Buscar

DORT e MEDICINA DO TRABALHO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 1
�
T6M2P3 - DORT e MEDICINA 
DO TRABALHO (Thaís Garcia)
LAVA E PASSA, LAVA E PASSA... 
Rosinalva, 58 anos, trabalha como lavadeira e passadeira desde os 20 anos de 
idade, profissão que aprendeu com sua avó materna e com sua mãe. 
Orgulha-se muito disto, mas nos últimos dois anos não tem conseguido trabalhar 
muito bem, por dor, o que lhe tem ocasionado diminuição do número de trouxas 
lavadas e passadas durante a semana. 
Refere dor nos ombros, nos cotovelos, nos punhos, e em toda a coluna, 
principalmente durante os períodos de realização de sua tarefa laboral. 
Já procurou assistência médica, sendo diagnosticada com “tendinite”, medicada 
com AINH, e encaminhada para fisioterapia. Relata que melhora enquanto está 
fazendo, mas depois volta a doer tudo de novo. Preocupada com as mudanças da 
aposentadoria, Rosinalva resolve procurar um ortopedista, para “encostar” pelo 
INSS, pois ouviu dizer que toda a sua dor tem a ver com o seu trabalho.
OBJETIVOS: (DORT 2012; Cartilha SBR 2011) 
1. Caracterizar DORT/ antigo LER (conceito e epidemiologia). 
2. Identificar os principais fatores de risco. 
3. Descrever a investigação diagnóstica. 
4. Reconhecer as situações que podem ser enquadradas como DORT, de acordo 
com a legislação. 
5. Caracterizar as principais entidades relacionadas (síndrome miofascial; 
fibromialgia; síndrome complexa de dor regional). 
6. Identificar a conduta na Atenção Básica de Saúde. 
7. Descrever as medidas terapêuticas.
1. Caracterizar DORT (conceito e epidemiologia).
CONCEITO
DORT significa "Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho" 
(antigamente chamada de LER= "Lesões por esforços repetitivos"), sendo um 
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 2
termo mais correto e amplo, envolvendo não apenas esforços repetitvos, mas 
outros tipos de sobrecargas no trabalho. Além disso, o antigo termo "lesão" 
significa dano bioquímico, celular ou tecidual que, muitas x, não pode ser 
demonstrado, apesar do pcte referir desconforto.
São danos decorrentes da utilização excessiva, imposta ao sistema 
musculoesquelético, e da falta de tempo para recuperação. LER/DORT não é 
considerada uma doença, mas um grupo de afecções do sistema 
musculoesquelético.
Caracterizam-se pela ocorrência de vários sintomas de aparecimento 
insidioso, geralmente nos MMSS, tais como dor, parestesia, sensação de peso 
e fadiga. 
Sintomas semelhantes podem decorrentes de diversas condições não 
relacionadas às sobrecargas biomecânicas no trabalho, sendo 
resultantes de distúrbios reumáticos, hormonais, imunológicos, ortopédicos, 
metabólicos, infecciosos e neurológicos ⇒ Importante ajuda médica para dx 
preciso e tto adequado!!!
Modelo biopsicossocial: afirma que os DORT não estão envolvidos apenas 
com fatores mecânicos (repetição, força, posturas), mas tbm a outros fatores 
(insatisfação no trabalho, depressão, ansiedade ou problemas pessoais). Tanto 
é que o termo LER/DORT é considerado inapropriado por algumas 
entidades médicas, pois sofre forte influência de fatores sociais, culturais e 
disputas trabalhistas (LER/DORT SBR, 2011).
Recomenda-se que doenças antes agrupadas em uma única sigla 
LER/DORT sejam melhor identificadas, analisadas e tratadas, o que inclui 
como exemplos as tendinites, sd do túnel do carpo, sds miofasciais, 
fibromialgia, cervicalgias, cervicobraquialgias, lombalgias, lombociatalgias ⇒ De 
forma a garantir adequação científica da interpretação pericial, de uma Justiça 
atualizada e do melhor tto e da recuperação dos trabalhadores afetados 
(LER/DORT SBR, 2011). 
EPIDEMIOLOGIA
Atualmente existe grande limitação no tto dos dados, tanto pela falta de 
padronização quanto pela subnotificação, principalmente nos países em 
desenvolvimento (como Brasil) (Tratado CM - Lopes).
Alguns estudos apontam algumas atividades que estão mais relacionadas 
aos DORT: Soldadores e chapeadores de estaleiros; Trabalhadores industriais; 
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 3
de linhas de montagem de embalagens; de manufatura; de entrada de dados; 
de abatedouros; de lavanderias; Digitadores; Costureiras; Passadeiras; 
Cozinheiras; Auxiliares de odontologia; Pedreiros; etc.. (Dor relacionada ao 
trabalho, MS, 2012).
