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Como aplicar o Baralho dos Comportamentos Observações: Podemos utilizar sem ter usado os baralhos anteriores (baralhos das emoções e dos pensamentos), desde que se tenha uma avaliação detalhada da criança para compreender os pontos a serem trabalhados. Objetivos: • trabalha habilidades sociais • treinar comportamentos que ajudam • trabalhar comportamentos assertivos • podemos utilizar coletivamente/individualmente Agenda de apresentação • Conceito sobre o que é compto? • Aplicando o baralho dos comptos • Psicoeducação dos comptos • Ensinando o efeito bumerangue • Ensinando sobre o bem-estar • Trabalhando as cenas comportamentais – comptos que ajudam e comptos que não ajudam • Como modificar os comptos que não ajudam e ampliar os comptos que ajudam • Relaxando meu corpo • Aprendendo a respirar para relaxar mais • Acalmando a minha mente • Trabalhando a prevenção de recaída Baralho dos Comportamentos: “efeito bumerangue” - Inove seus Comportamentos • Visa trabalhar comportamentos que ajudam e que não ajudam. • O comportamento é aqui entendido e relacionado ao processamento emocional e cognitivo apontados nos instrumentos anteriores. • Serão trabalhadas classes comportamentais no intuito de desenvolvermos comportamentos mais cooperativos e com maior índice de empatia e socialização. • Ensinar resolução de problemas, desenvolver estratégias comportamentais e ensinar a respirar e relaxar. Metáfora do Baralho dos Comportamentos: Efeito Bumerangue Sentença: posso ter influência nos acontecimentos da minha vida. Nós colhemos aquilo que plantamos e do qual cuidamos. O QUE COMPÕE o Baralho dos Comportamentos ✓ Um manual ✓ 33 Cartas: 6 emoções básicas meninas; 6 emoções básicas meninos; 1 carta lúdica “bem-estar ”; 1 carta lúdica “efeito bumerangue”; 11 cartas posições para relaxar (yoga); 7 cartas posições para respirar; 1 carta termômetro. ✓ 20 Cartões: 10 cenas comportamentais que ajudam (cor verde); 10 cenas comportamentais que não ajudam (cor vermelha). ✓ Anexos enviados via internet: cartas, cartões de psicoeducação e 2 cadernos de exercícios. Passos para a Aplicação Sessões “I” (Inove seus comportamentos) ➢ PSICOEDUCAÇÃO acerca dos COMPORTAMENTOS – para os pais e a criança ou adolescente ➢ ENSINANDO o “EFEITO BUMERANGUE” – para os pais e paciente ➢ ENSINANDO sobre o BEM-ESTAR – para pais e paciente ➢ TRABALHANDO com as CENAS COMPORTAMENTAIS. Os comportamentos que ajudam e os comportamentos que não ajudam: - Escolhendo as cenas comportamentais e a classe de comportamentos a serem avaliadas e trabalhadas; - Trabalhando com os comportamentos que ajudam; - Trabalhando com os comportamentos que não ajudam. ...➢ Como MODIFICAR os COMPORTAMENTOS QUE NÃO AJUDAM e AMPLIAR os COMPORTAMENTOS QUE AJUDAM: - Identificando o comportamento problema a partir da(s) emoção (ões) prevalentes - Aplicando os passos das Estratégias de Resolução de Problemas (Caderno 1 de Exercícios) ➢ RELAXANDO meu corpo ➢ APRENDENDO a RESPIRAR para relaxar mais ➢ ACALMANDO a minha MENTE ➢ Trabalhando a PREVENÇÃO DE RECAÍDA ➢ Término da terapia O que são Comportamentos ? ✓PSICOEDUCAÇÃO acerca dos COMPORTAMENTOS – para os pais e a criança ou adolescente Você sabe o que são comportamentos? • atitudes, posturas e ações que praticamos e que constroem a nós mesmos, nossas vidas e nossas relações . Exemplos: acordar para ir para à escola, brincar, praticar esportes, refletir sobre um problema, etc. • são motivados e se inter-relacionam continuamente com nossas emoções e pensamentos. • há comportamentos que, mesmo sem percebermos, podem nos trazer problemas. Podemos chamá-los de comportamentos que não ajudam. • podemos modificar estes comportamentos que não ajudam e transformá-los em comportamentos que ajudam. RESUMO: o que você