituto Legado fomenta o empreendedorismo social por meio da educação. O objetivo é que todo empreendedor seja social, impactando positivamente os meios em que atua. Mas, para isso, todos precisam de conhecimento para estruturar e administrar suas iniciativas sociais, através de recursos, planejamento e capacitação profissional. Com essa necessidade em mente, o Instituto Legado criou o MBA em Gestão de Negócios de Impacto Social. O curso foca nas ferramentas e conceitos necessários para colocar em prática negócios de impacto socioambiental positivo. 26TÓPICO IV Empreendedorismo Social e Ambiental (Cases de Sucesso) CONSIDERAÇÕES FINAIS Existem muitas abordagens para o empreendedorismo disponíveis hoje. Muitas delas são maneiras diferentes de dizer as mesmas coisas. Muitas descrições diferentes do processo empreendedor podem refletir diferenças na maneira como ele é exposto. Alguns podem refletir diferenças substanciais. O sucesso empresarial vem do pensamento cuida- doso, bom senso e execução persistente. O Projeto Integrador – empreendedorismo na prática, buscou apresentar alguns fundamentos do empreendedorismo, aspectos ligados ao intraempreendedorismo, o empreendedorismo na prática e o conceito importante de empreendedorismo social, que hoje representa uma ponte entre o mundo dos negócios e as questões sociais. O presente projeto buscou então capturar os princípios gerais do empreendedoris- mo e aplicá-los a todas as formas de criação de novos empreendimentos. Dois princípios básicos estão no centro dessa abordagem (expressos como as duas primeiras leis do empreendedorismo abaixo). A primeira é que o empreendedorismo começa com o reconhe- cimento de uma necessidade real. Os empreendedores podem mudar o mundo, mas não impondo sua vontade. Em vez disso, eles mudam o mundo ao explorar uma necessidade não atendida e conceber uma solução criativa e atraente. A segunda é que o empreende- dorismo de sucesso requer encontrar um caminho eficiente em termos de recursos para um modelo viável – um caminho que envolva aprendizado contínuo e adaptação a novas informações. 27TÓPICO III Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo para Empreender LEITURA COMPLEMENTAR ENTENDENDO OS INTRAEMPREENDEDORES COMO VISIONISTAS Louis Jacques Filionar Resumo: Este artigo é o resultado de uma pesquisa de campo e está dividido em duas partes. A primeira propõe um modelo de desenvolvimento da visão para dar suporte à prática do intraempreendedorismo. O desenvolvimento da visão oferece uma base para que os membros das organizações se tornem mais intraempreendedores, mais inovadores. A segunda parte propõe diversas práticas administrativas a ser aplicadas pelas organizações com o intuito de promover o intraempreendedorismo entre seus membros. As práticas de administração propostas para dar suporte ao intraempreendedorismo consistem, primeiro, no estabelecimento de certos critérios de seleção a ser usados durante o recrutamento. Além disso, o artigo sugere que as organizações estabeleçam um contrato psicológico com os empregados com tempo de casa e com os novos, contrato no qual o comportamento intraempreendedor esperado deverá estar claramente identificado. O autor apresenta ainda outras ideias favoráveis ao intraempreendedorismo, incluindo os clubes de intraempreen- dedores, a caixa de sugestões, as práticas relativas ao spin-offe os períodos de recupe- ração durante os quais nenhuma inovação é implementada na organização. Como este artigo destaca, a ação empreendedora é visionária enquanto a ação intraempreendedora é visionista. A ação intraempreendedora pode ser adotada e até mesmo incentivada por administradores visionários, o que facilita o progresso ou a ampliação da visão central. Segundo o autor, a adoção do visionismo possibilita que as organizações desenvolvam uma cultura em que todos estejam comprometidos e progridam, contribuindo, portanto, para que a organização em si também progrida. Fonte: FILIONAR, Louis Jacques. ENTENDENDO OS INTRAEMPREENDEDORES COMO VISIO- NISTAS. Revista de Negócios, [S.l.], v. 9, n. 2, oct. 2007. ISSN 1980-4431. Disponível em: https://proxy.furb. br/ojs/index.php/rn/article/view/288. Acesso em: 01 abr. 2022. DOI: http://dx.doi.org/10.7867/1980-4431.2004v9n2p%25p https://proxy.furb.br/ojs/index.php/rn/article/view/288. https://proxy.furb.br/ojs/index.php/rn/article/view/288. http://dx.doi.org/10.7867/1980-4431.2004v9n2p%25p 28TÓPICO III Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo para Empreender INTRAEMPREENDEDORISMO SOCIAL: PERSPECTIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES David, Denise Elizabeth Hey Resumo: O objetivo desta tese é descrever a ação dos empreendedores sociais dentro das organizações. Definir o Intraempreendedorismo Social, indicando seus cons- tructos fundamentais e seu modelo, validando-o em um caso real. Os elementos que compõem o modelo são de natureza geral e servem como instrumento de reflexão sobre a realidade. A abordagem deste estudo é de natureza qualitativa e descritiva e se fundamenta nas bases conceituais do empreendedorismo, na responsabilidade social corporativa e nas teorias organizacionais modernas. Através do empreendedorismo social, ampliam-se os recursos e competências necessários para o enfrentamento de desafios, como o combate à pobreza e a incorporação dos excluídos aos direitos básicos de cidadania; por outro lado, no microambiente organizacional, percebemos desafios semelhantes, tais quais, a busca da melhora da qualidade profissional, da promoção social e da qualidade de vida, além de problemas como estresse, insatisfação, absenteísmo, etc. O presente estudo relaciona-se a este contexto, ao associar novos conceitos e reflexões ao tema e apresentar um modelo que evidencia elementos dos processos de ações sociais nas organizações. Link de acesso: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/86712 http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/86712 29TÓPICO III Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo para Empreender MATERIAL COMPLEMENTAR LIVRO Título: Empreendedorismo Social e Políticas Públicas na Educa- ção – Possibilidades e limites Autor: Gabriel Cardoso e Julio Gomes Almeida Editora: Appris Editora Sinopse: Enfrentam-se problemas educacionais no Brasil, usual- mente, por meio de políticas públicas. Todavia está crescendo no mundo, e de forma mais recente no Brasil, um fenômeno da sociedade civil que busca assumir a corresponsabilidade pelos problemas educacionais e propor soluções para enfrentá-los. Nesse sentido, Empreendedorismo social e políticas públicas na Educação: possibilidades e limites tem como ponto de partida a identificação das possibilidades e dos limites dessa atividade como alternativa no enfrentamento de problemas educacionais. FILME / VÍDEO Título: Quem se importa? Ano: 2013 Sinopse: Este documentário investiga as iniciativas de 19 em- preendedores sociais pelo mundo, dentre eles o prêmio Nobel da Paz, Muhammad Yunus. A narração é de Rodrigo Santoro e a direção de Mara Mourão (Doutores da Alegria). Link do vídeo: http://www.quemseimporta.com.br/ http://www.quemseimporta.com.br/ +55 (44) 3045 9898 Rua Getúlio Vargas, 333 - Centro CEP 87.702-200 - Paranavaí - PR www.unifatecie.edu.br UNIDADE I Fundamentação da Hotelaria
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