Dados 2002 INSS: 72% trabalhadores que receberam benefícios por 
incapacidade com sd cervicobraquial relacionada ao trabalho foram 
bancários.
Distúrbios osteomusculares ocupacionais mais frequentes: Tendinites 
(particularmente do ombro, cotovelo e punho); Lombalgias; Mialgias 
(LER/DORT SBR, 2011). 
2. Identificar os principais fatores de risco.
Além das predisposições individuais/constitucional da pessoa (variações 
congênitas aparelho locomotor, enfermidades associadas, estresse, distúrbios 
psicológicos, estido vida), existem fatores organizacionais no ambiente trabalho 
não respeitados, que estão envolvidos com distúrbio osteomuscular:
Treinamento e condicionamento (técnicas p/ execução tarefas)
Local de trabalho adequado (piso, superfície, barulho, umidade, ventilação, 
temperatura, iluminação, distanciamentos, angulações, etc)
Ferramentas, utensílios, acessórios e mobiliários adequados
Duração das jornadas de trabalho
Intervalos apropriados
Posturas adequadas
Respeito aos limites biomecânicos (força, repetitividade, manutenção de 
posturas específicas por períodos prolongados)
⁉ Portanto, quais são os trabalhadores mais vulneráveis? Qqr pessoa que 
realize trabalho mal executado ou que NÃO respeita os limites biomecânicos, 
juntamente com a predisposição constitucional (LER/DORT SBR, 2011). 
Segundo o livro Tratado de CM, LOPES:
FATORES INDIVIDUAIS: Gênero (M>H); Idade (abaixo 40 anos, pois após essa 
idade há maior prevalência de doenças degenerativas); IMC e outros fatores 
individuais (↑ IMC e hábito fumar, p ex, estão associados a um maior 
desenvolvimento de DORT).
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 4
FATORES PSICOSSOCIAIS, ORGANIZACIONAIS E FÍSICOS DO 
TRABALHO: alto nível de estresse, falta suporte social, relações interpessoais 
e levantamento cargas pesadas no trabalho, p ex., associam-se a um maior 
desenvolvimento de DORT.
Segundo "Dor relacionada ao trabalho, MS, 2012":
Lembrar que: FRs não são independentes ⇒ Interagem entre si e devem ser 
sempre analisados de forma integrada, pois envolvem aspectos biomecênicos, 
cognitivos, sensoriais, afetivos e de organização do trabalho.
4 elementos se destacam na caracterização da exposição aos fatores "físicos" 
não organizacionais:
Regiões anatômicas submetidas aos FR: Punho, cotovelo, ombro, mão, 
pescoço...
Magnitude ou intensidade dos FR: Para carga musculoesqueletica, p ex., pode 
ser o peso do objeto levantado. Para características psicossociais do trabalho, 
pode ser percepção do ↑ carga de trabalho.
Variação de tempo dos FR: Duração ciclo de trabalho, distribuição pausas, 
estrutura horários...
Tempo de exposição aos FR: O tempo de latência das lesões e dos distúrbios 
pode variar de dias a décadas.
Portanto, os grupos de FR para LER/DORT são: 
Posto de trabalho: pode forçar o trabalhador a adotar posturas, a suportar 
certas cargas e a se comportar de forma a causar ou agravar as afecções 
musculoesqueléticas. Ex.: mouse com fio curto demais, obrigando o trabalhador 
a manter o tronco para frente sem encosto e o membro superior estendido.
Exposição a vibrações: podem causar efeitos vasculares, musculares e 
neurológicos.
Exposição ao frio: pode ter efeito direto sobre o tecido exposto e indireto pelo 
uso de EPIs contra baixas temperaturas (ex.: luvas).
Exposição a ruído elevado: pode produzir mudanças de comportamento.
Pressão mecânica localizada: gera compressões de estruturas moles do 
sistema musculoesquelético.
Posturas: possuem 3 carcaterísticas que podem estar presentes 
simultaneamente: 
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 5
Posturas extremas: força limites da amplitude das articulações
Força da gravidade: impõe ↑ carga
Posturas que modificama geometria musculoesquelética e podem gerar 
estresse sobre tendões, músculos e outros tecidos e/ou ↓ tolerância dos 
tecidos
Carga mecânica musculoesquelética**: inclui tensão, pressão, fricção, 
irritação.
