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T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 1 👁 T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) INTRODUÇÃO DM ⇒ Estado hiperglicemia crônica Complicações microvasculares*: Retinopatia, Nefropatia e Neuropatia Complicações macrovasculares: Doença arterial obstrutiva periférica, AVE, Doença coronariana. FISIOPATOLOGIA DAS COMPLICAÇÕES MICROVASCULARES Lembrar de 2 fatores: Susceptibilidade: 1º temos a predisposição genética FRs associados: HAS, dislipidemia, tabagismo Maioria das céls fazem controle intracelular da glicemia ⇒ Estado de hiperglicemia faz com que algumas células barrem a entrada de glicose. Outras céls já são mais vulneráveis e é essa vulnerabilidade que determina essas complicações: céls endoteliais, mesangiais, neurônios e céls de Schwann NÃO tem capacidade de controlar a entrada de glicose nas céls ⇒ Hipeglicemia crônica intracelular é quem determina as complicações microvasculares. ⁉ Como isso acontece? T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 2 Temos basicamente 4 vias que vão determinar essas lesões microvasculares: 1) VIA DO POLIOL Excesso da glicose no intracelular ⇒ Ativa aldose redutase ⇒ Consumindo fatores antioxidantes ⇒ Produção de Sorbitol e Frutose ⇒ Dano celular osmótico e ↓ fatores antioxidantes ⇒ Estresse oxidativo. 2) VIA DOS AGEs AGE= produtos finais de glicação avançada Excesso de glicose no intracelular ⇒ Formação, por via não enzimática, de AGEs ⇒ Formação de EROs e substâncias inflamatórias (citocinas pró-inflamatórias, fatores de crescimento e alteração de matriz celular). 3) VIA DA PROTEINOQUINASE C (PKC) Excesso de glicose no intracelular ⇒ Formação de ↑ diacilglicerol ⇒ Ativando via da PKC ⇒ Produção de EROs, alteração de fluxo sanguíneo, ↑ fator de crescimento do endotélio vascular (importante na retinopatia diabética) ⇒ ↑ estresse oxidativo dessas céls. 4) VIA DA HEXOSAMINA Excesso de glicose no intracelular ⇒ Formação de glicose-6-fosfato e frutose-6-fostato ⇒ Formação de UDP ⇒ Leva à modulação da transcrição do material genético ⇒ Formação de substâncias inflamatórias. Resumo das 4 vias: Temos uma perda da capacidade antioxidante das céls + ↑ EROs + ↑ celular osmótico + Modulação expressão gênica. DOENÇA RENAL DO DIABETES (DRD) T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 3 ⁉ Como é feito o diagnóstico? ⁉ Quais os valores de referência? Podemos rastrear DM1 descompensado por muito tempo, mesmo NÃO completando os 5 anos. Rastreio é feito por 2 métodos: ALBUMINÚRIA e TFGe. NORMAL: <30; ELEVADO: >30-300; MUITO ELEVADO: >300. T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 4 ATÉ AQUI VIMOS QUE: 1ª coisa a se fazer é estimar a albuminúria; a 2º coisa a se fazer é estimar a TFG. Amtigamente, para estimar TFG, utilizávamos a formula de Cockcroft-Gault. Hj temos apps para isso, como CKD-EPI (mais recente, ou seja, de 2019) ou MDRD. ⁉ Quais os diagnósticos diferenciais? Pcte pode ter DR 2ª a outros problemas, que não a DM. Proteinúria, habitualmente, NÃO é a mais usada. Proteinúria alterada se: AMOSTRA ISOLADA > 430; AMOSTRA 24h > 500. T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 5 Ausência de retinopatia diabética DRC precoce (<5 anos) no DM1 TFG com declínio muito rápido Elevação de creatinina, na ausência de albuminúria aumentada Proteinúria rapidamente progressiva Hipertensão refratária Sinais ou sintomas de doenças sistêmicas Presença de sedimento urinário ativo ↓ TFG > 30% dentro de 2-3 meses do início do tto com IECA ou BRA ⁉ Como tratar DRD? 💡 iSGLT-2 (cotransportador Na-Glicose): droga nova que também apresenta proteção renal. Lembrar que ADOs e injetáveis, na maioria deles, precisamos fazer ajuste de dose conforme a função renal. E alguns são CI dependendo do ClCr (quais? revisar). RETINOPATIA DIABÉTICA (RD) Principal causa de cegueira não reversível. IECA/BRA: efeito nefroprotetor independente da PA. T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 6 Estado de hiperglicemia crônica na retina ⇒ Formação de microaneurismas = Retinopatia diabética não proliferativa (RDNP) leve. Se ruptura microaneurismas ⇒ Hemorragias retinianas ⇒ Podem ocluir capilares, com posterior isquemia retiniana = Retinopatia diabética não proliferativa (RDNP) moderada a grave. Isquemia retina ⇒ Formação dos fatores de crescimento, principalmente do fator crescimento do endotélio celular (formado pela via da PKC) ⇒ Predispõe à formação de neovasos na retina = Retinopatia diabética proliferativa. Em paralelo, esses pctes podem ter edema macular ⇒ Pode acontecer em qqr estágio de retinopatia. ⁉ Quais os fatores de risco? ⁉ Como é feito o diagnóstico? Utilizamos a FUNDOSCOPIA/ FUNDO DE OLHO (exame inicial e realizado pelo oftalmologista) T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 7 ⁉ Como é a classificação? RDNP: leve, moderada ou grave RDP: quando