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É a parte da teoria econômica que estuda o comportamento das famílias e das empresas e os mercados nos quais operam, fazendo uma análise parcial com as unidades (consumidores, firmas, mercados específicos. Analisa a formação de preço no mercado: • Mercado de bens e serviços (preço de bens ou serviços); • Mercado dos serviços dos recursos produtivos (salários, juros, aluguéis e lucros). Condição Coeteris Paribus − Tudo o mais constante; − Analisar um mercado isoladamente, supondo que os demais mercados estão constantes, ou seja, um não afeta o outro; − Verificar o efeito de variáveis isoladas. Teoria da Demanda A teoria da Demanda / Teoria da Procura estuda as diferentes formas que a demanda pode assumir e os fatores que a influenciam. PROCURA / DEMANDA = um desejo, um plano. É a quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo, dada sua renda, seus gastos e o preço de mercado. Fundamentos da análise da demanda Conceito subjetivo de utilidade: representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado. TEORIA DO VALOR UTILIDADE (demanda – subjetivo) O valor de um bem se forma por sua demanda, isto é, pela satisfação que o bem representa para o consumidor e representa a chamada visão utilitarista em que prepondera a soberania do consumidor, pilar do capitalismo. TEORIA DO VALOR TRABALHO (oferta - objetivo) O valor de um bem se forma do lado da oferta, baseado nos custos do trabalho incorporado ao bem (Economistas clássicos – Malthus, Smith, Ricardo, Marx). UTILIDADE TOTAL UTILIDADE MARGINAL Tende a aumentar quanto a quantidade consumida do bem ou serviço. É a satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem, é decrescente. Exemplo - utilidade marginal: Paradoxo da água e do diamante. Por que a água (mais necessária) é tão barata, e o diamante (supérfluo) tem preço tão elevado? A água tem grande utilidade total e baixa utilidade marginal e o diamante, por ser escasso, tem alta utilidade marginal. q consumida U total q consumida U marginal Umg = 𝐔𝐭 𝐪 TEORIA DE PREÇOS Microeconomia Comportamento individual do consumidor CURVA DE INDIFERENÇA (CI) • Preferências do consumidor, ou seja, o conjunto de bens que o consumidor deseja adquirir; • Inclinação negativa – Taxa Marginal de Substituição (TMS) • Convexidade em relação à origem (Nível de utilidade e bem-estar) Mapa da indiferença • Quanto maior (CI), maior a satisfação que o consumidor pode obter no consumo dos bens. RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA (RO) • Representa o conjunto possível de bens e serviços que o consumidor pode adquirir; • Limita as possibilidades de consumo, condicionando quanto ele pode gastar; • Linha de preços/ Reta orçamentária. EQUILÍBRIO O CONSUMIDOR • O consumidor estará maximizando sua utilidade quando sua reta orçamentária tangenciar sua curva de indiferença. Situação alternativa de equilíbrio do consumidor • Se a renda do consumidor aumentar, ou os preços dos bens e serviços se reduzirem, a (RO) eleva-se, e permite que ele atinja níveis maiores de satisfação; • Ou seja, uma (CI) mais elevada, podendo adquirir mais produtos. Função Geral da Demanda Qdi = f (PI, PS, PC, R, G) Variáveis que afetam a Demanda 1. RELAÇÃO ENTRE A QUANTIDADE DEMANDADA E O PREÇO DO PRÓPRIO BEM • Qdi = f (Pi), supondo Ps, PC, R, G, constantes (Coeteris paribus) • Lei Geral da Demanda: a quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço. Carne (Kg) 8 5 3 2 3 5 A B C . . . Batatas (Kg) U0 Carne (Kg) Batatas (Kg) U0 U1 U2 Carne (Kg) Batatas (Kg) RO Carne (Kg) Batatas (Kg) RO0 U0 3 5 Carne (Kg) Batatas (Kg) U0 U1 U2 RO0 . . . . RO1 RO2 Qdi = Quantidade demandada do bem i/t; Pi = Preço do bem i/t; Ps = Preço dos bens substitutos/t; Pc = Preço dos bens complementares/t; R = renda do consumidor/t; G = Gostos, hábitos e preferências do consumidor/t. Qdi Pi < 0 Por exemplo: Por que ocorre essa relação inversa entre o preço e a quantidade demandada de um bem