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literatura Brasileira

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Questão 1/10 - Literatura Brasileira 
Considere a seguinte citação: 
“Como o Brasil não passou por um período semelhante ao da Idade Média Europeia, os 
escritores se debruçaram sobre o indígena de modo a elaborar a figura de um herói e 
de um passado remoto”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KAVISKI, Everton; FUMANERI, Maria Luísa Carneiro. Literatura Brasileira: uma perspectiva histórica, 
Curitiba: Intersaberes, 2014, p. 80. 
Considerando a citação do livro-base e as informações da Aula 2, Videoaula do 
Tema 2 – Contextualizando, da disciplina de Literatura Brasileira, assinale a 
alternativa que apresenta a concepção de Indianismo no programa estético do 
romantismo brasileiro: 
Nota: 10.0 
 
A No Indianismo, a figura do indígena é secundária. O 
movimento ganha força somente pelos problemas de 
desnivelamento nas posições sociais. 
 
B Predominam-se, no Indianismo, as mitologias indígenas de 
outros países latino-americanos, sendo o contexto brasileiro 
menos explorado nas narrativas da época. 
 
C O indianismo não pertenceu à escola literária do 
Romantismo. Por essa razão, não possui características 
desse programa estético. 
 
D O Indianismo falhou no programa estético do romantismo 
porque os escritores não representavam, satisfatoriamente, 
o índio como elemento da identidade nacional. 
 
E O indianismo foi uma forma compensatória de encontrar um 
correspondente aos temas lendários e cavalheirescos da 
literatura romântica europeia. 
Você acertou! 
Comentário: Esta é a alternativa correta, pois de acordo com os 
conteúdos da aula 2, “O indianismo foi uma forma compensatória 
de encontrar um correspondente aos temas lendários e 
cavalheirescos da literatura romântica europeia”. (Aula 2, 
Videoaula do Tema 2 – Contextualizando, 15’34). 
 
Questão 2/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Neste sentido, também a primeira literatura dos descobrimentos, com seu tom 
grandiloquente, é literatura barroca Como também o é, em bloco, a literatura dos 
jesuítas: não só por sua temática contrarreformista, por sua concepção trágica da vida 
e do pecado, mas também por sua forma”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda 
Editores, 2004, p. 98. 
O barroco no Brasil sofreu um processo de aclimatação, que se caracterizou por meio 
dos ajustes que os escritores da colônia procederam em relação às convenções 
literárias europeias. Esses ajustes se deram tanto no plano estilístico quanto no plano 
ideológico, que podem ser resumidos em dois conceitos. Considerando o fragmento 
acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que esses 
dois conceitos são: 
Nota: 10.0 
 
A visão laica e visão alegórica. 
 
B visão literária e visão transfiguradora. 
 
C visão religiosa e visão reformista. 
 
D visão religiosa e visão transfiguradora. 
Você acertou! 
“O ajuste que as convenções literárias da Europa sofreram ao 
serem utilizadas pelos escritores coloniais estabeleceu alguns 
traços estilísticos e ideológicos que caracterizaram a produção 
dos primeiros séculos de colonização portuguesa no Brasil. Esses 
traços estão sintetizados nos conceitos denominados visão 
religiosa e visão transfiguradora” (livro-base, p. 41). As demais 
visões citadas (literária, alegórica, reformista) não são 
denominações empregadas no livro-base como conceitos que 
sintetizam esses traços da literatura barroca no Brasil. 
 
E visão reformista e visão alegórica. 
 
Questão 3/10 - Literatura Brasileira 
Leia os fragmentos do poema abaixo: 
 I 
“No meio das tabas de amenos verdores, 
Cercadas de troncos – cobertos de flores, 
Alteiam-se os tetos d’altiva nação; 
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, 
Temíveis na guerra, que em densas coortes 
Assombram das matas a imensa extensão.” 
........................................................................... 
 IV 
“Meu canto de morte, 
Guerreiros, ouvi: 
Sou filho das selvas, 
Nas selvas cresci; 
Guerreiros, descendo 
Da tribo tupi. 
Da tribo pujante, 
Que agora anda errante 
Por fado inconstante, 
Guerreiros, nasci;” 
.................................... 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 
1952. p. 130-131. 
Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o 
poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia imitativa. 
Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é 
correto afirmar que harmonia imitativa: 
Nota: 10.0 
 
A é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, 
forma de o ritmo mimetizar os episódios relatados no poema. 
Você acertou! 
Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no 
poema de Gonçalves Dias, é justamente essa técnica que busca 
conciliar a forma como se conta com o que se conta “Trata-se da 
técnica que se convencionou chamar de harmonia imitativa. O ritmo 
mimetiza os episódios do canto. Para cada parte há um tipo de 
metrificação diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteúdo” 
(Livro-base, p. 86). As demais alternativas estão erradas porque não se 
trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser 
obtido em qualquer formato. (p. 85) 
 
B é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de 
quatro a seis versos, com cinco ou sete sílabas. 
 
C é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma 
palavra se tornam foneticamente semelhantes a outra vogal da 
mesma palavra. 
 
D é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 
versos, formados por duas estrofes de quatro versos e duas de 
três. 
 
E é o efeito que se obtém em 
composições poéticas populares antigas, acompanhadas ou não 
de música. 
 
Questão 4/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto abaixo: 
“- Nonada. Tiros que o senhor ouviu não foram de briga de homem não, Deus esteja. 
[...] 
Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que 
têm certas coisas passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares. O que eu 
falei foi exato? Foi. Mas teria sido? Agora, acho que nem não. São tantas horas de 
pessoas, tantas horas de pessoas, tantas coisas em tantos tempos, tudo miúdo 
recruzado. Se eu fosse filho de mais ação, e menos ideia, isso sim, tinha escapulido, 
calado, no estar da noite, varava dez léguas, madrugava, me escondia do largo do sol, 
varava mais dez, encostava no São Francisco bem de frente da Januária, passava, 
chegava em terra cidadã, estava no pique”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Rosa, João Guimarães. Grande sertão: veredas. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio,1958, p. 175 et 
passim. 
O trecho acima foi extraído do romance Grande Sertão: Veredas, do escritor nascido 
em Cordisburgo João Guimarães Rosa. Este livro faz parte da nova narrativa moderna, 
ou seja, compõe o grupo de obras que consolidou a experiência modernista brasileira. 
Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, em 
relação à obra e à narrativa de O grande sertão: veredas, leia as afirmativas a seguir e 
assinale V para as verdadeiras e F para as falsas: 
I. ( ) Esse romance simula a narração oral por meio da história de Riobaldo, ex-jagunço, 
agora estabelecido proprietário de terras. 
II. ( ) Há na narrativa a história de um amor “antinatural” por um homem, Diadorim, 
jagunço filho do grande líder Joca Ramiro. 
III. ( ) Por causa do pacto com o diabo, Riobaldo perde suas terras, fica na miséria e 
acaba preso por causa dos crimes que cometeu quando era jagunço. 
IV. ( ) Riobaldodeseja descobrir, ao narrar, se o diabo existe – visto que, se existisse, 
sua alma estaria condenada em virtude de um pacto que teria feito para matar 
Hermógenes. 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A V – F – V – V 
 
B V – V – F – V 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e IV são verdadeiras, pois Riobaldo narra a 
história simulando uma conversa com um interlocutor, cujas 
marcas estão presentes a todo momento no romance, como pode 
se ler no fragmento acima; Riobaldo tem por Diadorim um amor 
que o atrai e o confunde por este ser – até onde ele sabe – um 
homem como ele; e de fato a grande questão do narrador do 
romance é saber se o diabo existe ou não uma vez que Riobaldo 
fez um pacto com ele. A afirmativa III é falsa, pois Riobaldo de 
jagunço vira proprietário, que é a condição que ele está quando 
narra a história, tampouco foi preso pelos crimes cometidos 
durante os anos de jagunçagem: “Ainda do ponto de vista da 
interpretação do papel social de Riobaldo (de semiletrado 
marginalizado e jagunço e, posteriormente, proprietário), é 
interessante notar que a narrativa é uma busca de justificação 
exigida também pela culpa por seus atos criminosos [...]” (livro-
base, p. 232-233). 
A morte de Diadorim é a grande dor de Riobaldo. É apenas nesse 
momento que ele, o narrador, descobre que se tratava de uma 
mulher, a filha do jagunço Joca Ramiro (p. 132-134). 
 
C V – V – V – F 
 
D F – V – F – V 
 
E F – F – V – V 
 
Questão 5/10 - Literatura Brasileira 
Leia o trecho de texto a seguir: 
“Não se trata com efeito de ser brasileiro à Chateaubriand, o que é, como vimos há 
pouco, aceitar uma visão de estrangeiro, inclinado a ver o exótico e, confinando a ele 
os escritores, negar-lhes acesso aos grandes temas universais [...]. Trata-se de 
descrever e analisar os vários aspectos de uma sociedade, no tempo e no espaço, 
exprimindo a sua luta pela autodefinição nacional como povo civilizado, ligado ao ciclo 
da cultura do Ocidente”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, A. A formação da literatura Brasileira – momentos decisivos. 10. ed. Rio de Janeiro: Ouro 
Sobre Azul, 2006, p. 680. 
O trecho acima foi extraído das páginas finais de Formação da Literatura Brasileira, 
de Antonio Candido. Nessa altura do livro, o crítico vê os traços de amadurecimento de 
nossa literatura, o que vai tomando forma a partir do romantismo e do arcadismo. 
Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, para 
Candido, a consolidação da literatura brasileira se dá com: 
Nota: 10.0 
 
A Machado de Assis 
Você acertou! 
Alternativa a porque, para Candido, a partir de Machado de Assis 
“a literatura brasileira entra em uma nova etapa. É momento em 
que toma corpo e se complexifica do ponto de vista formal”. 
Segundo Candido, a literatura passa, no final do século XIX, a se 
aprofundar e se organizar de modo programático e consciente. 
Nesse momento “houve uma reflexão sobre a validade dos 
pressupostos estéticos e ideológicos oitocentistas”. (Livro-base, p. 
18). 
 