Carga estática**: presente quando um membro é mantido numa posição que 
vai contra a gravidade
Invariabilidade da tarefa: implica monotonia fisiológica e/ou psicológica
Exigências cognitivas: gera, p ex., ↑ tensão muscular
Fatores organizacionais e psicossociais ligados ao trabalho: são as 
percepções subjetivas que o trabalhador tem dos fatores de organização do 
trabalho.
3. Descrever a investigação diagnóstica.
"Dor relacionada ao trabalho, MS, 2012", pág 4: Dx: como identificar um caso 
de LER/DORT
3.1 - Na Rede Assistencial da Atenção Básica:
Coletar dados fornecidos pelo pcte, realizar EF, integrá-los com dados 
epidemiológicos e fazer uma hipóstese dx.
A sequência a ser obedecida na anamnese é:
História das queixas atuais
Indagação sobre os diversos aparelhos
Comportamentos e hábitos relevantes
Antecedentes pessoais
Antecedentes familiares
Anamnese ocupacional (lembrar que não é atribuição exclusivamente 
médica)
EF geral e específico (até aqui, muitas x já é possível determinar o dx)
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 6
Exames complementares e/ou avaliação especializada, se necessário
Investigação do posto e/ou da atividade de trabalho in loco, se necessário
3.1.1 - História das queixas atuais
Queixas + comuns: dor localizada, irradiada ou generalizada, desconforto, 
fadiga, sensação de peso, formigamento, dormência, sensação de ↓ força, 
edema e enrijecimento muscular, choque e falta firmeza mãos.
Casos mais graves: sudorese excessiva mãos e alodínea (dor em resposta a 
estímulo não nocivo).
Investigar: tempo de duração, localização, intensidade, tipo ou padrão, 
momentos e formas de instalação, fatores melhora e piora e variações no 
tempo.
3.1.2 - Indagação sobre os diversos aparelhos
Atenção para: traumas, esforços musculares agudos, doenças tecido 
conjuntivo, artrites, DM, hipotireoidismo, anemia megaloblástica, neoplasias, 
AR, EA, esclerose sistêmica, polimiosite, gravidez e menopausa.
Sempre indagar se a existência da doença explica o QC.
3.1.3 - Comportamentos e hábitos relevantes
Para terem significado como causa, os fatores não ocupacionais devem ter 
intensidade e frequência similares às dos fatores ocupacionais ⇒ O que é 
raro!!!
3.1.4 - Antecedentes pessoais
Considerar: traumas, fraturas e outras formas de adoecimento pregresso ⇒ 
pois podem desencadear ou agravar processos de dor crônica!!
3.1.5 - Antecedentes familiares
Considerar: DM, distúrbios hormonais e “reumatismos”.
3.1.6 - Anamnese ocupacional***
Chamar atenção para: atividade que envolvam movimentos repetitivos, 
jornadas prolongadas, ausência de pausas periódicas, exigência de posturas 
desconfortáveis por tempo prolongado, exigência de produtividade, exigência de 
força muscular, identificação de segmentos do corpo com sobrecarga e maior 
grau de exigência, ritmo intenso de trabalho, ambiente estressante de 
cobranças de metas e falta de reconhecimento profissional, além da 
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 7
constatação da existência de equipamentos e instrumentos de trabalho 
inadequados. Aqui é quando eu procuro os fatores de risco!!!
Considerar tbm postos de trabalhos ocupados anteriormente.
3.1.7 - Exame físico do sistema musculoesquelético***
1ª ETAPA: Inspeção
Quando pcte está entrando, já podemos começar a inspecioná-lo. Avaliamos: 
formas de caminhar, de se sentar e se posicionar. Atentar-se para posições 
antálgicas ou cuidados especiais com certos segmentos afetador por dor.
Objetivo inspeção: identificar posturas anormais, assimetrias, edemas, 
alterações cor da pele, deformidades, características de anexos (unhas e 
pelos).
2ª ETAPA: Palpação
Objetivo: sentir consistência pele e tecidos moles (músculos).
Alterações encontradas: nodulações (císticas ou não), zonas de contraturas 
em grupos musculares afetados, e o paciente pode referir sensibilidade 
dolorosa excessiva ao simples toque (alodínea).
3ª ETAPA: Manobras clínicas
⇒ Tenossinovite estenosante (“dedo em gatilho”): 
Ocorre nos tendões flexores superficiais dos quirodáctilos, geralmente na 
região da cabeça do metacarpo, que contém uma polia contensora. Um 
espessamento no tendão o leva a ficar encarcerado em flexão. 
