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* * DEGENERAÇÕES * * Reações às agressões ADAPTAÇÃO AGRESSÃO DEFESA LESÃO Reversível Morte * * As causas mais comuns de lesão celular são: 1. Isquemia – falta de oxigenação tissular 2. Infecções – lesão por agentes vivos 3. Tóxicos – lesão por agentes químicos 4. Trauma/radiação/ térmico – lesão por agentes físicos * * Uma das manifestações das alterações metabólicas nas células é o acúmulo intracelular de quantidades anormais de várias substâncais * * DEGENERAÇÕES Agentes agressores (físicos, químicos, biológicos): modificações moleculares nas células; resultam em alterações morfológicas; alterações ocorrem nas células Duração Intensidade do ag. agressor Natureza ag. agressor Lesões Irreversíveis (Morte celular) Lesões Reversíveis (Degenerações) * * DEGENERAÇÕES Conceito: Lesões reversíveis decorrentes de alterações bioquímicas que resultam no acúmulo de substâncias no interior célula alterando sua morfologia. Sempre são processos reversíveis (eliminação da causa) Alterações morfológicas das células Não incluindo alterações no interstício * * DEGENERAÇÕES 2. Composição química da célula: Água Eletrólitos Proteínas Lípides Carboidratos Agressão hipobiose ( metabolismo celular) passa a acumular seus próprios componentes degenerações são classificadas de acordo com a natureza da subst. acumulada. * * DEGENERAÇÕES 3. Classificação: * * DEGENERAÇÕES 1. Degeneração Hidrópica: Conceito: Lesão celular reversível caracterizada pelo acúmulo de água e eletrólitos no interior da célula tornando-a tumefeita. Mecanismo: Transtornos no equilíbrio eletrolítico = retenção de água e eletrólitos no interior da célula gerado por agressão química, física ou biológica; funcionamento bomba eletrolítica (Na/K); * * DEGENERAÇÕES Mecanismo: Bomba eletrolítica: depende ATP, integridade de suas moléculas formadoras e da membrana celular Na+ p/ fora e K+ p/ dentro = equilíbrio eletrolítico celular * * DEGENERAÇÕES Mecanismo: AGRESSÃO alteração na produção ou consumo de ATP; prejuízo na integridade das membranas; alteração das moléculas que compõe a bomba. funcionamento da bomba de Na+ e K+ retenção Na+ redução K+ pressão osmótica intracelular * * Alterações Morfológicas * * DEGENERAÇÕES Causas: Hipóxia ou agressões que alteram produção ou consumo de ATP; Hipertermia – febre; Toxinas bacterianas; Comprometimento da membrana (radicais livres). * * Mecanismos AGENTE LESIVO * * DEGENERAÇÕES Aspectos morfológicos: Macroscopia: Órgãos com de volume e peso (tumefação, cápsula tensa, consistência pastosa), com palidez (compressão vascular pelas células tumefeitas) e/ou coloração acinzentada clara (lembrando o aspecto de "cozido"). * * Normal Degeneração hidrópica * * DEGENERAÇÕES Aspectos morfológicos: Microscopia: M.O: células tumefeitas citoplasma aspecto granuloso (discreta) células com vacúolos de água grande vacúolos (aspecto baloniforme) * * * * * * Degeneração hidrópica de hepatócitos Hepatócitos normais * * DEGENERAÇÕES 2. Degeneração Hialina: Conceito: Acúmulo de material protéico, no interior da célula. As alterações que levam ao seu acúmulo variam de caso para caso. Causas: condensação de filamentos intermediários (citoceratina) e proteínas = formando corpúsculos (Mallory / fígado) – alcoolismo crônico endocitose excessiva de proteínas (proteinúria - epitélio tubular renal); ação endotoxinas bacteriana (levam a desintegração de filamentos nas fibras mm e cardíacas). * * DEGENERAÇÕES 3. Degeneração Mucóide: Conceito: Acúmulo de muco (material proteico) no interior celular. Causas: hiperprodução de muco pelas céls mucíparas dos tratos digestivo e respiratório levando-as a se abarrotarem de glicoproteínas (mucina) podendo levar a morte celular; hiperprodução de mucinas em adenomas e adenocarcinomas. * * DEGENERAÇÕES 