B José de Alencar 
 
C Gonçalves Dias 
 
D Tomás Antônio Gonzaga 
 
E Castro Alves 
 
Questão 6/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O pré-modernismo foi uma questão mal resolvida. O termo pré-modernismo foi criado 
por Alceu de Amoroso Lima, na Contribuição à história do modernismo [...] para referir-
se à produção literária do primeiro vintênio do século XX. A definição e a delimitação 
mais precisa do termo seria, entretanto, empreendida por Alfredo Bosi (1966), já na 
década de 1960, ao apontar os dois sentidos possíveis para a interpretação da literatura 
do período: 1. “dando ao prefixo ‘pré’ uma conotação meramente temporal de 
anterioridade’ 2. ‘dando ao mesmo elemento um sentido forte de precedência temática 
e formal em relação à literatura modernista’”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Sylvia H. T. de A. O pré-modernismo em São Paulo. Revista de Letras, v. 35, pp. 167-184, 1995, p. 
167. 
O pré-modernismo abrangeu um período literário compreendido entre 1902 e 1922. 
Nessa fase de transição coexistiram tendências opostas. Em grande medida, a literatura 
deu ênfase às questões da realidade nacional, com preocupações socioculturais. 
Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos do livro-base Literatura 
Brasileira, relacione os autores pré-modernistas abaixo às suas respectivas 
obras: 
1) Lima Barreto 
2) Euclides da Cunha 
3) Monteiro Lobato 
4) Graça Aranha 
( ) Clara dos Anjos 
( ) Canaã 
( ) Os sertões 
( ) Urupês 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A 1, 2, 3, 4 
 
B 1, 4, 2, 3 
Você acertou! 
1. Lima Barreto – Clara dos Anjos 
2. Graça Aranha – Canaã 
3. Euclides da Cunha – Os sertões 
4. Monteiro Lobato – Urupês 
As obras e seus respectivos autores foram trabalhados no item 
4.1 denominado O pré-modernismo e corresponde às páginas 
165 a 173 do livro-base. 
 
C 2, 3, 4, 1 
 
D 3, 2, 4, 1 
 
E 3, 1, 2, 4 
 
Questão 7/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto: 
“[...] a ideia de sistema literário implica que só se pode falar em literatura nacional 
quando as obras aí produzidas são também aí recebidas e fecundadas”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MORAES, Anita Martins Rodrigues de. A Literatura Brasileira sob a ótica de Antônio Cândido. Revista 
Itinerários, Araraquara, n. 30, p. 65-84, jan./jun. 2010. 
Considerando o fragmento do texto-base acima e as informações da Aula 1, 
Videoaula do Tema 2 – Contextualizando, da disciplina de Literatura Brasileira, 
assinale a alternativa que apresenta a tríade de elementos que formam um sistema 
literário, segundo Antônio Cândido: 
Nota: 0.0 
 
A Manifestações literárias, literatura propriamente dita e 
transformação literária. 
 
B Quem produz a obra, as condições para isso e o público 
leitor. 
Comentário: Esta é a alternativa correta, pois de acordo com os 
conteúdos da aula 1, “A ideia do sistema congrega esses três 
pontos: quem produz a obra, as condições para isso e o público 
leitor”. (Aula 1, Videoaula do Tema 2 – Contextualizando, 6’06). 
 
C Língua, temas e imagens partilhadas. 
 
D Articulação, elaboração e tradição literária. 
 
E Tratamento da linguagem, coesão nacional e compromisso 
cívico. 
 
Questão 8/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“D. Glória não conhecia S. Bernardo, e essa ignorância me ofendeu, porque para mim 
S. Bernardo era o lugar mais importante do mundo. 
— Uma boa fazenda! Não há lá essa água podre que se bebe por aí. Lama. Não 
senhora, há conforto, há higiene. 
Glória retificou a espinha, ergueu a voz e desfez o ar apoucado: 
— Não me dou. Nasci na cidade, criei-me na cidade. Saindo daí, sou como peixe fora 
da água. Tanto que estive cavando transferência para um grupo na capital. Mas é 
preciso muito pistolão. Promessas... 
— Ah! É professora? 
— Não. Professora é minha sobrinha. 
— Aquela moça que estava com a senhora em casa do dr. Magalhães? 
— Sim. 
— E como é a graça de sua sobrinha, d. Glória? 
— Madalena. Veja o senhor. Fez um curso brilhante... 
[...] 
Essa conversa, é claro, não saiu de cabo a rabo como está no papel. Houve 
suspensões, repetições, mal-entendidos, incongruências, naturais quando a gente fala 
sem pensar que aquilo vai ser lido. Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi diversas 
passagens, modifiquei outras. [...] É o processo que adoto: extraio dos acontecimentos 
algumas parcelas; o resto é bagaço”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, p. 75-78. 
Com o romance São Bernardo, de 1934, Graciliano Ramos consolidou o que se chamou 
de “romance de 30”. Tendo como referência o fragmento acima, retirado da obra SãoBernardo, e sua leitura do livro-base Literatura Brasileira sobre o romance São 
Bernardo, leia as sentenças abaixo: 
I – Proprietário da fazenda São Bernardo, Paulo Honório é personagem e narrador do 
romance. Narrando em primeira pessoa, Honório conta a história quando se encontra 
solitário na fazenda. 
II – No romance, Paulo Honorário conta a história de seu casamento com Madalena, o 
suicídio dela e a decadência da fazenda. 
III – O romance tem um narrador em terceira pessoa, onisciente, que mostra ao leitor o 
que se passa com Paulo Honório e, ao mesmo tempo, as expectativas de Madalena 
sobre o casamento. 
IV - O romance pode ser compreendido como uma crítica ao capitalismo. Paulo Honório, 
por exemplo, em vários momentos sobrepõe seus interesses pessoais e financeiros aos 
de camaradagem e sentimentos afetivos. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 0.0 
 
A I e II. 
 
B II e III. 
 
C I, II e IV. 
As afirmativas I, II e IV estão corretas porque Paulo Honório é o 
narrador da história, cujos eventos se deram antes do momento 
em que narra, quando já está sozinho, viúvo e decadente; porque 
de fato o romance pode ser entendido como uma crítica ao 
capitalismo, uma vez que Paulo Honório coloca os interesses 
comerciais, produtivos e financeiros acima dos demais. A 
afirmativa III está errada porque o narrador do romance é o 
próprio Paulo Honório, que o narra em 1ª pessoa. Trata-se de um 
romance memorialista, de um homem solitário. (Livro-base, p. 214 
e 215) 
 
D I, III e IV. 
 
E I e III. 
 
Questão 9/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de poema abaixo: 
“Vozes veladas, veludosas vozes 
Volúpia dos violões, vozes veladas 
Vagam nos velhos vórtices velozes 
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas 
...........................................................”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CRUZ e SOUSA, J. Violões que choram. In: CRUZ E SOUZA, J. Obra completa. Rio de Janeiro: José 
Aguilar, 1961. p. 124. 
A poesia do poeta catarinense Cruz e Souza faz parte do cânone simbolista nacional. 
Esse movimento estético buscou reagir à objetividade em arte que fundamentava tanto 
o parnasianismo como o realismo-naturalismo. Considerando os versos acima e os 
conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre o simbolismo, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A os simbolistas buscaram tanto prosa quanto na poesia 
representar a realidade da forma mais exata possível. 
 
B os simbolistas procuraram por meio do uso de metáforas e 
outras figuras de linguagem representar o que se passava 
em seu mundo interior. 
Você acertou! 
A alternativa b está correta, porque os simbolistas buscavam uma 
“linguagem sugestiva [...] que fundiu a palavra, a imagem e a 
sonoridade. Daí o símbolo ser o recurso por excelência utilizado 
pelos poetas desse movimento. ‘O símbolo significaria a tentativa 
de representar [...] por meio de metáforas polivalentes todo o 
conteúdo vago e multitudinário do mundo interior do poeta’” (livro-
base, p. 147). As demais alternativas são inválidas pois os 
simbolistas não visavam à representação exata da realidade; nem 
manifestavam engajamento político em seus versos, nem usavam 
uma linguagem literal, muito pelo contrário; tampouco buscavam 
elaborar explicações detalhadas de objetos do mundo (livro-base, 
p. 141-147). 
 
C entre as principais características dos poetas simbolistas 
estava o engajamento político, que se manifestava em seus 
versos. 
 
D os simbolistas empregavam uma linguagem literal, concisa, 
de modo a representar fielmente os traços do meio rural. 
 
E a paráfrase era um dos recursos retóricos mais empregados 
pelos simbolistas, pois prezavam a explicação detalhada 
dos objetos do mundo. 
 