entendeu do que conversamos sobre comportamentos até agora? Você consegue dar um exemplo de um comportamento que você já teve ou tem que não ajuda? E agora um exemplo de um comportamento que você teve ou tem que pode ser considerado um comportamento que ajuda. Ensinando o efeito bumerangue ✓ENSINANDO* o “EFEITO BUMERANGUE” – para os pais e paciente Você sabe o que é um bumerangue? Apresentar a carta lúdica do “Efeito Bumerangue” *Modelo de Psicoeducação contido no manual do B.C. PSICOEDUCAÇÃO AOS PAIS E CRIANÇA “Nossos comportamentos são como bumerangues. O que nós lançamos costuma voltar para nós mesmos. (...) Atitudes positivas geram bem-estar; as negativas geram mal estar. Raiva gera medo. Tristeza gera desânimo e mais tristeza. Alegria gera bem estar e conforto social. Amor gera amor e cuidado”. – manual do B.C. Somos ativos em nossos processos cognitivos, afetivos e comportamentais. O que recebemos da vida tem a ver com posturas que temos e escolhemos. Ensinando o bem- estar ✓ENSINANDO* sobre o BEM-ESTAR – para pais e paciente Você sabe o que é bem-estar? * Modelo de psicoeducação contido no manual do B.C. 1. VOCÊ SABE O QUE E BEM-ESTAR ? Bem-estar é uma pré-emoção. Sentimos bem-estar quando não estamos tendo nem uma onda de emoções agradáveis ou nem uma onda de emoções desagradáveis (mostrar a carta lúdica). Imagine um barco parado na água. Assim é sentir Bem-estar. O barco não se move nem por ondas agradáveis e nem por ondas desagradáveis. Quando sentimos alguma onda de emoção mais forte, seja ela agradável ou desagradável, nos mudamos a nossa maneira de pensar e de agir, normalmente fazendo coisas que não faríamos se não existisse nenhuma onda nos “sacudindo”. Há comportamentos que geram Bem-estar. Nosso objetivo é fortalecer tais comportamentos e mudar aqueles que nos impedem de sentir o bem–estar . Trabalhando com as cenas comportamentais TRABALHANDO com as CENAS COMPORTAMENTAIS. Os comportamentos que ajudam e os comportamentos que não ajudam 1. Escolhendo as cenas comportamentais e a classe de comportamentos a serem avaliadas e trabalhadas. CLASSES DE COMPORTAMENTOS A SEREM AVALIADAS E TRABALHADAS: Que ajudam (verdes) Que não ajudam (vermelhos) 1. Assertividade 2. Cooperar/ajudar 3. Colocar-se no lugar do outro (Empatia) 4. Amizade 5. Elogiar 6. Descobrir/ Explorar 7. Aprender 8. Autonomia 9. Persistência 10. Respeito 1. Passividade / agressividade 2. Dificultar / não ajudar 3. Egoísmo 4. Hostilidade 5. Ofender 6. Retrair / fechar 7. Ignorar 8. Dependência 9. Desistência 10.Desrespeito 1. Há dois caminhos possíveis: a) Com base na conceitualização cognitiva e no trabalho desenvolvido com os Baralhos das Emoções e dos Pensamentos, eleger os principais comportamentos que a criança necessita desenvolver ou reduzir a frequência, até mesmo suprimir. Podem ser um, dois ou mais. Para cada um deles, serão trabalhados os comportamentos em ambas as classes: “que ajudam” e que “não ajudam”. b) Trabalhar todas as classes de comportamentos elaborando ao final do processo um “comportamentograma”, que permitirá visualizar os comportamentos deficitários bem como os excessivos. O Diagrama dos comportamentos também permitirá monitorar o trabalho comportamental. Empatia X Egoísmo • Estas cartas sempre serão trabalhadas, independente dos comportamentos selecionados. Com crianças menores, muitas vezes, é necessário SIMPLIFICAR a história. 1° - Trabalhando com os comportamentos que ajudam Passo 1: Apresentar a carta com a cena comportamental, ler com ou para a criança e certificar-se de que ela está entendendo. Exemplo • Pedir para que o paciente conte uma história na qual ele já tenha tido empatia Fazer o diálogo socrático sobre a temática: • Qual foi sua atitude? • Como você se sentiu? • Alguma emoção estava presente? • E como você acha que a pessoa se sentiu? • Quais foram os benefícios dessa atitude? • Você repetiria de novo? Em quais situações? Passo 2: Avaliar no termômetro duplo a intensidade e a frequência que a criança julga acerca do comportamento descrito 1. Na história que você contou marqueno lado direito do termômetro o quanto você acha que foi empático (a)? 