Manobra: o destravamento ocorre com um esforço ativo ou passivo, produzindo 
um movimento súbito e um estalido acompanhado de dor.
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 8
⇒ Tenossinovite de De Quervain: 
Ocorre nos tendões abdutor longo e extensor curto do polegar. 
Manobra de Finkelstein: a mão deve ser fechada com os dedos envolvendo o 
polegar. A flexão radial do carpo provoca dor intensa na base do polegar, na 
altura do processo estiloide radial.
⇒ Epicondilite lateral (“cotovelo de tenista”): 
Decorre do envolvimento da origem dos tendões extensores do carpo. 
Teste de Cozen: manobra com o cotovelo fletido em 90º com a mão 
posicionada em pronação. A extensão do punho contra resistência provoca dor 
no epicôndilo lateral.
⇒ Epicondilite medial (“cotovelo de golfista”): 
Decorre do envolvimento da origem dos tendões flexores do carpo. 
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 9
Manobra: cotovelo fletido em 90º com a mão posicionada em supinação. A 
flexão do punho contra resistência provoca dor no epicôndilo medial.
⇒ Síndrome do pronador redondo: 
É a compressão do nervo mediano no antebraço pelo músculo pronador. 
Manobras: dor à palpação do músculo pronador. A percussão da região 
(manobra do Tinel) provoca parestesia na área do nervo mediano, isto é, do 1º à 
face radial do 4º quirodáctilo.
⇒ Tendinopatia do supra-espinhoso: 
No teste de Jobe, é feita a abdução dos braços em rotação interna com os 
antebraços estirados contra resistência, provocando dor no ombro no caso de 
lesão do tendão supraespinhoso. O examinador deve também observar a 
redução da força do membro afetado.
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 10
⇒ Síndrome do impacto:
É a compressão do tendão supraespinhoso entre a cabeça do úmero e o 
arco acromial quando o braço é abduzido acima de 60º. 
Manobra: no teste do impacto ou teste de Neer, é feita a abdução passiva 
rápida do braço, estabilizando-se a escápula, o que produz dor no ombro.
⇒ Tendinopatia biciptal:
Manifesta-se como dor na região anterior do ombro. 
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 11
Manobra de Yergason: cotovelos em flexão de 90º. A supinação contra 
resistência provoca dor na região anterior do ombro.
⇒ Síndrome do túnel do carpo:
Na face ventral do punho, o nervo mediano e os tendões flexores dos dedos 
atravessam um túnel formado posteriormente pelos ossos do carpo e 
anteriormente pelo ligamento volar do carpo. Na tendinopatia dos tendões 
flexores ocorre compressão do nervo mediano. 
Manobra de Tinel: a percussão do ligamento volar provoca dor e parestesias 
na área do nervo mediano, isto é, do 1º à face radial do 4º quirodáctilo.
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 12
⇒ Tendinopatia do subescapular:
No teste de Gerber, o cotovelo deve ser posicionado em flexão e o ombro em 
rotação interna, com o dorso da mão atrás da região lombar. O paciente refere 
dor e dificuldade para afastar a mão posteriormente.
⇒ Tendinopatia do infraespinhal:
Manobra com o ombro abduzido em 90º e rodado externamente com a palma 
da mão voltada anteriormente, com o cotovelo fletido em 90º. A rotação 
externa contrarresistência provoca dor no ombro.
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 13
⇒ Tendinopatia biciptal:
Na manobra de Speed, a flexão do braço contra resistência, com o antebraço 
totalmente estendido e a mão em posição supinada, provoca dor na região 
anterior do ombro.
⇒ Síndrome do desfiladeiro torácico:
Decorre da compressão do plexo braquial, da artéria e da veia subcláviaquando da passagem pela fenda entre a clavícula e o gradeado costal (costela 
cervical) e entre as porções anterior e média do músculo escaleno. 
Teste de Adson: deve-se abduzir o braço com o cotovelo em extensão, 
promovendo leve rotação externa do ombro. A cabeça deve voltar-se para o 
lado examinado. No caso de compressão vascular, ocorre uma redução na 
impulsão do pulso radial.
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 14
⇒ Síndrome do túnel do carpo:
No teste de Phalen, os punhos são posicionados em flexão e os dedos ficam 
estendidos. As mãos devem ser colocadas em oposição com as faces dorsais. 
Ocorrem dor e parestesias na área inervada pelo mediano.
⇒ Síndrome do túnel de Guyon:
É diagnosticada com a compressão do nervo ulnar na passagem pelo carpo, 
entre os ossos pisiforme e o hámulo do hamato.
