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Semiologia do Torax (Coracao) - Pediatria 2

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Semiologia do Tórax – Pediatria 
Ao realizarmos a avaliação cardíaca devemos observar a frequência cardíaca, o ritmo, a qualidade das bulhas e a 
presença ou ausência de sopros. 
É feita a inspeção, palpação e ausculta. 
Ä Posição: decúbito dorsal; sentado; decúbito lateral esquerdo; em pé com tórax inclinado. 
Inspeção e Palpação 
Inspeção Geral 
Busca avaliar cianose piroral ou ungeal. Além disso sinais de desconforto respiratório. 
Capacidade de mamar: Um bebê normal geralmente leva 20min em média para mamar. Se, durante as mamadas, 
ocorrerem cansaço, falta de ar, interrupções frequentes para “tomar fôlego”, sudorese, taquipneia e surgimento 
de cianose, pode-se pensar que há algum problema relacionado. 
Inspeção e Palpação do Ictus Cordis 
Ä Técnica: polpa do dedo indicador direito = crianças mais novas 
o Se o Ictus do lactente for duas polpas é um sinal patológico. 
Ä Técnica: polpa do dedo indicador direito e médio = crianças mais velhas 
No bebê o coração está mais “deitado” e o ictus vai mais para esquerda (fora da linha hemiclavicular) e fica mais 
alto. 
® Localização do Ictus Cordis 
IDADE ESPAÇO INTERCOSTAIS LINHAS 
Lactentes 3º e 4º espaço intercostais esquerdo Fora da linha hemiclavicular 
3 meses 4º espaço intercostal esquerdo Fora da linha hemiclavicular 
9 meses 5º espaço intercostal esquerdo Fora da linha hemiclavicular 
7 anos 5º espaço intercostal esquerdo Na linha hemiclavicular 
Após 10 anos 5º espaço intercostal esquerdo Dentro da linha hemiclavicular 
 
Ä Desvios: Cardiopatias com hipertrofias; patologias de órgãos adjacentes (derrames, pneumotórax, cistos, 
atelectasias), patologias abdominais, deformidades torácicas ou defeitos do diafragma. 
Ä Ausência: Pericardite com derrame ou miocardite (viral e autolimitada) 
Ä Pulsações anormais: 
o Espaço supraesternal: coarctação da aorta, insuficiência aórtica, persistência do canal arterial 
(PCA). 
o EICs: Comunicação interventricular (CIA), persistência do canal arterial (PCA), dilatação da 
artéria pulmonar. 
Ä Pulsações normais: 
o Aorta abdominal no epigástrico 
o Supraesternal e fúrcula: crosta da aorta. 
Ä Frêmitos: sensação tátil das lesões valvulares (sopros) com a mão espalmada. 
Ausculta 
Deve ser feito em um ambiente silencioso. Usar o diafragma do estetoscópio para ruídos de alta frequência ou a 
campanula do estetoscópio para ruídos de baixa frequência. 
 
® Ciclo Cardíaco 
1ª bulha = Fechamento das válvulas mitral e tricúspide (TUM) 
2ª bulha = Fechamento das válvulas aórtica e pulmonar (TÁ) 
 
Ä Inspiração: Retarda a sístole do VD = separa o componente aórtico e pulmonar (a válvula pulmonar fecha 
depois) = Desdobramento da 2º bulha (TUM-TLA). Em crianças é fisiológico. 
Ä Expiração: Aproxima os 2 componentes (TUM-TA) 
 
Focos ou áreas de ausculta 
® Foco mitral = 4º ou 5º espaço intercostal 
esquerdo na linha hemiclavicular (ictus cordis) 
® Foco pulmonar = 2º espaço intercostal esquerdo 
junto ao esterno 
® Foco aórtico = 2º espaço intercostal direito junto 
ao esterno 
® Foco tricúspide = Base do apêndice xioide, um 
pouco à esquerda. 
® Frequência Cardíaca 
FC NORMAL 
Recém-nascido 120 – 160 bpm 
Lactente 90 – 140 bpm 
Pré-Escolar 80 – 110 bpm 
Escolar 75 – 100 bpm 
Adolescente 60 – 90 bpm 
 
Ä Taquicardia: (FC > 180 bpm): febre, anemia, IC, insuficiência circulatória periférica 
Ä Bradicardia: (FC < 40 bpm em menores de 1 ano e < 60 bpm em maiores de 1 ano): sono, atletas, HIC, 
intoxicações. 
 