Questão 10/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir 
“A nossa literatura colonial manteve aqui tão viva quanto lhe era possível a tradição 
literária portuguesa. Submissa a esta e repetindo-lhe as manifestações, embora sem 
nenhuma excelência e antes inferiormente, animou-a todavia desde o princípio o 
nativo sentimento de apego à terra e afeto às suas coisas. Ainda sem propósito 
acabaria este sentimento por determinar manifestações literárias que em estilo diverso 
do da metrópole viessem a exprimir um gênio nacional que paulatinamente se 
diferenciava”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000116.pdf>. Acesso em: 22 ago. 
2017. 
 
A delimitação do momento inaugural da nossa literatura foi e é um problema para os 
historiadores da literatura brasileira. Galho secundário da literatura universal, como 
disse um crítico, o primeiro passo dado por nossos escritores foi o de tentar se 
distinguirem de nossos colonizadores. Algo ainda insuficiente, no entanto, para 
estabelecer uma literatura nacional. Considerando a citação acima e os conteúdos do 
livro-base Literatura Brasileira, entre os problemas que dificultam a definição do 
marco inicial da literatura brasileira está: 
 
Nota: 10.0 
 
A o hábito dos autores do período escreverem textos 
religiosos, gramáticas, em vez de textos literários. 
 
B a censura de Portugal, que impedia que os temas nacionais 
aparecessem nos textos de autores brasileiros. 
 
C a ausência de um sistema literário em território brasileiro, 
que articulasse autor, obra e leitor, estabelecendo um 
sistema simbólico. 
Você acertou! 
O problema de delimitar a origem de nossa literatura não está 
simplesmente na produção de obras em nosso território. Isso não 
é suficiente para estabelecer um sistema literário, como propõe 
Antonio Candido. A ideia de um sistema literário é de um “sistema 
de obras ligadas por denominadores comuns, que permitem 
reconhecer as notas dominantes duma fase. [...] Entre eles se 
distinguem: a existência de um conjunto de produtores literários 
[...]; um conjunto de receptores [...]; um mecanismo transmissor; 
[...] O conjunto dos três elementos dá lugar a um tipo de 
comunicação inter-humana, a literatura, que aparece, sob este 
ângulo, como sistema simbólico” (livro-base, p. 16-17). Assim, a 
dificuldade não está nos gêneros escritos, nem nos temas 
desenvolvidos por nossos autores, mas por uma falta de vida 
espiritual que fizesse circular as obras e seu material simbólico 
(livro-base, p. 16). 
 
D a limitação dos temas literários, voltados para a transmissão 
dos acontecimentos locais por meio de crônicas. 
 
E a produção de textos alegóricos que impedem a 
manifestação dos temas locais e a diferenciação com a 
literatura de Portugal. 
Questão 1/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de poema abaixo: 
“Vozes veladas, veludosas vozes 
Volúpia dos violões, vozes veladas 
Vagam nos velhos vórtices velozes 
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas 
...........................................................”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CRUZ e SOUSA, J. Violões que choram. In: CRUZ E SOUZA, J. Obra completa. Rio de Janeiro: José 
Aguilar, 1961. p. 124. 
A poesia do poeta catarinense Cruz e Souza faz parte do cânone simbolista nacional. 
Esse movimento estético buscou reagir à objetividade em arte que fundamentava tanto 
o parnasianismo como o realismo-naturalismo. Considerando os versos acima e os 
conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre o simbolismo, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A os simbolistas buscaram tanto prosa quanto na poesia 
representar a realidade da forma mais exata possível. 
 
B os simbolistas procuraram por meio do uso de metáforas e 
outras figuras de linguagem representar o que se passava 
em seu mundo interior. 
Você acertou! 
A alternativa b está correta, porque os simbolistas buscavam uma 
“linguagem sugestiva [...] que fundiu a palavra, a imagem e a 
sonoridade. Daí o símbolo ser o recurso por excelência utilizado 
pelos poetas desse movimento.‘O símbolo significaria a tentativa 
de representar [...] por meio de metáforas polivalentes todo o 
conteúdo vago e multitudinário do mundo interior do poeta’” (livro-
base, p. 147). As demais alternativas são inválidas pois os 
simbolistas não visavam à representação exata da realidade; nem 
manifestavam engajamento político em seus versos, nem usavam 
uma linguagem literal, muito pelo contrário; tampouco buscavam 
elaborar explicações detalhadas de objetos do mundo (livro-base, 
p. 141-147). 
 
C entre as principais características dos poetas simbolistas 
estava o engajamento político, que se manifestava em seus 
versos. 
 
D os simbolistas empregavam uma linguagem literal, concisa, 
de modo a representar fielmente os traços do meio rural. 
 
E a paráfrase era um dos recursos retóricos mais empregados 
pelos simbolistas, pois prezavam a explicação detalhada 
dos objetos do mundo. 
 
Questão 2/10 - Literatura Brasileira 
Leia a citação a seguir: 
“Policarpo, você precisa tomar juízo. Um homem de idade, com posição, respeitável, 
como você é, andar metido com esse seresteiro, um quase capadócio – não é bonito! O 
major descansou o chapéu-de-sol – um antigo chapéu-de-sol com a haste inteiramente 
de madeira, e um cabo de volta, incrustado de pequenos losangos de madrepérola – e 
respondeu: – Mas você está muito enganada, mana. É preconceito supor-se que todo o 
homem que toca violão é um desclassificado. A modinha é a mais genuína expressão 
da poesia nacional e o violão é o instrumento que ela pede. Nós é que temos 
abandonado o gênero, mas ele já esteve em honra, em Lisboa, no século passado, com 
o Padre Caldas que teve um auditório de fidalgas. Beckford, um inglês, muito o elogia. 
– Mas isso foi em outro tempo, agora...” 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. In: Domínio Público, p. 2. 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000013.pdf>.Acesso em: 13 ago. 2017. 
Triste Fim de Policarpo Quaresma é talvez a obra mais conhecida de Lima Barreto 
(1881–1922), um dos escritores da chamada escola pré-modernista. O protagonista do 
romance, que se passa no Rio de Janeiro, é um nacionalista, cujo radicalismo serve 
para Barreto projetar sua visão crítica da sociedade da época. Tendo como referência 
as informações acima e a leitura do livro-base Literatura Brasileira, leia as afirmativas 
a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas. 
I. ( ) O estilo de Lima Barreto é marcado por uma linguagem mais simples, menos 
ornamentada, avessa ao tom bacharelesco. 
II. ( ) Em Triste fim de Policarpo Quaresma, além de tratar da efusão ultranacionalista 
do personagem-título, Lima Barreto retrata as características da vida fluminense de seu 
tempo. 
III. ( ) Triste fim de Policarpo Quaresma (1911), Recordações do escrivão Isaías 
Caminha (1909) e Clara dos Anjos (1948, póstumo) são romances de Lima Barreto. 
IV. ( ) Lima Barreto, assim como Machado de Assis, excluiu de sua obra temas como o 
racismo e a dominação social, preferindo escrever crônicas de costumes. 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A V– F– V– V 
 
B F– V– V– V 
 
C V– V– V– F 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e III são verdadeiras porque Barreto era avesso 
ao tom bacharelesco, o qual parodia em vários momentos no 
romance Triste fim de Policarpo Quaresma; porque os hábitos, a 
cultura e as relações sociais do Rio de Janeiro são retratados no 
romance, como pode se ver na menção que faz ao uso do violão 
no fragmento acima e à visão que se tinha daqueles que tocavam 
esse instrumento no começo do século XX; porque os romances 
mencionados são todos de autoria de Lima Barreto. A afirmativa IV 
é falsa, pois a questão do racismo e da dominação social estão 
presentes em sua obra. A obra de Barreto é “considerada ainda 
hoje como uma das mais singulares crônicas da vida fluminense. 
Aproxima-se da crônica, até mesmo no desapego a uma linguagem 
excessivamente adornada e de tom bacharelesco, típica de muitos 
escritores da época [...]” (livro-base, p. 168). Lima Barreto 
“destrincha a crueldade do racismo e da dominação social exercida 
pelos mais poderosos sobre os mais fracos” (livro-base, p. 169) 
 
D F– V– F– V 
 
E F– F– V– V 
 
Questão 3/10 - Literatura Brasileira 
Leia os fragmentos do poema abaixo: 
 I 
“No meio das tabas de amenos verdores, 
Cercadas de troncos – cobertos de flores, 
Alteiam-se os tetos d’altiva nação; 
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, 
Temíveis na guerra, que em densas coortes 
Assombram das matas a imensa extensão.” 
........................................................................... 
 IV 
“Meu canto de morte, 
Guerreiros, ouvi: 
Sou filho das selvas, 
Nas selvas cresci; 
Guerreiros, descendo 
Da tribo tupi. 
Da tribo pujante, 
Que agora anda errante 
Por fado inconstante, 
Guerreiros, nasci;” 
.................................... 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 
1952. p. 130-131. 
Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o 
poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia imitativa. 
Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é 
correto afirmar que harmonia imitativa: 
Nota: 10.0 
 
A é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, 
forma de o ritmo mimetizar os episódios relatados no poema. 
Você acertou! 
Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no 
poema de Gonçalves Dias, é justamente essa técnica que busca 
conciliar a forma como se conta com o que se conta “Trata-se da 
técnica que se convencionou chamar de harmonia imitativa. O ritmo 
mimetiza os episódios do canto. Para cada parte há um tipo de 
metrificação diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteúdo” 
(Livro-base, p. 86). As demais alternativas estão erradas porque não se 
trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser 
obtido em qualquer formato. (p. 85) 
 
B é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de 
quatro a seis versos, com cinco ou sete sílabas. 
 