A compressão ou a percussão (Tinel) da região provoca dor e parestesias 
na área inervada pelo ulnar, ou seja, o 5º e a face ulnar do 4º quirodáctilo.
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 15
💡 NESTE MOMENTO DA CONSULTA, O MÉDICO JÁ PODE TER UMA 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA CONSISTENTE. SE HOUVER DÚVIDAS, O 
MÉDICO DEVE RECORRER AOS RECURSOS DA ATENÇÃO 
SECUNDÁRIA.
� Percutir = Manobra de Tinel ⇒ Usada tanto na sd do pronador redondo quanto 
na sd túnel carpo, o que vai mudar é a localização da percussão. Precisa saber pra 
prova a descrição de cada manobra, o nome da manobra e a doença associada 
(Tutora Mariana).
3.1.8 - Exames complementares e/ou avaliação especializada, se necessário
Os exames complementares serão pouco importantes na definição 
diagnóstica e, na grande maioria das vezes, utilizados para descartar dxs 
diferenciais e não p/ confirmação da hipótese.
Antes de solicitar os exames, o médico deve se fazer as seguintes perguntas:
qual é a hipótese diagnóstica?
qual é o objetivo dos exames ou da avaliação especializada?
Após a realização dos exames, o médico deve se fazer as seguintes perguntas:
os achados dos exames complementares são compatíveis com os achados 
da história clínica e do EF?
as alterações encontradas explicam todo o QC do paciente?
qual é o significado da ausência de alterações nos exames? Descarta 
minha hipótese diagnóstica?
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 16
Ignorar alterações de exames complementares sem correspondência clínica.
Ausência de alterações de exames complementares não descarta presença 
sintomas incapacitantes.
NÃO solicitar provas de atividades inflamatórias, exceto nos casos em que 
há QC e EF compatíveis com doença reumática
4. Reconhecer as situações que podem ser enquadradas 
como DORT, de acordo com a legislação. "Dor relacionada 
ao trabalho, MS, 2012"
Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho do MS (BRASIL, 1999b) e do 
Ministério da Previdência Social:
• Síndrome cervicobraquial (M53.1); 
• Dorsalgia (M54.); 
• Cervicalgia (M54.2); 
• Ciática (M54.3); 
• Lumbago com ciática (M54.4); 
• Sinovites e tenossinovites (M65.); 
• Dedo em gatilho (M65.3); 
• Tenossinovite do estiloide radial (De Quervain) (M65.4); 
• Outras sinovites e tenossinovites (M65.8); 
• Sinovites e tenossinovites não especificadas (M65.9); 
• Transtornos dos tecidos moles relacionados com o uso, o uso excessivo e a 
pressão, de origem ocupacional (M70.); 
• Sinovite crepitante crônica da mão e do punho (M70.0); 
• Bursite da mão (M70.1); 
• Bursite do olecrano (M70.2); 
• Outras bursites do cotovelo (M70.3); 
• Outros transtornos dos tecidos moles relacionados com o uso, o uso excessivo e a 
pressão (M70.8); 
• Transtorno não especificado dos tecidos moles relacionados com o uso, o uso 
excessivo e a pressão (M70.9); 
• Fibromatose da fáscia palmar: contratura ou moléstia de Dupuytren (M72.0); 
• Lesões do ombro (M75.); 
• Capsulite adesiva do ombro (ombro congelado, periartrite do ombro) (M75.0); 
• Síndrome do manguito rotador ou síndrome do supra espinhoso (M75.1); 
• Tendinite bicipital (M75.2); 
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 17
• Tendinite calcificante do ombro (M75.3); 
• Bursite do ombro (M75.5); 
• Outras lesões do ombro (M75.8); 
• Lesões do ombro não especificadas (M75.9); 
• Outras entesopatias (M77.); 
• Epicondilite medial (M77.0); 
• Epicondilite lateral (cotovelo do tenista) (M77.1); 
• Outros transtornos especificados dos tecidos moles não classificados em outra 
parte (inclui mialgia) (M79.).
Outras entidades não citadas nesse documento, mas muito frequentes: 
• Síndrome do impacto; 
• Síndrome do desfiladeiro torácico; 
• Síndrome do supinador; 
• Síndrome do pronador redondo; 
• Síndrome do interósseo posterior; 
• Síndrome do túnel do carpo; 
• Síndrome do túnel ulnar; 
• Síndrome do canal de Guyon; 
• Tenossinovite dos extensores e/ou dos flexores dos dedos e do carpo; 
• Tendinite do tendão de Aquiles; 
• Mialgias, distúrbio multitissular ou sintomas musculoesqueléticos inespecíficos; 
• Osteoartrite da articulação cromioclavicular, do punho, das articulações 
interfalangianas distais e/ou proximais, metacarpofalangiana, carpometacarpiana, 
do cotovelo, coxartrose, artrite do joelho (tibiofemoral ou gonartrose); 
• Síndrome do dedo branco, enfermidade da vibração.
