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Manejo sanitário Introdução Medidas: • Higienização das instalações • Controle de vetores de doença • Remoção das carcaças das aves mortas E essas medidas irão diminuir o risco de infecções e doenças Sanitização da granja • O fator mais importante na manutenção da saúde avícola é a higiene; • A boa sanitização da granja não se resume apenas à escolha do desinfetante certo; • O ponto fundamental da sanitização da granja é a limpeza eficaz; Procedimentos de manejo sanitário • As aves devem ser criadas no sistema “todos dentro, todos fora”; • Avaliar previamente o risco de contaminação; • Pedilúvio X Rodolúvio; • Observar diariamente a limpeza dos bebedouros, do aviário e suas imediações; • Incinerar ou enterrar as aves mortas em fossas sépticas ou utilizar compostagem; • A cama nos círculos de proteção ou na área correspondente ao pinteiro deve ser nova; • Caso a cama seja reutilizada, fazê-la após enleiramento e repouso por pelo menos 7 dias, desde que o lote anterior não tenha sofrido doenças infecciosas; • Comunicar às autoridades sanitárias qualquer evento de alta mortalidade aguda no plantel; • Transportar os frangos somente com o respectivo Guia de Trânsito Animal (GTA), a ser preenchido por um médico veterinário credenciado; • Manter uma ficha de acompanhamento técnico do lote Biossegurança Descreve a estratégia geral ou o conjunto de medidas tomadas Erradicar doenças infecciosas em uma área de produção. Elementos essenciais para que um programa de biossegurança seja bem-sucedido: • Limitar o acesso de visitantes que não sejam absolutamente essenciais à granja; • Manter um registro de todos os visitantes e de suas visitas anteriores; • Os supervisores devem visitar os lotes de aves mais jovens no início do dia, e prosseguir as visitas em ordem crescente quanto à idade, deixando as aves mais velhas para o fim do dia; • Evitar o contato com aves de fora da granja, especialmente aves de fundo de quintal; • Caso seja necessário trazer equipamentos de outras granjas, estes devem ser completamente limpos e desinfetados antes de entrar na granja de destino; • Instalar rodolúvios ou sistemas de borrifamento de rodas para os veículos na entrada da granja, permitindo somente a entrada de veículos necessários à operação; • As granjas devem ser cercadas. Portas e portões devem ser mantidos trancados o tempo todo; • Em hipótese nenhuma poderá haver outro tipo de ave na mesma granja. Outros animais de fazenda, com exceção de aves, criados na granja, devem ser mantidos separados e cercados, com entrada diferente da entrada da granja produtora; • É proibida a presença de animais domésticos no interior da granja e nas proximidades das instalações avícolas; • Todas as granjas devem dispor de um controle de pragas, com monitoramento frequente da presença de roedores. Deve-se manter um estoque adequado de iscas para roedores; • Todos os galpões devem ser à prova de pragas; • A área ao redor dos aviários deve estar livre de vegetações, entulhos e equipamentos em desuso que possam servir de abrigo a pragas; • Limpar alimentos derramados o mais rápido possível, e consertar vazamentos nos silos ou tubulações de distribuição de ração; • Nas granjas, os banheiros e lavatórios devem ficar em instalações separadas dos galpões; • O vestiário exclusivo para a troca de roupas e calçados de proteção deve estar localizado na entrada da granja; • Deve haver instalações para a higienização das mãos na entrada de cada galpão; • Instalar e fazer a manutenção correta dos pedilúvios na entrada de cada galpão; • Limpar os calçados antes de usar o pedilúvio, a fim de remover as matérias orgânicas que possam inativar o desinfetante; • Propiciar um sistema de troca ou de proteção para botas em cada entrada da granja; • Recomenda-se veementemente a criação de aves da mesma idade em uma mesma granja para limitar a circulação de agentes patogênicos e/ou vacinais; • As aves alojadas devem ser oriundas de lotes de matrizes de idades similares, com situação vacinal semelhante; • Os lotes deverão ter sido removidos antes da chegada de novos pintos; • As equipes que farão a pega das aves devem usar roupas de proteção; • Equipamentos como gaiolas/engradados e empilhadeiras devem ser lavados e desinfetados antes de sua entrada na granja; • É essencial observar o período correto de vazio sanitário entre os lotes; • Caso cama seja reaproveitada de um lote para outro, remover todas as partes úmidas ou emplastadas e ligar os aquecedores a tempo de eliminar depósitos de amônia e de secar a cama antes da chegada do próximo lote de pintos. Sugere-se um período mínimo de 48 h; • Drenar e lavar o sistema de abastecimento de água com água sob pressão e um desinfetante recomendado, antes da entrada do novo lote. Fazer a análise da água pelo menos uma vez por ano; Saúde avícola • A prevenção é indiscutivelmente o método mais econômico e eficaz para o controle de doenças; • A melhor prevenção é obtida pela adoção de um programa eficaz de biossegurança, em conjunto com a vacinação correta; • Mesmo com essas precauções, podem ocorrer doenças devido: Padrão de consumo de água e ração Condições da cama