C é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma 
palavra se tornam foneticamente semelhantes a outra vogal da 
mesma palavra. 
 
D é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 
versos, formados por duas estrofes de quatro versos e duas de 
três. 
 
E é o efeito que se obtém em 
composições poéticas populares antigas, acompanhadas ou não 
de música. 
 
Questão 4/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto abaixo: 
“No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto 
e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando 
o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa 
criança é que chamaram de Macunaíma. 
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não 
falando. Si o incitavam a falar exclamava: 
– Ai! que preguiça!... 
e não dizia mais nada. 
Ficava no canto da maloca, trepado no jirau da paxiúba, espiando o trabalho dos outros 
e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força de 
homem. O divertimento dele era decepar cabeça de saúva. Vivia deitado mas si punha 
os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, M. Macunaíma. 26. ed. Rio de Janeiro/Belo Horizonte: Editoras Reunidas/ Vila Rica, 1990, p. 9. 
Tendo como referência as informações acima e a leitura do livro-base Literatura 
Brasileira sobre a obra Macunaíma, de Mário de Andrade, leia as afirmativas abaixo e 
assinaleV para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas 
I. ( ) O “herói sem nenhum caráter”, Macunaíma, nasce indígena e negro, depois se 
transforma em homem louro de olhos azuis. Desde criança, na tribo, revela-se 
preguiçoso, malicioso e espertalhão. 
II. ( ) Segundo Mário de Andrade, Macunaíma é mais uma “rapsódia” do que um 
romance. 
III. ( ) Macunaíma é um herói que, partindo do Amazonas em direção a São Paulo, salva 
o Brasil das interferências europeias. 
IV. ( ) O romance usa recursos de linguagem humorística, misturados a elementos 
trazidos de mitos, fábulas e lendas e a registros da língua oral. 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A V – V – V – F 
 
B F – V – V – V 
 
C V – V – F – V 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e IV são verdadeiras porque a personagem 
passa pela metamorfose descrita na afirmativa; porque o autor 
considera o livro uma rapsódia, que segundo ele é uma soma de 
temas tirados das histórias populares levados para a literatura por 
um escritor culto; porque “mistura lendas e expressões de 
diferentes partes do país em uma mesma história, saturando-a de 
elementos contraditórios, com o fim de destacá-los de sua 
realidade etnográfica. Do ponto de vista da influência estrangeira, 
embora tenha se baseado em pesquisas europeias e, até mesmo, 
tirado seu personagem de uma dessas fontes, o tom parodístico 
leva-o, segundo a autora francesa Pascale Casanova (2002, p. 
348), a ‘uma postura dupla muito refinada: enquanto reúne e 
enobrece explicitamente um patrimônio cultural até então 
monopolizado pela etnologia, adota um tom irônico e parodístico 
que, em um modo literário, denega e sabota os fundamentos do 
empreendimento’” (livro-base, p. 187 e 188). A afirmativa III é 
falsa, pois o livro, entre outros aspectos, faz uma paródia da 
história do Brasil ao mesmo tempo uma afirmação da 
“estabilização de uma consciência criadora nacional” (livro-base, 
p. 189). 
 
D F – V – F – V 
 
E F – F – V – V 
 
Questão 5/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir 
“A nossa literatura colonial manteve aqui tão viva quanto lhe era possível a tradição 
literária portuguesa. Submissa a esta e repetindo-lhe as manifestações, embora sem 
nenhuma excelência e antes inferiormente, animou-a todavia desde o princípio o 
nativo sentimento de apego à terra e afeto às suas coisas. Ainda sem propósito 
acabaria este sentimento por determinar manifestações literárias que em estilo diverso 
do da metrópole viessem a exprimir um gênio nacional que paulatinamente se 
diferenciava”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000116.pdf>. Acesso em: 22 ago. 
2017. 
 
A delimitação do momento inaugural da nossa literatura foi e é um problema para os 
historiadores da literatura brasileira. Galho secundário da literatura universal, como 
disse um crítico, o primeiro passo dado por nossos escritores foi o de tentar se 
distinguirem de nossos colonizadores. Algo ainda insuficiente, no entanto, para 
estabelecer uma literatura nacional. Considerando a citação acima e os conteúdos do 
livro-base Literatura Brasileira, entre os problemas que dificultam a definição do 
marco inicial da literatura brasileira está: 
 
Nota: 10.0 
 
A o hábito dos autores do período escreverem textos 
religiosos, gramáticas, em vez de textos literários. 
 
B a censura de Portugal, que impedia que os temas nacionais 
aparecessem nos textos de autores brasileiros. 
 
C a ausência de um sistema literário em território brasileiro, 
que articulasse autor, obra e leitor, estabelecendo um 
sistema simbólico. 
Você acertou! 
O problema de delimitar a origem de nossa literatura não está 
simplesmente na produção de obras em nosso território. Isso não 
é suficiente para estabelecer um sistema literário, como propõe 
Antonio Candido. A ideia de um sistema literário é de um “sistema 
de obras ligadas por denominadores comuns, que permitem 
reconhecer as notas dominantes duma fase. [...] Entre eles se 
distinguem: a existência de um conjunto de produtores literários 
[...]; um conjunto de receptores [...]; um mecanismo transmissor; 
[...] O conjunto dos três elementos dá lugar a um tipo de 
comunicação inter-humana, a literatura, que aparece, sob este 
ângulo, como sistema simbólico” (livro-base, p. 16-17). Assim, a 
dificuldade não está nos gêneros escritos, nem nos temas 
desenvolvidos por nossos autores, mas por uma falta de vida 
espiritual que fizesse circular as obras e seu material simbólico 
(livro-base, p. 16). 
 
D a limitação dos temas literários, voltados para a transmissão 
dos acontecimentos locais por meio de crônicas. 
 
E a produção de textos alegóricos que impedem a 
manifestação dos temas locais e a diferenciação com a 
literatura de Portugal. 
 
Questão 6/10 - Literatura Brasileira 
Leia a passagem abaixo: 
“Pelo hábito de frequentar a igreja tomara conhecimento e travara estreita amizade com 
um pequeno sacristão que, digamos de passagem, era tão boa peça como ele; apenas 
se encontravam limitavam-se a trocar olhares significativos enquanto o amigo andava 
ocupado no serviço da igreja; assim porém que se acabavam as missas, e que saíam 
as verdadeiras beatas, reuniam-se os dois, e começavam a contar suas diabruras mais 
recentes, travando o plano de mil outras novas. Por complacência, ou antes por prova 
de decidida amizade, o companheiro confiava ao nosso gazeador um caniço, e faziam 
juntos o serviço e as maroteiras: a mais pequena que faziam era irem de altar em altar 
escorropichando todas as galhetas, o que lhes incendia mais o desejo de traquinar”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALMEIDA, Manuel A. de. Memórias de um sargento de milícias. Domínio Público, p. 32. < 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000235.pdf>. Acesso em 07 de ago. 2017. 
A passagem acima foi extraída do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de 
Manuel Antônio de Almeida. Romance de costumes, a obra trouxe para a ficção os 
ambientes mais populares do Rio de Janeiro e seus moradores, escolhendo como 
protagonistas os homens pobres, mas livres, do século XIX. Nesse romance é possível 
enxergar um modo de sociabilidade que Antonio Candido percebeu como estrutural 
daquela sociedade e da sociedade brasileira em geral. Considerando o fragmento de 
texto e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, Candido chamou esse tipo de 
sociabilidade de: 
Nota: 10.0 
 
A malandragem. 
Você acertou! 
“A grande contribuição desse romance de costumes está na 
aposta de ficcionalizar o mundo popular do Rio de Janeiro. [...] Ao 
enquadrar essa população sem eira nem beira, Memórias de um 
sargento de milícias revela certo tipo de sociabilidade local até 
então não percebida por Teixeira e Sousa ou Macedo e que 
Antonio Candido, a certa altura, denominou 
de malandragem (livro-base, p. 100-101). 
 
B marginal. 
 
C aristocrática. 
 
D convencional. 
 
E civilizatória. 
 
Questão 7/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto abaixo: 
“O convés, tanto na coberta como na tolda, apresentava o aspecto de um acampamento 
nômade. A marinhagem, entorpecida pelo trabalho, caíra numa sonolência profunda, 
espalhada por ali ao relento, numa desordem geral de ciganos que não escolhem 
terreno para repousar. Pouco lhe importavam o chão úmido, as correntes de ar, as 
constipações, o beribéri. Embaixo era maior o atravancamento. Macas de lona 
suspensas em varais de ferro, umas sobre outras, encardidas como panos de cozinha, 
oscilavam à luz moribunda e macilenta das lanternas. Imagine-se o porão de um navio 
mercante carregado de miséria. No intervalo das peças, na meia escuridão dos 
recôncavos moviam-se os corpos seminus, indistintos. Respiravam um odor 
nauseabundo de cárcere, um cheiro acre de suor humano diluído em urina e alcatrão. 
Negros, de boca aberta, roncavam profundamente,contorcendo-se na inconsciência do 
sono. Viam-se torsos nus abraçando o convés, aspectos indecorosos que a luz 
evidenciava cruelmente”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAMINHA, Adolfo. Bom crioulo. Domínio Público, p. 20. 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000052.pdf>. Acesso em: 28/07/2017. 
De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura 
Brasileira sobre o romance naturalista Bom crioulo (1898), de Adolfo Caminha (1867-
1897), é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A Além da temática homossexual, o romance denuncia os 
maus-tratos dispensados aos marinheiros engajados nas 
Forças Armadas Brasileiras. 
Você acertou! 
Esta é a alternativa correta porque o tema central de Bom crioulo é 
a relação homossexual entre Aleixo e Amaro, protetor e protegido. 
Comprovando a tese naturalista de que o meio influencia na 
formação do caráter e dos comportamentos, Adolfo Caminha 
procura demonstrar que a forma com que os marinheiros se 
encontravam a bordo da corveta beneficiou os comportamentos de 
Aleixo e Amaro. Além disso, denuncia os castigos físicos sofridos 
pelos marinheiros, como as chibatadas. A maioria dos marinheiros 
era negra, escravos ou ex-escravos (Livro-base, p. 131). As demais 
alternativas referem-se a outros romances, como o Cortiço, ou 
mencionam temáticas, personagens ou espaços que não dizem 
respeito aos do romance de Adolfo Caminha, como a periferia de 
Recife, Maria das Hortaliças ou o cortiço. 
 
