10 Dicas para Trabalhar com Alunos Autistas em Aulas de Educação Física

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Se você está procurando atender seus alunos em 
suas aulas de educação física e se sente inseguro 
realizando atividades direcionadas a um 
determinado aluno que se encontra dentro do 
transtorno do espectro autismo, saiba que é 
necessário fazer uma checagem antes de iniciar as 
atividades, para não ter surpresas ou esquecer 
alguma informação importante, visando atingir os 
seus objetivos. 
 
Pensando nisso, escrevi este e-book, com 10 dicas 
de como trabalhar com alunos autistas que você 
precisa conhecer e aplicar nas suas aulas.  
 
Siga estas dicas e tenha mais sucesso nas suas 
aulas: 
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1. Pedir a família um relatório dos interesses, 
preferências e coisas que causam desagrado a 
cada criança; 
2. Utilizar preferências e materiais de agrado para 
a criança na aula e no pátio, para estabelecer 
um vínculo com a escola e as pessoas do 
ambiente escolar; 
3. Trabalhar por períodos curtos (de cinco a dez 
minutos) em atividades de complexidade 
crescente, incorporando gradativamente mais 
materiais, pessoas ou objetivos; 
4. Falar pouco, somente as palavras mais 
importantes; 
5. Utilizar gestos simples e imagens para apoiar o 
que é falado e permitir a compreensão; 
6. Desenvolver rotinas que a criança possa 
predizer ou antecipar; 
7. Estimular a participação em tarefas de arrumar 
a sala, ajudar a entregar os materiais às outras 
crianças, etc.; 
8. Respeitar a necessidade de a criança estar 
sozinha, por momentos, de caminhar ou dar 
saltos ou até, simplesmente, perambular para 
se acalmar; 
9. Evitar falar bastante, muito alto e, também, 
toda a situação que envolva muito estímulo; e 
10. Perguntar sempre como foi a sua tarde ou o 
seu dia anterior. Como foi a qualidade do sono 
e se houve alguma alteração na rotina, para se 
antecipar aos estados emocionais de 
ansiedade.  
 
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1.  
Pedir a família um relatório 
dos interesses, preferências 
e coisas que causam desagrado 
a cada criança: 
 
Esta é uma maneira de identificar as possibilidades 
de atividades que poderá ser planejada em suas 
aulas, a partir de um a preferência já apontada, 
poderão facilitar as primeiras aulas e o acolhimento 
do aluno na turma. 
Escolher bem as atividades iniciais requererá uma 
atenção maior dos alunos com transtorno do 
espectro autismo, para que as conquistas nas 
primeiras aulas possam trazer maior atenção e 
dedicação desses alunos nas tarefas. 
Antes de iniciar as primeiras atividades procure 
atender a demanda das preferências dos alunos, e 
trazer consigo atividades direcionadas para o seu 
objetivo. 
 
 
 
   
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2. 
Utilizar preferências e materiais 
de agrado para a criança na aula 
e no pátio, para estabelecer 
um vínculo com a escola 
e as pessoas do ambiente escolar 
 
Procure identificar o que mais atrai os seus alunos na 
aula! 
A partir do marco de uma preferência pessoal do 
aluno, faz-se necessário compreender o que foi 
considerado atraente no ambiente escolar ou no 
ambiente em que a atividade esteja desenvolvida, 
como parque aquático, academias, etc... 
Estes materiais serão essenciais para proporcionar 
maior atração às atividades de suas aulas e, 
conseqüentemente, tornarem-se fundamentais para 
agregar aos objetivos propostos. 
Entendeu? 
Agora, é direcionar suas aulas de acordo com os 
gostos dos seus alunos. 
 
   
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3. 
Trabalhar por períodos curtos, 
de cinco a dez minutos, 
em atividades de complexidade 
crescente, incorporando, 
gradativamente, mais materiais, 
mais pessoas ou objetivos. 
 
Entender que os alunos com transtorno do espectro 
autismo não conseguem processar atividades longas 
e de tarefas complexas é fundamental para que suas 
aulas possam ter fluidez e direcionamento. 
Você deve sempre buscar em tarefas simples, para 
atração dos alunos e, na medida em que dominem a 
tarefa, podem ser inseridas novas tarefas, que 
complementem o trabalho e o objetivo propostos. 
Com isso, os alunos tendem a compreender melhor 
as tarefas, conseguem adquirir autonomia e buscar 
maiores conhecimentos, de acordo com o 
planejamento pedagógico da turma. 
Como sugestão, procure estar inserindo atividades 
de maneira crescente, sempre do mais fácil para o 
mais difícil. 
 
   
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4. 
Falar pouco, 
somente as palavras 
mais importantes: 
 
Geralmente, o autista não processa muita 
informação ao mesmo tempo. 
Para isso, procure utilizar poucas palavras e de fácil 
entendimento para os alunos, assim sendo, para uma 
maior compreensão das tarefas, faz-se necessário 
apontar de forma clara e simples o que deseja no seu 
cumprimento. 
Alguns alunos com autismo tendem a assimilar o 
aprendizado de maneira verbal, tátil e visual. 
Contudo, deve ser utilizado sempre de maneira que 
o campo de atenção do aluno esteja voltado para o 
professor. 
 