2. Indique no lado esquerdo do termômetro o quanto você acha que é empático (a) em sua vida. Passo 3: Avaliar o percurso do bumerangue deste comportamento por meio da identificação das VANTAGENS que ele traz. Três vantagens estão prontas no cartão, as outras duas deverão ser preenchidas por ela, auxiliada pelo terapeuta por meio de diálogo socrático. Passo 4: Marcar intensidade e frequência no “COMPORTAMENTOGRAMA” como forma de registro para paciente e terapeuta. Nesse protocolo, a criança deve indicar qual a frequência e a intensidade que ela costuma ter para cada uma das cenas apresentadas pelo baralho 2° - Trabalhando com os comportamentos que não ajudam Passo 1 : Apresentar na sequência ao comportamento que ajuda trabalhado, a carta com a cena comportamental que não ajuda correspondente, e certificar-se de que a criança ou adolescente está entendendo. Empatia Egoísmo Exemplo Passo 2: Avaliar no termômetro duplo a intensidade e a frequência que a criança julga acerca do comportamento descrito. Pedir para ela contar alguma história que já tenha se visto nessa mesma situação 1. Na história que você contou marque no lado direito do termômetro o quanto você acha que foi egoísta? 2. Indique no lado esquerdo do termômetro o quanto você acha que é egoísta em sua vida. Passo 3: Avaliar o percurso do bumerangue deste comportamento por meio da identificação das DESVANTAGENS que ele traz. Três desvantagens estão prontas no cartão, as outras duas deverão ser preenchidas por ela, auxiliada pelo terapeuta por meio de diálogo socrático. Passo 4: Marcar intensidade e frequência no “COMPORTAMENTOGRAMA” como forma de registro para paciente e terapeuta. 1 – visualizar a funcionalidade comportamental do paciente em intensidade e frequência 3- visualização de todo processo terapêutico pelo paciente e familiares com o intuito psicoeducativo, algo como uma radiografia dos comportamentos Trabalhando com os Diagramas de Comportamento “Os registros poderão ser efetuados a partir das classes de comportamentos eleitas (...), ou ainda, se o terapeuta preferir, poderão ser avaliados todos os fluxos comportamentais”. (manual B.C.) OS REGISTROS PERMITEM ENTÃO: 2- visualizar comportamentos inexistentes, excessivos, com baixa ou alta frequência 4- monitoramento terapêutico do seguimento das mudanças terapêuticas almejadas Como modificar os comportamentos que não ajudam ✓Como MODIFICAR os COMPORTAMENTOS QUE NÃO AJUDAM e AMPLIAR os COMPORTAMENTOS QUE AJUDAM: Construindo estratégias para Resolução de Problemas. “Para que o trabalho transcorra de um modo adequado e eficaz, faz-se de suma importância a inserção dos pais e cuidadores em todo o processo. Mediante o andamento e contextualização do trabalho, ao elencarmos os 10 passos a seguir ”. (manual do B.C.) Avaliação: 1. Identificar os problemas do paciente (que podem ou não estar relacionados às cenas comportamentais trabalhadas). 2. Identificar os recursos do paciente: pontos fortes e apoio. 3. Decidir se a resolução de problemas é apropriada. 