B o romance revela as condições precárias de certa parcela 
da população nordestina e o mundo violento, sem lei nem 
rei, do qual as personagens fazem parte. 
 
C o cortiço, onde se passa o romance, é apresentado de tal 
forma que surge diante dos olhos do leitor como mais uma 
personagem do romance. 
 
D o romance apresenta a mulher independente, caracterizada 
na figura de Maria das Hortaliças. 
 
E além da temática homossexual, o romance retrata os 
problemas da periferia do Recife e as viagens de trem pelo 
interior do país. 
 
 
Questão 8/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto: 
“[...] a ideia de sistema literário implica que só se pode falar em literatura nacional 
quando as obras aí produzidas são também aí recebidas e fecundadas”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MORAES, Anita Martins Rodrigues de. A Literatura Brasileira sob a ótica de Antônio Cândido. Revista 
Itinerários, Araraquara, n. 30, p. 65-84, jan./jun. 2010. 
Considerando o fragmento do texto-base acima e as informações da Aula 1, 
Videoaula do Tema 2 – Contextualizando, da disciplina de Literatura Brasileira, 
assinale a alternativa que apresenta a tríade de elementos que formam um sistema 
literário, segundo Antônio Cândido: 
Nota: 0.0 
 
A Manifestações literárias, literatura propriamente dita e 
transformação literária. 
 
B Quem produz a obra, as condições para isso e o público 
leitor. 
Comentário: Esta é a alternativa correta, pois de acordo com os 
conteúdos da aula 1, “A ideia do sistema congrega esses três 
pontos: quem produz a obra, as condições para isso e o público 
leitor”. (Aula 1, Videoaula do Tema 2 – Contextualizando, 6’06). 
 
C Língua, temas e imagens partilhadas. 
 
D Articulação, elaboração e tradição literária. 
 
E Tratamento da linguagem, coesão nacional e compromisso 
cívico. 
 
Questão 9/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O pré-modernismo foi uma questão mal resolvida. O termo pré-modernismo foi criado 
por Alceu de Amoroso Lima, na Contribuição à história do modernismo [...] para referir-
se à produção literária do primeiro vintênio do século XX. A definição e a delimitação 
mais precisa do termo seria, entretanto, empreendida por Alfredo Bosi (1966), já na 
década de 1960, ao apontar os dois sentidos possíveis para a interpretação da literatura 
do período: 1. “dando ao prefixo ‘pré’ uma conotação meramente temporal de 
anterioridade’ 2. ‘dando ao mesmo elemento um sentido forte de precedência temática 
e formal em relação à literatura modernista’”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Sylvia H. T. de A. O pré-modernismo em São Paulo. Revista de Letras, v. 35, pp. 167-184, 1995, p. 
167. 
O pré-modernismo abrangeu um período literário compreendido entre 1902 e 1922. 
Nessa fase de transição coexistiram tendências opostas. Em grande medida, a literatura 
deu ênfase às questões da realidade nacional, com preocupações socioculturais. 
Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos do livro-base Literatura 
Brasileira, relacione os autores pré-modernistas abaixo às suas respectivas 
obras: 
1) Lima Barreto 
2) Euclides da Cunha 
3) Monteiro Lobato 
4) Graça Aranha 
( ) Clara dos Anjos 
( ) Canaã 
( ) Os sertões 
( ) Urupês 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A 1, 2, 3, 4 
 
B 1, 4, 2, 3 
Você acertou! 
1. Lima Barreto – Clara dos Anjos 
2. Graça Aranha – Canaã 
3. Euclides da Cunha – Os sertões 
4. Monteiro Lobato – Urupês 
As obras e seus respectivos autores foram trabalhados no item 
4.1 denominado O pré-modernismo e corresponde às páginas 
165 a 173 do livro-base. 
 
C 2, 3, 4, 1 
 
D 3, 2, 4, 1 
 
E 3, 1, 2, 4 
 
Questão 10/10 - Literatura Brasileira 
“A Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e 
janela, ouviam-se gemer os armadores enferrujados de uma rede e uma voz tísica e 
aflautada de mulher, cantar em falsete a ‘gentil Carolina era bela’, doutro lado da praça, 
uma preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio de 
sangue e coberto por uma nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e 
melancólico: ‘Fígado, rins e coração!’. Era uma vendedora de fatos de boi. As crianças 
nuas, com as perninhas tortas pelo costume de cavalgar as ilhargas maternas, as 
cabeças avermelhadas pelo sol, a pele crestada os ventrezinhos amarelentos e 
crescidos, corriam e guinchavam, empinando papagaios de papel. Um ou outro branco, 
levado pela necessidade de sair, atravessava a rua, suado vermelho afogueado, à 
sombra de um enorme chapéu-de-sol. Os cães, estendidos pelas calçadas, tinham uivos 
que pareciam gemidos humanos, movimentos irascíveis, mordiam o ar querendo morder 
os mosquitos. Ao longe, para as bandas de São Pantaleão, ouvia-se apregoar: ‘Arroz 
de Veneza! Mangas! Macajubas!’ Às esquinas, nas quitandas vazias, fermentava um 
cheiro acre de sabão da terra e aguardente”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AZEVEDO, A. de. O mulato. Domínio Público, p. 2. 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00023a.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017. 
A passagem acima reproduz parte do segundo parágrafo do romance O mulato, de 
Aluísio de Azevedo. Publicado no mesmo ano da edição em livro de Memórias póstumas 
de Brás Cubas, em 1881, foi um sucesso de público. Ligado à estética realista-
naturalista no Brasil, no trecho acima é possível perceber algumas das características 
centrais dessa escola, características que criam efeitos de objetividade e realismo 
buscados por essa escola literária. Considerando a passagem acima e os conteúdos do 
livro-base Literatura Brasileira, entre as características da estética realista-naturalista 
que ajudam a criar o efeito de objetividade e realismo temos: 
Nota: 10.0 
 
A a descrição e a redução das peripécias. 
Você acertou! 
Para produzir este efeito de objetividade os escritores da escola 
realista-naturalista procuravam descrever minuciosamente os 
espaços e ambientes em que suas personagens desenvolviam 
suas ações. Estas não deviam encobrir a representação objetiva 
do real, ou seja, a narração de muitas reviravoltas ou peripécias, 
base do melodrama e do folhetim, tende a chamar muita atenção 
e tirar o foco das condições de realidade em que as personagens 
estãopostas: “Em linhas gerais, a prosa buscava a representação 
de uma realidade em seus detalhes de modo a deslindar as 
vicissitudes da sociedade contemporânea. [...] O romance 
realista-naturalista [...] tende a diminuir o papel da peripécia e 
apostar mais nas descrições da realidade representada – prefere 
descrever a narrar [...]. O romance, no afã da busca pela 
objetividade pela realidade, aposta nos detalhes (livro-base, p. 
131, 132). O narrador intruso chama a atenção para si e para seu 
ponto de vista, expresso geralmente pela digressão. O narrador 
naturalista esconde-se atrás da narrativa. O fluxo de consciência 
leva o foco da história para os sentimentos e ideias do narrador e 
também não foi empregado pelos escritores naturalistas. 
 
B a narração e grande número de peripécias. 
 
C o narrador intruso e a digressão. 
 
D grande número de peripécias e a descrição. 
 
E redução das peripécias e fluxo de consciência. 
Questão 1/10 - Literatura Brasileira 
Leia os trechos do poema a seguir: 
“............................ 
Invejo o ourives quando escrevo: 
Imito o amor 
Com que ele, em ouro, o alto relevo 
Faz de uma flor. 
Imito-o. E, pois, nem de Carrara 
A pedra firo: 
O alvo cristal, a pedra rara, 
O ônix prefiro. 
............................ 
Porque o escrever – tanta perícia, 
Tanta requer, 
Que ofício tal… nem há notícia 
De outro qualquer. 
Assim procedo. Minha pena 
Segue esta norma, 
Por te servir, Deusa serena, 
Serena Forma!” 
Os versos acima são de 
Profissão de fé, de Olavo Bilac. Certamente é o poeta mais conhecido do 
Parnasianismo. Os escritores parnasianos em boa parte voltaram-se contra a poética 
romântica buscando em autores como Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antonio 
Gonzaga e Bocage modelos para seus versos. De acordo com os conteúdos abordados 
nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira, entre as características do 
Parnasianismo estão: 
Nota: 10.0 
 
A a melopeia, expansão da subjetividade, preferência pelas 
redondilhas e os octossílabos. 
 
B os versos livres, a ambiguidade, polissemia, ausência de 
rimas e uso de metáforas e alegorias. 
 