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5. 
Utilizar gestos simples 
e imagens para apoiar 
o que é falado e permitir 
a compreensão: 
 
As ações tomadas pelo professor nas aulas devem 
ser conduzidas, através de gestos simples, para que 
possam ser assimiladas a partir do que foi 
apresentado de maneira oral, além disso, criar 
imagens também pode dar o suporte para o aluno no 
entendimento da tarefa. 
Você pode reproduzir os gestos das tarefas, através 
do que chamamos “ponte”. A “ponte” é um aluno 
que tenha o domínio dessas tarefas, pois este tende 
a contribuir nas aulas como a ligação das atividades 
para o aluno com autismo. 
Caso utilize as imagens, verifique a relação do que 
vai ser estabelecido com as tarefas a serem exigidas. 
Assim, fica facilitada a identificação e compreensão 
do exercício pelo aluno. 
 
   
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6. 
Desenvolver rotinas 
onde a criança possa 
predizer ou antecipar: 
 
O aluno com autismo precisa obter autonomia das 
atividades. 
De um modo geral, os alunos com autismo tendem a 
ter rotinas. Percebido este momento, pode oferecer 
uma rotina interessante para as suas aulas. 
Trabalhar a autonomia do aluno no desenvolvimento 
destas rotinas.  
Assim, as aulas podem ter o sentido de início, meio e 
fim, sem que tenha prejuízos na condução das 
tarefas, e transferir as atividades de maneira 
coordenada e direcionada. 
As rotinas devem ser sugeridas desde o início da 
chegada do aluno no ambiente de aprendizado, pois 
contribuirá para o entendimento do local em que se 
encontra e o que deverá ser realizado no período do 
de interação com a turma. 
 
 
 
 
 
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7. 
Estimular a participação 
em tarefas de arrumar a sala, 
ajudar a entregar os materiais 
às outras crianças, etc: 
 
O cooperativismo ajuda a construir o ser humano 
como um todo, e não distante disso o aluno com 
autismo se sente mais seguro, quando contribui com 
os outros nas tarefas. Assim, promover a 
solidariedade entre os alunos e o professor é 
fundamental para o enriquecimento das aulas. 
Uma maneira eficiente de se utilizar de tarefas que 
consistem na colaboração entre todos da turma, seja 
de maneira individual ou no grupo, favorece os 
alunos com autismo na socialização. 
Procure distribuir tarefas nos grupos que possam 
estar ajudando uns aos outros e ao desenvolvimento 
da aula, tornando assim, tudo mais dinâmico. Ainda 
importante é valorizar as diferenças e 
potencialidades, pois cada aluno tem uma 
característica, isto dará oportunidade a todos para 
que sejam vistos de maneira única. 
 
 
   
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8. 
Respeitar a necessidade 
de estarem um momento sozinho, 
de caminhar ou dar saltos 
ou simplesmente perambular 
para se acalmar: 
 
A individualidade de cada aluno tem que ser 
respeitada, pois cada um tem sua maneira única a 
ser trabalhado. Mesmo que, as atividades em grupo 
devem ser realizadas, favorecendo a socialização do 
aluno com autismo, a individualidade tem que ser 
considerada. 
E os alunos com autismo, dentro de suas 
características, principalmente quando apresentam 
as estereotipias (qualquer comportamento motor, 
verbal ou emocional que acontece de maneira 
repetitiva e sem motivo aparente para quem 
observa), estão sempre procurando buscar o 
equilíbrio. Isso é importante,para que se possa dar 
continuidade nas aulas. 
Uma maneira interessante que pode ser utilizada é 
dar um prêmio, após uma atividade, quando o aluno 
consegue atingir o equilíbrio e voltar a se organizar. 
Ou seja, ao retornar para as tarefas proporcionadas 
pelo professor. 
   
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9. 
Evitem falar demaziadamente, 
muito alto e criar situações 
que envolvam muito estímulo: 
 
Algumas pessoas dentro transtorno de espectro 
autista podem apresentar uma hipersensibilidade 
auditiva. Isto acomete um incomodo nos alunos, 
podendo ser percebidos, quando diversos estímulos 
acontecem ao mesmo tempo no ambiente em que se 
encontra. 
Para facilitar, procure diminuir o tom de voz e tornar 
o ambiente o mais agradável possível, assim 
favorecendo ao aluno um acolhimento do ambiente. 
Este espaço trará conforto para as suas aulas 
ocorrerem de forma equilibrada e segura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. 
Pergunte sempre como 
foi a tarde ou o dia anterior, 
a qualidade do sono 
ou se houve alguma alteração 
na rotina, para se antecipar 
a estados emocionais 
de ansiedade: 
 
A ansiedade é apontada como uma das 
características de pessoas com autismo. Diante 
disso, busquem se certificar de como se encontra o 
estado emocional do aluno. 
É fundamental colher o maior número possível de 
informações sobre o seu aluno. Assim você estará 
antecipando qualquer necessidade que, porventura, 
possa ocorrer nas aulas, além de compreender 
melhor a situação em que o aluno se encontra. 
Se assim for observado, pode se realizar uma 
intervenção de maneira eficaz e continuar a 
programação de sua aula, sem interferência. 
 
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Pronto! Você conheceu todas 
as dicas antes de iniciar as suas aulas. 
Boa aula! 
Agora vamos para o próximo passo! 
 
Um Grande Abraço 
Prof. Me. Kadu Monteiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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