Mortalidade excessiva Atividade e comportamento das aves Vacinação Cuidados gerais na vacinação: − Conservação e transporte das vacinas; − Cuidados durante a vacinação. Vias de administração: Água na bebida Aerossol ou spray Ocular ou nasal Membrana da asa Subcutânea Intramuscular In ovo (via embrião) • É o método de vacinação de frango de corte mais utilizado no Brasil; • Vantagens: Econômico, prático, rápido, pouco estressante para as aves; • Desvantagens: Problemas causados pela má qualidade da água, o estresse ocasionado pelo jejum hídrico, à utilização de leite em pó desnatado para proteção do vírus vacinal, vacinação incompleta do lote e doses não uniformes. Água na bebida • Quando realizada na idade correta e com as vacinas adequadas é um método de vacinação em massa; • Promove o estímulo das mucosas conjuntivais, a sensibilização da glândula de Harder e distribui o antígeno vacinal na cavidade nasal e nas passagens do trato respiratório e parte da cavidade oral; • Pode ser realizada no incubatório com pintinhos de um dia ou no campo • Se encontra praticamente em desuso; • É mais utilizada para doença de Newcastle, Bronquite Infecciosa e infecções por Pneumovírus, • Vantagens: Segurança que todas as aves foram vacinadas; • Desvantagens: Estresse das aves e da grande quantidade de funcionários demandados para esta atividade; • OBS: É recomenda a vacinação das aves pela manhã para evitar o seu estresse calórico. • Sua prática em desuso na avicultura industrial; • Desvantagens: Necessita de muita mão de obra e também pode ocasionar lesões ou reações pós-vacinais quando não realizada corretamente; • OBS: Recomenda-se um bom treinamento da mão de obra e no mínimo duas pessoas, uma para conter a ave e outra para aplicar a vacina; • A vacina é aplicada perfurando a face interna da membrana da asa, podendo a agulha ser única ou dupla, ou então um estilete específico. • Método mais utilizado; • Pode haver falha na vacinação de até 3% do lote; • Pode ser realizada nos primeiros dias das aves; • Existem no mercado máquinas de vacinação altamente precisas para pinto de primeiro dia no incubatório (Figura 10). Seu calibre da agulha deve ser ajustado de acordo com a doença e via específica para vacinação, sendo recomendado sua troca entre 500 a 1000 aplicações; • Deve ser administrada na face dorsal do pescoço Aerosol: Ocular ou nasal: Membrana da asa: Subcutânea • Método utilizado exclusivamente para avós e matrizes; podem condenar partes da carcaça do animal do abatedouro• Requer cuidados quanto ao período de carência; • Vacinas aplicadas são oleosas; • Requer treinamentos para evitar danos às aves; • Deve ser aplicada em regiões de musculatura farta como peito e coxa da ave. • Um dos maiores avanços na produção avícola quanto à imunização de frangos; • A vacinação é realizada em um equipamento automatizado e computadorizado (Figura 14), que pode imunizar até 60.000 ovos por hora; • Os ovos são vacinados entre 17 e 18 dias de incubação, no momento em que serão transferidos para os nascedouros; • Vantagens: − Inoculação precisa, − Resposta imune precoce; − Identificação de ovos inférteis ou mortalidade precoce; − Evita o desperdício de vacinas − Diminuição da mão de obra. Doenças nas aves Galinhas com Marek: paralisia causada por neuropatia periférica. Nervo ciático com espessamento (seta) leve decorrente da infiltração de linfoblastos ativados e T transformados. Contaminação direta das aves em camas e sistemas de alimentação. Intramuscular: In ovo (via embrião): Doença de Marek Coccidiose: Lesão hemorrágica na bolsa de Fabricius As regiões do oviduto atingidas, magno (seta branca) e útero (seta preta), resultam, respectivamente, em clara aquosa e ovos de casca frágil, mole ou sem casca. Note que no útero aberto, há um ovo em formação de casca (ponta de seta). Dois ovos sem casca, com uma (1) ou duas (2) membranas de casca, estão enfileirados sobre a região onde são produzidas essas membranas (istmo). Galinha com insuficiência respiratória e respiração com o bico aberto. Notar a presença de conjuntivite mucoide Ave com Doença de New Castle Doença de gumboro Bronquite infecciosa Doença de newcastle Bouba aviaria Atuação do médico veterinário • O Médico Veterinário nas aviculturas é uma necessidade prevista na Lei de Responsabilidade Técnica de número nº 947 de 26 de março de 2010; Suas atribuições são: - Cuidado do manejo sanitário; - Criar um controle de pragas; - Plano de tratamento dos resíduos gerados pela produção; - Programas de vacinação dos animais; - Exigências nutricionais das aves de produção; - Controle de qualidade na produção; - Cuidar do bem estar das aves (ventilação adequada e iluminação do estabelecimento). Conclusão • A adoção de programas de biosseguridade se reflete nos vários níveis do setor avícola; • Importância de um programa de vacinação no plantel; • A higiene é imprescindível para a manutenção da saúde avícola; • A prevenção é o método mais eficaz e econômico para o controle de doenças; • A importância do acompanhamento do Médico Veterinário no aviário. Encefalomielite aviaria Sindrome da queda de postura Coriza infecciosa
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