C a melopeia, fanopeia, palavras-valise, poemas visuais e 
abandono do sujeito lírico em prol da forma. 
 
D os versos decassílabos, cultismo e conceptismo, uso da 
alegoria, emprego da figuratização. 
 
E o descompromisso com a realidade, a objetividade, a 
exatidão das palavras e perfeição formal. 
Você acertou! 
Em reação à melopeia romântica intensificada na década anterior, 
os poetas parnasianos elaboram uma dicção em que a exatidão 
das palavras e o desenvolvimento claro das ideias são o princípio 
básico para a composição do poema. É por conta disso que os 
poetas parnasianos apostam em certas opções formais. Elege-se 
por exemplo o verso alexandrino [...] e desqualificam-se em 
grande medida, as redondilhas menores e maiores ou 
octossílabos e eneassílabos. [...] a principal preocupação dos 
parnasianos esteve sempre ligada à correção da linguagem, que 
está associada, por sua vez, à busca pela palavra exata e à 
aposta em uma linguagem culta, castiça” (Livro-base, p. 136-137). 
Por essas razões, estão incorretas as demais alternativas, já que 
a melopeia, o cultismo, versos livres entre outras características 
não eram próprias da escola parnasiana. 
 
Questão 2/10 - Literatura Brasileira 
Considere a seguinte citação: 
“Como o Brasil não passou por um período semelhante ao da Idade Média Europeia, os 
escritores se debruçaram sobre o indígena de modo a elaborar a figura de um herói e 
de um passado remoto”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KAVISKI, Everton; FUMANERI, Maria Luísa Carneiro. Literatura Brasileira: uma perspectiva histórica, 
Curitiba: Intersaberes, 2014, p. 80. 
Considerando a citação do livro-base e as informações da Aula 2, Videoaula do 
Tema 2 – Contextualizando, da disciplina de Literatura Brasileira, assinale a 
alternativa que apresenta a concepção de Indianismo no programa estético do 
romantismo brasileiro: 
Nota: 0.0 
 
A No Indianismo, a figura do indígena é secundária. O 
movimento ganha força somente pelos problemas de 
desnivelamento nas posições sociais. 
 
B Predominam-se, no Indianismo, as mitologias indígenas de 
outros países latino-americanos, sendo o contexto brasileiro 
menos explorado nas narrativas da época. 
 
C O indianismo não pertenceu à escola literária do 
Romantismo. Por essa razão, não possui características 
desse programa estético. 
 
D O Indianismo falhou no programa estético do romantismo 
porque os escritores não representavam, satisfatoriamente, 
o índio como elemento da identidade nacional. 
 
E O indianismo foi uma forma compensatória de encontrar um 
correspondente aos temas lendários e cavalheirescos da 
literatura romântica europeia. 
Comentário: Esta é a alternativa correta, pois de acordo com os 
conteúdos da aula 2, “O indianismo foi uma forma compensatória 
de encontrar um correspondente aos temas lendários e 
cavalheirescos da literatura romântica europeia”. (Aula 2, 
Videoaula do Tema 2 – Contextualizando, 15’34). 
 
Questão 3/10 - Literatura Brasileira 
Leia a passagem de texto: 
“O Realismo e o Naturalismo surgiram praticamente no mesmo período histórico, 
mantendo os mesmos princípios científicos, filosóficos e artísticos”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CRUZ, Gisele Thiel Della. Rota de aprendizagem da aula 3. O Realismo e Naturalismo no Brasil, Curitiba, 
Intersaberes, Slide 13. 
Considerando a passagem de texto acima e as informações da Aula 3, Videoaula do 
Tema 4 – Conceitualização, da disciplina de Literatura Brasileira, assinale a 
alternativa que indica as características da estética e da ambientação Realista e 
Naturalista Brasileira: 
Nota: 0.0 
 
A A estética era centralizada na narração dos antigos costumes 
europeus e a ambientação atrelava-se à realidade burguesa 
da época. 
 
B A estética contemporânea era predominante e o enfoque era, 
estritamente, na ambientação da realidade urbana. 
 
C A estética concentrou-se na narração de costumes 
contemporâneos e a ambientação esteve atrelada ao mundo 
urbano e ao mundo rural. 
Comentário: Esta é a alternativa correta, pois de acordo com os 
conteúdos da aula 3, “A estética realista-naturalista concentrou-se 
na narração de costumes contemporâneos, [...] na sequência, a 
ambientação esteve atrelada tanto ao mundo urbano, como em 
Casa de Pensão de Aluísio Azevedo, e ao mundo rural como em 
Dona Guidinha do Poço, de Oliveira Paiva”. (Aula 3, Videoaula do 
Tema 4 – Conceitualizando, 1’52). 
 
D A estética e a ambientação eram restritas aos costumes e a 
realidade rural. 
 
E Apesar de terem surgido no mesmo período histórico, a 
estética e a ambientação Naturalista e Realista não possuem 
características em comum. 
 
 
Questão 4/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“A grande noite do poeta seria, porém, a de 7 de setembro de 1868, quando recitou, 
com voz vibrante e, mais do que nunca, arrebatado de emoção, ‘Tragédia no mar’, que 
depois tomaria o nome de ‘O navio negreiro’. [...] O poema foi escrito para ser recitado 
em voz alta. [...] E é em voz alta que esse poema em seis movimentos, cada um deles 
a pedir uma inflexão diferente, trabalha em nós e nos comove e nos revolta”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Alberto Costa e. Castro Alves. São Paulo: Cia. das Letras, 2006, p. 98 (Coleção Perfis Brasileiros). 
E leia um fragmento de “O Navio Negreiro”: 
‘Stamos em pleno mar… Doudo no espaço 
Brinca o luar – dourada borboleta; 
E as vagas após ele correm… cansam 
Como turba de infantes inquieta. 
 
‘Stamos em pleno mar… Do firmamento 
Os astros saltam como espumas de ouro… 
O mar em troca acende as ardentias, 
– Constelações do líquido tesouro… 
 
..........................................................”.Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALVES, C. O navio negreiro. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: 
LEP, 1952, p. 795. 
Conhecido como poeta dos escravos, porque defendia a abolição da escravidão, Castro 
Alves difundiu seus versos em teatros, nas ruas e em salões literários ou íntimos. Suas 
apresentações provocavam forte impacto nos auditórios por que passava. 
Considerando os fragmentos de texto, o poema acima e os conteúdos do livro-base 
Literatura Brasileira, sobre a poesia de Castro Alves é correto afirmar que: 
Nota: 0.0 
 
A a obra de Castro Alves se desenvolveu por um grande 
período, e dividiu-se em três fases: amorosa, sacra e 
satírica. 
 
B o grande traço de sua poesia é o desalento, que 
transparece nos poemas em que critica a escravidão. 
 
C seus versos apresentam uma visão pessimista do futuro, o 
que explica a dureza e rigidez de seus versos. 
 
D a eloquência é o ponto forte de seu estilo, que expressa o 
entusiasmo com que via a experiência humana e a 
natureza. 
Esta alternativa está correta porque o “principal traço estilístico de 
sua obra (Castro Alves) é a eloquência verbal de sua poesia [que] 
deriva [...] do consórcio entre música e a poesia elaborada pelos 
poetas românticos anteriores e amplifica-se pelos problemas 
políticos do momento. [...] Castro Alves opunha à poesia do 
desalento, da geração de Álvares de Azevedo e Casimiro de 
Abreu, uma poesia nascida do ‘entusiasmo’ perante os dramas da 
vida humana e os espetáculos da natureza. É com sua obra [...] 
que essa poesia entusiasmada assume problemas sociais e 
políticos no calor da hora” (livro-base, p. 106, 108). As demais 
alternativas estão erradas porque Castro Alves morreu muito 
jovem, aos 24 anos, e sua poesia não foi classificada em fases; 
porque, como se viu, não havia traço de contenção ou melancolia 
em sua poesia, muito pelo contrário. 
 
E inconformado com a escravidão, Castro Alves escreveu uma 
obra melancólica, que o inseriu na segunda geração 
romântica. 
 
 
 
Questão 5/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto abaixo: 
“No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto 
e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando 
o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa 
criança é que chamaram de Macunaíma. 
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não 
falando. Si o incitavam a falar exclamava: 
– Ai! que preguiça!... 
e não dizia mais nada. 
Ficava no canto da maloca, trepado no jirau da paxiúba, espiando o trabalho dos outros 
e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força de 
homem. O divertimento dele era decepar cabeça de saúva. Vivia deitado mas si punha 
os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, M. Macunaíma. 26. ed. Rio de Janeiro/Belo Horizonte: Editoras Reunidas/ Vila Rica, 1990, p. 9. 
Tendo como referência as informações acima e a leitura do livro-base Literatura 
Brasileira sobre a obra Macunaíma, de Mário de Andrade, leia as afirmativas abaixo e 
assinale V para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas 
I. ( ) O “herói sem nenhum caráter”, Macunaíma, nasce indígena e negro, depois se 
transforma em homem louro de olhos azuis. Desde criança, na tribo, revela-se 
preguiçoso, malicioso e espertalhão. 
II. ( ) Segundo Mário de Andrade, Macunaíma é mais uma “rapsódia” do que um 
romance. 
III. ( ) Macunaíma é um herói que, partindo do Amazonas em direção a São Paulo, salva 
o Brasil das interferências europeias. 
IV. ( ) O romance usa recursos de linguagem humorística, misturados a elementos 
trazidos de mitos, fábulas e lendas e a registros da língua oral. 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 0.0 
 
A V – V – V – F 
 
B F – V – V – V 
 
C V – V – F – V 
As afirmativas I, II e IV são verdadeiras porque a personagem 
passa pela metamorfose descrita na afirmativa; porque o autor 
considera o livro uma rapsódia, que segundo ele é uma soma de 
temas tirados das histórias populares levados para a literatura por 
um escritor culto; porque “mistura lendas e expressões de 
diferentes partes do país em uma mesma história, saturando-a de 
elementos contraditórios, com o fim de destacá-los de sua 
realidade etnográfica. Do ponto de vista da influência estrangeira, 
embora tenha se baseado em pesquisas europeias e, até mesmo, 
tirado seu personagem de uma dessas fontes, o tom parodístico 
leva-o, segundo a autora francesa Pascale Casanova (2002, p. 
348), a ‘uma postura dupla muito refinada: enquanto reúne e 
enobrece explicitamente um patrimônio cultural até então 
monopolizado pela etnologia, adota um tom irônico e parodístico 
que, em um modo literário, denega e sabota os fundamentos do 
empreendimento’” (livro-base, p. 187 e 188). A afirmativa III é 
falsa, pois o livro, entre outros aspectos, faz uma paródia da 
história do Brasil ao mesmo tempo uma afirmação da 
“estabilização de uma consciência criadora nacional” (livro-base, 
p. 189). 
 