3 entidades nosológicas relacionadas ao LER/DORT refletem processos 
crônicos de difícil controle sintomático:
Síndrome dolorosa miofascial
Fibromialgia
Síndrome complexa de dor regional
5. Caracterizar as principais entidades relacionadas 
(síndrome miofascial; fibromialgia; síndrome complexa de 
dor regional).
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 18
5.1 - Síndrome dolorosa miofascial
Definição: afecção álgica do aparelho músculo-tendíneo-ligamentar que 
acomete músculos, tendões, fáscias e ligamentos.
Sintomas: dor e ↑ tensão dos músculos afetados. Presença de pontos 
dolorosos (pontos-gatilho) e bandas musculares. Quando estimulados ou 
pressionados, tais pontos reproduzem o padrão da dor referida. 
São considerados ativos quando presentes na área de referência da dor e 
latentes quando em áreas assintomáticas. Dependendo do grau de 
estímulo, os pontos-gatilho latentes podem tornar-se ativos.
Os sintomas dolorosos crônicos são resistentes a várias formas de tto e 
frequentemente persistem mesmo quando os pacientes são afastados dos 
fatores que ocasionaram o QC.
Etiologia e fisiopatologia: fadiga e isquemia muscular localizada devido à 
contração estática, repetições, posturas inadequadas e estresses emocionais 
parecem estar envolvidos em sua gênese. O desequilíbrio entre a demanda e a 
necessidade metabólica predispõe o aparelho à fadiga muscular e ao 
comprometimento de seu desempenho funcional. 
O espasmo é caracterizado pelo deslizamento concêntrico das fibras 
musculares, das extremidades tendíneas, em direção ao ventre muscular. 
Há desenvolvimento da tensão contínua sem relaxamento.
Nos pacientes com LER/Dort, músculos acessórios são frequentemente 
solicitados para auxiliar a realização das atividades laborais. Ocorrendo 
fadiga e dor, o membro contralateral muitas vezes é utilizado na tentativa de 
compensar as disfunções do membro acometido. 
A fraqueza muscular está relacionada ao desbalanço entre a atividade que 
é requerida e a capacidade anatomo funcional dos músculos que estão 
envolvidos no movimento. 
As ações musculares compensatórias podem justificar a ampliação da área 
acometida ou mesmo do segmento primariamente não envolvido. 
As alterações no mecanismo de controle motor central resultam em 
desbalanço entre a atividade motora de contração e relaxamento dos 
músculos agonistas e antagonistas, podendo justificar o acometimento das 
cadeias musculares anterior e posterior, principalmente nos pacientes de 
maior gravidade e nos lesados crônicos.
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 19
A síndrome dolorosa miofascial pode estar associada ou ser secundária a 
outras afecções musculoesqueléticas e metabólicas, como DM e o 
hipotireoidismo, inflamatórias e/ou infecciosas.
Localização: os músculos cervicais, escapulares e osdo membro superior – 
como o trapézio, o bíceps braquial, os extensores e flexores do punho, os dedos 
da mão e os intrínsecos da mão – frequentemente são afetados.
5.2 - Fibromialgia
É uma sd dolorosa crônica que afeta, preferencialmente, mulheres. 
Manifesta-se por dor nos 4 quadrantes, com sensibilidade dolorosa em 
determinados pontos (tender points), além de alterações do sono, rigidez 
muscular, fadiga crônica e sintomas autonômicos.
Seu dx é de exclusao ⇒ Procurei tudo e não achei causa, daí eu dou dx!!
A dor é considerada disseminada nas seguintes condições:
quando atinge os lados esquerdo e direito do corpo OU
quando atinge os segmentos acima e abaixo da cintura OU
quando há dor axial (coluna cervical, tórax anterior, coluna torácica ou 
coluna lombar) OU
quando há dor em pelo menos 11 dos 18 tender points à palpação digital 
com força de aproximadamente 4kg: occipitais, cervicais, trapézios, supra 
espinhais, segundas costelas, epicôndilos laterais, glúteos, grandes 
trocanteres, joelhos (lembrar que são dos dois lados).
� Saber os critérios para dx de fibromialgia. Geralmente o pcte é poliqueixoso, 
sendo até, muitas vezes, discriminado pelo médico, o qual diz que isso é "problema 
psicológico" (tutora Mariana).