existem neovasos Edema macular: qqr fase da RD ⁉ Como tratar RD? ⁉ Como acomoanhar esses pctes com RD? Ausência de RD: anual RD não proliferativa leve: anual RD não proliferativa moderada: semestral RD não proliferativa grave/severa: trimestral RD proliferativa: trimestral Ausência de edema macular: anual Edema macular não clinicamente significativo: semestral T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 8 Edema macular clinicamente significativo: mensal/trimestral NEUROPATIA DIABÉTICA (ND) ⁉ Quais são outras causas que geram lesão neuropática? Doenças metabólicas, sistêmicas, infecciosas e inflamatórias: Metabólicas: disfunção tireoidiana (hipotireoidismo*) e renal (DRC ou glomerulopatia*) Sistêmicas: vasculite sistêmica, vasculite não sistêmica, disproteinemias e amiloidoses Infecciosas: HIV, hepatite B, doença de Lyme (carrapato) e Hanseníase Inflamatórias: Polirradiculoneuropatia inflamatória desmielinizante crônica Aspectos nutricionais: def vit B12*, pós-gastroplastia e def de piridoxina, tiamina* e tocoferol Lembrar que a METFORMINA pode ↓ vit B12 em pctes diabéticos que fazem uso crônico ⇒ IDEAL: dosar vit B12 pelo menos 1x/ano. Intoxicação: intoxicaçãao por agentes industriais (acrilamida, organogosforados), por drogas (álcool, amiodarona, colchicina, dipirona, alcaloides da vinca, platina, taxol) e por metais (arsênico e mercúrio). Hereditariedade: causas motora, sensitiva e autonômica ⁉ Como é a classificação da ND? NEUROPATIAS DIFUSAS PNDS: Neuropatia de fibras finas, Neuropatia de fibras grossas, Neuropatia de fibras mistas: finas e grossas (mais comum) Autonômica T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 9 Cardiovascular: VFC reduzida, Taquicardia de repouso, Hipotensão ortostática, Morte súbita (arritmia maligna) Gastrintestinal: Gastroparesia diabética (gastropatia), Enteropatia diabética (diarreia), Hipomotilidade colônica (constipação intestinal) Urogenital: Cistopatia diabética (bexiga neurogênica); Disfunção erétil; Disfunção sexual feminina Disfunção sudomotora: Hipoidrose/anidrose distal; Sudorese gustativa Hipoglicemia sem sintomas Função pupilar anormal MONONEUROPATIAS (mononeurite múltipla) (formas atípicas) Nervo craniano ou periférico isolado (p. ex., III nervo craniano, nervos ulnar, mediano, femoral, fibular) Mononeurite múltipla (se confluente, é semelhante à polineuropatia) RADICULOPATIAS ou POLIRRADICULOPATIAS (formas atípicas) Neuropatia do plexo radicular (também chamada de polirradiculopatia lombossacral, amiotrofia motora proximal) Radiculopatia torácica NEUROPATIAS NÃO DIABÉTICAS COMUNS EM DM Paralisias por pressão Polineuropatia desmielinizante crônica inflamatória Neuropatia do plexo radicular Neuropatias agudas de fibras finas dolorosas (induzidas por tratamento) ⁉ Qual a forma mais comum? É a POLINEUROPATIA DIFUSA SIMÉTRICA: Forma mais comum de ND (80%) Presente ao dx em 10% dos DM2. Na maiorias das x acompanhada de neuropatiaautonômica. T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 10 Normalmente acompanhado de NA Distribuição simétrica "Bota e luva" Exacerbação noturna Fibras finas (sensibilidade dolorosa e térmica) ⇒ Precocemente atingidas Fibras motoras ⇒ Estágios avançados (hipotrofia dos músculos interosseos dos pés e mãos, dedos em garra= Sinal da Prece) ⁉ Como diagnosticar ND? Avaliação SINAIS + SINTOMAS Quanto aos sintomas: T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 11 Sabemos que a ND tem predomínio dos sintomas à NOITE e melhora com DEAMBULAÇÃO. T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 12 Quanto aos sinais: pelo EF DIAGNÓSTICO DE NEUROPATIA PERIFÉRICA: Outras formas de dx: Eletroneuromiografia: mais usada dentre esses Biópsia de nervo sural Biópsia de pele (punch) Avaliação pelo monofilamento (Teste o monofilamento de Semmes-Weinstein ou Estesiometria): Sensibilidade vibratório fazemos usando o DIAPASÃO no hálux. T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 13 Dispositivo de fio de Nylon que usamos nas plantas de pés, para ver se pcte tem risco de ter lesão neuropática. Portanto, em todo pcte diabético nós somos obrigados a examinar os PÉS. Avaliamos se pcte tem micoses, se as unhas estão cortadas, se calcaçado está causando algum machucado OBS.: Lembrar de palpar pulso ⇒ Importante para fazer dx diferencial de neuropatia com vasculopatia. ⁉ E a neuropatia autonômica? T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 14 ⁉ E como é feito o tto da ND? 1ª escolha: Ligantes subunidade alfa dos canai de Ca OU IRSN OU ADT!! 2ª escolha: Tramadol, Ácido tióctico. T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 15 ... RESUMINDO .... T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 16 T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 17 T6M3C1 - Complicações Microvasculares do Diabetes (THAÍS GARCIA) 18
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