D F – V – F – V 
 
E F – F – V – V 
 
Questão 6/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto abaixo: 
“- Nonada. Tiros que o senhor ouviu não foram de briga de homem não, Deus esteja. 
[...] 
Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que 
têm certas coisas passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares. O que eu 
falei foi exato? Foi. Mas teria sido? Agora, acho que nem não. São tantas horas de 
pessoas, tantas horas de pessoas, tantas coisas em tantos tempos, tudo miúdo 
recruzado. Se eu fosse filho de mais ação, e menos ideia, isso sim, tinha escapulido, 
calado, no estar da noite, varava dez léguas, madrugava, me escondia do largo do sol, 
varava mais dez, encostava no São Francisco bem de frente da Januária, passava, 
chegava em terra cidadã, estava no pique”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Rosa, João Guimarães. Grande sertão: veredas. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio,1958, p. 175 et 
passim. 
O trecho acima foi extraído do romance Grande Sertão: Veredas, do escritor nascido 
em Cordisburgo João Guimarães Rosa. Este livro faz parte da nova narrativa moderna, 
ou seja, compõe o grupo de obras que consolidou a experiência modernista brasileira. 
Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, em 
relação à obra e à narrativa de O grande sertão: veredas, leia as afirmativas a seguir e 
assinale V para as verdadeiras e F para as falsas: 
I. ( ) Esse romance simula a narração oral por meio da história de Riobaldo, ex-jagunço, 
agora estabelecido proprietário de terras. 
II. ( ) Há na narrativa a história de um amor “antinatural” por um homem, Diadorim, 
jagunço filho do grande líder Joca Ramiro. 
III. ( ) Por causa do pacto com o diabo, Riobaldo perde suas terras, fica na miséria e 
acaba preso por causa dos crimes que cometeu quando era jagunço. 
IV. ( ) Riobaldo deseja descobrir, ao narrar, se o diabo existe – visto que, se existisse, 
sua alma estaria condenada em virtude de um pacto que teria feito para matar 
Hermógenes. 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 0.0 
 
A V – F – V – V 
 
B V – V – F – V 
As afirmativas I, II e IV são verdadeiras, pois Riobaldo narra a 
história simulando uma conversa com um interlocutor, cujas 
marcas estão presentes a todo momento no romance, como pode 
se ler no fragmento acima; Riobaldo tem por Diadorim um amor 
que o atrai e o confunde por este ser – até onde ele sabe – um 
homem como ele; e de fato a grande questão do narrador do 
romance é saber se o diabo existe ou não uma vez que Riobaldo 
fez um pacto com ele. A afirmativa III é falsa, pois Riobaldo de 
jagunço vira proprietário, que é a condição queele está quando 
narra a história, tampouco foi preso pelos crimes cometidos 
durante os anos de jagunçagem: “Ainda do ponto de vista da 
interpretação do papel social de Riobaldo (de semiletrado 
marginalizado e jagunço e, posteriormente, proprietário), é 
interessante notar que a narrativa é uma busca de justificação 
exigida também pela culpa por seus atos criminosos [...]” (livro-
base, p. 232-233). 
A morte de Diadorim é a grande dor de Riobaldo. É apenas nesse 
momento que ele, o narrador, descobre que se tratava de uma 
mulher, a filha do jagunço Joca Ramiro (p. 132-134). 
 
C V – V – V – F 
 
D F – V – F – V 
 
E F – F – V – V 
 
Questão 7/10 - Literatura Brasileira 
Leia os fragmentos do poema abaixo: 
 I 
“No meio das tabas de amenos verdores, 
Cercadas de troncos – cobertos de flores, 
Alteiam-se os tetos d’altiva nação; 
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, 
Temíveis na guerra, que em densas coortes 
Assombram das matas a imensa extensão.” 
........................................................................... 
 IV 
“Meu canto de morte, 
Guerreiros, ouvi: 
Sou filho das selvas, 
Nas selvas cresci; 
Guerreiros, descendo 
Da tribo tupi. 
Da tribo pujante, 
Que agora anda errante 
Por fado inconstante, 
Guerreiros, nasci;” 
.................................... 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 
1952. p. 130-131. 
Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o 
poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia imitativa. 
Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é 
correto afirmar que harmonia imitativa: 
Nota: 0.0 
 
A é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, 
forma de o ritmo mimetizar os episódios relatados no poema. 
Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no 
poema de Gonçalves Dias, é justamente essa técnica que busca 
conciliar a forma como se conta com o que se conta “Trata-se da 
técnica que se convencionou chamar de harmonia imitativa. O ritmo 
mimetiza os episódios do canto. Para cada parte há um tipo de 
metrificação diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteúdo” 
(Livro-base, p. 86). As demais alternativas estão erradas porque não se 
trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser 
obtido em qualquer formato. (p. 85) 
 
B é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de 
quatro a seis versos, com cinco ou sete sílabas. 
 
C é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma 
palavra se tornam foneticamente semelhantes a outra vogal da 
mesma palavra. 
 
D é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 
versos, formados por duas estrofes de quatro versos e duas de 
três. 
 
E é o efeito que se obtém em 
composições poéticas populares antigas, acompanhadas ou não 
de música. 
 
Questão 8/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de poema abaixo: 
“Vozes veladas, veludosas vozes 
Volúpia dos violões, vozes veladas 
Vagam nos velhos vórtices velozes 
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas 
...........................................................”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CRUZ e SOUSA, J. Violões que choram. In: CRUZ E SOUZA, J. Obra completa. Rio de Janeiro: José 
Aguilar, 1961. p. 124. 
A poesia do poeta catarinense Cruz e Souza faz parte do cânone simbolista nacional. 
Esse movimento estético buscou reagir à objetividade em arte que fundamentava tanto 
o parnasianismo como o realismo-naturalismo. Considerando os versos acima e os 
conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre o simbolismo, é correto afirmar que: 
Nota: 0.0 
 
A os simbolistas buscaram tanto prosa quanto na poesia 
representar a realidade da forma mais exata possível. 
 
B os simbolistas procuraram por meio do uso de metáforas e 
outras figuras de linguagem representar o que se passava 
em seu mundo interior. 
A alternativa b está correta, porque os simbolistas buscavam uma 
“linguagem sugestiva [...] que fundiu a palavra, a imagem e a 
sonoridade. Daí o símbolo ser o recurso por excelência utilizado 
pelos poetas desse movimento. ‘O símbolo significaria a tentativa 
de representar [...] por meio de metáforas polivalentes todo o 
conteúdo vago e multitudinário do mundo interior do poeta’” (livro-
base, p. 147). As demais alternativas são inválidas pois os 
simbolistas não visavam à representação exata da realidade; nem 
manifestavam engajamento político em seus versos, nem usavam 
uma linguagem literal, muito pelo contrário; tampouco buscavam 
elaborar explicações detalhadas de objetos do mundo (livro-base, 
p. 141-147). 
 
C entre as principais características dos poetas simbolistas 
estava o engajamento político, que se manifestava em seus 
versos. 
 
D os simbolistas empregavam uma linguagem literal, concisa, 
de modo a representar fielmente os traços do meio rural. 
 
E a paráfrase era um dos recursos retóricos mais empregados 
pelos simbolistas, pois prezavam a explicação detalhada 
dos objetos do mundo. 
 
Questão 9/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Neste sentido, também a primeira literatura dos descobrimentos, com seu tom 
grandiloquente, é literatura barroca Como também o é, em bloco, a literatura dos 
jesuítas: não só por sua temática contrarreformista, por sua concepção trágica da vida 
e do pecado, mas também por sua forma”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda 
Editores, 2004, p. 98. 
O barroco no Brasil sofreu um processo de aclimatação, que se caracterizou por meio 
dos ajustes que os escritores da colônia procederam em relação às convenções 
literárias europeias. Esses ajustes se deram tanto no plano estilístico quanto no plano 
ideológico, que podem ser resumidos em dois conceitos. Considerando o fragmento 
acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que esses 
dois conceitos são: 
Nota: 0.0 
 
A visão laica e visão alegórica. 
 
B visão literária e visão transfiguradora. 
 
C visão religiosa e visão reformista. 
 