5.3 - Síndrome complexa de dor regional (SCDR)
Conceito e etiologia: são condições álgicas associadas a anormalidades 
neurovegetativas. Sua etiologia é ainda polêmica.
Sobre a etiologia: Há diferentes processos neuropáticos, centrais, 
periféricos e psicogênicos que podem produzir sinais e sintomas similares 
em diferentes doentes e que vários mecanismos fisiopatogênicos podem 
interagir no mesmo doente. Além disso, o papel da disfunção do SNAs na 
gênese da dor é questionável.
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 20
Sintomas e sinais: dor, alodínea, hiperestesia, hiperpatia, hiperalgesia, 
alterações vasomotoras e sudomotoras, comprometimento da função muscular, 
amiotrofia, atrofia de pele, anexos, ossos e articulações, retrações músculo-
tendíneas e articulares. 
A adoção do padrão autoalimentador de dor-imobilização-edema-
alterações neurovegetativas-desuso-dor, quando cronificado, limita a função 
motora, causa alterações tróficas irreversíveis, compromete o humor, o 
sono, o apetite, as atividades familiares, sociais e profissionais. 
As variadas apresentações clínicas, a incerta fisiopatologia e a imprevisão 
quanto ao padrão evolutivo tornam o tto dessas entidades um desafio!!
Classificação: distrofia simpático-reflexa ou síndrome complexa de dor regional 
tipo I, quando não há lesão nervosa, e síndrome complexa de dor regional 
tipo II, quando há lesão nervosa.
A distrofia simpático-reflexa/ síndrome complexa de dor regional do tipo I é 
encontrada com frequência em pacientes com LER/Dort e é de difícil 
remissão.
6. Identificar a conduta na Atenção Básica de Saúde.
� A conduta na atenção básica foi descrita com detalhes no objetivo 3! Dando 
continuidade:
6.1 - Conclusão diagnóstica
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 21
1ª hipótese: o paciente tem LER/Dort, apresentando determinadas formas 
clínicas.
2ª hipótese: o paciente tem LER/Dort e concomitantemente tem outro QC com 
sintomas musculoesqueléticos.
3ª hipótese: o paciente tem sintomas musculoesqueléticos não relacionados 
com o trabalho.
6.2 - Conclusão e encaminhamento
Situação 1: Se pcte apresentar QC característico, com FR na anamnese 
ocupacional e o ramo de atividade é conhecido como de risco ⇒ CD: Notificar 
como LER/DORT ao Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) e à 
Previdência Social, por meio da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho 
(CAT).
Situação 2: Se pcte apresentar QC característico, com FR na anamnese 
ocupacional e o ramo de atividade NÃO é conhecido como de risco ⇒ CD: 
Notificar como LER/DORT ao Sinan e à Previdência Social, por meio da emissão da 
CAT + Notificar aos órgãos de vigilância sanitária, p/ análise das condições de 
trabalho.
Situação 3: Se pcte apresentar QC característico, sem FR na anamnese 
ocupacional e o ramo de atividade é conhecido como de risco ⇒ CD: Notificar 
como LER/DORT ao Sinan e à Previdência Social + Notificar aos órgãos de 
vigilância sanitária, p/ confirmar dx de LER/DORT.
Situação 4: Se pcte apresentar QC característico, sem FR na anamnese 
ocupacional e o ramo de atividade NÃO é conhecido como de risco ⇒ CD: 
Apenas encaminhar o pcte p/ tto clínico e acompanhamento.
Situação 5: Se pcte apresentar QC característico, dúvidas se há ou não FR na 
anamnese ocupacional e ausência de informação sobre o ramo de atividade ⇒ 
CD: Encaminhar o caso p/ Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (p/ 
elucidação da relação do QC com o trabalho).
Situação 6: Se pcte apresentar QC característico, dúvidas se há ou não FR na 
anamnese ocupacional e o ramo de atividade é conhecido como de risco ⇒ 
CD: Notificar ao Sinan e à Previdência Social como LER/Dort.
Situação 7: Se pcte NÃO apresentar QC característico ou se houver dúvidas e 
necessidade de avaliação especializada e/ou exames complementares ⇒ CD: 
Encaminhar pcte p/ referências de especialidades clínicas necessárias e/ou exames 
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 22
complementares, conforme o Plano Diretor Regional (PDR) e a Pactuação 
Programada Integrada (PPI). 
Dependendo dos resultados dessa investigação mais aprofundada, investiga-se 
a etiologia ocupacional.