4. Decidir quanto às disposições práticas: quem estará envolvido, número provável de sessões, duração, tempo etc. 5. Estabelecer um contrato terapêutico que inclua as responsabilidades do paciente, dos cuidadores e do terapeuta na resolução de problemas. Passo 1 – Identificando o comportamento problema a partir das emoções prevalentes “Além do destaque cognitivo dado ao comportamento a ser alterado, esse passo possibilita ao paciente elaborar uma relação entre a emoção prevalente e o comportamento problema com vias de buscar, (com o uso das técnicas de relaxamento e respiração, apresentadas mais adiante), o manejo dessa emoção para prevalecer o Bem-Estar”. (manual B.C.) Passo 2: provocando dissonância cognitiva para conduzir à mudança Passo 3: “apresentando os caminhos da mudança” por meio de uma “chuva de ideias” Na última linha, o paciente escreverá o “comportamento que ajuda”, o qual pretende alcançar. Passo 4: destacando as ideias em placas, inclusive o “comportamento que ajuda” que o paciente pretende alcançar. Passo 5: testando a viabilidade de cada ideia. Ajuda ou não ajuda? Quais vantagens e desvantagens. “O terapeuta deve auxiliar o paciente a não esquecer qual comportamento problema está sendo modificado e qual “comportamento que ajuda‟ as ideias que restaram pretende ampliar ”. (manual B.C.) Passo 6: quais ideias restaram e que realmente ajudam? Passo 7: por onde seria mais fácil começar? Montando a hierarquia em direção ao “comportamento que ajuda” Passo 8: montando meu bumerangue em busca do bem-estar Montagem do Bumerangue Baseado na tradicional resolução de problemas de D´Zurilla e Goldfried (1971). Elaboração de um banco de reforços para ser utilizado mediante a execução de cada passo. Reforços materiais devem ser evitados. Passo 9: testando cada passo na imaginação Passo 10: monitorando o percurso do meu bumerangue – preenchido em casa em conjunto com o adulto referência. ✓Relaxando meu corpo com posições derivadas da yoga São apenas posições que promovem relaxamento, o terapeuta não deve praticar yoga com a criança ou adolescente. - Antes, o terapeuta irá PSICOEDUCAR a criança e os pais quanto à importância destes exercícios e como praticá-los (orientações no manual do B.C.) SEMPRE promover o treino das posições com a presença de um dos pais ou responsáveis. Exemplo do relaxamento com a histórinha ✓Aprendendo a RESPIRAR para relaxar mais - PSICOEDUCAR paciente e pais sobre a natureza da respiração e dos exercícios para harmonizá-la. Junto aos exercícios de relaxamento, vai auxiliar a relaxar mais e também a diminuir os efeitos e a duração de uma onda de emoção desagradável (sugestões de orientação no manual do B.C.) SEMPRE promover o ensino dos exercícios de respiração com a presença de um dos pais ou responsáveis. ✓ACALMANDO a minha MENTE por meio de cenas mentais relaxantes ✓Trabalhando a PREVENÇÃO À RECAÍDA MEU CADERNO DE TERAPIA (Caminha&Caminha,2016) EXERCITANDO A CLASSIFICAÇÃO DA EMOÇÃO Referências Bibliográficas CAMINHA, Renato M.; CAMINHA, Marina G. Baralho das Emoções: acessando a criança no trabalho clínico. 4 ° edição. Porto Alegre: Sinopsys, 2010. CAMINHA, Marina G.; CAMINHA, Renato M. et.al. Intervenções e treinamento de pais na clínica infantil. Porto Alegre: Sinopsys, 2011. CAMINHA, Renato M.; CAMINHA, Marina G. Baralho dos Pensamentos: reciclando ideias, promovendo consciência. Porto Alegre: Sinopsys, 2012. CAMINHA, Renato M.; CAMINHA, Marina G. Baralho dos Comportamentos: efeito bumerangue. Porto Alegre: Sinopsys, 2013. LOPES, Renata F.; Lopes, Ederaldo J. Baralho dos Problemas: lidando com transtornos da infância em busca do bem-estar. 1° edição. Porto Alegre: Sinopsys, 2013. Bibliografia Recomendada EKMAN, Paul. A Linguagem das Emoções. Alfragide: Lua de Papel, 2010. DAMÁSIO, António R. E o Cérebro Criou o Homem. Tradução Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. PETERSEN, Circe S.; WAINER, Ricardo et. al. Terapias cognitivo- comportamentais para crianças e adolescentes: ciência e arte. Porto Alegre: Artmed, 2011. PAPALIA, Diane E.; FELDMAN, Ruth D. Desenvolvimento Humano. Tradução Cristina Monteiro, Mauro de Campos Silva – 12 ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
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