D visão religiosa e visão transfiguradora. 
“O ajuste que as convenções literárias da Europa sofreram ao 
serem utilizadas pelos escritores coloniais estabeleceu alguns 
traços estilísticos e ideológicos que caracterizaram a produção 
dos primeiros séculos de colonização portuguesa no Brasil. Esses 
traços estão sintetizados nos conceitos denominados visão 
religiosa e visão transfiguradora” (livro-base, p. 41). As demais 
visões citadas (literária, alegórica, reformista) não são 
denominações empregadas no livro-base como conceitos que 
sintetizam esses traços da literatura barroca no Brasil. 
 
E visão reformista e visão alegórica. 
 
Questão 10/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir 
“De noite, no dia seguinte, em toda aquela semana pensei o menos que pude nos cinco 
contos, e até confesso que os deixei muito quietinhos na gaveta da secretária. Gostava 
de falar de todas as coisas, menos de dinheiro, e principalmente de dinheiro achado; 
todavia não era crime achar dinheiro, era uma felicidade, um bom acaso, era talvez um 
lance da Providência. Não podia ser outra coisa. Não se perdem cinco contos, como se 
perde um lenço de tabaco. Cinco contos levam-se com trinta mil sentidos, apalpam-se 
a miúdo, não se lhes tiram os olhos de cima, nem as mãos, nem o pensamento, e para 
se perderem assim totalmente, numa praia, é necessário que... Crime é que não podia 
ser o achado; nem crime, nem desonra, nem nada que embaciasse o caráter de um 
homem. Era um achado, um acerto feliz, como a sortegrande, como as apostas de 
cavalo, como os ganhos de um jogo honesto e até direi que a minha felicidade era 
merecida, porque eu não me sentia mau, nem indigno dos benefícios da Providência. 
Nesse mesmo dia levei-os ao Banco do Brasil. Lá me receberam com muitas e delicadas 
alusões ao caso da meia dobra, cuja notícia andava já espalhada entre as pessoas do 
meu conhecimento; respondi enfadado que a coisa não valia a pena de tamanho 
estrondo; louvaram-me então a modéstia, — e porque eu me encolerizasse, replicaram-
me que era simplesmente grande”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000167.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2017. 
O fragmento acima do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas corresponde à noite 
posterior ao achado do embrulho contendo 5 mil réis. Brás Cubas encontra-o na praia e 
acaba ficando com ele, como se lê acima. Alguns capítulos atrás tinha acontecido algo 
semelhante: Cubas havia topado com uma moeda de ouro e a encaminhado ao 
delegado para que este a devolvesse ao dono. Mas os 5 mil réis, valor muito superior, 
ele não devolveu. No final do episódio fica com o dinheiro e com a fama de grande 
homem. Os fatos e a forma de contar esses episódios expressam a complexidade da 
narrativa machadiana. Essa passagem remete ao que Antonio Candido em “Esquema 
de Machado de Assis” diz da modernidade da obra machadiana. Considerando o 
fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre o romance 
de Machado, entre as técnicas machadianas que revelam sua modernidade, segundo 
Candido, está... 
Nota: 0.0 
 
A a capacidade de mostrar ao leitor sem contradições ou ironia a 
realidade das relações sociais do Rio de Janeiro do século XIX, 
distinguindo claramente o protagonista de seu antagonista. 
 
B a habilidade em detalhar os ambientes e os espaços 
romanescos de modo a expressar como num inventário 
todas as particularidades da sociedade de seu tempo. 
 
C a capacidade em expressar coisas espantosas da forma 
mais suave possível, fazendo uso da ironia, de forma a fazer 
com que algo excepcional pareça normal e vice-versa. 
Segundo Antonio Candido, mencionado no livro-base, a técnica 
de Machado de Assis “consiste essencialmente em sugerir as 
coisas mais tremendas da maneira mais cândida (como os 
ironistas do século XVIII); ou em estabelecer um contraste entre a 
normalidade social dos fatos e a sua anormalidade essencial; ou 
em sugerir, sob aparência do contrário, que o ato excepcional é 
normal, e anormal seria o ato corriqueiro. Aí está o motivo da sua 
modernidade, apesar de seu arcaísmo de superfície” (livro-base, 
p. 114) As demais alternativas estão erradas porque a ironia está 
no centro da “poética” machadiana; porque a ideia de escrever de 
modo realista à semelhança de um inventário é contrária ao estilo 
de Machado, que usou essa mesma imagem (do inventário) para 
criticar o realismo de Eça de Queiroz; porque as características 
psicológicas das personagens de Machado não são elaboradas 
pelas teorias darwinistas ou deterministas que influenciaram 
escritores como Aluísio Azevedo, entre outros; porque apesar da 
vontade de elaborar uma literatura nacional não estivesse fora 
dos horizontes de Machado, ele jamais empregou linguagem 
transparente ou grandiloquente, uma vez que empregou a ironia. 
 
D a habilidade em elaborar a psicologia e os caracteres das 
personagens de acordo com as determinações do espaço e 
da raça às quais elas pertencem. 
 
E a vontade de elaborar uma literatura nacional por meio da 
criação de personagens alegóricos, expressos em uma 
linguagem transparente e grandiloquente. 
 
 
 
 
Questão 1/10 - Literatura Brasileira 
Leia a citação a seguir: 
“Policarpo, você precisa tomar juízo. Um homem de idade, com posição, respeitável, 
como você é, andar metido com esse seresteiro, um quase capadócio – não é bonito! O 
major descansou o chapéu-de-sol – um antigo chapéu-de-sol com a haste inteiramente 
de madeira, e um cabo de volta, incrustado de pequenos losangos de madrepérola – e 
respondeu: – Mas você está muito enganada, mana. É preconceito supor-se que todo o 
homem que toca violão é um desclassificado. A modinha é a mais genuína expressão 
da poesia nacional e o violão é o instrumento que ela pede. Nós é que temos 
abandonado o gênero, mas ele já esteve em honra, em Lisboa, no século passado, com 
o Padre Caldas que teve um auditório de fidalgas. Beckford, um inglês, muito o elogia. 
– Mas isso foi em outro tempo, agora...” 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. In: Domínio Público, p. 2. 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000013.pdf>.Acesso em: 13 ago. 2017. 
Triste Fim de Policarpo Quaresma é talvez a obra mais conhecida de Lima Barreto 
(1881–1922), um dos escritores da chamada escola pré-modernista. O protagonista do 
romance, que se passa no Rio de Janeiro, é um nacionalista, cujo radicalismo serve 
para Barreto projetar sua visão crítica da sociedade da época. Tendo como referência 
as informações acima e a leitura do livro-base Literatura Brasileira, leia as afirmativas 
a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas. 
I. ( ) O estilo de Lima Barreto é marcado por uma linguagem mais simples, menos 
ornamentada, avessa ao tom bacharelesco. 
II. ( ) Em Triste fim de Policarpo Quaresma, além de tratar da efusão ultranacionalista 
do personagem-título, Lima Barreto retrata as características da vida fluminense de seu 
tempo. 
III. ( ) Triste fim de Policarpo Quaresma (1911), Recordações do escrivão Isaías 
Caminha (1909) e Clara dos Anjos (1948, póstumo) são romances de Lima Barreto. 
IV. ( ) Lima Barreto, assim como Machado de Assis, excluiu de sua obra temas como o 
racismo e a dominação social, preferindo escrever crônicas de costumes. 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A V– F– V– V 
 
B F– V– V– V 
 
C V– V– V– F 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e III são verdadeiras porque Barreto era avesso 
ao tom bacharelesco, o qual parodia em vários momentos no 
romance Triste fim de Policarpo Quaresma; porque os hábitos, a 
cultura e as relações sociais do Rio de Janeiro são retratados no 
romance, como pode se ver na menção que faz ao uso do violão 
no fragmento acima e à visão que se tinha daqueles que tocavam 
esse instrumento no começo do século XX; porque os romances 
mencionados são todos de autoria de Lima Barreto. A afirmativa IV 
é falsa, pois a questão do racismo e da dominação social estão 
presentes em sua obra. A obra de Barreto é “considerada ainda 
hoje como uma das mais singulares crônicas da vida fluminense. 
Aproxima-se da crônica, até mesmo no desapego a uma 
linguagem excessivamente adornada e de tom bacharelesco, 
típica de muitos escritores da época [...]” (livro-base, p. 168). Lima 
Barreto “destrincha a crueldade do racismo e da dominação social 
exercida pelos mais poderosos sobre os mais fracos” (livro-base, 
p. 169) 
 
D F– V– F– V 
 
E F– F– V– V 
 
Questão 2/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“D. Glória não conhecia S. Bernardo, e essa ignorância me ofendeu, porque para mim 
S. Bernardo era o lugar mais importante do mundo. 
— Uma boa fazenda! Não há lá essa água podre que se bebe por aí. Lama. Não 
senhora, há conforto, há higiene. 
Glória retificou a espinha, ergueu a voz e desfez o ar apoucado: 
— Não me dou. Nasci na cidade, criei-me na cidade. Saindo daí, sou como peixe fora 
da água. Tanto que estive cavando transferência para um grupo na capital. Mas é 
preciso muito pistolão. Promessas... 
— Ah! É professora? 
— Não. Professora é minha sobrinha. 
— Aquela moça que estava com a senhora em casa do dr. Magalhães? 
— Sim. 
— E como é a graça de sua sobrinha, d. Glória? 
— Madalena. Veja o senhor. Fez um curso brilhante... 
[...] 
Essa conversa,

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