� Lembrar que AR, EA, polimiosite e esclerose sistêmica podem produzir 
sintomas que podem exarcebar aqueles causados por LER/DORT!!
Importante: 
• Estabelecer a causa e/ou o agravo entre trabalho e quadro clínico é uma tarefa 
multidisciplinar 
• Realizar uma boa e completa anamnese ocupacional não é papel apenas do 
médico 
• Os casos que forem notificados do SINAM devem ter a Comunicação de Acidente 
de Trabalho (CAT) emitida, caso o paciente tenha vínculo empregatício vigente, 
regido pela CLT 
• O paciente, nesse caso acima, deve ser assegurado do Seguro de Acidente de 
Trabalho do INSS 
• O médico ou o serviço de saúde por abrir a Comunicação de Acidente de Trabalho 
ou fazer essa solicitação ao empregador, mesmo quando só suspeitar
⁉ Quem pode abrir o CAT (tutora Mariana)? O médico assistente ou qualquer 
profissional da área de saúde que esteja trabalhando no local.
Tutora Mariana disse que precisa saber o seguinte sobre o tempo de afastamento 
e concessão auxílio doença:
Previdência Social. Neste caso, há consequências diretas para o paciente, pois 
– a partir do reconhecimento de uma doença ocupacional pela Previdência 
Social e da incapacidade para o trabalho – ocorre a concessão de auxílio-
doença por acidente de trabalho para os trabalhadores com necessidade de 
afastamentos por mais de 15 dias (auxílio-doença de espécie 91 – B91). A 
concessão de auxílio-doença por acidente de trabalho implica manutenção do 
recolhimento do fundo de garantia durante o afastamento do trabalho e 
estabilidade durante um ano após o retorno ao serviço.
7. Descrever as medidas terapêuticas.
LER/DORT SBR, 2011:
O tto depende sempre do diagnóstico preciso, de corrigir as causas no 
ambiente de trabalho e de instituir um plano terapêutico adequado.
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 23
Diversas são as modalidades terapêuticas: fisioterapia (eletroterapia e 
cinesioterapia), medicamentos, infiltrações, órteses (acessórios para fins 
terapêuticos tais como talas, protetores, cintas, coletes, etc) e reabilitação.
A boa relação médico-paciente, a satisfação com a vida, a motivação pelo 
trabalho e as convicções do indivíduo são ingredientes essenciais para o 
sucesso terapêutico.
Dor relacionada ao trabalho, MS, 2012:
O tto não é exclusividade médica!! Deve ter uma equipe multiprofissional 
(fisioterapeuta, TO, enfermeiro, assistente social, psicólogo, profissional de 
terapias complementares e terapeuta corporal).
Casos iniciais ⇒ tto menos complexo e abrangente; Casos crônicos ⇒ definir 
um programa de tto.
Em qqr caso ⇒ prevenirrecidivas e/ou agravamentos.
Os medicamentos devem ser prescritos de maneira cautelosa. Importante 
considerar o tempo de tto (principalmente quando as drogas são de alto custo).
AINEs e analgésicos ⇒ Dor aguda e inflamação. MAS... se isolados, não 
são efetivos contra dor crônica. 
Nesses casos, devemos associar psicotrópicos (ADT e 
fenotiazínicos) ⇒ Efeitos analgésico e ansiolítico (estabilizando tbm o 
humor).
Fisioterapia é primordial, tendo como objetivos o alívio dor, relaxamento 
muscular e prevenção de deformidades
Recursos usados: eletrotermofototerapia, massoterapia e cinesioterapia 
(conjunto de exercícios terapêuticos que ajudam na reabilitação).
A psicoterapia individual ou em grupo é essencial ⇒ Traz sentimento de 
amparo em suas insegurançasrelacionadas às consequências do adoecimento 
e às perspectivas de futuro e reinserção profissional.
Terapia ocupacional (TO): e útil na conquista da autonomia dos pctes ⇒ Faz a 
avaliação, a indicação e a confecção de órteses de posicionamento, para a 
prevenção de deformidades.
Terapias complementares: acupuntura, do-in, shiatsu.
Atividades em grupo: permitem a reflexão do processo de adoecimento, a 
discussão sobre as dúvidas e as dificuldades enfrentadas no estabelecimento 
T6M2P3 - DORT e MEDICINA DO TRABALHO (Thaís Garcia) 24
do dx e do tto, proporcionando o estabelecimento dos limites e o resgate da 
cidadania.
Procedimentos cirúrgicos: não têm se mostrado úteis nos casos de LER/Dort, 
pois podem evoluir para dor crônica de difícil controle.

Outros materiais