ou serviço? Efeito substituição: o bem fica mais barato relativamente aos concorrentes, a quantidade demandada aumenta. Efeito renda: com a queda de preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a quantidade demandada do bem tende, normalmente, a aumentar. OBS: Ao cair o preço de um bem, mesmo com sua renda não variando, o consumidor pode comprar mais mercadorias. Por exemplo: Relação entre a quantidade demandada e preço 2. RELAÇÃO ENTRE A QUANTIDADE DEMANDADA E PREÇOS DE OUTROS BENS E SERVIÇO BENS SUBSTITUTOS OU CONCORRENTES • Qdi = f (Ps), supondo Pi, PC, R, G, constantes (Coeteris paribus). • Há uma relação direta entre, por exemplo, uma variação no consumo de manteiga e uma variação no preço da margarina. Deslocamento direita (demanda por manteiga) BENS COMPLEMENTARES • São bens consumidos em conjunto. • Qdi = f (Pc), supondo Pi, Ps, R, G, constantes (Coeteris paribus). • Há uma relação inversa entre, por exemplo uma variação no preço do pão deverá diminuir a procura por manteiga. Deslocamento esquerda (demanda de manteiga, se houver aumento no preço do pão) 3. RELAÇÃO ENTRE A QUANTIDADE DEMANDADA DE UM BEM E A RENDA DO CONSUMIDOR • Qdi = f (R), supondo Pi, PS, PC, G, constantes BEM NORMAL: aumento da renda leva ao aumento da demanda do bem. BEM INFERIOR: aumento da renda leva à queda de demanda do bem. Função linear Função linear: qdi = a - bpi Qdi Ps > 0 Qdi Pc < 0 Qdi R > 0 Qdi R < 0 BEM SACIADO: se aumentar a renda do consumidor, não aumentará a demanda do bem. 4. RELAÇÃO ENTRE A DEMANDA DE UM BEM E O HÁBITO DO CONSUMIDOR (G) • Graficamente - considerando uma propaganda e campanhas promocionais. • Aumentar ou diminuir o consumo de bens. Resumo QdI = f (PI, PS, PC, R, G) Exemplo 1: Baseado na seguinte expressão matemática: qdx = 30 - 1,5 (Px) + 0,8 (Py) + 10 (R), responda: a) O bem y é complementar ou substituto a x? Por que? Qdx Py > 0 b) O bem x é normal ou inferior? Por quê? Qdx R > 0 c) Supondo Px = 1; Py = 2 e R = 100, qual a quantidade demandada de x? qdx = 30 - 1,5 (1) + 0,8 (2) + 10 (100) qdx = 30 - 1,5 + 1,6 + 1.000 qdx = 1.030,1 Curva de demanda de mercado de um bem ou serviço Dmercado = somatório das demandas individuais Observações adicionais sobre a demanda Paradoxo de Giffen • Exceção à Lei Geral da Demanda; • Comunidade inglesa no séc. XVIII; • Preço da batata caiu; • Quantidade consumida caiu também (consumo saturado); • Bem de Giffen (nome do economista) é um bem inferior, mas nem todo bem inferior é um bem de Giffen. • Trata-se de uma possibilidade mais teórica de que efetiva. 𝐐𝐝𝐜𝐚𝐫𝐧𝐞𝟐° 𝐑 < 0 Qdi R = 0 𝐐𝐝𝐜𝐚𝐫𝐧𝐞𝟏° 𝐑 > 0 (+) bem normal (-) bem inferior (= 0) bem de consumo saciado 𝐐𝐝𝐢 𝐑 = 0 𝐐𝐝 𝐦𝐚𝐧𝐭𝐞𝐢𝐠𝐚 𝐏𝐦𝐚𝐫𝐠𝐚𝐫𝐢𝐧𝐚 > 0 𝐐𝐝𝐢 𝐏𝐢 < 0 𝐐𝐝 𝐦𝐚𝐧𝐭𝐞𝐢𝐠𝐚 𝐏𝐩ã𝐨 < 0 𝐐𝐝𝐢 𝐆 𝟎< > Bem normal: o sinal do coeficiente da variável renda é positivo (+ 10) Bem substituto: sinal positivo no coeficiente de Py (+ 0,8). Isto indica que, se Py aumentar, qx também aumentará • Relação direta e não inversa.Exemplo 2: Baseado na seguinte expressão matemática: qdx = 300 - 1,2px - 0,9py - 0,1R, responda: a) O bem x é normal ou inferior? Por quê? Qdx R < 0 b) O bem y é complementar ou substituto a x? Por que? Qdx Py < 0 c) O bem x seria um bem de Giffen? Por quê? Qdx Px < 0 d) Supondo Px = 2; Py = 1 e R = 100, qual a quantidade demandada de x? qdx = 300 - 1,2 (2) - 0,9 (1) - 0,1 (100) qdx = 300 - 2,4 - 0,9 - 10 qdx = 286,7 e) Se a renda aumentar 50%, coeteris paribus, qual a quantidade demandada de x? R = 150 (50% sobre R = 100) qdx = 300 - 1,2 (2) - 0,9 (1) - 0,1 (150) qdx = 300 - 2,4 - 0,9 - 15 qdx = 281,7 Não é um bem de Giffen, pois o sinal do coeficiente da variável Px é negativo. Para ser um bem de Giffen, é necessário que, simultaneamente, o sinal de Px seja +, e o sinal do coeficiente R, - (indicando bem inferior) Bem inferior: sinal do coeficiente da variável renda é negativo (- 0,1) Bem complementar: sinal negativo do coeficiente de Py (- 0,9)
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