® Arritmias 
A criança vai se queixar de “meu coração está batendo” e pode ocorrer distúrbio hemodinâmico por baixo do débito 
(sudorese fria, choro, síncope). 
Ä Arritmia sinusal 
o Aumento na frequência cardíaca na inspiração 
o Diminuição na frequência cardíaca na expiração 
o Tônus vagal sobre o nó sinusal 
Ä Ritmo de galope: Taquicardia com 3ª bulha (TUM-TÁ-TÁ) 
 
® Timbre das Bulhas 
Ä Hiperfonese: Febre, atividade física, anemia, hipertrofia miocárdio 
Ä Hipofonese: Obesidade, enfisema pulmonar, desidratação, derrame, IC 
Ä Estalido: Ruído súbito, rápido e tonalidade elevada = anormalidade aórtica ou pulmonar (quando a válvula 
abre). 
 
® Sopros 
Vibrações decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo (normalmente até 7 anos desaparecem os sopros 
fisiológicos. Depende de alterações: 
Ä Do próprio sangue = febre, anemia, exercício 
Ä Da parede dos vasos ou câmaras cardíacas = estenose e insuficiências e anormalidades congênitas. 
*Sopro Sistólico 
Ä Ejeção: Após a 1º bulha (TUM) = estenose aórtica e pulmonar 
Ä Regurgitação: Junto com a 1º bulha (TUM) e é holossistólico = insuficiência mitral, tricúspide e 
comunicação interventricular (CIV) 
 
 
*Sopro Diastólico: normalmente não escuta na 2º bulha (TÁ) 
Ä Estenose mitral e tricúspide: intervalo entre a 2º bulha (TÁ) (mesodiastólico) precedido de estalido de 
abertura 
Ä Insuficiência aórtica e pulmonar: imediatamente após a 2º bulha (TÁ) e podem ser protodiastólicos, mas 
também meso e telediastólico. 
*Sopro Sistodiastólico ou Contínuo 
Ä Ouvidos durante a sístole e diástole 
Ä Encobrem as bulhas 
Ä Persistência do canal arterial (PCA), fístulas arteriovenosas 
 
® Comunicações da Circulação-fetal 
Comunicação Intervnetricular (CIV) 
Sopro sistólico de regurgitação em mesocárdio com irradiação em faixa. Hiperfonese de 2º bulha. 
Ä Encontrado logo após o nascimento 
Ä Ocorre em crianças durante a sístole (passa da esquerda para a direita) 
Ä Sopros pequenos (até 5mm normalmente se fecham sozinhos); em cavidades pequenas, o sopro pode ser 
maior 
Ä Uma CIV grande pode causar hipertrofia do ventrículo direito. 
 
Comunicação Interatrial (CIA) 
Sopro sistólico suave de ejeção em área pulmonar; corresponde à uma estenose pulmonar relativa (hiperfluxo); 
pode estar associado a desdobramento fixo de 2ª bulha. 
Ä Se < 5mm, não precisa encaminhar pro cardiologista; na sístole atrial, o sangue regurgita de um lado pro 
outro e gera o sopro. 
 
Persistência do Canal Arterial (PCA) 
Sopro contínuo, em área infraclavicular esquerda. 
Ä “Ruído de maquinaria” com hiperfone de 2ª bulha. 
Ä Sopro sistodiastólico. 
 
® Coarctação de Aorta 
Ä Ausência ou diminuição da amplitude dos pulsos arteriais nos membros inferior + presença de pulsos amplos 
e hipertensão arterial nos membros superiores. 
Ä Hiperfonese da 2ª bulha nas áreas aórtica e mitral (tradução de regime de hipertensão no território 
sistêmico) 
Ä Estalido protosistólico aórtico, principalmente na área mitral (dilatação da aorta ascendente) 
Ä Sopro sitólico na região do dorso esquerdo (turbulência no local da coactação de aorta) 
Pulsos 
Deve ser verificada nos quatro membros. Deve-se sempre usar manguito de largura igual a dois terços do segmento 
onde é medida. Em bebês recém-nascidos, pode-se usar um aparelho de amplificação de sons, além do manguito e 
manômetro. 
Ä Pulsos: palpar todos os periféricos (radial, femoral, pedioso), ver amplitude, frequência, ritmo. 
Ä Perfusão periférica: pode indicar problema circulatório. 
*Técnica: Segurar o dedo ou o lóbulo da orelha por 2 segundos, e a circulação deve votar em 2 segundos, para isto, 
deve estar com as extremidades quentes. 
Ä Pressão Arterial: realizar somente em bebês com problemas cardíacos. 
*Técnica: Braço no nível do precórdio; deitado/sentado; largura/comprimento do manguito; 4 membros. 
o É obrigatório aferir pressão em crianças acima de 3 anos de idade. 
o Se a criança não estiver bem, pedir um ecocardiograma.

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