4. Esteatose: Conceito: Deposição de gorduras neutras (triglicerídeos) no citoplasma celular que normalmente não as armazenam formando vacúolos; Lesão comum no fígado, epitélio tubular renal e miocárdio. Pode evoluir para morte celular; * * DEGENERAÇÕES 4.1 Esteatose hepática (mais estudada): Conceito: Deposição de gorduras neutras (triglicerídeos) no citoplasma dos hepatócitos que normalmente não as armazenam formando vacúolos; A lesão é gerada toda as vezes que um agente interfere no metabolismo dos ácidos graxos: sua síntese e/ou dificultando sua utilização, transporte ou excreção. * * Triglicérides = 1 glicerol + 3 ácidos graxos. Os triglicérides são "desmontados" no intestino, absorvidos e depois podem ser novamente montados no fígado e depositados nas células de gordura, aonde normalmente tem a função primária de servir como reserva de energia. * * DEGENERAÇÕES 4.1 Esteatose Hepática (mais estudada): Metabolismo Lipídico: Em condições normais hepatócitos retiram da circulação ácidos graxos e triglicerídeos provenientes da absorção intestinal e da lipólise no tecido adiposo. Estes são usados para: 1.produção de colesterol e seus ésteres; 2. síntese de lipídeos complexos (fosfolipídeos); 3. síntese de glicerídeos; 4. gerar ATP. * * DEGENERAÇÕES Metabolismo Lipídico: Os glicerídeos são absorvidos e sintetizados no REL dos hepatócitos transportados em vesículas ao complexo de Golgi onde são conjugados com apoproteínas para formar as lipoproteínas “empacotamento”; para que as vesículas sejam excretadas é necessário um sistema de microtúbulos e filamentos. * * Metabolismo lipídico hepático DIETA (gordura) Intestino Tecido adiposo Corrente sanguínea (ác. graxos livres) Acetil CoA VLDL, LDL, HDL REL REL * * DEGENERAÇÕES Causas da Esteatose Hepática: Dieta rica em gordura: maior aporte de ác. Graxos decorrente da ingestão excessiva que se acumulam. Hipóxia: (anemia, insuficiência cardíaca ou respiratória) diminuição síntese de ATP: aumento síntese de ácidos graxos à partir do excesso acetil CoA, cuja oxidação no ciclo de Krebs está diminuída: triglicerídeos, que são acumulados no fígado. Desnutrição proteico-calórica: deficiência de apoproteínas: Golgi não consegue “empacotar” as lipoproteínas: triglicerídeos se acumulam. * * DEGENERAÇÕES Causas Esteatose Hepática: Ingestão abusiva da álcool: etanol é oxidado em acetaldeído + acetil-CoA; excesso de acetil-CoA: síntese de lipídeos; acetaldeído: lesa microtúbulos e filamentos prejudicando o transporte das vesículas de lipoproteínas. Acúmulo de gordura nos hepatócitos alterando sua função * * Álcool x Esteatose ÁLCOOL álcool desidrogenase acetaldeído acetaldeído desidrogenase acetil CoA EXCESSO Acido graxo * * Etiologia: DIETA (gordura) Intestino Tecido adiposo Corrente sanguínea (ác. graxos livres) REL RER Excesso de Acetil COA AGENTE LESIVOS X METABOLISMO APORTE DE ÁCIDOS GRAXOS Lipólise Ingestão excessiva ATP, N * * DEGENERAÇÕES Aspectos morfológicos: Macroscopia: Órgãos com de volume e peso, consistência diminuída, bordas arredondadas e coloração amarelada. * * * * No fígado: aumento do volume e peso com bordas abauladas e consistência amolecida, superfície externa lisa e brilhante, e superfície de corte untuosa, sem marcação lobular. * * * * DEGENERAÇÕES Aspectos morfológicos: Microscopia: M.O: triglicerídeos se depositam vesículas de tamanhos variados, revestidas por membranas (lipossomos), com tendência à fusão. triglicerídeos se dissolvem no xilol : espaços vazios Colorações especiais: Sudam vermelho ou negro * * * * www.hepcentro.com.br * * DEGENERAÇÕES Conseqüências da Esteatose Hepática: (REVERSIVEL) morte celular em lesões graves e/ou permanentes hepatócitos cheios de gordura podem se romper embolia gordurosa e cirrose. etilistas crônicos: involução após abstinência, * * www.medicinenet.com * * DEGENERAÇÕES 5. Lipidoses: Conceito: Acúmulos intracelulares de outros lipídeos (não triglicerídeos), como colesterol e seus ésteres. Tipos de lipidoses: a. Aterosclerose b. Xantomas * * DEGENERAÇÕES 5. Lipidoses a. Aterosclerose: depósitos de colesterol na camada íntima das artérias de médio e grande calibre, no interior de macrófagos. incidência: artérias encefálicas diminuição da memória artérias coronárias angina e infarto * * Constituintes da parede dos vasos Células endoteliais Células musculares lisas * * Artéria muscular Artéria elástica * * HE. Corte transversal. Esta pequena artéria tem estrutura normal exceto por discreto espessamento da camada íntima em certo trecho. Observam-se as três camadas, íntima, média e adventícia, e uma proeminente lâmina elástica interna no limite entre as camadas íntima e média. * * Artéria coronária normal * * Aterosclerose: Doença de progressão lenta, de início precoce, cuja característica é o "Ateroma" - Depósito circunscrito de lípides na íntima, formando uma placa fibrogordurosa focal e elevada, afetando artérias grandes e médias (principalmente as coronárias, as cerebrais, a aorta, o tronco braquicefálico e as ilíacas). Fatores de risco: Dieta hiperlipídica e obesidade Hipertensão arterial Tabagismo Idade Tensão emocional (stress) Hipercolesterolemia (Relação LDL/HDL alta, ie LDL>70% e HDL<25%) * * Locais de aterosclerose grave em ordem de freqüência * * DEGENERAÇÕES Aterosclerose: Patogenia: Colesterol HDL: “hight density lypoprotheire” bom Colesterol LDL: “low density lypoprotheire” ruim Colesterol VLDL: “very low density lypoprotheire” muito ruim * * DEGENERAÇÕES Aterosclerose: Patogenia: HDL Proteínas superfície externa e gordura superfície interna * * DEGENERAÇÕES Aterosclerose: Patogenia: LDL Gorduras superfície externa e proteínas superfície interna * * DEGENERAÇÕES Aterosclerose: Patogenia: Lesão endotelial (Hipertensão, tabagismo, Diabetes...) moléculas colesterol sofrem oxidação pelos radicais livres RL mais facilidade de oxidar gorduras LDL LDL muda sua conformação corpo estranho macrófagos: tentativa de fagocitá-los macrófagos não têm enzimas para isso acúmulo de LDL no interior dos macrófagos (células espumosas) * * DEGENERAÇÕES Aterosclerose: Patogenia: células espumosas se depositam na parede das artérias macrófago morre colesterol é liberado e cristalizado colesterol cristalizado na íntima das artérias diminui a luz das artérias (ateroma ou placa ateromatosa) organismo tenta isolá-lo: conjuntivização do ateroma = Aterosclerose * * Patogenia * * Artéria coronária com placas de aterosclerose. Início da lesão. Artéria coronária com placas de aterosclerose. Observa-se uma recente hemorragia na placa. * * calcificação Lúmen diminuido * * espessamento da íntima e acúmulo de lipídios * * Observa-se aterosclerose coronária oclusiva. A- parcial 60 a 70%. B- a placa de aterosclerose complicou e se formou um trombo ocluindo totalmente a luz do vaso. * * * * aneurisma * * DEGENERAÇÕES Aterosclerose: Consequências: diminuição luz arterial isquemia hipóxia morte de tecidos (principalmente àqueles intolerantes à hipóxia) miocárdio: infartos encéfalo: lesões aneurismas hipertensão embolia * * Aterosclerose: não tem cura, só prevenção, inicia em crianças, manifesta da meia idade em diante, caráter genético, piora com maus hábitos alimentares. * * DEGENERAÇÕES Aterosclerose: * * DEGENERAÇÕES 5. Lipidoses: b. Xantomas: depósitos de colesterol na pele sob forma de nódulos, têm cor amarelada, podem ou não estar associados com hipercolesterolemia. * * DEGENERAÇÕES 6. Glicogenoses: acúmulo de carboidratos (glicogênio) no interior das células do fígado, rins, coração... deficiência de enzimas que degradam glicogênio. Caráter genético * * OBRIGADA OBRIGADA !!!
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